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Primeiros mil dias: pelo futuro das crianças!

Promovida pelo Núcleo de Estudos dos Mil Dias da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), a campanha “Fevereiro Safira”, cujo tema é “Primeiros mil dias: pelo futuro das crianças”, tem por objetivo conscientizar a comunidade médica e a população sobre a importância dos cuidados com o bebê nessa fase, que compreende os 270 dias de gestação somados aos dois primeiros anos de vida, período fundamental para que a criança possa atingir o seu potencial máximo de crescimento e desenvolvimento.

De acordo com o pediatra e nutrólogo Rubens Feferbaum, presidente do NE dos Mil Dias da SPSP e coordenador do Fevereiro Safira, a campanha tem sua origem em uma ação que decorreu de uma série de estudos publicado na revista Lancet, desde 2013, que teve vertentes bastante importantes no atendimento das crianças, como por exemplo a questão da nutrição, além de outras relacionadas ao desenvolvimento cognitivo, prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, parentalidade etc. “A escolha desse período da vida como tema de uma das campanhas da SPSP se deve ao crescimento acelerado, tanto físico quanto do sistema nervoso, e a importância dos nutrientes e estímulos adequados que favoreçam a saúde e o desenvolvimento cognitivo e emocional da criança para a fase adulta”, revela o médico.

Conforme explica o pediatra Claudio Barsanti, coordenador das Campanhas da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), durante os mil dias é possível impactar na redução da mortalidade e danos ao crescimento e neurodesenvolvimento futuro da criança. “Pode-se, também, caminhar na prevenção das denominadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) durante a vida adulta, como a síndrome metabólica – caracterizada por diabetes, dislipidemia e hipertensão arterial – e, ainda, alguns tipos de cânceres”, diz, esclarecendo que, nessa fase, mecanismos epigenéticos, que podem alterar a estrutura do DNA, levam ao risco do desenvolvimento dessas doenças, portanto, evitar a subnutrição e a obesidade durante os mil dias é crucial na prevenção das DCNT.




Os bebês e os animais podem conviver em harmonia

 

Não são poucos os pais que se desfazem de seus animais para evitar riscos com o bebê, pois desconhecem que é possível estabelecer uma convivência muito tranquila entre ambos. Se o animal chegou antes é importante introduzir a chegada do bebê com cautela.

Ainda na maternidade, é importante que sejam levados alguns panos novos e limpos para ficarem em contato com o novo membro da família. Depois, alguém deve levar esses panos para casa, e colocá-los nos locais onde o animal costuma fazer coisas prazerosas: debaixo da vasilha de ração, na sua cama, junto aos brinquedos dele. Enfim, qualquer lugar que o animal relacione com suas atividades preferidas. Os cães possuem um olfato extremamente apurado, e o contato com os panos fará com que ele comece a se familiarizar com o cheiro do bebê e relacione esse cheiro com coisas boas como comer, dormir e brincar.

“A chegada do bebê modifica toda a rotina da casa. A atenção dos familiares tenderá a se concentrar nos cuidados com a criança. No começo, poderá ser muito difícil para o animal compreender essas mudanças”, alerta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News.

Alguns cães e gatos ficam desconfiados, estranham o choro da criança e, a alteração do movimento na casa, com a presença de muitas visitas. É aconselhável, neste período, evitar mudanças bruscas na rotina do animal.

Os passeios e brincadeiras devem continuar-nos mesma intensidade, para evitar ansiedade e o surgimento de compulsões e comportamentos destrutivos ou indesejados.

Sendo assim, Vininha F. Carvalho ressalta que é preciso condicionar o animal corretamente, para que ele aceite melhor essa situação e passe a gostar do novo membro da família e, não entenda que o bebê é alguém que roubou seu lugar de “queridinho” da casa.

Neste primeiro momento, é fundamental evitar o contato direto do animal com o bebê. Cabe aos pais estarem vigilantes quanto à segurança infantil. Uma grande preocupação dos pais é expor as crianças aos pelos de cães e gatos em seu primeiro ano de vida. Mas, de acordo com um estudo apresentado na American Thoracic Society, nos Estados Unidos o contato desde cedo com pelos de animais pode fortalecer o sistema imunológico das crianças.

Uma das possibilidades é a de que a exposição precoce faça com que o organismo produza anticorpos protetores sem sensibilização alérgica. Outra possibilidade é a de que os anticorpos serem ativados por produtos bacterianos dos animais.

A pesquisa foi realizada com 473 crianças (241 meninas e 232 meninos) atendidos no Medical College of Georgia e no Henry Ford Health System, em Detroit. Foram testadas reações alérgicas, função pulmonar e brônquica por sete anos. Os cientistas descobriram que crianças expostas a animais tinham incidência de alergia 50% menor do que as demais.

De acordo com outra pesquisa realizada pela Universidade da Finlândia Oriental e divulgada pela revista Pediatrics, revelou-se que a convivência com cães e gatos desenvolve o sistema imunológico e, consequentemente, diminui infecções respiratórias.

Quanto à questão da convivência da criança com o cão ou gato, é preciso que o animal esteja vermifugado e com a vacinação em dia. A alimentação deverá ser balanceada, evitando o acumulo de restos alimentares na cavidade bucal e mantendo as fezes mais homogêneas. O bebê não poderá ter acesso ao “banheiro” do animal.

Outro aspecto importante é o relacionamento social. Temos uma variação muito grande em relação ao temperamento do animal. Alguns são muito dóceis, outros são apenas ariscos e evitam o contato com pessoas novas, e outros são muito agressivos. Portanto, quanto à adaptação, cada um deve conhecer bem o seu animal e conduzir a situação da maneira mais adequada.

Cães de índole feroz, devem ser criados desde muitos filhotes com a criança, para que se tornem muito amigos e até protetores das mesmas. Também cães muito pequenos e frágeis, podem sofrer traumatismos sérios devido às brincadeiras de algumas crianças. Não existe uma indicação de raças específicas para convivência com crianças.

O ideal é escolher o animal mais manso possível, aquele não esboça a mínima agressividade e ao mesmo tempo, possa se defender em caso de uma atitude mais agressiva. Existem raças mais adequadas, mas teoricamente qualquer animal pode conviver pacificamente com crianças desde que ambos se tornem amigos, pois o cão tende a se tornar sempre muito fiel.

A idade ideal para iniciar as brincadeiras com o animal é entre os 3 e 4 anos. Nessa fase, a criança já começa a compreender a noção de limite e sua relação com o animal fica mais afetiva e segura. “Cães de porte grande e hiperativos podem derrubar crianças pequenas, por isto, o contato precisa ser monitorado. Tendo bom senso e higiene, é perfeitamente possível estabelecer um ótimo relacionamento entre as crianças e os animais”, conclui Vininha F. Carvalho




Canetas emagrecedoras podem auxiliar na perda de peso durante o verão

 

 
 

Com as altas temperaturas do verão, a busca por métodos eficazes para perder peso ganha força, e as canetas emagrecedoras têm ganhado destaque como uma solução moderna e cada vez mais acessível. Essas medicações, que fazem parte de uma nova geração de tratamentos para emagrecimento, oferecem resultados significativos quando associadas a um estilo de vida equilibrado.

De acordo com a endocrinologista Dra. Nathalia Ferreira, as canetas emagrecedoras ajudam na regulação do apetite e promovem a saciedade. “Esses medicamentos atuam diretamente nos centros de controle do apetite no cérebro e retardam o esvaziamento gástrico, o que permite que o paciente sinta menos fome e consiga fazer melhores escolhas alimentares”, explica a especialista.

Benefícios comprovados e caso de sucesso

A Dra. Nathalia conta sobre o caso de uma paciente de 58 anos que ilustra o potencial transformador do tratamento. “A paciente iniciou o uso das canetas com 82 quilos e a meta de perder 15% do peso corporal, o que significava chegar a 70 quilos. Com a orientação médica, ela alcançou essa meta inicial em poucos meses, perdendo 12 quilos”.

Além da perda de peso, houve mudanças significativas no estilo de vida, como a prática diária de exercícios físicos e uma alimentação mais balanceada. “Mesmo estando na pós-menopausa, uma fase que dificulta o emagrecimento, ela decidiu continuar o tratamento para atingir um novo objetivo. Após um ano, alcançou uma perda total de 17 quilos, reduzindo cerca de 20% do peso inicial e atingindo menos de 65 quilos”, conta a Dra. Nathalia.

O papel do estilo de vida no tratamento

Embora as canetas emagrecedoras sejam ferramentas poderosas para auxiliar no emagrecimento, a endocrinologista alerta que elas não devem ser vistas como uma solução isolada. “O uso da medicação precisa ser combinado com hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos. Além disso, é imprescindível o acompanhamento médico para prevenir possíveis efeitos colaterais”, orienta a médica.

“Estamos falando de uma abordagem que vai além do emagrecimento estético; trata-se de melhorar a saúde metabólica e a qualidade de vida do paciente. Assim, o tratamento deve ser conduzido com responsabilidade e sempre adaptado às necessidades individuais de cada pessoa”, enfatiza a Dra. Nathalia Ferreira.

Diante desse cenário, a médica reforça que as canetas emagrecedoras são um grande avanço no tratamento do excesso de peso, especialmente quando combinadas com mudanças no estilo de vida. “Para quem está decidido a aproveitar o verão em busca de um novo corpo ou mudanças no estilo de vida, as canetas, desde que devidamente utilizadas, podem se mostrar métodos muito seguras e, principalmente, com resultados duradouros”.

Quem é Dra. Nathalia Ferreira?

Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Dra. Nathalia Ferreira possui Mestrado em Endocrinologia na USP de São Paulo e o título de Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Além disso, a médica possui ainda um curso de Especialização em Ultrassonografia de Tireoide e se apresenta como a autora de dois Ebooks: “Mãe, estou virando mocinha?” e “Receitas saudáveis e práticas”.




O impacto positivo dos parques na saúde e no bem-estar de crianças e adultos

 

O acesso a parques oferece um contraponto necessário à hiperestimulação urbana, ou seja, um convite a uma pausa no cotidiano. Estar ao ar livre melhora o equilíbrio físico e emocional, a criatividade, a cooperação social e a concentração. “Saímos da rotina, pois ao estarmos em espaços coletivos, por mais que façamos isso sempre no mesmo horário, não teremos controle sobre o que iremos encontrar, estimulando-nos a lidar de forma saudável com o imprevisível”, explica a psicóloga Ana Paula Camara. 

De acordo com ela, a urbanização e a popularização das tecnologias isolam as pessoas do contato com natureza, o que contribui para afetar a saúde socioafetiva de crianças, jovens e adultos. “Os parques mitigam esses efeitos e proporcionam alívio do estresse e da poluição. O simples contato visual com a natureza pode acalmar e auxiliar o cérebro humano a lidar com a fadiga e o cansaço mental promovido pelos diversos estímulos da cidade”, ensina. 

Parques urbanos como aliados da saúde das crianças  

Os parques urbanos são alternativas para as crianças reduzirem o tempo de uso de dispositivos eletrônicos. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta que a utilização constante de celulares, entre outras telas, pode afetar a visão dos pequenos. Oftalmologistas relataram fator de risco para miopia, acompanhados de sintomas extraoculares como dores no ombro e pescoço, cefaleia e dor nas costas.  

Segundo a pediatra Denise Lellis, autora do livro Primordial – Um Livro Pela Infância em seu Pleno Potencial: Nutrição, Comportamento e Estilo de Vida em Pediatria, a exposição ao sol em parques oferece vantagens imunológicas, melhora a saúde dos olhos e facilita a conversão de vitamina D, essencial para a saúde óssea. “A falta de exposição à luz natural está associada ao aumento de miopias graves”, complementa.  

A médica explica ainda que a exposição ao sol e a prática de atividades físicas são fundamentais para manter a longevidade. “Os seis pilares do estilo de vida saudável incluem alimentação balanceada, prática de atividades físicas e de preferência ao ar livre, sono de qualidade, conexões sociais, redução de estresse e moderação no consumo de álcool entre outras substâncias e medicamentos. Estudos na área apontam 20 anos de vida a mais para pessoas que mantenham esses pilares em suas vidas”, informa. 

Além disso, desde 2019, a SBP trabalha com o Programa Criança e Natureza para orientar e inspirar pediatras, famílias e educadores sobre a relevância do convívio de crianças e adolescentes em meio à natureza para contribuir com o bem-estar e as saúdes física e mental. Para a entidade, a urbanização resultou em um distanciamento da natureza, redução das áreas naturais e o aumento da poluição. Ainda segundo a Sociedade garantir que as crianças tenham uma infância rica em contato com a natureza é uma responsabilidade compartilhada. 

De acordo com Denise, a interação com a natureza aumenta a resistência e a tolerância à frustração e reduz os níveis de ansiedade e de estresse. “A atividade física ao ar livre eleva a endorfina, combate o sedentarismo e os efeitos negativos do uso excessivo de telas, que prejudica essas interações e afeta o desenvolvimento emocional, cognitivo e imunológico das crianças”, afirma. 

Segundo especialistas, num contexto em que o uso excessivo de telas preocupa especialistas em saúde, oferecer às crianças a oportunidade de brincar ao ar livre contribui com o crescimento saudável. 

 Para finalizar, Denise Lellis ressalta que os parques urbanos ajudam a promover um estilo de vida mais saudável em uma sociedade digital. “As pessoas valorizam cada vez mais os seguidores e os likes, mas é fundamental valorizar a saúde e o bem-estar. Oferecer espaços verdes e incentivar o uso desses parques pode ajudar a combater os efeitos negativos da vida digital e proporcionar um ambiente mais sadio tanto para crianças quanto adultos”, aponta. 




“NÃO JULGUEIS”

 

Julgar atitudes alheias é quase sempre forma de se revelar ou expor as próprias tendências, boas ou más.

Quem julga, preferindo destacar os defeitos do próximo, está apresentando o instinto de impiedade que ainda guarda na alma.

Seríamos realmente capazes de julgar se fôssemos juízes formados na Universidade da Perfeição.

Na Terra ninguém possui tal diploma.

Em vez de emitir condenações ou censura, cabe-nos compreender e perdoar sempre, esforçando-nos pela nossa própria redenção.

PASTORINO

Extraído do livro “Minutos de Luz” – Psicografia: Ariston S. Teles – Editora LIVREE

USE  INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO  DA  UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO




UM DESEJO DIVINO

 

Mais uma Semana de Oração pela Unidade dos cristãos terminou em brancas nuvens. Audaciosa essa minha afirmativa, mas é isso o que vejo diante da gritante falta de empenho de muitos cristãos quando o assunto é a unidade. Muitos até torcem o nariz, numa atitude de indiferença ou rejeição ao assunto. No fundo, no fundo, o que permeia esse desinteresse é a petulância e a arrogância de muitos, por acreditarem que só na sua Igreja reside a verdadeira Salvação.

Ah, cristãos de fachada! Ainda não perceberam o quanto de mal fazem à humanidade, por se acharem donos da Verdade. Impedem a construção do Reino apenas e tão somente pela falta de um testemunho fundamental na vida cristã: a unidade. Enquanto persistir essa nódoa vergonhosa entre as comunidades cristãs, enquanto muitas dessas igrejas tentarem difundir a Boa Nova de Cristo à maneira dos pagãos, que se perdiam na idolatria de centenas e centenas de deuses construídos e inventados à mercê de suas necessidades ou fobias, o mundo continuará nos olhando com descrença e ironia. O amor “ágape” estará distante da maior exclamação que a história do cristianismo já ouviu da boca de povos estranhos à nossa fé: “Vede como eles se amam”!

Para centrar essa reflexão numa passagem bíblica, o Papa nos propôs uma passagem do livro de Miquéias, que enumera “o que o Senhor quer de nós” (6,8). São apenas três atitudes: praticar a justiça, amar a bondade e andar com humildade diante do nosso Deus. Bento XVI, falando em audiência aos irmãos luteranos da Igreja da Finlândia, assim interpretou esse texto: “Andar humildemente na presença do Senhor, em obediência à sua palavra de salvação e com a confiança no seu plano de graça, é uma mostra eloquente não só da vida de fé, mas também do nosso caminho ecumênico rumo à unidade plena e visível de todos os cristãos”.

Soldados divididos são alvos fáceis do inimigo. O que vemos acontecer dentre os cristãos, nos dias de hoje, é uma vergonhosa disputa entre irmãos pela herança paterna. A continuar nessa marcha, engoliremos uns aos outros. Nada justifica essa guerra surda entre nós, conquanto o mundo clama por um referencial de harmonia duradoura, de justiça e bondade, de amor e paz, que ultrapasse a triste realidade do homem sem Deus. O mundo busca alternativas, mas nenhum testemunho de fé poderá convencer mais que a unidade daqueles que dizem acreditar nesta ou naquela doutrina. O que fizemos da nossa unidade? Eis o maior pecado daqueles que se dizem cristãos…

Não à toa, São Jerônimo um dia também se viu atormentado com essa questão: “O que o Senhor quer de nós?” Em sonho, viu Jesus à sua frente e, de pronto, se preocupou em servir-lhe. “Dou-lhe tudo o que tenho, até meu coração”. Ao que Cristo retorquiu: “Seu coração apenas não é suficiente”. Inquieto, Jerônimo lhe ofereceu também sua alma. Mais uma vez, Jesus rejeitou. “Por que levaria o que já me pertence?” Mas a obstinação do santo em alegrar seu mestre era tamanha que lhe ofereceu então a própria vida. E Jesus também a rejeitou, pois esta já era uma dádiva divina e nem mesmo Ele poderia aceita-la. Afinal, a vida que Deus nos deu é nossa, somente nossa, e sobre ela prestaremos conta. Decepcionado, o santo arriscou então uma última e reveladora pergunta: “Afinal, Senhor, o que queres de mim?” Sorrindo, aquele Cristo dos sonhos lhe respondeu: “De ti e de teus irmãos quero uma só coisa, os pecados que cometem”.

O que o Senhor quer de nós? Os pecados que sua Igreja ainda comete, tal qual a falta de unidade em suas práticas.

20 anos de Palavras de Esperança. Publicado em 30 de janeiro de 2013.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Início de ano: época de se exercitar

 


Com a chegada de um novo ano, planos são traçados e análises são feitas sobre o ano que começa a findar. Uma vida mais ativa e independente está nos seus planos?

O envelhecimento saudável exige certos cuidados, sobretudo a quem já destrancou a casa dos 60 anos. Nesse contexto, a atividade física é uma das mais importantes e contribui para a manutenção da saúde física, social, fisiológica e psicológica. Os exercícios de força, por exemplo, são fundamentais para manter ou aumentar a massa muscular dos idosos. Por outro lado, os exercícios de equilíbrio também são importantes para a prevenção de quedas e de fraturas ósseas.

A prática de atividade física em idades avançadas melhora a disposição, autonomia, a interação com outras pessoas, insere a pessoa idosa em um grupo social com objetivos congruentes, gera independência para viver o dia a dia. Além disso, ajudam na prevenção e controle de doenças como hipertensão e diabetes.

Mente sana

Atividades físicas regulares, sobretudo com idosos, ajudam a manter a memória, a concentração e o foco. Contribuem para reduzir doenças como Alzheimer e demência. Assim como ocorre em todas as idades, os exercícios físicos reduzem o estresse, a depressão e a ansiedade, melhoram a autoestima e diminuem a solidão.

Para o professor de educação física da Estácio, Marcelo Carneiro dos Santos, tornar-se fisicamente ativo é mais fácil e barato do que muita gente pensa. “Hoje percebemos que é possível começar a fazer atividades dentro do nosso próprio contexto, sem gastar dinheiro, adequando-os à nossa rotina”, explica. Atividades leves, como caminhar, sentar e levantar algumas vezes da cadeira ou do sofá, podem ser feitas dentro de casa. “O movimento feito nas próprias atividades domésticas pode parecer pouco, mas ações como varrer a casa, lavar as louças e estender roupas no varal já ajudam a fortalecer o corpo e gerar uma sensação de autoconfiança e independência”, frisa.

Um passo de cada vez

Estar minimamente ativo é o primeiro passo para progredir nas atividades. Existem espaços urbanos nas cidades que possuem equipamentos para a prática de atividade física, como praças, quadras e parques, em que grupos desenvolvem ações de promoção da saúde e atividades físicas, muitas delas promovidas pelo próprio poder público.

Marcelo explica que, para quem tem mais de 60 anos e decide começar uma rotina de exercícios, seja em academias ou ao ar livre, o primeiro passo é procurar ajuda médica. Com os exames em ordem, é possível começar com caminhadas e alongamentos dinâmicos, sem forçar tanto a musculatura. Exercícios de força também já podem ser realizados, sempre com carga adequada à condição física de cada indivíduo. “É melhor dar um passo de cada vez, mas com consistência, do que pular etapas e sofrer com lesões e afastamentos”, pontua.

Outras atividades físicas indicadas são a hidroginástica, o ciclismo, os treinos funcionais, esportes de menor impacto nas articulações. “Cada pessoa se identifica melhor com certo tipo de atividade. O fundamental é praticar, independente de qual modalidade”, ressalta Marcelo.

Sobre a Estácio

A Estácio se orgulha de liderar o caminho da inovação educacional no Brasil, com o compromisso de promover as habilidades e competências necessárias para o sucesso profissional e o crescimento pessoal de seus mais de 700 mil alunos. Com mais de 54 anos de experiência acadêmica, a Instituição oferece uma ampla gama de serviços educacionais em cursos técnicos, de graduação e de extensão, pós-graduação, MBA, mestrado e doutorado, além de centenas de opções em cursos livres de aperfeiçoamento profissional. Reconhecida por sua excelência acadêmica, a Estácio aposta na tecnologia e na inovação como diferenciais para aprimorar o aprendizado e possibilitar o acesso democratizado ao ensino de qualidade. Presente em unidades de ensino em 25 estados e no Distrito Federal e em mais de dois mil Polos de Educação a distância em todo o país, a Estácio possui um dos mais sólidos e atuantes programas de Responsabilidade Social do setor educacional, e apoia diversas iniciativas nas áreas de educação, cultura, esporte e cidadania. Saiba mais em estacio.br.




Instituto Hesed realiza na Canção Nova terceira edição do Encontro Nacional Exército de São Miguel

Começa nesta quinta-feira (23) na Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), o Encontro Nacional Exército de São Miguel, promovido pelo Instituto Hesed, de Fortaleza (CE), que vai até o próximo domingo (26) e projeta receber mais de 45 mil peregrinos, o triplo de visitantes em relação ao ano anterior.

Com tema “Nenhum dia sem Jesus”, os religiosos do Instituto Hesed estarão à frente da programação, que terá missa de abertura, às 16h, presidida pelo padre Roberto Benvindo dos Santos, da paróquia Nossa Senhora de Lourdes, na Arquidiocese de Aracaju (SE). 

Na madrugada de sexta-feira (24) e sábado (25), acontece o Rosário com Jesus Eucarístico, a partir das 3h45, com o padre Roberto Benvindo, a Irmã Maria Raquel e a Irmã Maria Joana. No primeiro dia, participação do casal Vanderson Crozatto e Sônia Venâncio, e, no segundo dia, do casal Filipe Jardim e Paula Guimarães, ambos da Canção Nova.

No sábado, haverá pregação com o missionário da Canção Nova, Márcio Mendes, às 8h20. À noite, às 20h, acontecerá a entrada solene da imagem de São Miguel, a procissão com Jesus Eucarístico e, em seguida, a oração do Terço do Combate. Na mesma noite, a fundadora do Instituto Hesed, Madre Kelly Patrícia, fará um show a partir das 21h, no Centro de Evangelização. 

O bispo da Diocese de Piracicaba (SP), Dom Devair Araujo da Fonseca, presidirá as missas no sábado, às 16h, e no domingo (26), às 15h. Toda a programação, inclusive o show, é aberta e gratuita.




O PÁSSARO DEIXOU SEU CANTO

Era bem cedo do dia. Eu acabara de acordar. Ainda estava bêbado de sono. O galo já tinha tomado conta da madrugada, com seu canto, para despertar a manhã e os muitos trabalhadores das primeiras horas. O sol inundava o dia com um crescente calor e uma luz irreprovável. Bendita manhã com seu lindo começo.

Enquanto me preparava para as primeiras higienes do dia, antes de abrir a porta que dava acesso ao quintal; antes de inverter os pés do chinelo que calcei trocado, na pressa de ir ao banheiro; antes de pegar o copo vazio que, ficou debaixo do sofá, antes de ser tomado pelo sono diante da TV ligada… ouvi ao longe o chilrear de um pássaro. Uma melodiosa canção sem compositor, nem regente, nem orquestra. Me detive um instante, para ouvir e procurar, entre as frestas da casa de madeira, aquele que produzia tão bonito espetáculo ao vivo. Que pássaro seria este de um canto tão raro? Por que cantava o pássaro? O que o fazia cantar? Deixei de lado as perguntas e, ao abrir a porta vi, somente o bater das asas de um pequeníssimo pássaro que foi embora mas, deixou seu canto.

Todos os dias os pássaros cantam, mas, este pássaro, entre tantas coisas, me fez pensar algo que eu, ainda, não tinha me dado conta, antes de ouvi-lo tão sonoro e tão inquietante, num dia comum de sol, nas primeiras horas do dia: a vida transbordamento. Isso mesmo, a vida é transbordamento.

Sabe aquela história de gota d’agua em copo cheio? Pois é, transborda; derrama.

Vivemos contidos; quase o tempo todo contidos. As vezes pelo medo de se arriscar, pela incompreensão, pela vergonha, pela antiga frustração, pelo julgamento, pelo dor, pelo sofrimento, pela demora…

A gente precisa de transbordamentos. E foi exatamente isso o que o pássaro fez comigo, naquele manhã: fez-me transbordar; encheu-me com seu ‘canto-gota-d’água’.

Na realidade, todos nós temos uma vida ‘copo-cheio’, repleta do necessário para viver, na forma de graça, aptidão, motivo, razão, força, energia… mas, contidos como somos, somente com transbordamentos diários para usufruirmos da graça, aptidão, motivo, razão, força, energia para vivermos sem medo do risco, da incompreensão, da vergonha, da antiga frustração, do julgamento, da dor, do sofrimento, da demora.

Na experiência da fé, o ‘canto-gota-d’água’ do pássaro é o Pentecostes. E, a Sagrada Escritura, além de At 2,1-11, fala de muitos outros Pentecostes (At 10,44; 11,15; 19,6). O dedo de Deus, como o canto do pássaro, realiza transbordamentos e, por conseguinte, nos permite encontrar o sentido da vida para cada dia e para a existência como um todo.

Naquela manhã, o pássaro que me visitou foi embora mas, deixou o seu canto comigo. E, eu me vi transbordando. E esse transbordamento era o que me faltava; tudo o que eu precisava para encher o dia com aquela alegria e contentamento tão necessário e oportuno do despertar interior.

Recordando o meu batismo, em 09 de janeiro e, os muitos Pentecostes que, pela força do dedo de Deus, me fez transbordar, dou-me conta das palavras do Divino Mestre:

 “Eu não deixarei vocês órfãos (…). Mas o Advogado, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse” (Jo 14,18.16);

Todos os dias eu levanto bem cedo para ver se encontro o pássaro que me despertou com seu canto. Mas, ao invés do pássaro eu me encontro comigo mesmo e com a consciência de Deus tem muitas maneiras de renovar, em nós, o sopro vital do originário ato criador. E, eu entendo que o Espírito do Senhor está sobre mim (Is 61,1; Lc 4,18) e, que seu dedo provoca, em mim, inúmeros transbordamentos.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Saúde Mental | A importância da atividade física para a mente e bem estar integral

 

Mais do que uma data no calendário, a campanha Janeiro Branco – movimento dedicado à conscientização sobre a importância da saúde mental – é um convite para revermos nossas escolhas e buscarmos o equilíbrio que tanto impacta na nossa qualidade de vida. A iniciativa enfatiza como pequenos hábitos diários podem transformar nosso bem-estar, destacando a atividade física como um aliado fundamental para a saúde emocional e mental.

“Não há saúde mental sem saúde física. Corpo e mente estão conectados, e precisamos entender que saúde mental vai muito além do que apenas treinar o pensamento ou conhecer nossa psique. Para termos uma vida mais equilibrada e saudável, é fundamental integrar esses dois pilares. Quando negligenciamos o corpo, estamos comprometendo a saúde mental”, destaca Juliana Romantini – treinadora corpo & mente, especialista em Mindfulness, habilitada em Medicina do Estilo de Vida por Harvard e criadora do método Prática Integral.

Segundo ela, a prática de exercícios físicos, aliada a uma alimentação equilibrada e a técnicas de relaxamento, cria um ciclo positivo que reflete diretamente no nosso estado emocional e mental. Romantini explica que atividades físicas regulares, como exercícios aeróbicos, alongamentos ou mesmo simples caminhadas, podem reduzir níveis de estresse, aumentar a produção de endorfina e promover a melhora da gestão das emoções.

“O movimento do corpo, quando praticado de forma consciente e equilibrada, é uma das maneiras mais poderosas de fortalecer a mente. Incentivo meus alunos a fazerem análises periódicas de seus hábitos e a incorporarem práticas físicas e mentais no dia a dia. Essas ações nos tornam mais preparados para a rotina da vida moderna, promovendo mais qualidade de vida”,  pontua.

Olhar integral – Para ajudar as pessoas a encontrar esse equilíbrio, a especialista defende o olhar integral para o cuidado com a saúde. “Quando cuidamos da mente e do corpo de maneira integrada, estamos fortalecendo nossa capacidade de lidar com os desafios do mundo, melhorando nossa resiliência e nossa saúde mental”, afirma.Em um momento em que os índices de transtornos relacionados à saúde mental estão em ascensão, a especialista enfatiza a importância de mudarmos pequenas atitudes diárias para cultivar um estado mental saudável.

“O primeiro passo é reconhecer que nossa saúde mental também exige atenção constante. A prática de mindfulness, o autocuidado e, principalmente, a atividade física são ferramentas que ajudam a construir um alicerce forte para a mente e o corpo. Durante o Janeiro Branco, convido todos a refletirem sobre a conexão profunda entre o físico e o mental”, conclui.

Juliana Romantini – É referência em desenvolvimento físico-mental com 25 anos de experiência em integração de corpo e mente. Especialista em Mindfulness e certificada em Medicina do Estilo de Vida pela Harvard University, possui ampla experiência em promover práticas que equilibram o bem-estar mental e físico na busca por uma vida mais equilibrada e saudável. Graduada em Educação Física e pós-graduada em Reabilitação Cardíaca e Grupos Especiais (obesos, gestantes, hipertensos), é criadora do método Prática Integral, que há 10 anos vem transformando vidas ao promover saúde e expansão de consciência.

Sobre a Prática Integral – Método de treinamento físico e mental para auxiliar a atingir o potencial máximo em saúde, bem-estar e equilíbrio através dos seguintes pilares: movimento, viver no agora, contato com a natureza, senso de comunidade, autoconhecimento, equilíbrio, generosidade e comportamento alimentar.