Diocese de Assis

A IGREJA É MISSÃO: IDENTIDADE CRISTÃ

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Dentro, ainda, do Programa Missionário Nacional, oportunamente lançado em 2019 para o quadriênio 2019 a 2023, destacamos alguns elementos da missão que incidem em nossa identidade Cristã.

Diz o documento:

No Batismo, somos enviados como cooperadores da missão de Deus no mundo, de acordo com os carismas recebidos do Espírito Santo e confirmados pela Igreja. Somos missionários, por tanto, somos missão. Sendo assim, “não podemos ficar tranqüilos em espera passiva em nossos templos, mas é urgente ir em todas as direções para proclamar que o mal e a morte não têm a última pala vra, que o amor é mais forte, que fomos libertos e salvos pela vitória pascal do Senhor da história, que Ele nos convoca em Igreja, e quer multiplicar o número de seus discípulos na construção do seu Reino em nosso Continente!” (DAp, n. 548).

Acreditamos na força da Páscoa de Jesus e “desejamos assumir, a cada dia, as alegrias e esperanças, as angústias e tristezas do povo brasileiro, especialmente das populações das periferias urbanas e das zonas rurais – sem terra, sem teto, sem pão, sem saúde lesadas em seus direitos”. Tais direitos já foram garantidos na Constituição Brasileira.

A Igreja é sempre chamada a estar em saída, mesmo quando dificuldades e desafios tentam impedi-la. “A Igreja ‘em saída é a comunidade de discípulos missionários que ‘primeireiam’, que se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam. Primeireiam – desculpai o neologismo, tomam a iniciativa! A comunidade missionária experimenta que o Senhor tomou a iniciativa, prece deu-a no amor (1Jo 4,10), e, por isso, ela sabe ir à frente, sabe to mar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos” (EG, n. 24).

Conforme a reflexão no Sínodo dos Bispos, em 2012, que teve como tema: A “Nova Evangelização para a transmissão da fé crista (EG, n. 14), foram destacados três âmbitos da missão evangelizadora:

  1. a) Incendiar o coração dos fiéis que já participam da comunidade para que cresçam na fé e no discipulado missionário (pastoral ordinária);
  2. b) Cuidar das pessoas batizadas que não participam da vida da comunidade para que redescubram a pessoa e a missão de Jesus, tendo como caminho o processo de iniciação à vida cristã;
  3. c) Cuidar daqueles que não conhecem Jesus Cristo, mas que trazem no coração o desejo de se encontrar com Ele. Isso se traduz no envio de discípulos missionários ad gentes, para além-fronteiras.

As palavras de Jesus: “Ide, pois, e fazei discípulos todos os povos” (Mt 28,19), definem o que deve ser a missão ad gentes no contexto sociocultural desses povos, pela presença e testemunho do serviço, do diálogo acolhedor e respeitoso e do anúncio da fé em Jesus Cristo. Para a sua concretização, não pode faltar o envio além -fronteiras de discípulos missionários devidamente preparados. A Conferência de Puebla reforça esse aspecto da missão ad gentes destacando: “A Evangelização há de estender-se a todos os povos; por isso, a sua dinâmica procura a universalidade do gênero humano” (DPb, n. 362).

A espiritualidade que deve nos alimentar é a do seguimento à pessoa de Jesus Cristo. Por espiritualidade, entende-se uma vida animada pelo Espírito. O encontro com Jesus é decisivo: “Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, dessa forma, o rumo decisivo” (DCE, n. 1).

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS

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