Diocese de Assis

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LIGANDO TERRA E CÉUS

Outra não foi a missão de Jesus senão unir terra e céus através de suas ações e ensinamentos. “Fez e ensinou desde o começo até o dia em que foi levado para o céu” (At 1, 1-2). Com sua ascensão coroou-se sua missão terrena, ocupando seu lugar  “à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde virá para julgar os vivos e os mortos”, dizemos em nossa Profissão de Fé, o juramento sagrado que fazemos através da oração do Creio.

Em suma, essa é a fé cristã. A ressurreição foi seu maior milagre, mas sua ascensão devolveu-nos a esperança do arrebatamento, o resgate definitivo de sua Igreja, “que é o seu corpo, a plenitude daquele que possui a plenitude universal” (Ef 1, 23). Ou seja: a ascensão de Cristo abriu-nos as portas do Reino dos Céus, devolveu-nos a possibilidade de salvação…

Ora, se essa é nossa fé e esperança, não há porque  hesitarmos na prática dos mandamentos que apontam esse caminho. Os mistérios da redenção humana passam, necessariamente, pelos caminhos que Cristo trilhou entre nós, pelo seu nascimento, crescimento, conquistas e derrotas transitórias, morte, mas também ressurreição e ascensão. Houve sofrimento, perseguição, derrotas, incompreensão, traição, sim! Mas houve também muita luz, proteção celestial, gratidão, amor de Mãe, proteção dos Anjos, verdadeira fraternidade humana, compreensão, respeito, gratidão!  Esse é o nosso Cristo, o redentor por excelência, cuja história de vida em nada difere da nossa, mas antecipa a glória reservada, as vitórias almejadas por todos os que buscam praticar seus ensinamentos, seus exemplos de vida.

Para isso, a prática é questão de ordem, de tudo ou nada. “Ide” e fazei o mesmo que Ele fez. “Ide” pelo mundo… pelo mundo inteiro… “Ide e anunciai”…  Condição única e essencial para seguir seus passos, que não deixa ressalvas, não faz acepções, não abre exceções, mas frisa o imperativo do verbo: anunciai o Evangelho a toda criatura!  Ou isso, ou nada disso. “Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado”. Simples assim.

Então não há o que temer. Os sinais de proteção divina àqueles que fiam seus dias no desempenho dessa missão, estão aí para atestar a consistência dessa promessa. Dois mil anos da história da Igreja, a constante perseguição contra ela, ostensiva e intensiva ao longo desses séculos, seu crescimento, o reconhecimento de ser ela a maior e mais longeva instituição humana a resistir e conquistar espaço em todos os tempos e lugares, não é mera coincidência. Cobras e lagartos se dizem a seu respeito, mas as serpentes da maledicência e o veneno das instituições político-financeiras do homem descrente sequer arranham o verniz de suas portas bimilenares. Até as garras demoníacas e suas ações ardilosas em nada modificam seus ensinamentos, sua doutrina inviolável. Então é isso. O Senhor continua no comando, “confirmando sua palavra por meio dos sinais”, que acompanham a história da sua Igreja. Por isso, demos graças.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

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