A FORÇA QUE EMERGE DAS URNAS MUNICIPAIS
Ora, se a união faz a força, é por demais necessário que os municípios estejam unidos em torno dos consórcios regionais para que possam enfrentar o que vem a seguir às eleições municipais de 2020.
Tomando como foco a região do Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema (CIVAP), com sede em Assis, se depreende a presente análise política conjuntural.
Congrega 37 municípios, cujos partidos de seus respectivos prefeitos são os que seguem: Sandovalina (PTB), Pirapozinho (MDB), Narandiba (PSDB), Taciba (PV), Nantes (DEM), Bastos (MDB), Rancharia (DEM), Iepê (DEM), João Ramalho (REP), Quatá (PSD), Borá (PTB), Paraguaçu Paulista (PSD), Maracaí (MDB), Cruzália (PSDB), Pedrinhas Paulista (PTB), Florínea (PSDB), Tarumã (PSDB), Assis (PDT), Oscar Bressane (PSD), Echaporã (MDB), Platina (PSDB), Cândido Mota (PL), Palmital (PSDB), Ibirarema (PSD), Campos Novos Paulista (PSD), Ocauçu (PSB), Lupércio (PSB), Ourinhos (PSD), Santa Cruz do Rio Pardo (PSD), Espírito Santo do Turvo (MDB), Manduri (DEM), Gália (PSDB), Fernão (DEM), Duartina (PP), Paulistânia (MDB), Agudos (MDB) e Manduri (DEM).
São: 7 do MDB, 7 do PSD, 7 do PSDB, 6 do DEM, 3 do PTB, 2 do PSB, 1 do PV, 1 do REP, 1 do PP, 1 do PDT e 1 do PL.
Por mais que se tenha o senso republicano e democrático de gestão, o Governo de São Paulo olhará para a composição deste espectro partidário-ideológico quando da destinação dos parcos recursos de investimentos que serão destinados aos municípios no período sin- e pós-pandemia no qual ingressará a nova gestão municipal.
Mais do que nunca, a composição suprapartidária em sintonia com o Palácio dos Bandeirantes será uma via de bom caminho para os pleitos em convênios ou articulações de parlamentares – estaduais ou federais de bom trânsito palaciano.
Além dos prefeitos, os vereadores e vereadoras poderão contribuir canalizando recursos através de seus deputados, fazendo valer o peso eleitoral específico que carregam localmente e tornando-o visível no contexto político regional.
O PSDB no Estado de São Paulo, seu principal reduto eleitoral nacional, liderou o ranking dos partidos com a eleição de 179 prefeitos dos 645 municípios somando 52,03% da população; recorde histórico do partido.
Porém, há que se destacar que a grande concentração numérica de votos veio da Capital, Santo André, São Bernardo do Campo, grandes cidades do litoral como Santos e Praia Grande, e do interior como Ribeirão Preto, São José dos Campos, Jundiaí e Marília,
Tais colégios eleitorais, de grande peso específico, tenderão a levar proporcionalmente a grande maioria dos recursos públicos oriundos do Estado.
Então, resta a união dos municípios com sedes de menor peso eleitoral para fazer valer suas demandas. Suas lideranças políticas, e os prefeitos que são a liderança política número 1 do município, terão que afinar num discurso de união pela compensação à desigualdade regional, como também no fato incontestável de que nosso povo vive no município, uma das premissas do municipalismo. É aqui onde clama e demanda por saúde, empregos, segurança, educação, alimentação e políticas sociais de distribuição de renda e combate à pobreza, particularmente nas periferias das cidades.
Brota da união, foco e fé à vida municipal com qualidade a força que emerge das urnas municipais.
José Reynaldo Bastos da Silva, ex- vereador de Cândido Mota, geólogo, professor universitário, mestre, doutor e posdoutor em planejamento e gestão mineral e ambiental, estudante do 4º ano de Direito da FEMA e presidente do PSDB em Cândido Mota.