Ministério da Saúde autoriza a vacinação de crianças com idades entre 5 e 11 anos

image_pdfimage_print

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. A medida foi tomada após análise dos técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprovaram o pedido da Pfizer para que sua vacina seja aplicada no público infantil.

“Essa vacina foi desenvolvida pela indústria Pfizer BioNTech; uma vacina que tem dosagem diferente, equivalente a um terço da dose da vacina que é aplicada nos adultos. E isso foi testado através de ensaios clínicos e já logrou a aprovação em agências respeitáveis, a exemplo do FDA, a exemplo da associação da agência europeia de medicamentos (EMA) e agora teve o aval da Anvisa, que atestou a segurança regulatória”, afirma o ministro.

A pasta orienta que os pais e os responsáveis consultem um médico antes de levar as crianças para se imunizar, conforme esclarece a secretaria extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo.

“[É] Imprescindível que os pais, mães, responsáveis por essas crianças consultem um médico antes de irem tomar essa vacina. E por que é essa nossa preocupação?  A criança está em pleno desenvolvimento. Nós temos alguns efeitos adversos? Temos. Embora eles sejam raros, mas nesse público o cuidado tem que ser muito maior. Os pais, os responsáveis, devem estar presentes manifestando sua concordância com a vacinação”, orienta.

Segundo Rosana Leite de Melo, em caso de ausência dos pais ou responsáveis pela criança, a vacinação só poderá ser realizada mediante um termo de assentimento por escrito.

De acordo com a pasta, haverá uma ordem de prioridade para a imunização das crianças de 5 a 11 anos, começando por aquelas com comorbidades, deficiências permanentes, indígenas, quilombolas e crianças que vivem com pessoas com alto risco para evolução grave da Covid-19. Na sequência, a recomendação é imunizar as crianças sem comorbidades, começando pelas mais velhas, que podem apresentar um pouco mais de sintomas e também saem mais de casa.

Aprovação da Anvisa

Em 16 de dezembro de 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o pedido da Pfizer para que sua vacina contra a Covid-19 pudesse ser aplicada em crianças de 5 a 11 anos. Por conter fórmula diferente, o frasco possui tampa laranja. O frasco do imunizante para adultos possui tampa roxa.

Os estudos do imunizante não apresentaram nenhum relato de evento adverso grave ou morte por conta da vacinação, segundo o gerente geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.

“O perfil de segurança da vacina, quando comparado com o placebo, é muito positivo. Quando a gente observa qualquer reação adversa, não tem uma diferença importante entre placebo e vacina. E não há relato de nenhum evento adverso sério de preocupação. Não há nenhum relato relacionado a casos muito graves ou mortalidade por conta da vacinação.”

“O Ministério da Saúde também acompanha eventos adversos relacionados à vacina. Esses eventos adversos podem acontecer em qualquer faixa etária. A vacina Pfizer pediátrica é uma vacina que foi aprovada recentemente, no entanto, segundo dados do CDC, nós já temos mais de 8 milhões de doses dessa vacina aplicadas e, até o momento, não foi feito um alerta de segurança maior”, esclarece o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Em relação à eficácia, o grupo que tomou o placebo apresentou uma incidência maior de casos de Covid-19 se comparado ao grupo que tomou a vacina da Pfizer. Portanto, os técnicos estimaram uma eficácia de 90%.

Diferença entre as vacinas para adultos e crianças

A principal diferença entre as vacinas é que o imunizante pediátrico possui uma dosagem de 10 microgramas, enquanto o de adultos possui 30 microgramas.

Botão Voltar ao topo