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CTG Brasil realiza simulado de evacuação de emergência de barragem na Usina Hidrelétrica Canoas II

 

 

 

Palmital (SP), 23 de setembro – A CTG Brasil, uma das líderes em geração de energia limpa no País, realizará no dia 25 de setembro o primeiro simulado de evacuação de emergência da barragem da Usina Hidrelétrica Canoas II, localizada no rio Paranapanema. O exercício integra a etapa final de implantação do Plano de Ação de Emergência (PAE) da barragem.

Pedro Nunes, gerente de Engenharia Civil & Segurança de Barragem da CTG Brasil, destaca que o simulado é uma atividade de caráter preventivo, em cumprimento à lei federal 12.334/10 que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens. Ressalta ainda que todas as barragens administradas pela CTG Brasil são seguras e de baixo risco.

“É importante reforçar que a barragem da Usina Canoas II não apresenta qualquer risco. O exercício simulado, para além do cumprimento de uma determinação legal, representa nosso compromisso com o bem-estar e a segurança dos profissionais e da população vizinha aos empreendimentos”, diz Nunes.

A atividade do dia 25 terá início às 14h e além da equipe técnica da CTG Brasil, participarão desta ação as defesas civis dos municípios de Palmital (SP) e Andirá (PR), além dos moradores residentes na Zona de Autossalvamento (ZAS), nome dado para a área de impacto imediato em caso de emergência, localizada logo abaixo da barragem.

A partir do cadastro realizado pela CTG Brasil, na ZAS da UHE Canoas II, atualmente, vivem cerca de 40 famílias. Está sendo implementado um plano de comunicação abrangente previamente à realização dos simulados por meio de ações porta-a-porta por equipe contratada pela CTG Brasil, fixação de faixas de divulgação e o envio de mensagens SMS e WhatsApp para os celulares cadastrados.

Os simulados caracterizam a etapa final de implantação do PAE, cujo processo foi iniciado em 2018 englobando estudos de engenharia para delimitação das áreas de risco, mapeamento e cadastro das populações residentes nas ZAS, instalação das rotas de evacuação e pontos de segurança, bem como sistemas de alerta de emergência composto por sirenes.

O objetivo principal dos simulados de evacuação é exercitar o processo de gestão de emergência na barragem, que envolvem desde procedimentos de notificação – internos e externos –, até a completa evacuação da ZAS. “Com o simulado, as defesas civis poderão revisar seus Planos de Contingência Municipal e os moradores da ZAS estarão preparados para agir em caso de uma emergência na barragem”, explica Nunes.

Como será o simulado
A partir de um cenário previamente estabelecido pela equipe de engenharia, serão testados os procedimentos de comunicação e evacuação definidos no PAE da UHE Canoas II. O sistema de alerta de emergência será acionado pela sala de comando da usina e a ordem de evacuação será emitida pelo Coordenador do PAE. As pessoas residentes nessa área, a partir do alerta sonoro emitido pelas sirenes de emergência, deverão se dirigir pelas Rotas de Evacuação até os Pontos de Segurança, onde serão recebidas pelos funcionários da empresa e pelos agentes de defesa civil. Nos pontos de segurança serão instaladas tendas, onde os participantes poderão esclarecer possíveis dúvidas e responder a um questionário de avaliação do exercício.

Participação da comunidade
A empresa reforça o convite para que a comunidade localizada na ZAS compareça aos exercícios de simulação de emergência das barragens. Vitor Hugo de Morais, Coordenador de Implantação do PAE das barragens da CTG Brasil, destaca a importância do engajamento da população e dos municípios localizados na ZAS.

“Todo o esforço investido no planejamento e execução dos exercícios simulados foi feito com foco na capacitação da comunidade localizada na ZAS, de modo a prepará-la para agir em uma eventual situação de emergência. Esperamos que esta ação seja promotora da criação de uma cultura de prevenção e segurança de barragens nos municípios envolvidos”, diz Morais.

Para mais informações sobre as barragens acesse a página de Segurança da Comunidade no site da CTG Brasil (https://www.ctgbr.com.br/sustentabilidade/social/seguranca-da-comunidade/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected].




Operação busca identificar e desmobilizar construções irregulares no rio Paranapanema

Assis (SP), 18 de setembro de 2024 – Uma ação conjunta entre a CTG Brasil, com o apoio da Polícia Militar Ambiental, do Ministério Público e do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA), buscará identificar e desmobilizar construções irregulares localizadas em Áreas de Preservação Permanente (APP) do reservatório da Usina Hidrelétrica Capivara, no rio Paranapanema. A ação estará concentrada no bairro Campinho, no município de Florínia (SP).

Nesta primeira etapa, de identificação, iniciada na última terça-feira (17), as equipes de Gestão Fundiária da CTG Brasil (concessionária da UHE Capivara) e da Polícia Militar Ambiental fixaram adesivos nas edificações existentes, identificando-as e notificando os responsáveis sobre sua condição irregular e a necessidade de desmobilização voluntária dessas estruturas até o dia 4 de novembro de 2024. Nessa atividade foram identificados 25 ranchos irregulares.

Os responsáveis pelas edificações adesivadas deverão procurar a Garagem Municipal de Florínia (Rua Livino Cardoso de Oliveira, s/n) ou entrar em contato pelo telefone (18) 3377-0618 para fazer seu cadastramento. Caso os responsáveis não se identifiquem dentro do prazo, essas edificações serão consideradas abandonadas e estarão sujeitas à desmobilização na segunda etapa.

“Intervenções irregulares fomentam a pesca e a caça predatória e podem gerar desequilíbrio ambiental. O fator educativo de ações como essa é importante e certamente deixará lições para outras operações com foco na conservação das áreas de preservação permanente, além de reforçar a nossa preocupação com o meio ambiente”, diz Ivan Toyama, gerente Fundiário da CTG Brasil.

Para contribuir com a preservação dos recursos naturais e garantir o uso múltiplo de todos seus reservatórios, a CTG Brasil mantém também o programa “Espaço Legal”, um guia cujo principal objetivo é orientar comunidades do entorno dos reservatórios sobre a ocupação regular e o uso correto dessas áreas. O guia está disponível para download no site da CTG Brasil.

Sobre a CTG Brasil
Uma das maiores geradoras de energia do País, conta com a dedicação de seus talentos locais e está comprometida em contribuir com a matriz energética brasileira, pautada pela responsabilidade social e respeito ao meio ambiente. A empresa tem investimentos em 17 usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos, com capacidade instalada total de 8,3 GW. Criada em 2013, é controlada indireta da China Three Gorges Corporation, uma das líderes globais em geração de energia limpa.




Filhote de onça é resgatado em área de incêndio

 

Um filhote de onça-parda resgatado de um incêndio florestal foi encaminhado ontem ao centro de atendimento de animais silvestres de Ribeirão Preto. Com a chegada desse bebê e outros animais a unidades da rede de atendimento e reabilitação estruturada pelo governo do Estado, subiu para 70 o número de casos desde o início da onda de incêndios no interior paulista, há duas semanas. Os que morreram já somam 38, e 32 continuam em tratamento. São animais expulsos de suas casas pelas chamas e que recebem agora tratamento para voltar à natureza ou, quando não for possível, destinados a abrigos adequados.

A oncinha, um macho batizado Benedito, foi capturada por funcionários de uma usina na área rural de São Joaquim da Barra e levada ao zoológico do município de Guaíra. Ela se distanciou da mãe e do irmão ao tentar fugir do fogo na mata e foi atropelada em uma rodovia. O outro filhote foi encontrado morto, e a mãe continua desaparecida.

Com lesão grave em uma das patas, Benedito foi encaminhado ao Centro de Triagem e Reabilitação (Cetras) Morro de São Bento para tratamento multidisciplinar. Segundo informações do zootecnista Alexandre Gouvea, o filhote teve dois dedos amputados e perdeu grande parte dos movimentos da pata em razão do atropelamento. “Ele não terá chances de retornar à vida livre, já que não poderá mais usar esse membro para caçar e comer”, lamentou. A boa notícia é que o filhote está se recuperando bem e mamando bastante. Em apenas três dias, ganhou 250 gramas.

O Cetras recebeu também um macaco da espécie bugio, que chegou bastante estressado e machucado. O animal, uma fêmea adulta, foi resgatado no município de Guatapará. Depois de fugir da mata em chamas, entrou em uma residência e foi mordido por um cachorro. Seu estado de saúde é grave.

Vitória, o tamanduá-bandeira que estava em tratamento na mesma unidade, não resistiu e morreu ontem. Ela teve infecção generalizada por conta das queimaduras de terceiro grau e duas paradas cardíacas.

Em Jundiaí, a Associação Mata Ciliar divulgou um balanço ontem dos animais atendidos nos últimos dez dias: foram 28 atropelados, possivelmente tentando fugir dos incêndios. Entre eles, está um filhote de veado com problemas respiratórios.

Rede de apoio em alerta total

O Cetras e a Associação Mata Ciliar integram a rede de atendimento e reabilitação estruturada pelo departamento de fauna silvestre da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado (Semil) para receber animais vitimados pelos incêndios florestais que estão ocorrendo principalmente no interior paulista. Já são 26 unidades integradas, que estão em alerta para atender animais resgatados das queimadas e outros que, ao tentar fugir do fogo, acabam muitas vezes sendo atropelados nas rodovias.

A medida faz parte de um conjunto de ações do gabinete de crise anunciado pelo governo para combater os incêndios que atingiram o interior do estado.

Essa rede foi criada para atender os animais afetados pelos incêndios florestais no interior paulista. Com 26 unidades integradas em alerta, profissionais estão prontos para resgatar e reabilitar esses animais, que incluem ainda cobras, lagartos, gambás e macacos-prego. A colaboração entre os centros de triagem e a comunidade é essencial para garantir o cuidado necessário.

Isabella Saraiva, diretora do Departamento da Fauna Silvestre, destacou a importância desse esforço conjunto: “Todos os centros autorizados se prontificaram a colaborar gratuitamente.” A população é orientada a não tentar resgatar animais feridos sozinha. O correto é entrar em contato com a Polícia Militar Ambiental (190), Corpo de Bombeiros (193) ou Guarda Municipal. Se uma clínica veterinária não especializada receber um animal selvagem, deve encaminhá-lo para uma das unidades autorizadas do Cetras.

Lista atualizada de CETRAS e CRAS em funcionamento no Estado pode ser verificada aqui: Link.

 




Segurança e bem-estar: Energisa compartilha recomendações de saúde durante seca e queimadas 

 

Na Energisa, a vida é o principal valor, e zelamos pela segurança de todos seguindo rigorosamente os procedimentos estabelecidos. Diante da seca e das queimadas, estendemos nossos cuidados com os colaboradores à comunidade, cientes de que esses eventos prejudicam o meio ambiente e a saúde, agravando problemas respiratórios.

O corpo humano, composto por cerca de 70% de água, precisa de hidratação adequada. Recomenda-se ingerir de 35 a 50 mililitros de água por quilo de peso corporal diariamente. Assim, uma pessoa de 60 quilos deve beber entre 2,1 e 3 litros de água por dia. “A boa hidratação melhora a função cognitiva, a saúde cerebral, a circulação sanguínea, a saúde cardíaca e o aspecto da pele,” afirma José Rafael Assad Cavalcante, coordenador da Medicina do Trabalho da Energisa Sul-Sudeste.

O uso de ar-condicionado e ventilador proporciona um conforto térmico, mas também pede atenção. “Caso use o ar-condicionado, certifique-se de que a manutenção esteja em dia e, se possível, coloque um filtro que ajuda na redução de impurezas do ambiente. Já ao ligar o ventilador, é importante que o ambiente e o aparelho estejam limpos, pois ele acaba levantando poeira e, muitas vezes, jogando em cima do nosso corpo”, orienta José Rafael.

Conforme o médico, os climatizadores de ambiente também são uma opção interessante, pois ajudam a umidificar e ventilar o ambiente. “Vale reforçar que para todas as opções a manutenção deve estar em dia e a limpeza ser realizada diariamente”, destaca.

Outro aspecto importante é a lavagem nasal, não apenas para limpar as vias aéreas superiores, mas também para ajudar a hidratar a mucosa nasal, melhorando a filtragem e umidificação do ar. “Pode ser feita de 2 a 3 vezes ao dia, conforme necessário. Utilize apenas soro fisiológico”, orienta José Rafael.

O uso de máscara também é bem-vindo para amenizar a poluição do ar. “As melhores são a PFF2 ou N95, porém, na falta delas podemos utilizar a máscara cirúrgica ou até mesmo a máscara de pano, que vão ajudar a filtrar partículas maiores. É importante seguir, ainda, alguns cuidados com o manuseio e utilização, como evitar o uso de maquiagens, evitar molhar e, sempre que possível, deixá-las em ambiente ventilado para secar. Máscaras como N95, PFF2 ou cirúrgicas não devem ser lavadas”, orienta o médico, lembrando que devemos sempre avaliar o estado de conservação para troca dos equipamentos.

Outras dicas

  • Evite a exposição à fumaça. Sempre que possível, quando houver queimada nas proximidades, fique em ambientes fechados e com as janelas fechadas. A fumaça pode causar irritação nas vias respiratórias e agravar condições como asma e bronquite.
  • A estiagem pode levar à desidratação. Mantenha-se hidratado, bebendo água regularmente, mesmo que não sinta sede. Evite bebidas alcoólicas e com cafeína, que podem aumentar a desidratação.
  • Consuma alimentos leves. Inclua frutas e vegetais ricos em água em sua dieta, como melancia, laranja, pepino e alface.
  • A exposição ao sol pode ser mais intensa durante a estiagem. Evite ficar exposto diretamente ao sol, use protetor solar com fator de proteção alto e roupas leves e de cor clara para proteger sua pele.
  • A baixa umidade pode ressecar a pele. Use hidratantes regularmente para manter a pele saudável e evitar rachaduras e irritações.
  • Evite atividades físicas intensas ao ar livre durante os períodos de calor extremo e quando a qualidade do ar estiver comprometida. Prefira horários mais frescos do dia, como o início da manhã, final da tarde e à noite.
  • Se precisa estar ao ar livre, mantenha-se na sombra, use chapéus e roupas leves e respiráveis. Faça pausas frequentes para se hidratar.
  • Fique atento a alertas meteorológicos e de saúde pública. Acompanhe as previsões do tempo e as recomendações das autoridades locais.
  • Esteja atento a sinais de problemas de saúde relacionados ao calor e à qualidade do ar, como tontura, falta de ar, dor de cabeça e cansaço extremo. Se sentir algum desses sintomas, procure assistência médica imediatamente.

 




Governo amplia número de equipes para combate a incêndios nos parques do estado

O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), ampliou o efetivo para combater os incêndios no estado. Serão 15 novas equipes que irão atuar nas Unidades de Conservação, somando-se às 19 já existentes. São mais 45 bombeiros civis, com 15 veículos 4×4, equipados com motobombas com capacidade de 600 litros d’água e mangueira acoplada, e novos equipamentos de controle do fogo. Assim, o número de bombeiros sobe de 57 para 102 pessoas, um aumento de quase 80%. Brigadistas do Vale do Ribeira e do litoral se deslocaram para o interior do estado para ajudar no combate. O monitoramento é feito tanto por via terrestre como por meio de drones com leitura térmica para identificar focos, até mesmo durante a noite.

A estrutura da Fundação Florestal também conta com centenas de brigadistas, vigilantes, vigilantes motorizados, e vários tipos de equipamentos que são usados por esses profissionais. Entre eles estão: caminhões-pipa, tratores, carretas-tanque, picapes 4×4, quadriciclos, sopradores, atomizador costal, roçadeiras, motosserras, bomba costal e abafadores. Além disso, só neste ano, o Governo de SP realizou mais de 1.500 km de aceiros, faixa de terra livre de vegetação que é criada para impedir a propagação de incêndios.

Outra importante medida adotada pelo Governo de SP foi o fechamento de 80 Unidades de Conservação, incluindo parques, no último domingo (1º de setembro). A decisão foi justamente para proteger a população e direcionar os funcionários para atuar diretamente nos incêndios. Além disso, a ideia também é evitar que algum visitante fique preso em uma trilha em meio às chamas. O número de focos de calor cresceu 386% entre janeiro e agosto deste ano, na comparação com 2023. Além disso, cerca de 8.049 propriedades rurais foram afetadas pelos incêndios em 317 municípios.

“O fechamento das Unidades de Conservação foi fundamental para combater as queimadas. Esse reforço por parte da Fundação Florestal vai ajudar diretamente a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Coordenadoria de Fiscalização Ambiental e Biodiversidade, DER, entre outros órgãos”, afirma Rodrigo Levkovicz, diretor-presidente da Fundação Florestal.

Parceria com o setor privado  

O Governo de São Paulo também conseguiu apoio da iniciativa privada para auxiliar na identificação das queimadas. Empresas que têm uma rede de monitoramento nas unidades produtivas delas, utilizam torres com câmeras, que podem ter um alcance de até 100 km, a depender da topografia. A comunicação é feita imediatamente para que tenha uma resposta imediata.

“Temos um planejamento muito bem estabelecido aqui no estado, com um plano de curto, médio e longo prazo. E para robustecer isso cada vez mais, ficou acordado que cada um vai mandar as informações de suas infraestruturas, principalmente do que chamamos de infraestruturas críticas. Vamos agregar os mapeamentos para termos esse planejamento articulado dentro do nosso gabinete de crise”, afirma a secretária do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.




Governo monta rede de atendimento para animais silvestres vítimas de incêndios florestais que inclui Assis

 

Cobra, lagarto, gambá, tatu, tamanduá-mirim, macaco-prego e tamanduá-bandeira, espécie em extinção no Brasil, estão entre as resgatadas; orientação para a população é entrar em contato com autoridades quando encontrar animal ferido

 

Uma rede de atendimento e reabilitação foi estruturada pelo departamento de fauna silvestre do Estado de São Paulo para receber animais vitimados pelos incêndios florestais que estão ocorrendo principalmente no interior paulista. Já são 26 unidades integradas, que estão em alerta para atender animais resgatados das queimadas e outros que, ao tentar fugir do fogo, acabam muitas vezes sendo atropelados nas rodovias. O município de Santa Bárbara d’Oeste acaba de ingressar nesta cadeia de salvamento.

A medida faz parte de um conjunto de ações do gabinete de crise anunciado pelo governo para combater os incêndios que atingiram o interior do estado nos últimos 10 dias. Em apenas quatro cidades, 47 animais foram atendidos, dos quais 31 estão se recuperando e 16 morreram.

Em Assis, chegaram 21 animais: 15 filhotes de periquito-rei que foram abandonados em ninho; dois gaviões carcarás e um carijó, com intoxicação por fumaça, um gato do mato, com queimaduras e fratura, e dois filhotes de cachorro do mato, um deles com queimaduras também.

Somente o centro de reabilitação do município de Ribeirão Preto recebeu 17 animais resgatados. Até esta segunda-feira (2), oito deles tinham morrido em decorrência de queimaduras, insuficiência respiratória e outras complicações. Entre as espécies socorridas havia cobra, lagarto, gambá, tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, macaco-prego e tatu.

O caso mais grave na unidade é o da tamanduá-bandeira, espécie em extinção no Brasil. O animal, uma fêmea adulta, que ganhou o nome Vitória, teve nas patas e no focinho queimaduras de terceiro grau. Mesmo machucada, lutou tanto para escapar das chamas que acabou sofrendo um estresse severo, descompensando praticamente todas as funções vitais. Vitória está sendo monitorada durante 24 horas por dia, assim como todos os outros que chegam em estado crítico.

Jundiaí teve oito animais atendidos, sete gambás e um tatu, e nenhum sobreviveu. Em Araras, um gambá atendido continua em tratamento.

Para Isabella Saraiva, diretora do Departamento da Fauna Silvestre, que faz parte da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), a articulação dessa rede de atendimento foi imprescindível para garantir que Vitória e outros animais sejam atendidos por equipes multidisciplinares e especializadas em animais selvagens. “Fizemos contato com todos os centros autorizados de triagem e reabilitação localizados em vários municípios paulistas, e todos se prontificaram a colaborar gratuitamente. Veterinários, zootecnistas, biólogos, nutricionistas e outros especialistas abraçaram a causa e estão em estado de alerta para receber os resgatados”, ressaltou.

A Semil é gestora do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) no Parque Ecológico Tietê, em São Paulo. As demais unidades envolvidas na ação são geridas pelos municípios onde estão localizadas, mas só podem funcionar se tiverem autorização do Estado para receber, identificar, acolher, cuidar e reabilitar animais silvestres provenientes de ações de fiscalização, resgate, como casos de incêndios, e entregas espontâneas realizadas pela população, com objetivo principal de devolver esses animais recuperados ao ambiente natural.

Além desses centros, entidades do terceiro setor e clínicas particulares que possuem médicos veterinários e biólogos habilitados em animais silvestres também foram alertadas sobre possíveis emergências, e a maioria se dispôs a atendê-los gratuitamente.

Isabella faz um alerta também à população, caso encontre algum animal ferido ou debilitado: “A orientação é para não mexer no animal e imediatamente entrar em contato com a Polícia Militar Ambiental (190), Corpo de Bombeiros (193) ou Guarda Municipal para realizarem o resgate”.

Caso alguma clínica veterinária não especializada em espécies selvagens receba algum animal, a instrução é que realize o encaminhamento para alguma das unidades autorizadas do Cetras no estado.

Lista atualizada de CETRAS e CRAS em funcionamento no Estado podem ser verificada aqui: Link.

 




Fundação Florestal fecha unidades de conservação temporariamente devido ao alto risco de incêndio

 

 

A Fundação Florestal, órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado de São Paulo, anunciou neste domingo (1/9) o fechamento emergencial de 80 unidades de conservação localizadas na região metropolitana e interior do Estado. A decisão foi tomada em resposta ao crescente risco de incêndios florestais, que coloca em perigo tanto os visitantes quanto as áreas de preservação.

O fechamento, que entra em vigor imediatamente, seguirá até o dia 12 de setembro, podendo ser revisado conforme as condições climáticas e os riscos associados. Durante este período, as equipes da Fundação Florestal ficarão focadas em ações de prevenção, no monitoramento territorial e no combate aos incêndios, além de prestar apoio às comunidades vizinhas.

O diretor executivo da Fundação Florestal, Rodrigo Levkovicz, explica que a medida é imprescindível neste período crítico com o objetivo de minimizar os impactos dos incêndios florestais e concentrar os recursos e esforços para garantir a preservação dos ecossistemas e a segurança de todos os envolvidos, incluindo as comunidades que dependem diretamente desses recursos.

“Neste momento, as unidades de conservação estão 100% focadas nas ações preventivas de monitoramento e de resposta rápida, caso haja algum foco de incêndio. Também estamos incrementando nossos contratos, especialmente o de bombeiros civis, além de direcionar equipes do litoral e do Vale do Ribeira para somar esforços durante esse período mais critico”, finaliza o diretor executivo da Fundação Florestal.

Eis as unidades de conservação que serão fechadas:

Arie Leopoldo Magno Coutinho
EE Angatuba
EE Assis
EE Avaré
EE Bananal
EE Barreiro Rico
EE Bauru
EE Caetetus
EE Ibicatu
EE Itaberá
EE Itapeti
EE Itapeva
EE Itirapina
EE Jataí
EE Marília
EE Mata do Jacaré (São Carlos)
EE Mogi-Guaçu
EE Paranapanema
EE Paulo de Faria
EE Ribeirão Preto
EE Santa Bárbara
EE Santa Maria
EE Valinhos
EEX Araraquara
EEx Bauru
EEX Bento Quirino
EEX Buri
EEX Casa Branca
EEX Itapetininga
EEX Itapeva
EEX Itararé
EEX Itirapina
EEX Jaú
EEX Luiz Antônio
EEX Mogi Mirim
EEX Mogi-Guaçu
EEX Paraguaçu Paulista
EEX Santa Rita do Passa Quatro
EEx São José do Rio Preto
EEX São Simão
EEX Tupi
FE Assis
FE Guarulhos
FE Noroeste Paulista
FE Pederneiras
FE Santa Bárbara
FE Serra D’Água
FEENA
Floresta de Angatuba
Floresta de Avaré I
Floresta de Avaré II
Floresta de Batatais
Floresta de Bebedouro
Floresta de Botucatu
Floresta de Cajuru
Floresta de Manduri
Floresta de Paranapanema
Floresta de Piraju
Mona Mantiqueira
Mona Pedra do Baú
Mona Pedra Grande
PE Aguapeí
PE Águas da Billings
PE Águas da Prata
PE ARA
PE Campos do Jordão
PE Furnas do Bom Jesus
PE Itaberaba
PE Itapetinga
PE Jaraguá
PE Juquery
PE Mananciais Campos do Jordão
PE Morro do Diabo
PE Porto Ferreira
PE Rio do Peixe
PE Serra do Mar – Núcleo Cunha
PE Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia
PE Vassununga
ReBio Mogi-Guaçu
RVS Aimorés




Em 27 de agosto é comemorado o Dia do Rio Paranapanema

 

Todos os anos, o CBH – Comitê da Bacia Hidrográfica do Paranapanema promove ações na data visando valorizar e ressaltar a importância deste rio a ambos os Estados, para a sociedade local e a gestão dos recursos hídricos. Neste ano, o Comitê do Rio Paranapanema, com o objetivo de fortalecer o senso de fomentar a responsabilidade acerca das águas, convidou a todos que falassem, por meio de vídeo, o que é ser Paranapanema. O resultado da campanha será apresentado nas redes sociais do Comitê (/cbhparanapanema) nesta terça-feira (27).

O Rio Paranapanema une os Estados de São Paulo e Paraná. Sua extensão é de 929 quilômetros, nascendo na Serra do Mar, município de Capão Bonito, a quase mil metros de altitude e desaguando no Rio Paraná, município de Rosana, a uma altitude de 239 metros acima do nível do mar.

São cerca de cinco milhões de moradores que habitam a sua bacia hidrográfica. Desta população, dois milhões são paulistas e três paranaenses. Esta população reside em 247 municípios, dos quais 115 no Estado de São Paulo, onde 99 têm sua sede dentro da Bacia Hidrográfica e 132 no Estado do Paraná, onde 123 municípios têm a sede na Bacia.

As águas do Rio Paranapanema drenam uma região considerada de forte conservação do meio ambiente de dois dos mais importantes biomas brasileiros – o cerrado e a mata atlântica. Verdadeiro tesouro ambiental ainda está preservado nas suas porções superiores onde ocorre a Serra do Mar, com grande parte de sua cobertura vegetal preservada. Mas também com importantes reservas de cerrado, como a floresta estadual de Assis e outras reservas preservadas. Na porção final da Bacia, o Parque Estadual do Morro do Diabo mantém um projeto de proteção de fauna e flora impressionante pela imponência e diversidade.

Mas, também nas atividades do agro, o Paranapanema se destaca. A agricultura de ponta e um extraordinário potencial para a agricultura irrigada, tanto pela excelência de seus solos, quanto por conta da enorme disponibilidade hídrica nas regiões do Alto e Médio Paranapanema e Bacia dos Rios Cinza e Tibagi. Também se destaca no grande avanço nas indústrias ssucro-alcooleira e aumento no plantio de cana-de-açúcar com produção de energia automotiva limpa e reciclável, além de geração da energia termoelétrica, com a iniciativa das usinas de açúcar e álcool na queima da palha.

Também o setor da produção pecuária é expressivo nas porções finais da Bacia Hidrográfica do Paranapanema (Pontal do Paranapanema Paulista, e Unidades de gestão do Pirapó, Paranapanema 3 e 4 no Estado do Paraná), a ponto de o Pontal do Paranapanema já ter sido chamado de o “Texas Brasileiro”.

Ainda  para a economia do país, a Bacia do Rio Paranapanema e principalmente o Rio Paranapanema tem sido uma enorme fonte de energia hidrelétrica. Usinas Hidrelétricas, Centrais Geradoras Elétricas e Pequenas Centrais Elétricas estão instaladas na bacia gerando mais de 4% de toda a energia consumida. (Por Emílio Carlos Prandi).

 




Defesa Civil alerta para aumento no risco de incêndios

 

Temperaturas altas e sem chuvas. Essa é a previsão do tempo para o Estado de São Paulo nos próximos dias, o que aumenta o risco de incêndios nas áreas rurais. As regiões mais afetadas são Presidente Prudente, Assis, Dracena, Araçatuba, Jales, São José do Rio Preto, Barretos e Ribeirão Preto, segundo o alerta do Centro de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil estadual (CGE).

A previsão é de que no período mais quente do dia as temperaturas podem chegar a 36°C. Além disso, a Umidade Relativa do Ar, deve atingir níveis críticos, ficando abaixo dos 20% no interior do estado.

Atento a esse cenário, o Governo do Estado de São Paulo lançou o “São Paulo Sempre Alerta – Plano Estadual de Resiliência à Estiagem”. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, ao lado de outras pastas, faz parte do Comitê Gestor do plano, que visa a implementação de ações coordenadas de prevenção, mitigação e resposta aos impactos da estiagem prolongada. Dentre os objetivos do São Paulo Sempre Alerta destacam-se o apoio à atividade agropecuária nas regiões afetadas pela estiagem e a promoção do abastecimento contínuo de água potável à população.

A escassez de água tem sido uma grande preocupação do Governo de SP e para garantir a produtividade das lavouras paulistas em meio às condições climáticas extremas, foi lançado o Plano Estadual de Irrigação Sustentável – Irriga+SP. “Os efeitos das mudanças climáticas estão cada vez mais fortes. Mas quem tem sua lavoura irrigada, tem sua produção garantida”, destaca o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai. Um dos objetivos do Plano será ampliar de forma sustentável as áreas irrigadas do Estado que atualmente, compreendem apenas 6% da área produtiva paulista. A meta é chegar a 15% até 2030.

Além disso, a SAA, por meio do Programa AgroSP+Seguro, disponibilizou mais de 100 kits de combate a focos de incêndios para prefeituras, com tanques rígidos e motobombas, além de fomentar a capacitação de brigadas municipais de combate a incêndios para utilizar esses equipamentos, e seu cadastramento junto ao Serviço de Atendimento a Emergências do Corpo de Bombeiros, por meio do Programa Município Agro.

De acordo com o Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), em 2023 mais de 90% dos 158 focos de incêndio em áreas protegidas tiveram como causa ações humanas que poderiam ter sido evitadas. Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que no período de 01 de janeiro a 31 de julho de 2024 foram detectados 1.798 focos pelo satélite de referência AQUA_M-T, número 136% maior que o mesmo período de 2023. Os modelos climáticos pedem atenção para os meses de agosto e setembro, quando as condições de estiagem e altas temperaturas estarão mais severas.

Para o secretário de Agricultura Guilherme Piai, é imprescindível o apoio dos produtores rurais de todo o Estado de São Paulo na prevenção de incêndios. “Conto com os homens e mulheres do campo para que adotem medidas de prevenção, como a instalação de aceiros nos limites das propriedades rurais e ao redor das áreas de mata e não realizar a limpeza de suas áreas com fogo”, alerta.




Nascem 12 filhotes de araras de ovos resgatados do tráfico no aeroporto de Guarulhos

 

 

Nasceram nesta segunda-feira (5), 12 filhotes de araras cujos ovos haviam sido resgatados de uma operação contra o tráfico de animais no Aeroporto Internacional de Guarulhos. As aves estavam recebendo cuidados especiais desde que seus ovos foram retirados da mala de um passageiro e vão permanecer em recuperação em um centro de recuperação da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado de São Paulo. No total, 24 ovos foram recolhidos – os demais seguem na incubadora.

Os ovos haviam sido levados para o Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres de São Paulo (Cetras-SP) depois de o traficante de animais ser detido no aeroporto, na última quinta (1º). Desde então, os ovos receberam o cuidado adequado para permitir que as aves terminassem de se desenvolver e pudessem nascer.

Durante os próximos dias, os filhotes permanecerão em uma Unidade de Tratamento Animal (UTA), com controle de temperatura média em 36ºC e umidade do ar em 60%, enquanto os 12 ovos permanecem na incubadora aguardando a eclosão. Neste momento, os filhotes seguem no ganho de peso até completarem 30 dias, quando irão para outra unidade de tratamento, com temperatura e umidade mais próximas do ambiente natural.

No primeiro semestre de 2024, 4.040 animais silvestres foram recebidos pela secretaria. São espécies resgatadas de tráfico nacional e internacional, vítimas de atropelamentos, de colisão em vidraças, de acidentes com linhas de pipa, eletrocutados, feridos por projétil, agredidos por pessoas, atacados por animais domésticos, ou ainda filhotes órfãos. Isso significa mais de 22 animais a cada dia sendo recebidos para o processo de recuperação.

Os animais são encaminhados ao Cetras-SP após ações conjuntas com a Polícia Militar Ambiental, Ibama, as polícias Civil e Federal e Guardas Municipais. Até o momento, 79% de todos os animais recebidos foram reabilitados e devolvidos a seus habitats naturais, e 21% entregues às instituições de apoio.

O tráfico segue como o maior motivo das apreensões, especialmente de aves encontradas em situações precárias. Em 2023, o Cetras-SP recebeu 8.880 animais, sendo 4.613 provenientes de apreensão, 1.021 de entregas espontâneas, 3.118 vindos de resgates e 128 de outras origens.

“O trabalho do Cetras-SP é fundamental para o cumprimento de um importante eixo do nosso Plano Estadual do Meio Ambiente, que é a proteção da biodiversidade”, enfatiza a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende. Ela observa que, para além do cuidado com os animais, a pasta também trabalha em ações de conscientização e combate às principais causas de risco.

Como os animais são cuidados

Ao dar entrada na unidade, cada animal tem uma ficha com os dados pessoais ou da ocorrência, histórico, identificação taxonômica do espécime, origem e avaliação inicial da condição do animal, preenchida garantindo histórico e acompanhamento, que em seguida, atendido por biólogos e veterinários para análise clínica para tratamento e início do protocolo de reabilitação. Nessa primeira etapa de cadastro, os animais recebem uma marcação individual que pode ser uma anilha ou microchip, que alinhados à ficha garante a rastreabilidade individual dentro, e posteriormente fora do Centro.

Com a análise clínica e avaliação física, o tratamento se inicia por meio de exames, cirurgias e até mesmo implante de penas, para os casos das aves, enquanto os protocolos são baseados na espécie, faixa etária, histórico, condição física, nutricional, sanitária e comportamental. Desta forma, contemplando reabilitação nutricional e comportamental, além de readaptação na apanha de alimentos, treinamento de voo, reinserção de animais gregários em grupos, entre outros estímulos.

Os cuidados iniciais variam de acordo com o histórico da ocorrência, indivíduos oriundos do tráfico e entregues voluntariamente em sua maioria apresentam distúrbios comportamentais e nutricionais, necessitando cuidados específicos e de longo prazo, já ocorrências de interceptação em rodovias, por exemplo, com grande quantidade de animais recém capturados, aglomerados, sem alimentação e desidratados precisam de cuidados intensivos no momento da chegada.

O tempo de reabilitação é diferenciado entre as espécies e o histórico da ocorrência, podendo variar de uma semana a dois anos com todos os aspectos biológicos avaliados para a destinação correta de cada animal, sempre com a prioridade de devolução para a natureza.

Para todo este processo o Cetras-SP conta com uma equipe dedicada de tratadores de animais, técnicos, biólogos, e veterinários na garantia do bem-estar animal.