DIA DA INDEPENDÊNCIA

Por Alcindo Garcia

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            Detalhe desconhecido da maioria dos historiadores. Antes de proclamar a independência D. Pedro I visitou a basílica histórica de Nossa Senhora Aparecida. Na parede da basílica velha está afixado um comunicado em mármore informando a data de sua visita à Nossa Senhora dias antes da proclamação da Independência. Foi um tempo histórico em que os políticos faziam jus ao posto que pretendiam galgar. Havia o respeito que falta hoje.

            Hoje ao ver os noticiários pelas TVs e pelos sites na internet é de se ficar indignado com a forma de se fazer política atualmente no Brasil. Altos mandatários dizendo até palavrões chegando a comentar a compra de fuzil e não de feijão porque o povo está reclamando do preço de gêneros de primeira necessidade.

            Por falar na proclamação da independência, há que se esclarecer que a proclamação da República não está bem contada. Nasceu de um golpe militar que derrubou a Monarquia. O Imperador D. Pedro II ali no seu canto, pacífico demais. Marinha e Exército viam no Imperador tantas virtudes negativas para exercer o mandato, muito liberal, possuidor de uma tolerância completa em demasia, aceitava tudo com certo ar de bondade. Isto se comprova quando fez uma viagem ao Egito e a filha, a princesa Izabel assinou  a Lei Áurea pondo fim à escravidão no Brasil. Infelizmente na atualidade persistem certos tipos de escravidão. Na volta do Egito D. Pedro II não desfez o ato da princesa. Bondoso demais e isso contrariou as “forças armadas”. Sempre as “forças armadas”.

            A foto do Marechal Deodoro montado em um cavalo branco na praça pública proclamando a República é um romance histórico. Nada a ver com a realidade. Tudo foi feito com generais da época. Conta-se que pelas três horas da tarde de um certo dia 15 de novembro grande massa popular teria superlotado o recinto da Câmara Municipal e ali foi solenemente proclamada a República. Como se fora numa assembleia de condomínio, lavraram uma ata que foi em seguida levada ao chefe da revolução pedindo-lhe que fosse sancionado o voto do povo “em nome da nação brasileira”.       O Imperador D.Pedro II deixou o país. A atual História do Brasil quando for escrita vai dar vergonha. Jamais vimos tanta falta de  educação nos pronunciamentos oficiais.

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 Alcindo Garcia é Jornalista (e-mail: [email protected])      

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