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CPNU: gabarito e resultados já podem ser consultados no site oficial

 

 

Os pontos relativos às questões anuladas serão atribuídos a todos os candidatos que realizaram as provas desses blocos, conforme tipo de prova, e o edital do concurso – Foto: MGISP/Divulgação

 

As notas finais das provas objetivas e as notas preliminares das provas discursivas e da redação do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) já estão disponíveis no site oficial da seleção. Os gabaritos finais das provas objetivas do concurso, depois dos recursos, também já estão disponíveis na seção “Caderno de provas e Gabaritos” do site.

Para acessar, é preciso fazer o login na área do candidato, no mesmo local em que o participante fez a inscrição. Os candidatos terão acesso à imagem da sua prova discursiva e da redação, além de um extrato do resultado, que conterá detalhes das notas de cada prova. Desta forma, o participante poderá entender a composição da avaliação.

DETALHAMENTO — Os candidatos dos blocos 1 a 7 terão acesso aos números de acertos, à nota e à nota ponderada obtida nas provas objetivas de conhecimentos gerais. Nas notas das provas de conhecimentos específicos, que tinham pesos diferentes para cada eixo, o candidato verá o total de acertos e a nota obtida em cada eixo. Também serão apresentadas a nota total e a nota ponderada das provas de conhecimentos específicos.

Com relação à correção da prova discursiva, para os candidatos de nível superior classificados na prova objetiva e que tiveram as provas discursivas corrigidas serão apresentados os valores alcançados na prova quanto aos conhecimentos específicos (50% da nota) e quanto aos conhecimentos gramaticais (50% da nota), além do total obtido com o somatório das duas notas. Por fim, o candidato saberá o resultado para cada cargo em que se inscreveu no bloco em que concorreu, conforme os termos dos editais. A informação estará no campo “situação do cargo”, no extrato do resultado.

NÍVEL MÉDIO — Os candidatos do bloco 8, de nível médio, terão acesso ao número de acertos em cada uma das disciplinas das provas objetivas (língua portuguesa, noções de direito, matemática e realidade brasileira). Também serão publicadas a nota total e a nota ponderada nas provas objetivas. Para os candidatos de nível médio classificados na prova objetiva e que tiveram a redação corrigida, será apresentada a nota total obtida e a nota ponderada da redação, considerando a avaliação de conhecimentos gramaticais, que corresponde a 100% do critério da nota desta prova, para este bloco. O candidato saberá o resultado para cada cargo em que se inscreveu no bloco 8, no campo “situação do cargo”, no extrato do resultado.

RECURSOS — Após as análises dos recursos, a Fundação Cesgranrio, organizadora do concurso, decidiu que, no turno da manhã, nos blocos (1, 2, 3, 5, 6, 7 e 8) não houve questão anulada nem alteração de gabarito. Já no turno da tarde, nos blocos (1, 2, 3, 5, 6, 7 e 8) não houve alteração de gabarito. Somente nos blocos 1, 3 e 7, houve anulação de questões. Confira aqui as respostas aos recursos. Os pontos relativos às questões anuladas serão atribuídos a todos os candidatos que realizaram as provas desses blocos, conforme tipo de prova, e o edital do concurso.

PEDIDOS DE REVISÃO — Candidatos que desejam realizar eventuais pedidos de revisão das notas preliminares das provas discursivas e da redação devem acessar o campo específico na área do candidato, entre os dias 8 e 9 de outubro.

PROVA DE TÍTULOS — Conforme os editais, os participantes habilitados para a prova de títulos, tanto dos blocos de nível superior, quanto do bloco 8, de nível médio, serão informados da convocação para realizar o envio dos documentos comprobatórios no campo “situação do cargo” no extrato do resultado entre os dias 9 e 10, segundo cronograma abaixo:

08 de out. | Divulgação das notas finais das provas objetivas e da nota preliminar da discursiva

8 e 9 de out. | Interposição de eventuais pedidos de revisão das notas da discursiva

8 de out. | Convocação para o envio de títulos (via upload)

9 e 10 de out. | Envio dos títulos

17 de out. | Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas da prova discursiva

17 de out. | Convocação para o procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros, da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos indígenas (exclusivamente para os cargos da Funai)

17 a 25 de out. | Prazo para perícia médica (avaliação biopsicossocial) dos candidatos que se declararem com deficiência, para verificar se efetivamente se trata de pessoas com deficiência

2 e 3 de nov. | Procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros

2 e 3 de nov. | Procedimento de confirmação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos indígenas

4 de nov. | Resultado preliminar da avaliação de títulos

4 e 5 de nov. | Prazo para interposição de eventuais recursos quanto ao resultado preliminar da avaliação de títulos

13 de nov. | Divulgação dos resultados preliminares da avaliação da veracidade da autodeclaração prestada por candidatos concorrentes às vagas reservadas para negros e indígenas e da avaliação biopsicossocial dos candidatos que se declararem com deficiência

13 e 14 de nov. | Prazo para interposição de eventuais recursos quanto aos resultados preliminares da avaliação da veracidade da autodeclaração prestada por candidatos concorrentes às vagas reservadas para negros e indígenas e da avaliação biopsicossocial dos candidatos que se declararem com deficiência

19 de nov. | Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas dos títulos

21 de nov. | Previsão de divulgação dos resultados finais




Domingo tem show de viola no Teatro Municipal

 

O cantor e compositor Yassir Chediak exibe seu show “Roda de Viola” domingo (13) às 19 horas, no Teatro Municipal, com entrada franca.

O repertório inclui canções que tratam de saudade e aconchego, como “É o Amor”, “Ainda Ontem Chorei de Saudade”, “Lá no Pé da Serra”, “Romaria” e “Tocando em Frente”.

Neste projeto, Yassir compartilha sua vivência nas trilhas sonoras das novelas Pantanal, Paraíso e Carga Pesada, levando a magia da televisão para o palco, onde o público é convidado a cantar e prosear juntos. A proposta é promover uma verdadeira celebração à vida e aos valores da terra, criando um momento especial e único.

 Atualmente, a música “Brasil Caminhoneiro”, de sua autoria, é tema do programa homônimo exibido pela TV Record, alcançando milhões de telespectadores em todo o Brasil.

Os ingressos para o show são gratuitos e podem ser reservados entre os dias 7 e 11 de outubro. Os interessados têm a opção de garantir suas entradas retirando-as pessoalmente na Secretaria de Cultura, instalada na avenida Rui Barbosa, 14, ou pelo link https://abre.ai/ldBB




Vestibular Unesp 2025 encerra nesta quinta-feira o prazo de inscrições para 6.596 vagas em 24 cidades

 

O vestibular 2025 da Universidade Estadual Paulista (Unesp) receberá inscrições até esta quinta-feira (10). O exame oferece 6.596 vagas em 24 cidades. Os interessados poderão se cadastrar pelo site da Fundação Vunesp (www.vunesp.com.br), responsável pela seleção. A taxa é de R$ 210.

A Unesp oferece redução de 75% aos cerca de 400 mil alunos matriculados no último ano do ensino médio da rede pública estadual paulista, incluindo alunos da Secretaria da Educação/SP e do Centro Paula Souza. Estes candidatos pagarão taxa de R$ 52,50 e se inscreverão no mesmo prazo dos pagantes da taxa integral, até 10 de outubro, pela página da Vunesp.

Os beneficiados com a redução de 75% estão previamente cadastrados no sistema da Vunesp pelo seu número de RA (Registro do Aluno). No momento do preenchimento da ficha de inscrição pelo site da Vunesp, estes candidatos deverão responder “SIM” na questão sobre a posse de um Voucher e preencher o número completo de RA, composto por número e dígito, para finalizar a inscrição e gerar o boleto de R$ 52,50.

O resultado dos pedidos de isenção e redução de 50% da taxa já está disponível para consulta nos sites da Unesp (vestibular.unesp.br) e da Vunesp.

As provas serão realizadas em 15 de novembro (primeira fase) e 8 e 9 de dezembro (segunda fase), em 35 cidades, sendo 31 municípios em todas as regiões do Estado de São Paulo e ainda em Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR) e Uberlândia (MG).

O Sistema de Reserva de Vagas para Educação Básica Pública (SRVEBP) destina 50% das vagas de cada curso de graduação da Unesp para alunos que tenham feito todo o ensino médio em escola pública, sendo que 35% das vagas desse sistema são destinadas a candidatos que se autodeclararem pretos, pardos ou indígenas. Tal somatória inclui as 934 vagas do Vestibular Seriado Paulista (Provão Paulista) destinadas exclusivamente a alunos do ensino público. Este sistema tem garantido maioria de ingressantes vindos de escolas públicas desde o Vestibular Unesp 2017.

Os cursos da Unesp são oferecidos nas seguintes cidades: Araçatuba (126 vagas), Araraquara (764), Assis (352), Bauru (992), Botucatu (538), Dracena (70), Franca (369), Guaratinguetá (274), Ilha Solteira (265), Itapeva (66), Jaboticabal (252), Marília (400), Ourinhos (54), Presidente Prudente (529), Registro (64), Rio Claro (423), Rosana (58), São João da Boa Vista (70), São José do Rio Preto (391), São José dos Campos (108), São Paulo (185), São Vicente (72), Sorocaba (72) e Tupã (102).

Mais informações

A Unesp é uma universidade pública e gratuita que está entre as maiores e melhores do país e da América Latina. Presente em 24 cidades do Estado de São Paulo, com 34 unidades universitárias, desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária em todas as grandes áreas do conhecimento.

Criada em 1976, a Universidade tem cerca de 50 mil estudantes, entre alunos de graduação e pós-graduação (stricto sensu). Oferece ainda cursos pré-vestibulares gratuitos e mantém programas de extensão abertos para a comunidade. Três escolas de ensino médio/técnico também são mantidas pela Unesp, que possui cerca de 1.900 laboratórios e 33 bibliotecas, além de cinco fazendas de ensino e pesquisa e três hospitais veterinários.

Para tirar dúvidas sobre o vestibular, o candidato pode fazer contato pelo link “Fale Conosco” do site da Vunesp: https://www.vunesp.com.br/FaleConosco. Também pode acessar os sites vestibular.unesp.br e www.vunesp.com.br.

Para obter informações sobre os cursos de graduação da Unesp, pode acessar a página do Guia de Profissões em www.unesp.br/guiadeprofissoes .

Calendário do Vestibular Unesp 2025

Inscrições até 10 de outubro de 2024

Prova da primeira fase em 15 de novembro de 2024

Provas da segunda fase em 8 e 9 de dezembro de 2024

Publicação do resultado final em 31 de janeiro de 2025




Por mais espaço para as mulheres na política e nas estruturas de poder

Nos dias de hoje, a representatividade feminina na Política brasileira é de pouco mais de 15%. Se fizermos um recorte das candidaturas negras, o percentual é ainda menor: 3%. Considerando que existem 5.568 municípios no Brasil, e levando em conta o número de mulheres eleitas no último pleito, significa que 900 cidades não têm nenhuma vereadora; 1,8 mil contam com apenas uma representante feminina no Poder Legislativo; e em outros 2.868 municípios há mais de uma mulher exercendo a Vereança. E mais: apenas uma em cada dez Câmaras Municipais em todo o País têm assento feminino em 30%.

Neste contexto, infelizmente, o Brasil é uma das nações campeãs em baixa representatividade feminina nas estruturas de poder.

A primeira medida afirmativa implementada pela Justiça Eleitoral no sentido de alterar este cenário foi a criação de cotas, por meio da lei 9.100/1995, que assegurou 20% das vagas de cada partido, ou de uma coligação para candidaturas femininas. Depois, com a aprovação da legislação 9.504/1997, este percentual foi elevado para o mínimo de 30%.

Ainda assim, a assimetria de gênero é gritante no processo eleitoral. Este quadro é agravado pela falta de percentual mínimo na distribuição de vagas – com proporção obrigatória para mulheres eleitas – e, também, pela ausência de divisão mais justa das verbas partidárias de forma igualitária.

Embora tenhamos no Brasil legislação eleitoral vigente, cabe destacar a necessária fiscalização, com a aplicação das sanções já regulamentadas, no intuito de combater o descumprimento das normas e levar proteção às candidaturas femininas. Isso porque, partidos políticos, a todo tempo, tendem a burlar a distribuição de recursos eleitorais, o que, muitas vezes, acentua a desigualdade na corrida ao pleito eleitoral para candidaturas femininas.

Infelizmente, o sistema eleitoral brasileiro tem várias “brechas” para contornar a lei de cotas. Vejamos: o processo de tomada de decisões é organizado pelos partidos – entidades que deveriam promover o trabalho político de forma transparente e igualitária. Mas as siglas são, majoritariamente, controladas por homens e pelos mesmos “caciques” há várias décadas – e que não abrem mão do poder.

Na realidade, estamos falando, historicamente, de uma relação de dominância estabelecida há séculos, que, muito embora em processo de transformação, caminha a passos lentos, demandando, não de hoje, profunda mudança nos padrões culturais vigentes.

Nesta esteira de raciocínio, precisamos de uma mudança na legislação brasileira que exija a reserva de cadeiras nas Casas Legislativas às mulheres, e quem sabe, um dia, nem precisaremos mais da lei de cotas.

A igualdade da mulher na Política, além de garantir meios para se combater a desigualdade de gênero e de violência que grassam em nosso País, tem o grande desafio à frente de enfrentar, de fortalecer e de ampliar a participação feminina nos mais diversos espaços de poder e de decisão – tarefa nada fácil, uma vez que os homens não abrirão, cordialmente, esses espaços para que nós possamos entrar e ocupar.

Afinal, para se construir uma verdadeira democracia, é fundamental ter a salvaguarda de que todas as vozes sejam ouvidas.

 

Alessandra Caligiuri Calabresi Pinto é advogada especialista em Direito da Mulher; em Direito da Família; em Direito Eleitoral; e em Defesa do Consumidor; é diretora da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Pinheiros; e consultora jurídica da Federação Empresarial de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp).

 




Desafio da seca e o uso de fertilizantes

 

As ondas de calor e a escassez hídrica estão se tornando problemas cada vez mais frequentes e graves para a agricultura global. Esses eventos extremos não apenas prejudicam as plantações, mas também afetam a segurança alimentar e têm um impacto direto sobre os consumidores. As mudanças climáticas estão intensificando a frequência e a severidade das secas e ondas de calor.

Estes desajustes climáticos impactam diretamente no desenvolvimento de plantas, que para enfrentar o estresse hídrico elas fecham seus estômatos para economizar água, o que reduz a absorção de dióxido de carbono necessário para a fotossíntese. Essa redução compromete a produção de açúcares, essenciais para o seu crescimento e desenvolvimento. Durante períodos de seca, a planta perde água mais rapidamente do que consegue absorver, o que pode reduzir drasticamente a produtividade das colheitas e até levar à perda total das safras. Além disso, a seca também reduz a disponibilidade de água no solo para dissolver os nutrientes, prejudicando a absorção de elementos essenciais pelas raízes.

Os efeitos das secas e das ondas de calor não se limitam às áreas de cultivo; eles têm repercussões diretas sobre os consumidores. A diminuição na produção de alimentos leva a aumentos de preços e possível escassez de itens essenciais. O custo dos alimentos pode subir devido à redução da oferta e ao aumento dos custos de produção. Além disso, a qualidade pode ser comprometida, o que pode afetar a segurança alimentar e a nutrição. As flutuações na oferta e nos preços têm um impacto direto no orçamento familiar e na acessibilidade de alimentos nutritivos para a população.

Mas os fertilizantes podem desempenhar um papel crucial na adaptação das plantas às condições adversas causadas pela seca e pelo calor extremo. O potássio, por exemplo, é vital para a regulação da água dentro das plantas e para a manutenção da função dos estômatos. Ele ajuda as plantas a resistir melhor ao estresse hídrico. O manganês é outro nutriente importante, pois está envolvido na fotossíntese e na gestão da água. O fósforo, quando aplicado próximo das raízes durante a semeadura, também contribui para o desenvolvimento radicular e a eficiência na absorção de nutrientes.

Além disso, a utilização adequada de fertilizantes pode aumentar a eficiência no uso da água. Fertilizantes bem formulados ajudam as plantas a melhorarem a capacidade de retenção de água no solo e a aumentar o crescimento das raízes, o que contribui para uma melhor absorção de água e nutrientes mesmo durante períodos de estiagem. Com isso, as plantas se tornam mais resilientes às condições adversas e conseguem utilizar melhor os recursos disponíveis.

Usar fertilizantes de forma estratégica — na quantidade certa, no local certo e no momento certo — pode maximizar a eficiência dos recursos e garantir uma produção agrícola mais estável e sustentável, ajudando a enfrentar de maneira mais eficaz os desafios climáticos que o mundo e, em especial, o agro vem enfrentando.

Valter Casarin, coordenador geral e científico da Nutrientes Para a Vida é graduado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP, Jaboticabal, em 1986 e em Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/USP, Piracicaba, em 1994.  

 




A responsabilização das vítimas em esquemas de pirâmide financeira: equívoco e inversão de valores

 

Recente decisão de um magistrado da Justiça de Santa Catarina causou revolta entre as milhares de vítimas de esquemas fraudulentos que assolam o país. A decisão negou o pedido de indenização de uma vítima de pirâmide financeira, sob o argumento de que sua conduta foi motivada pela busca de “ganhos fáceis”. E o pior, o juiz apontou dolo na conduta da própria vítima. Contudo, essa justificativa carece de uma análise mais profunda sobre a natureza das fraudes financeiras e o papel das vítimas.

É inegável que as promessas de lucros rápidos atraem muitos investidores, mas é crucial reconhecer que esses esquemas são planejados com sofisticação, explorando a vulnerabilidade e a confiança das pessoas. Essas armadilhas manipulam os investidores com falsas promessas de segurança e altos rendimentos.

Assim, comparar uma vítima de pirâmide financeira a um criminoso, ou sugerir dolo em sua conduta, ignora o caráter prejudicial dessas transações.

As vítimas, em sua maioria, são pessoas comuns, sem conhecimento técnico sobre o mercado financeiro. Elas são seduzidas pela confiança depositada nos promotores de esquemas fraudulentos, que se apresentam como legítimos.

A complexidade dessas fraudes é tão significativa que, muitas vezes, até investidores experientes falham em identificar sinais de alerta antes que seja tarde.

A pirâmide financeira é, por sua própria natureza, um esquema projetado para iludir e enganar. Os operadores desses esquemas são mestres da manipulação, utilizando estratégias psicológicas complexas e marketing agressivo, muitas vezes respaldados por figuras de autoridade ou influenciadores sociais, o que confere legitimidade às suas operações. Quando essas promessas vêm de pessoas ou instituições aparentemente respeitáveis, a barreira da desconfiança se reduz, tornando absurdo o argumento de que as vítimas agiram com dolo.

Além disso, o avanço tecnológico dessas fraudes evoluíram significativamente. Muitas pirâmides financeiras, agora, mascaram suas operações como investimentos sofisticados, usando termos financeiros complexos ou promessas de retorno ligadas a criptomoedas, marketing digital, ou outros setores em ascensão. Esse novo perfil atrai até mesmo pessoas que buscam proteger suas economias, e não necessariamente “ganhos fáceis”.

Na verdade, essas vítimas acreditam estar participando de um modelo de negócio inovador e legítimo. Culpar as vítimas por sua intenção de investir ou diversificar suas fontes de renda não apenas desafia a lógica, mas também mina a confiança nos sistemas financeiros e na justiça brasileira.

O papel do sistema judicial deve ser o de proteger essas vítimas, punir os infratores e garantir a reparação adequada pelos danos sofridos. Isso é fundamental para restaurar a confiança nas instituições e promover um ambiente mais seguro e transparente para os investidores. Somente assim será possível alcançar uma justiça plena e eficaz, que não apenas pune os culpados, mas também resgata a dignidade das vítimas.

Portanto, responsabilizar as vítimas de esquemas de pirâmide por sua própria ruína é um erro que desconsidera a natureza enganosa e complexa dessas fraudes. Ao negar indenização sob a alegação de que as vítimas buscavam “ganhos fáceis”, o Judiciário corre o risco de desviar o foco dos verdadeiros culpados: os fraudadores que arquitetam e lucram com essas operações ilícitas. As vítimas, muitas vezes, agiram de boa-fé ao confiar em promessas de rentabilidade, e tratá-las como cúmplices ou negligentes é um equívoco grave da justiça.

 

Mayra Vieira Dias é advogada e sócia do escritório Calazans e Vieira Dias




Diocese de Assis

 

Culturalmente, missão, sempre, esteve ligada ao universo religioso e com implicações de fé. Esta linguagem é comum ao ambiente eclesial.

Missão deixou de figurar, tão somente, no universo religioso e como linguagem eclesial. O que parecia uma exclusividade, agora, é compartilhado por muitas organizações no domínio de seus negócios, seja em vista de melhores resultados econômicos e de produtividade; seja em função da caracterização e diferenciação de sua identidade, filosofia, produto e imagem.

Além da missão, as organizações ostentam mais duas ferramentas: Visão e Valores.

Com isso, poderíamos dizer que é tudo a mesma coisas?

É evidente que não! A aproximação da linguagem, não significa equiparação.

Quando falamos em missão dentro do universo religioso, continuam valendo os imperativos da fé que determinam o conteúdo e a forma da missão. A fé não é um produto de compra e venda e, a religião, não é uma organização empresarial. O específico Cristão não é um produto, mas, uma promessa: a salvação e a vida eterna.

Originalmente, no domínio da fé cristã, missão é servir. É próprio Jesus quem diz: “Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos” (Mc 10,44).

Este ensinamento de Jesus nos obriga a desconstruir a imagem de missão que, infelizmente, foi sendo criada como cargo, prestígio e poder e, a imagem de serviço como tarefa, obrigação ou moeda de troca. De fato, a prática missionária, no seio da Igreja, sofreu, ao longo do tempo, muitas deturpações e esvaziamento.

Deve estar claro que a especificidade missionária da Igreja é necessária; por isso falamos em missão do papa, missão dos clérigos, missão dos consagrados, missão dos leigos, missão redentorista, missão popular, santas missões populares, missão jovem etc. Mas, antes disso, devemos falar em missão como algo relacionado à natureza, à essência, à vida da Igreja, em cada um de seus membros, a partir de Cristo, o Missionário do Pai. Nesse sentido, a missão é, não só aquilo que o sujeito da missão tem a dizer, a fazer ou a comunicar, mas, ele próprio é missão; sim! Uma vez que, se dispõe a missionar não o faz, prescindindo de si mesmo, de sua vida, de sua história, de sua existência. Pelo contrário, sua vida se faz missão; sua história se faz missão; sua existência se faz, missão. Por isso é que dizemos, a Igreja é missionária.

Missão é servir!

Tem a ver com amor, doação, entrega.

Diz o papa Francisco na Exortação Apostólica: A Alegria do Evangelho: “Na doação, a vida se fortalece; e se enfraquece no comodismo e no isolamento. De fato, os que mais desfrutam da vida são os que deixam a segurança da margem e se apaixonam pela missão de comunicar a vida aos demais (…) aqui descobrimos outra profunda lei da realidade: ‘a vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros’. Isto é, definitivamente, a missão.”

Missão é servir!

Tem a ver com o próprio Cristo que “veio não para ser servido mas, para servir e dar a vida como resgate, em favor de muitos” (Cf. Mt 20,28).

A missão-serviço não cabe nos planos dos carreiristas; dos que pretendem os primeiros lugares; dos que brigam pelo poder; dos que perseguem a fama e o prestígio; dos que se vendem pelo sucesso.

A missão-serviço é uma cooperação com a missão de Deus. É Deus, sempre, quem toma a iniciativa e, nós, como servos, vamos seguindo seus passos.

A missão-serviço é ministério; administrador das coisas de Deus: “Cada um viva de acordo com a graça recebida e coloquem-se a serviço dos outros, como bons administradores das muitas formas da graça que Deus concedeu a vocês. Quem fala, seja porta-voz de Deus; quem se dedica ao serviço, faça com as forças que Deus lhe dá, a fim de que em tudo Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo, ao qual pertencem a glória e o poder para sempre” (1Pd 4,10-11). Parece estranho, mas “administrar” vem de “menos” (em latim, MINUS). Desta palavra se fez um superlativo, MINOR, “menor”. De MINOR se fez MINISTER, primeiramente “servo, criado, ajudante” em sentido amplo e depois “servo de Deus, sacerdote, ministro religioso”.

Missão é servir! Portanto, “Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos (Mc 10,44).

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Espaço Espírita

  

Não obstante exclamares, muitas vezes, desconsoladamente, “como me sinto só!…” – Deus está contigo em todos os lugares.

Habitua-te a senti-lo porque através de todas as coisas que te rodeiam, a Sua bondade infinita se manifesta, ofertando-te luz e alegria.

O seu amor palpita em toda a parte, numa torrente de harmonias benditas!…

A Sua misericórdia imensa está na terra que pisas, no ar que te circunda, nas leis inteligentes e sábias da Natureza que te prodigaliza incalculáveis benefícios.

E nunca te esqueças que Deus é o Amor sem limites.

Enquanto maldizes o sofrimento, algumas vezes, lamentando o teu dia atual que deve ser de proveitoso trabalho, a flor te oferece perfume, a árvore compassiva te dá os seus melhores frutos, a estrela envolve-te de esperança com cintilações e sorrisos, o sol te dá saúde, a terra te oferta inumeráveis tesouros!…

É a bondade inexcedível do Criador que se manifesta em toda a sua intensidade e grandeza, perdoando-nos os ímpetos de revolta e olvidando-nos a cólera, indiferente aos nossos errôneos julgamentos, estimulando-nos para o progresso e animando-te para a elevação.

Acostuma-te a ver e a sentir devidamente todas estas coisas!…

E jamais te enfraqueças, porque Deus encontra-se em toda a parte e, ao invés de te desesperares, escuta a Natureza, a segredar-te sem palavras: Deus está contigo.

EMMANUEL

       Extraído do livro “Viajor”  –  Psicografia: Francisco Cândido Xavier

USE  INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO  DA  UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO




Diocese de Assis

 

Por causa da dureza do coração humano, Moisés tolerou que o divórcio conjugal fosse aceito pelos israelitas. Essa tolerância ia contra os mandamentos que ele próprio havia promulgado naquela travessia de longos anos. Jesus, o novo Moisés, aquele que não veio abolir a lei, “mas levá-la à perfeição”, ratifica: “Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira” (Mc 10,11). E vice e versa. Antes, reafirmou: “já não são dois, mas uma só carne. Não separe, pois, o homem, o que Deus uniu”.

Estão aí as mais objetivas palavras a favor da indissolubilidade da vida conjugal. Para muitos – talvez grande maioria – são essas prerrogativas cristãs um grande empecilho para a adesão e o seguimento incondicional ao mestre nazareno. Diria até ser este o motivo maior que impede um crescimento exponencial do cristianismo no mundo, nos dias de hoje. A vida dissoluta e prazerosa de muitos não combina com um compromisso de fidelidade, em especial quando esse compromisso diz respeito à vida a dois, à instituição familiar. E fidelidade é questão de observância à lei, de respeito à sua sacralidade. E sagrado é o caminho da santidade, da fidelidade também a Deus.

Assusta-nos essa tomada de consciência, que aponta nossa infidelidade não apenas ao cônjuge traído ou repudiado, mas igualmente a Deus. Se houve total adesão à vontade divina, se a bênção nupcial recebida foi algo divino, fruto de seu plano de amor, projeto de vida familiar e conjugal, então não se corta ao meio aquilo que “Deus uniu”. Eis a questão. Houve ou não o dedo de Deus naquela vida a dois? Foi Deus ou a volúpia carnal que os fez “marido e mulher”? Como diferenciar o fato do ato, a união plena e real de uma atração e ilusão momentâneas? Para diagnosticar essa verdade existem os tribunais da Igreja, que atestam ou não uma validade sacramental. Mas o fato primeiro é que não nos cabe aqui qualquer julgamento. Essa questão só Deus pode julgar.

A lição maior desse posicionamento radical de Jesus está no peso da lei de Deus. Não à toa a denominamos Lei do Amor. Nela residem todos os elementos da autenticidade, da fidelidade, da tolerância e do diálogo que caracterizam uma união plena e perfeita aos olhos de Deus. Assim como na pureza e no amor infantil, que circundam os passos de Jesus com alegria e simplicidade, “porque o Reino de Deus é dos que são como elas” (Mc 10,14). Ou seja, ninguém conserva um relacionamento perfeito, de amor pleno e duradouro, se não possuir a autenticidade de uma criança diante de Deus. Porque ela confia na proteção divina. Porque ela se submete aos seus ensinamentos. Porque ela não se deixa levar pelos turbilhões da maldade e do desamor. Antes, procura estar sempre próxima e moldar-se à perfeição dos mandamentos que a fé, só a fé, as ensina a praticar.

Tornar-se uma só carne é o ápice da vida conjugal perfeita. É sentir o que o outro sente, sonhar o que o outro sonha, viver o que o outro vive. Para quem vive ou viveu uma paixão verdadeira, sabe perfeitamente quão real são essas afirmativas. Assumir, pois, o tecido da unidade plena e total numa vida a dois não é acreditar em contos de fadas ou ilusões adolescentes. É repetir diuturnamente para o amado ou a amada, o mesmo que Adão exclamou ao acordar de um sono profundo e contemplar a beleza de sua amada: “Desta vez, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne”! (Gn 2,23).

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Telma Spera supera quatro adversários e é eleita a primeira prefeita de Assis

 

 

 

Telma Spera (PL), superou seus quatro concorrentes e foi eleita a primeira prefeita de Assis, conforme resultado confirmado pelo Tribunal Superior eleitoral às 19h38 deste domingo (6/10), com 19.347 votos (40,73% do total).

Em segundo lugar ficou Cristiane Silvério (Republicanos), que obteve 18.255 votos (34,43%); em terceiro, Fernando Quinteiro, com 6.961 votos (14,65%); em quarto, Professora Mariana (PT), que alcançou 2.181 votos (4,6%) e em quinto, o candidato Cavuto (Novo), com 755 votos (1,59%).

Professora e primeira mulher a ocupar o cargo no município, Telma Spera, ex-provedora da Santa Casa e diretora do Hospital Regional, se elegeu com seu vice, Alexandre (Cachorrão) Cobra Vêncio.

VEREADORES

Os 15 candidatos a vereadores eleitos e respectivos votos foram:

12500 – FERNANDO PEREIRA SIRCHIA JUNIOR

Partido Democrático Trabalhista

Eleito por QP

Votação

2.262

55123 – FÁBIO ALEX NUNES

Partido Social Democrático

Eleito por QP

Votação

1.357

10123 – PAULO MATTIOLI JUNIOR

REPUBLICANOS

Eleito por QP

Votação

1.210

22000 – DOUGLAS HENRIQUE DE AZEVEDO TERRA

Partido Liberal

Eleito por QP

Votação

1.127

55789 – PAULO ROBERTO GUIOTI

Partido Social Democrático

Eleito por média

Votação

945

22200 – GERSON ALVES DE SOUZA

Partido Liberal

Eleito por QP

Votação

938

15123 – JEFERSON DE SOUZA

Movimento Democrático Brasileiro

Eleito por QP

Votação

895

10456 – EDSON DE SOUZA

REPUBLICANOS

Eleito por média

Votação

819

13000 – REINALDO FARTO NUNES

Partido dos Trabalhadores

Eleito por média

Votação

752

15456 – CLAUDECIR RODRIGUES MARTINS

Movimento Democrático Brasileiro

Eleito por média

Votação

746

22555 – JOSE CARLOS SILVA BEITUM

Partido Liberal

Eleito por média

Votação

725

77888 – LUCAS GOMES MALAQUIAS DE AZEVEDO

Solidariedade

Eleito por média

Votação

560

70123 – RONIVALDO ANTONIO ARRUDA

AVANTE

Eleito por QP

Votação

545

44777 – FERNANDO ALVES DE OLIVEIRA

União Brasil

Eleito por QP

Votação

416


25789 – JOAO DA SILVA FILHO

Partido Renovação Democrática

Eleito por média

Votação

401