ESPAÇO  ESPÍRITA

CONTRASSENSOS

image_pdfimage_print

Quando a gota se viu semelhante a uma gema valiosa, na folhagem da primavera, insultou o rio em que se formara: “Sai da frente, monstro do chão”.

Quando o tronco se agigantou diante do firmamento, blasfemou contra a própria raiz: “Não me sujes os pés”.

Quando o vaso passou pela cerâmica em que nascera, gritou revoltado: “Não suporto essa lama”.

Quando o ouro se ajustou ao palácio, indagou da terra que o produzira: “Que fazes aí, barro escuro?”

Quando a seda brilhou, na pompa da festa, disse à lagarta que lhe dera a existência: “Não te conheço, larva mesquinha”.

Quando a pérola fulgiu, soberana, exigiu da ostra em que se criara: “Não te abeires de mim.

Quando o arco-íris se reconheceu admirado pelo pintor, acusou o Sol de que se fizera: “Não me roubes a luz”.

Copiando esses contrassensos figurados da Natureza, o homem insensato, quando erguido ao pedestal do orgulho pelos abusos da inteligência, costuma escarnecer de si próprio, afirmando jactancioso: “A vida é poeira e nada, e Deus é ilusão”.

EMMANUEL

Extraído do livro “Caminho Espírita”

 Editora IDE – Psicografia: Francisco Cândido Xavier

U.S.E.-UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO – INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

 

 

 

Botão Voltar ao topo