Diocese de Assis

DAR PREFERÊNCIA... A CRISTO!

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DIÁRIO DE ASSISCOLUNA SEMANAL DIOCESE

 

 

DAR PREFERÊNCIA… A CRISTO!

 

Dar preferência é, antes de tudo, um exercício de liberdade que coloca uma pessoa em posição de escolha frente a tudo nesse mundo. Diversos são os elementos e critérios que levam alguém a preferir isso e não aquilo; esse e não aquele… De um modo geral, a subjetividade humana, marcada pelo ético (bom), estético (belo), religioso (moral), transcendente (divino), cultural (valores)… identifica e elege “os objetos” de sua preferência.

Dar preferência é, não só um direito, mas, uma descoberta, uma eleição, uma consagração, um poder que emerge do indivíduo, frente à possibilidade de escolha.

O comerciário, para cativar o cliente que comprou em seu estabelecimento ou usou os seus serviços, e não outro, faz questão de estampar em suas embalagens ou placas, o indispensável: “Obrigado pela preferência!”

O legislador de trânsito, para disciplinar o fluxo de veículos de uma via de pouco movimento para uma via mais densa, indica em placa: “Dê a preferência!”

No Evangelho de Lucas, o Cristo decreta: “Se alguém vem a mim, e não dá preferência mais a mim que ao seu pai, à sua mãe, à mulher, aos filhos, aos irmãos, às irmãs, e até mesmo à sua própria vida, esse não pode ser meu discípulo” (Lc 14,26).

O que, afinal, significa isso? O que o Cristo quer dizer?

Exatamente o que está expresso no versículo: dar preferência a ele em relação a tudo; concretamente em relação ao seu pai, à mãe, à mulher, aos filhos, aos irmãos, às irmãs, e até mesmo à sua própria vida. Só assim alguém reúne condições para ser seu discípulo!

Por que preferir Jesus?

Porque, preferir Jesus não significa excluir, mas, priorizar; pôr em destaque; pôr em primeiro lugar: “Ouça, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor! E ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, com todo o seu entendimento e com toda a sua força”  (Mc 22,29b-30).

Porque preferir Jesus é realizar-se, verdadeiramente, no amor. Ora, quem não experimenta o amor de Deus; quem não se deixa amar, não amará de verdade o pai, a mãe, a mulher, os filhos, os irmãos, as irmãs, e, nem mesmo a sua própria vida! “Com efeito, Moisés ordenou: ‘Honre seu pai e sua mãe’. E ainda: ‘Quem amaldiçoa o pai ou a mãe, deve morrer’. Mas vocês ensinam que é lícito a alguém dizer a seu pai e à sua mãe: ‘O sustento que vocês poderiam receber de mim é Corbã, isto é, consagrado a Deus’. E essa pessoa fica dispensada de ajudar seu pai ou sua mãe. Assim vocês esvaziam a Palavra de Deus com a tradição que vocês transmitem” (Mc 7,10-13).

Porque preferir Jesus é a condição para ser seu discípulo. De fato, ser discípulo é “ter os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo” (Fl 2,5). É assumir a cruz: “Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo” (Lc 14,27). É arriscar tudo: “Pedro começou a dizer a Jesus: ‘Eis que nós deixamos tudo e te seguimos.’ Jesus respondeu: ‘Eu garanto a vocês: quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, filhos, campos, por causa de mim e da Boa Notícia, vai receber cem vezes mais. Agora, durante esta vida, vai receber casas, irmãos, irmãs, mãe, filhos e campos, junto com perseguições. E, no mundo futuro, vai receber a vida eterna.’” (Mc 10,28-31).

Porque preferir Jesus é dar sentido à vida: “Veja: hoje eu estou colocando diante de você a vida e a felicidade, a morte e a desgraça. Se você obedecer aos mandamentos de Javé seu Deus, você viverá e se multiplicará. Todavia, se o seu coração se desviar e você não obedecer, é certo que vocês perecerão! Hoje eu tomo o céu e a terra como testemunhas contra vocês: eu lhe propus a vida ou a morte, a bênção ou a maldição. Escolha, portanto, a vida, para que você e seus descendentes” (Dt 30,15-19).

Porque preferir Jesus é ser salvo: “Vou salvar quem quer ser salvo” (Sl 12,6).

Você já pensou por que preferir Jesus?

Não pense em vantagens, como pensam os utilitaristas de Deus. Pense numa vida completa e realizada: “Em Cristo vocês têm tudo de modo pleno” (Cl 2,10).

Dê preferência ao Cristo!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS

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