Espaço Espírita
A AJUDA DIVINA
Chovia torrencialmente.
O rio transbordava, as águas invadiam o vilarejo.
Aquele homem religioso, que morava sozinho em confortável vivenda, multiplicou orações, pedindo a assistência do Céu.
Em dado momento, ante o avanço da enchente, foi para o telhado, confiante de que Deus o salvaria.
As águas subindo…
Passou um barco recolhendo pessoas ilhadas.
– Não é preciso. Deus me salvará!
As águas subindo…
Passou uma lancha…
– Fiquem tranquilos! Confio em Deus.
As águas subindo…
Passou um helicóptero…
– Sem problema! Deus me protegerá.
As águas subiram mais, derrubaram a casa e o homem morreu afogado…
Diante do Criador, na vida eterna, reclamou:
– Oh, Senhor! Confiei em ti e me falhaste!
– Engano seu, meu filho! Mandei um barco, uma lancha e um helicóptero para recolhê-lo.
* * *
Não estamos entregues à própria sorte, como sugere o pensamento materialista de Jean Paul Sartre (1905-1980).
O Senhor não esquece ninguém. A todos estende sua mão complacente, dando-nos condições para enfrentar nossas dificuldades e dissabores.
Há um problema: raramente identificamos a ação divina. Isso porque as respostas de Deus nem sempre correspondem às nossas expectativas.
Pedimos o que desejamos. Deus nos dá o que precisamos.
Os temporais da existência simbolizam as esfregadas da Providência Divina, ensejando mudança de rumo.
Senão, vejamos:
- A doença respiratória…
- O lar em desajuste…
- A dificuldade financeira…
- A perda do emprego…
- O acidente automobilístico…
São situações constrangedoras que nos perturbam.
Pedimos a ajuda divina.
Deus vem em nosso auxílio, mas é preciso que nos disponhamos a tomar o barco
do futuro, deixando no passado velhas tendências.
Podemos considerar, na mesma sequência, que:
- O tabagismo afeta os pulmões.
- A incompreensão conturba o relacionamento afetivo.
- A indisciplina nos gastos faz rombos nas contas.
- A displicência profissional resulta em demissão.
- A irresponsabilidade no trânsito favorece desastres.
A pouca disposição em encarar nossos erros e desacertos, como causa de nossas dificuldades e problemas, neutraliza a ação divina em nosso benefício.
As crises sugerem mudanças.
Se não mudamos com elas, sempre nos sentiremos abandonados por Deus, incapazes de identificar o socorro divino.
Extraído do livro “Abaixo a depressão” – Richard Simonetti – Editora CEAC
U.S.E.-UNIÃO DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS DO ESTADO DE SÃO PAULO – INTERMUNICIPAL DE ASSIS