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Dezembro Vermelho: entenda a importância da prevenção e do tratamento contra o HIV/aids

Neste mês, celebra-se o Dezembro Vermelho, uma campanha dedicada à conscientização sobre o HIV/aids. Nos últimos dez anos, a mortalidade pela doença no Brasil caiu 25,5%, graças ao aumento no acesso a medicamentos e testes rápidos, segundo a Unaids Brasil. Contudo, o Ministério da Saúde alerta que, em 2023, cerca de 8% das pessoas diagnosticadas não iniciaram o tratamento, essencial para controlar o vírus e prevenir a transmissão.

Embora ainda não exista cura, o acompanhamento médico regular e o uso contínuo de medicamentos permitem que a pessoa com HIV tenha uma vida normal. Para o infectologista Gabriel Hypólito, da Hapvida NotreDame Intermédica, interromper o tratamento pode resultar no agravamento da condição e no risco de doenças oportunistas. “O tratamento é efetivo. Mas precisa ser contínuo, com comprimidos que devem ser tomados diariamente. Com o tratamento e acompanhamento médico, a pessoa leva uma vida normal”, frisa Hypólito.

A rede de apoio, como a família e amigos, também é essencial para o sucesso do tratamento, além de exercer importante papel no enfrentamento aos estigmas, aos preconceitos e à desinformação. “O apoio familiar é importante para o paciente ter forças e manter o tratamento ao longo do tempo e viver de maneira mais leve. A Hapvida NotreDame Intermédica também oferece rede de apoio ao paciente para o diagnóstico e tratamento, inclusive atendimento psicológico”, completa.

O HIV/aids, apesar de grave, pode ser controlado com o acompanhamento adequado, frisa o infectologista. A prevenção continua sendo crucial. Os preservativos durante as relações sexuais e os medicamentos como a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) são estratégias eficazes contra a infecção, além da importância do diagnóstico precoce.

Sobre a Hapvida NotreDame Intermédica

Com 79 anos de experiência a partir das aquisições durante sua história no país, a Hapvida NotreDame Intermédica é hoje a maior empresa de saúde e odontologia da América Latina.  A companhia, que possui mais de 69 mil colaboradores, atende quase 16 milhões de beneficiários de saúde e odontologia, tem à disposição a maior rede própria de atendimento com um sistema integrado que conecta as unidades das cinco regiões do país.

Todo o aparato foi construído a partir de uma visão abrangente e integrada, voltada ao cuidado da saúde por meio de 85 hospitais, 77 prontos atendimentos, 341 clínicas médicas e 291 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.




Grupo de estudos de alunos de Fisioterapia é beneficiado com bolsas de Iniciação Científica

A estudante do 4º ano do curso de Fisioterapia da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA), Joyce Kelly da Silva Santos, teve seu projeto de pesquisa aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Intitulado “Intervenções não-farmacológicas para recuperação muscular pós-exercício em atletas: Revisão sistemática com meta-análise”, o projeto tem como objetivo avaliar e comparar diferentes intervenções não farmacológicas para recuperação muscular pós-exercício de alta performance, sob a supervisão do professor Alan José Barbosa Magalhães.

A FAPESP é uma agência de fomento do Estado de São Paulo que oferece diversas oportunidades para estudantes de graduação e pós-graduação, que vão de bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado, até mesmo fomento para pesquisas de brasileiros realizadas no exterior, em parceria com as maiores universidades do mundo.

Joyce expressou sua gratidão e felicidade pela conquista, ressaltando a importância que esse apoio terá em seu desenvolvimento acadêmico e profissional: “Sinto-me profundamente agradecida e satisfeita por ter sido selecionada para receber a bolsa FAPESP. Esta oportunidade marca um ponto importante no meu caminho acadêmico e profissional. O suporte fornecido por essa instituição será crucial para o progresso da minha pesquisa, oferecendo os meios e a assistência indispensáveis ao desenvolvimento dos meus estudos. Além de permitir que eu amplie meu conhecimento, essa bolsa também consolidará meu crescimento como pesquisadora”, destaca.

Já as estudantes do 4º ano do curso de Fisioterapia Beatriz Gaino Sanches Zanirato e Kamilli Ferri Brancalhão, tiveram seu projeto de pesquisa aprovado pela Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da FEMA, alinhado ao sistema de cotas de bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Os estudos abordam temas de grande relevância para a área da saúde. O projeto de Beatriz, intitulado “Os Efeitos da Acupuntura Auricular em Graduandos do Curso de Fisioterapia com Transtornos de Ansiedade e Depressão”, visa investigar como a acupuntura auricular pode influenciar os níveis de ansiedade e depressão entre estudantes de fisioterapia. Beatriz, orientada pela professora Cássia Regina Saade Pacheco, destaca a importância desse trabalho para seu desenvolvimento acadêmico e para a instituição: “Essa conquista foi um presente maravilhoso, com grande relevância para o meu currículo profissional e para a instituição, já que levamos o nome dela em nosso trabalho, com visibilidade do que o curso de Fisioterapia da FEMA nos proporciona; além da gratidão que sinto pela ajuda recebida das professoras do curso: Cássia Pacheco, minha orientadora, e a Maria Eulália Baleotti, na estruturação do projeto com seu amplo conhecimento sobre o tema”, comentou.

Kamilli, por sua vez, desenvolve o projeto “Efeitos do treinamento aeróbico sobre o perfil lipídico de pessoas com sobrepeso e obesidade: revisão sistemática com meta-análise”, cujo objetivo é avaliar as evidências disponíveis sobre o impacto do treinamento aeróbico nos níveis de colesterol e outros indicadores de saúde em pessoas com sobrepeso e obesidade. Orientada pelo professor Alan José Barbosa Magalhães, Kamilli ressalta o valor da bolsa PIBIC para sua trajetória: “É com grande satisfação que recebo essa bolsa de estudos, um reconhecimento que me motiva a continuar buscando excelência acadêmica. Agradeço à FEMA pela oportunidade, ao meu orientador Alan José Barbosa Magalhães pela valiosa orientação e à minha família pelo apoio incondicional. Essa conquista é fruto de um trabalho em equipe e me impulsiona a seguir em direção aos meus objetivos profissionais”, destaca.

Segundo o orientador de Joyce e Kamilli, professor Alan José Barbosa Magalhães, ambos os estudos serão importantes para a área da fisioterapia, pois contribuirão para a tomada de decisão clínica por parte de profissionais da saúde: “Para além do uso de técnica A ou B por parte de fisioterapeutas ou outros profissionais da área, é importante indicar a qualidade da evidência encontrada em cada uma delas, de modo que sua decisão clínica seja tomada considerando o resultado mais robusto dentre os apresentados”, evidencia.

Já a professora Cássia Regina Saade Pacheco destaca a importância do projeto de Beatriz, que busca colaborar com a saúde mental de estudantes: “A relevância deste estudo vem de encontro à necessidade de ajudarmos a população acadêmica com esses sintomas de ansiedade, principalmente por atrapalharem o desempenho acadêmico dos alunos no decorrer do curso”, ressalta a professora.

 




Pesquisa do IBGE indica que há brasileiros pisando no esgoto, enquanto acesso à internet supera os 90%

Pesquisa divulgada ontem (04.12) pelo IBGE mostrou, entre outros dados, que 92,9% dos brasileiros têm acesso à internet, mas apenas 66,1% contam com saneamento básico.

Os números não surpreenderam quem acompanha o setor. Christianne Dias, diretora-executiva da ABCON SINDCON, associação nacional das operadoras de saneamento, comenta: “Há pessoas pisando no esgoto, enquanto muitos têm dois celulares. Enquanto falamos de inteligência artificial, uma grande parte dos brasileiros não têm acesso ao básico, à água e esgoto tratados. Por isso, o saneamento pode ser considerado o maior retrato da pobreza e da desigualdade no país.”

A pesquisa com indicadores sociais do IBGE mostra ainda que o Norte (27,9%) e o Nordeste (46,3%) são as regiões com menor acesso ao saneamento. O Piauí é o estado com menor índice de acesso: apenas 12% da população tem água por rede geral e esgotamento por rede coletora. Em outubro, o governo do estado promoveu um leilão para conceder os serviços de água e esgoto em 222 municípios, com vistas a alcançar a universalização dos serviços.

Para Christianne Dias, da ABCON SINDCON, a concorrência e a parceria entre o poder público e a iniciativa privada são o caminho para eliminar essa desigualdade observada hoje no saneamento.

“O marco legal do setor trouxe a segurança jurídica para atrair investimentos no setor. É importante agora que esses investimentos sejam acelerados. Existe um prazo para universalização dos serviços. Em nove anos, conforme diz o marco legal, o Brasil precisa ter água e esgoto para todos. Estamos avançando, mas ainda muito longe dessa meta. Por enquanto, o saneamento é uma realidade distante para muitos, em contraste com outros avanços”, finaliza a diretora da associação.

 




Michelle Heard faz história com indicações em festivais internacionais

 

A atriz e cantora Michelle Heard, com raízes brasileiras, tem chamado atenção ao redor do mundo por sua atuação intensa e sensível em “Free Bird”, filme selecionado para o prestigiado Foyle Film Festival, na Irlanda do Norte. A produção, que disputa a Competição Light in Motion, destaca-se como um dos poucos festivais qualificadores para o Oscar e o BAFTA, o que consolida a trajetória de Michelle e a coloca em um novo patamar no cenário cinematográfico.

Em “Free Bird”, Michelle vive Leah, uma jovem que, ao lado do irmão Joshua, enfrenta dilemas difíceis. Sua interpretação é carregada de emoção e transmite uma autenticidade que cativa o público, explorando a força e a fé em meio a adversidades. Essa performance já rendeu à atriz uma indicação ao renomado British Urban Film Festival, em Londres, tornando-a a primeira brasileira indicada ao evento, um feito que celebra não apenas o talento de Michelle, mas também sua habilidade em trazer profundidade às telas.

Sua carreira abrange o teatro e, especialmente, a música, onde conquista um público fiel. Com uma voz versátil e presença cativante, Michelle Heard oferece performances autênticas e emocionantes.

 




São Paulo registra 45 pedidos diários de proteção à criança e ao adolescente

 

São Paulo contabilizou 13.734 novos processos relacionados à aplicação de medidas de proteção à criança e ao adolescente entre janeiro e outubro de 2024. É o que aponta levantamento inédito com base no BI (Business Intelligence) do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), por meio da consolidação dos dados e da verificação dos assuntos presentes nas tabelas de gestão processual do órgão. Esse número representa uma média de quarenta e cinco processos ajuizados por dia no estado.

Houve uma redução de 6,7%, em 2023 o estado registrou 14.792 novos processos no mesmo período.

O Brasil registrou, ao todo, 63.443 novas ações judiciais sobre o tema entre janeiro e outubro deste ano. Estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais lideram o volume de casos. Em São Paulo, foram contabilizados 13.734 processos no período, com uma média de 45 novas ações por dia. Já no Rio Grande do Sul, foram 7.597 ações, uma média de 25 processos diários. Em terceiro lugar, Minas Gerais aparece em terceiro lugar, com 4.656 casos e uma média de 15 ações por dia.

As ações judiciais relacionadas à proteção de crianças e adolescentes têm como objetivo garantir seus direitos em situações de vulnerabilidade, como negligência, violência física ou psicológica e outras formas de violação. Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), essas medidas buscam assegurar a proteção integral e incluem iniciativas previstas no artigo 101, como o encaminhamento para a família substituta ou acolhimento institucional, essenciais para promover a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes em situação de risco.

Luiz Vasconcelos Jr, especialista em Direito da Família do VLV Advogados, explica que “quando a gente fala em matéria de medidas de proteção para criança ou adolescente, analisando o artigo 101 do Estatuto da Criança ou Adolescente, a gente vai ter uma série de atitudes que podem ser tomadas pelo poder público para poder auxiliar uma criança ou adolescente que se encontre em situação de vulnerabilidade”.

Essas atitudes incluem desde o encaminhamento dos pais ou responsáveis, passando por orientações e apoio para a família, até programas de apoio e promoção da família, e até mesmo o acolhimento institucional ou a colocação em uma família substituta, quando necessário.

“Podemos citar também o encaminhamento do pai ou do responsável em uma legião de termos de responsabilidade, além de orientação e apoio para a família, matrícula e frequência em estabelecimento de ensino fundamental, envio para programas de apoio e promoção da família, requisição de tratamento médico ou psicológico, inclusão em programas sociais, ou até mesmo em um acolhimento institucional, um acolhimento familiar e, em medidas mais graves, até mesmo a colocação em família substituta”, ressalta o especialista.

Já de acordo com a Mayra Sampaio, advogada de família do Mayra Sampaio Advocacia e Consultoria Jurídica, as medidas são aplicáveis nos casos em que os direitos da criança ou adolescente forem ameaçados ou violados devido à ação ou omissão da sociedade, do Estado ou dos pais ou responsáveis. Ela explica que a escolha das medidas se baseia na necessidade pedagógica e deve ser sempre voltada para o melhor interesse da criança. “E a reintegração familiar, que por exemplo, só ocorre quando os familiares conseguem reverter as circunstâncias que levaram à aplicação das medidas de proteção”, acrescenta.

A advogada também destaca os desafios na implementação eficaz dessas medidas. “Há uma precariedade no investimento de políticas públicas para evitar que a criança ou o adolescente tenham sua dignidade, saúde e segurança atingidas. Não fosse só isso, até mesmo o judiciário falha na implementação dessas medidas. Muitas vezes, a criança não deve ficar com os pais, há todo um histórico de abuso, mas ainda assim, há muita resistência na destituição do poder familiar”, explica.

Caminho pela frente

Os especialistas apontam que o ECA traz garantias à criança e ao adolescente, mas ainda há o desafio de que elas realmente sejam efetivadas na maior parte dos casos. O principal desafio no Brasil é a falta de aparato estatal em meio à realidade das regiões mais periféricas e as dificuldades em alcançar as crianças que mais precisam. “Então, imagina que no Brasil já tem catalogado ali cerca de 100 mil crianças que vivem em situação de rua, que é uma situação de vulnerabilidade extrema”, aponta o advogado Luiz Vasconcelos Jr. “Só que além disso, a gente tem uma linha de pobreza muito grande. Então, em regiões mais periféricas, de grandes centros, ou mesmo em cidades pequenas, a gente vai ter muitas crianças que não vão ter acesso ao básico”, afirma.

Outro ponto ainda é que o Estado enfrenta desafios não só em termos de recursos, mas também em termos de visibilidade da situação de vulnerabilidade das crianças. “E muitas vezes o vizinho não denuncia, o tio não denuncia, as pessoas sabem da situação, mas preferem não se envolver. Em alguns casos, se tornam bastante graves. Mas a partir do momento que é cientificado, que se verifica a existência dessa situação, então a gente vai ter ali um conselho tutelar, por exemplo, que pode ser acionado”, finaliza.

(Foto: Valter Campanato)

 




Diocese de Assis

 

Em cada um de nós existe sempre uma inquietação em relação às coisas, às pessoas, aos acontecimentos, ao futuro, às decisões, às escolhas… em relação a tudo. Essa inquietude seria boa se não fosse a ‘bendita’ ansiedade que transforma tudo em insegurança, medo, inconstância e, por vezes, desespero.

A inquietude seria um dom se não fosse a culpa.

A inquietude seria uma motivação se não fossem as cobranças.

A inquietude seria um poder se não fosse o imediatismo.

A inquietude seria uma luz se não fosse o pessimismo.

A inquietude humana está adoecida de um mal chamado impaciência. Assim, ao invés de inquietas, as pessoas estão irrequietas (irrequieto significa: que nunca está sossegado; que não pára nunca; buliçoso; turbulento).

Dias atrás, ao fazer minhas orações com a liturgia das horas, encontrei um artigo que gostaria de compartilhar com você, amigo leitor. Espero que traga luzes para você, como trouxe para mim.

 

ESPERAMOS O QUE NÃO VEMOS

(Do Tratado sobre o bem da paciência, de São Cipriano, bispo e mártir)

 

“É este o preceito salvífico de nosso Senhor e Mestre: ‘Quem perseverar até o fim, será salvo’ (Mt 10,22). E ainda: ‘Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará’ (Jo 8,31-32).

É preciso ter paciência e perseverar, irmãos caríssimos, para que, tendo sido introduzidos na esperança da verdade e da liberdade, possamos chegar à verdade e à liberdade. O fato de sermos cristãos exige que tenhamos fé e esperança, mas a paciência é necessária para que elas possam dar seus frutos.

Nós não buscamos a glória presente, mas a futura, como também ensina o Apóstolo Paulo: ‘Já fomos salvos, mas na esperança. Ora, o objeto da esperança não é aquilo que se vê, como pode alguém esperar o que já vê? Mas se esperamos o que não vemos, é porque o estamos aguardando mediante a perseverança’ (Rm 8,24-25). A esperança e a paciência são necessárias para levarmos a bom termo o que começamos a ser e para conseguirmos aquilo que, tendo-nos sido apresentado por Deus, esperamos e acreditamos.

Noutro lugar, o mesmo Apóstolo ensina os justos, os que praticam o bem e os que acumulam para si tesouros no céu, na esperança da felicidade eterna, a serem também pacientes, dizendo: ‘Portanto, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, principalmente aos irmãos na fé. Não desanimemos de fazer o bem, pois no tempo devido haveremos de colher, sem desânimo’ (G1 6,9-10).

Ele recomenda a todos que não deixem de fazer o bem por falta de paciência; que ninguém, vencido ou desanimado pelas tentações, desista no meio do caminho do mérito e da glória, e venha a perder as boas obras já feitas, por não ter levado até o fim o que começou.

Finalmente, o Apóstolo, ao falar da caridade, une a ela a tolerância e a paciência. ‘A caridade’, diz ele, ‘é paciente, é benigna, não é invejosa, não se ensoberbece, não se encoleriza, não suspeita mal, tudo ama, tudo crê, tudo espera, tudo suporta’ (lCor 13,4-5). Ensina-nos, portanto, que só a caridade pode permanecer, porque é capaz de tudo suportar.

E noutra passagem diz: ‘Suportai-vos uns aos outros com amor, aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz’ (Ef  4,2-3). Provou deste modo que só é possível conservar a união e a paz quando os irmãos se suportam mutuamente e guardam, mediante a paciência, o vínculo da concórdia”.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Com a chegada das férias, parquinhos são opção de lazer para crianças, mas pais precisam atentar a fatores de segurança

 

 

São Paulo, dezembro de 2024 – Mesmo na era digital, em que as crianças ficam mais tempo dentro de casa e são atraídos, cada vez mais cedo, para a frente das telas dos smartphones, os parques infantis seguem sendo locais fundamentais para a sociabilização e para o desenvolvimento físico, motor e sensorial dos mais jovens, além, é claro, de proporcionarem alegria e diversão.

No período de férias, que se inicia no mês de dezembro, esses espaços públicos costumam ficar mais cheios. E é nesse momento que pais e cuidadores devem ficar alertas para os riscos de acidentes, alguns dos quais graves, sobretudo aqueles envolvendo quedas.

Uma pesquisa da Aldeias Infantis SOS, organização global que lidera o maior movimento de cuidado do mundo, publicada neste ano, mostrou que ocorrências de acidentes com crianças de 10 a 14 anos envolvendo queda aumentaram 10,33% entre 2022 e 2023. O estudo ainda indicou que esses casos concentraram 45% do total das hospitalizações por acidentes envolvendo crianças e adolescentes no período.

“Um parquinho seguro é, inicialmente, aquele que foi instalado em conformidade com os regulamentos, bem como diretrizes estabelecidas por especialistas, como é o caso da Norma Técnica 16.071 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)”, afirma Erika Tonelli, especialista em Entornos Seguros e Protetores da Aldeias Infantis SOS. No entanto, ela lembra que grande parte desses equipamentos públicos não está de acordo com as regras básicas para seu pleno funcionamento, enquanto outros não passam por manutenção periódica.

“É por isso que os adultos responsáveis pelas crianças devem fazer um checklist completo do parquinho para evitar a exposição ao risco. Eu recomendo que eles atentem à faixa etária indicada para cada brinquedo, o estado de conservação dos equipamentos e dos pisos anti-impacto, como o próprio gramado do parque, além, é claro, de permanecerem atentos ao movimento das crianças, orientando, mesmo à distância, a forma como brincam e interagem com os outros jovens”, destaca Erika.

A especialista ressalta, no entanto, que esses pequenos cuidados não devem constranger as crianças, colocando os adultos em uma posição superprotetora, de tal modo que elas tenham a total liberdade de interagir com a área de lazer.

“O importante é que os pais e outros responsáveis não percam o hábito de tirar as crianças do ambiente de casa, por algumas horas do dia, para levá-las para brincar ao ar livre com outras crianças. O contato com brinquedos com diferentes texturas, tamanhos e formas oferece estímulos diversificados para o desenvolvimento espacial e sensorial da criança, e a interação com outros jovens contribui para formar pessoas mais afetivas e abertas para o convívio em sociedade”, afirma Erika.

Correr perigo 

Recentemente, a imprensa internacional noticiou que um novo modelo de parquinhos virou tendência na Europa. São parques infantis propositalmente perigosos, concebidos para meninos e meninas desenvolverem noções de perigo e competências de risco.

Os defensores desse tipo de parquinho alegam que crianças precisam ser desafiadas para aprender a lidar com riscos. No entanto, segunda a especialista da Aldeias Infantis SOS, quem tem menos de 10 anos tem poucas condições de gerenciamento de risco por conta própria.

“Os brinquedos podem ser seguros, de acordo com a faixa etária, e, ao mesmo tempo, apoiarem o desenvolvimento de competências de risco, como no caso de escorregadores e brinquedos com cordas e escadas. Brinquedos seguros não são sinônimos de superproteção e não é preciso correr riscos reais para aprender a se defender”, esclarece Erika.

No entanto, a especialista pondera que os gestores públicos podem tirar lições a partir do estudo da arquitetura e dos serviços de zeladoria dos parques infantis europeus.

“Em muitos parques europeus, há placas com a indicação das faixas etárias, telefone do serviço de emergência e endereço da unidade de saúde mais próxima. Em geral, estão localizados em áreas cercadas e com portões, e possuem espaços para brincadeiras livres ou práticas esportivas. Além disso, são muito bem conservados, limpos, e tem uma variedade de brinquedos interessantes. Creio que temos muito a aprender com eles nos quesitos limpeza e conservação”, conclui.




Clientes de tarifas social e vulnerável da Sabesp devem estar adequados às novas regras para manter o benefício

 

(5/12/2024) Desde setembro, as tarifas social e vulnerável da Sabesp passaram a ser concedidas automaticamente às famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) para Programas Sociais.

As novas regras previstas na deliberação 1.544/2024 da Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsesp) dispensam a necessidade de solicitação do benefício, simplificando o acesso a um desconto que pode chegar a 78% na conta de água e esgoto para consumidores na faixa básica (até 10 m³/mês).

O benefício é voltado para famílias com renda per capita de até R$ 218 (tarifa vulnerável) e entre R$ 218 e meio salário mínimo (tarifa social). Para ter direito, o titular da conta ou um membro da família precisa estar inscrito no CadÚnico, com dados atualizados nos últimos 24 meses. O desconto é aplicado a apenas um endereço por família.

Quem já dispunha do benefício deve ficar atento: a conta deve estar no nome do titular ou de algum familiar inscrito no CadÚnico. Caso esteja em outro nome, é necessário solicitar a transferência de titularidade para o CPF cadastrado no CadÚnico. Essa atualização deve ser feita até 90 dias após a fatura de setembro, quando a Sabesp passou a notificar os clientes, em suas contas, sobre a necessidade de adequação. A nova regra prevê a retroatividade do benefício, limitada a 2 de agosto de 2024, data da publicação da deliberação.

Os clientes que já possuíam o benefício foram informados diretamente na conta e em comunicado entregue junto com a fatura de setembro, além de mensagens via WhatsApp e comunicado por e-mail aos que possuem dados atualizados no cadastro da Sabesp.

Além das famílias no CadÚnico, duas outras situações permanecem elegíveis para a tarifa social mediante solicitação diretamente para a Sabesp: desempregados sem demissão por justa causa e com consumo de até 15 m³/mês que sejam titulares da conta há mais de 90 dias e cujo último pagamento tenha sido de até três salários mínimos; e moradores de habitações coletivas consideradas sociais, como cortiços e unidades sociais verticalizadas resultantes do processo de urbanização de favelas. Nesses casos, o pedido deve ser presencialmente mediante agendamento em uma agência de atendimento.

Para informar a população sobre as novas regras, além de comunicados à imprensa e posts em redes sociais, a Sabesp iniciou uma campanha com a participação de Gil do Vigor. De forma bem-humorada e didática, o influenciador orienta os beneficiários sobre as condições para pagar menos na conta. Um hotsite especial mostra a campanha (http://sabesp.com.br/social) e os vídeos estão disponíveis no YouTube da Sabesp:

 




Pets no verão: Especialista ensina como manter o bem-estar e cuidar da saúde dos animais em dias mais quentes

 

 

Com a chegada do verão e das altas temperaturas, a saúde dos pets merece atenção redobrada. Isso porque os cães regulam a temperatura principalmente pela respiração, enquanto os gatos utilizam a saliva e o grooming, ou seja, o ato de se lamber. No entanto, quando o calor é extremo, esses mecanismos podem ser insuficientes, levando a problemas como a hipertermia, quando a temperatura corporal sobe geralmente acima de 40°C, o que pode levar à falência de órgãos se não tratada rapidamente.

Para Catia Massari, docente no Centro Universitário Facens – referência nacional em metodologias inovadoras de educação nas áreas de engenharia, tecnologia, arquitetura e saúde –, há alguns sinais de que o animal pode estar sofrendo com o calor: respiração acelerada, língua e gengivas arroxeadas, salivação excessiva, letargia e, em casos mais graves, desmaios ou vômitos. “A prevenção passa por medidas simples, como manter água fresca, um ambiente confortável, com sombra e ventilado e evitar passeios nos horários de pico de calor. Além disso, nunca deixe seu pet sozinho dentro de carros, mesmo com janelas abertas, eles podem aquecer rapidamente, causando um golpe de calor fatal”, diz.

Cães e gatos também podem sofrer queimaduras nas patas ao caminhar em superfícies como asfalto ou areia. “O contato direto dos coxins palmares e plantares com essas superfícies pode causar lesões dolorosas, por isso, deve-se evitar sair em horários mais quentes do dia.”, orienta a especialista.

Algumas raças, devido às suas características físicas, são mais vulneráveis ao calor. A veterinária aponta cães e gatos braquicéfalos, que possuem vias respiratórias estreitas que dificultam a respiração e regulação da temperatura, como Bulldog Francês, Pug, Persa e Exotic Shorthair. Raças de pelagem densa, como Husky Siberiano e Chow Chow ou os felinos Maine Coon e Ragdoll. Além de cães maiores, como Dog Alemão e São Bernardo, que têm mais massa corporal e podem aquecer rapidamente. Entre os gatos, a raça Sphynx, conhecida popularmente por ser uma raça pelada, também pode sofrer mais.

Para estimular o consumo de água, Catia recomenda a utilização de fontes de água corrente para o gato ou colocar gelo, no caso dos cães, além de petiscos refrescantes, como pedaços de frutas seguras, como melancia e maçã, em pequenas porções. Oferecer alimentos úmidos, como sachês ou patês, também é uma boa opção para complementar a hidratação”, explica.

Se, mesmo com os cuidados, o pet apresentar sinais de insolação ou desidratação, é importante agir rapidamente. “Leve o animal para um local fresco e ofereça água. Também é possível resfriar o pet gradualmente com compressas de água fria para ajudar a estabilizar a situação até que o atendimento veterinário especializado seja realizado. Insolação e desidratação podem causar danos graves aos órgãos internos. O atendimento rápido por um especialista pode salvar vidas”, conclui.




Salpicão defumado: dicas e receita para sofisticar receitas clássicas de Natal

 

A gastronomia é ponto focal no clima mágico do Natal. Para quem deseja transformar pratos tradicionais em experiências gastronômicas memoráveis, com toques de sofisticação e criatividade. Para quem deseja transformar pratos tradicionais em experiências gastronômicas memoráveis, Eduardo Duó, chef de cozinha e professor de Gastronomia do Centro Universitário de Brasília (CEUB), compartilha dicas que unem sabor, técnica e apresentação para a ceia da festa.

Segundo Duó, a sofisticação de uma receita natalina pode ser alcançada de várias formas: uso de ingredientes exóticos, frutas, castanhas, além de processos técnicos como confit ou sous-vide, que transformam preparações tradicionais em requintes. “De maneira geral, o conceito de um prato de Natal já é algo fora da normalidade, mas podemos elevar ainda mais o nível utilizando ingredientes nobres ou aplicando técnicas culinárias mais elaboradas”, explica.

A apresentação é outro destaque das produções culinárias. Segundo o chef, a sofisticação não está só nos ingredientes ou na técnica, mas em como o prato é apresentado. Ele sugere investir em uma montagem cuidadosa e moderna, utilizando louças elegantes e elementos decorativos na mesa. “Todo o cenário ao redor do prato eleva o nível da experiência. Gastronomia não é só comida, é uma experiência sensorial completa que envolve visão, paladar e até audição”, reforça.

Além de ser item obrigatório na ceia, esse clássico gastronômico do Natal brasileiro é um prato versátil, que pode ser servido tanto como entrada quanto como prato principal, por sua composição completa com proteínas, batatas e frutas. “Quando você adiciona o frango defumado, ele ganha um sabor mais marcante e se torna extraordinário. O frango saborizado pode ser comprado pronto, ou preparado em casa. Existem técnicas caseiras para realizar a defumação, o que traz um toque de personalização à receita”, sugere o professor.

Mosaico de sabores

Para quem deseja surpreender na ceia de Natal, o chef de cozinha ressalta a importância de investir em ingredientes de qualidade, explorar técnicas culinárias que elevem o nível das receitas e caprichar na apresentação. Assim, os pratos tradicionais ganham nova vida, transformando a mesa natalina em uma verdadeira celebração do afeto e da criatividade. “A ceia de Natal é mais do que um banquete; é uma experiência que conecta as pessoas e cria memórias. A gastronomia tem o poder de tornar esses momentos ainda mais inesquecíveis”, conclui.

Confira uma receita exclusiva:

Salpicão defumado por Eduardo Duó

Ingredientes

1 kg de peito de frango defumado

250 g de maionese

170 g de iogurte natural

20 g de mostarda de Dijon

5 talos de salsão

2 maçãs verdes

½ abacaxi

150 g de uva passa branca sem sementes

2 cenouras

160 g de azeitonas verdes, sem caroço, cortadas em anéis

2 colheres de chá de curry em pó

1 colher de chá de páprica defumada em pó

½ maço de cebolinha picada fina

1 maço de endro dill

150 g de castanhas de caju

100 g de batata palha extrafina

3 limões sicilianos

150 ml de vinho branco seco

Sal a gosto

Pimenta do reino branca a gosto

Modo de preparo

  1. Tirar a pele e cortar o peito de frango em tirinhas
  2. Hidratar a uva passa no vinho branco por 3 horas
  3. Cortar as duas maçãs em cubos e deixar no suco de 2 limões
  4. Cortar o ½ abacaxi em cubos
  5. Tirar as fibras dos 3 talos de salsão e cortar em cubinhos
  6. Descascar e cortar duas cenouras em tiras (ou ralar no grosso)
  7. Misturar à maionese 2 colheres de chá de mostarda Dijon, com 1 colher de chá de páprica defumada em pó e suco e as raspas de ½ limão siciliano.

Montagem

Em um bowl, misture delicadamente o frango defumado desfiado com a uva passa (sem o vinho), as maçãs (sem o suco de limão), o abacaxi, o salsão, a cenoura, a azeitona, a cebolinha, metade do endro dill, o curry em pó, metade das castanhas de caju, a maionese e o iogurte. Ajustar a pimenta e o sal e levar à geladeira por duas horas. Na hora de servir, colocar em uma travessa e salpicar com uma “farofinha” de batata palha, endro dill e castanha de caju.