O mundo precisa da palavra certa, na hora certa! Infelizmente, há um esvaziamento do conteúdo da verdade das coisas e, por isso, facilmente se cai no esvaziamento do ser.
Onde, ainda, existe a disputa pelo poder, a ganância econômica, a competição política e a rivalidade social é preciso retomar a Diaconia como expressão e fonte de novas relações humanas e de fé. De volta às origens, encontramos um testemunho belíssimo nas primeiras comunidades cristãs…
“Naqueles dias, o número dos discípulos tinha aumentado, e os fiéis de origem grega começaram a queixar-se contra os fiéis de origem hebraica. Os de origem grega diziam que suas viúvas eram deixadas de lado no atendimento diário. Então os Doze convocaram uma assembleia geral dos discípulos, e disseram: ‘Não está certo que nós deixemos a pregação da palavra de Deus para servir às mesas. Irmãos, é melhor que escolham entre vocês sete homens de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria, e nós os encarregaremos dessa tarefa. Desse modo, nós poderemos dedicar-nos inteiramente à oração e ao serviço da Palavra.’ A proposta agradou a toda a assembleia. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas, e Nicolau de Antioquia, um pagão que seguia a religião dos judeus. Todos estes foram apresentados aos apóstolos, que oraram e impuseram as mãos sobre eles. Entretanto, a Palavra do Senhor se espalhava. O número dos discípulos crescia muito em Jerusalém, e um grande número de sacerdotes judeus obedecia à fé cristã” (At 6,1-7)
Conhecer a Jesus faz toda a diferença na vida de uma pessoa. Mas, viver pela fé em Jesus, faz com que este diferencial, na vida da pessoa, ecoe na vida da comunidade, ajudando a construir o mundo novo possível, feito de irmãos e irmãs. A carta de São Pedro é repleta de exortações, nesse sentido, ao Povo de Deus em marcha:
“Aproximem-se do Senhor, a pedra viva rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus. Do mesmo modo, vocês também, como pedras vivas, vão entrando na construção do templo espiritual, e formando um sacerdócio santo, destinado a oferecer sacrifícios espirituais que Deus aceita por meio de Jesus Cristo. De fato, nas Escrituras se lê: ‘Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa. Quem nela acreditar não ficará confundido.’ Isto é: para vocês que acreditam, ela será tesouro precioso; mas, para os que não acreditam, a pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a pedra angular, uma pedra de tropeço e uma rocha que faz cair. Eles tropeçam porque não acreditam na Palavra, pois foram para isso destinados” (1 Pd 2,4-9).
Dentre as inúmeras revelações de Jesus, algumas são para nos fazer voltar ao sentido da grandiosidade do seu projeto de salvação em nossa história e nos devolver ao caminho:
“Jesus continuou dizendo: (…) Se vocês me conhecem, conhecerão também o meu Pai. Desde agora vocês o conhecem e já o viram.’ Filipe disse a Jesus: ‘Senhor, mostra-nos o Pai e isso basta para nós.’ Jesus respondeu: ‘Faz tanto tempo que estou no meio de vocês, e você ainda não me conhece, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que você diz: «Mostra-nos o Pai»? Você não acredita que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que digo a vocês, não as digo por mim mesmo, mas o Pai que permanece em mim, ele é que realiza suas obras. Acreditem em mim: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditem nisso, ao menos por causa destas obras. Eu garanto a vocês: quem acredita em mim, fará as obras que eu faço, e fará maiores do que estas, porque eu vou para o Pai” (Jo 14,1-12)
PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS