Avaliação da pupila ajuda a identificar lesões cerebrais graves

A dilatação ou contração pupilar pode indicar pistas importantes em pacientes que tiveram algum tipo de trauma ou sofrem de doenças neurológicas

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Imagem: Freepik

A pupila é responsável por regular a quantidade de luz que entra no olho, para que possamos enxergar em diferentes condições de luminosidade. Em locais com maior claridade ela se contrai para proteger a visão do excesso de luz. Já em ambientes mais escuros, a pupila dilata para permitir maior entrada de luz. Localizada no meio da íris e também conhecida como a “Menina dos Olhos”, ela tem um papel fundamental na nitidez da visão, mas sua função é ainda mais ampla! Esta pequena abertura circular e escura no centro do olho pode revelar sentimentos, problemas oculares e até indicar doenças neurológicas.

“A avaliação pupilar é um dos exames realizados nos atendimentos de emergência para avaliar a gravidade da condição do paciente e orientar o tratamento. Ocorrências verificadas na pupila, como mudanças em seu tamanho e forma, podem indicar pistas importantes para identificar um acidente vascular cerebral (AVC), trauma craniano, aumento da pressão intracraniana, entre outras condições”, esclarece o Dr. Matheus Bedendo Rodrigues da Silva, neuro-oftalmologista do H.Olhos, Hospital de Olhos da rede Vision One.
O médico cita algumas circunstâncias que podem ser refletidas pela pupila:
– situações de excitação, medo, raiva, estresse, entre outras emoções, geram uma reação involuntária do sistema nervoso simpático que causa a dilatação da pupila;

– a ingestão de alguns medicamentos, de bebidas alcoólicas ou de drogas pode deixar a pupila dilatada;

– lesões oculares podem danificar os músculos que controlam a pupila e alterar seu formato ou tamanho;

– pupilas desiguais ou que não reagem à luz podem ser sinal de doenças do sistema nervoso ou do cérebro.
De acordo com o Dr. Matheus Bedendo Rodrigues da Silva, “nos pacientes que tiveram algum tipo de trauma ou sofrem de doenças neurológicas, a resposta das pupilas à luz durante a avaliação pupilar ajuda a identificar possível dano ou lesão grave no cérebro. Em condições normais, o que se espera é que as pupilas possuam o mesmo diâmetro e diminuam de tamanho diante do feixe de luz. Caso isso não ocorra, são realizados mais exames para se chegar a um diagnóstico preciso”.

Já nas consultas oftalmológicas, um exame de rotina é o de fundo de olho, uma forma simples e não invasiva de visualizar os olhos, artérias e veias. Também chamado de fundoscopia, ele é realizado após a dilatação da pupila com colírio e auxilia no diagnóstico de doenças oculares como glaucoma, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Este exame também pode indicar diabetes e hipertensão arterial. Para prevenir estas e outras doenças, é importante consultar o oftalmologista regularmente para realizar o procedimento quando necessário.

 

 

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