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Espaço Espírita

A casa não é apenas um refúgio de madeira ou alvenaria; é o lar onde a união e o companheirismo se desenvolvem.

A paisagem social da Terra se transformaria imediatamente para melhor se todos nós, quando na condição de espíritos encarnados, nos tratássemos, dentro de casa, pelo menos com a cortesia que dispensamos aos nossos amigos.

Respeite a higiene, mas não transfigure a limpeza em assunto de obsessão.

Enfeite o seu lar com os recursos da gentileza e do bom humor.

Colabore no trabalho caseiro, tanto quanto possível.

Sem organização de horário e previsão de tarefas, é impossível conservar a ordem e a tranquilidade dentro de casa.

Recorde que você precisa tanto de seus parentes quanto seus parentes precisam de você.

Os pequeninos sacrifícios em família formam a base da felicidade no lar.

ANDRÉ LUIZ

Extraído do livro “Sinal Verde” – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora CEC

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ÓRGÃO  DA  UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO




Diocese de Assis

 

          Caminhando à margem de uma ferrovia semiabandonada, deparei-me com uma pichação num muro caiado: “Escrevo no coração uma besteira, que não usa chuteira. O canto vivo de uma nação com a mente vazia: vou viciar seu filho um dia”. Parei aterrado diante daquela tentativa poética, sem métrica, mas de rimas forçadas com silente, mas fatal ameaça. Até os versos – cantilena dos corações sensíveis – adquirem o timbre gutural e cavernoso da perdição humana! Até poetas ostentam insensibilidade!

Fiquei a imaginar como seria o rosto desse poeta dos nossos tempos. Jovem, com certeza. Mas cuja vida não rima com o coração, nem com a pátria, nem família, nem sociedade, nem humanidade… Jovem como tantos que diariamente cruzam nossas estradas, nos espreitam, nos analisam, nos invejam… Jovens para os quais a estrutura social não faz sentido, a harmonia familiar inexiste, o mundo certinho é careta, convenção armada e alimentada só pelos que se deram bem, nasceram privilegiados, estão no topo de uma pirâmide que eles contestam, seja esta da estrutura social, moral ou mesmo religiosa. Sociedade, para estes é o conluio de interesses de poucos. Família, utopia. Religião, sonho dos tolos.

No silêncio daquelas palavras à minha frente havia uma mensagem ensurdecedora. Mas que muitos não querem ou teimam em não ouvir. Havia uma verdade, não tão pura, mas real. Um recado claro e objetivo para aqueles que insistem em ignorar o mundo cão que as drogas estão deixando como herança para nossos filhos e netos. “Ainda vou viciar seu filho”. Nem o rosnar de um animal selvagem, nem o ladrar dos cães, nem o sibilar das serpentes causam tamanho espanto e temor. Pior ainda quando muitos desviam o olhar, se fazem de surdos e cegos, passam adiante como se dissessem: isso não é comigo!

“O canto vivo de uma nação com a mente vazia”. É isso. Enquanto aqueles que, direta ou indiretamente, teimam em ignorar esse câncer silencioso que corrói toda uma nação; enquanto muitos se isolam, se abstêm das responsabilidades coletivas, o mal avança e contamina até a poesia da existência humana. Mais que guerras, doenças, cataclismos ou fome, a ameaça das drogas age no silêncio da indolência social – essa que anestesia a realidade dos sepulcros caiados – que só vê a superficialidade do problema. Triste será se um dia encontrarmos nesses sepulcros um filho, uma filha, alguém que amamos, mas para quem não devotamos uma atenção ou orientação maior. Nação com a mente vazia…

Besteira não usa chuteira. Enquanto o circo das grandes torcidas dá vivas ao gol de alguns, ao sucesso das ilusões, das aparências, o cravo da chuteira dos traficantes faz seus pontos no silêncio das nossas madrugadas, na apatia de nossa sonolência sem ação, sem sonhos, sem perspectivas. Estamos em guerra. Mas, pelo visto, só os inimigos possuem armas! Só o mundo cão, daqueles que desejam o circo em chamas, que riem da nossa madorra e indiferença, é que canta vitórias.

É preciso restaurar os valores, a poesia da vida. Não se pode estacionar nessa trilha, nessa estrada que nos conduz para um mundo de insanos, de famílias destruídas, lares arruinados. O trem apita na curva. “Refleti no que fazeis! Subi a montanha, trazei a madeira e reconstruí a minha Casa” (Ag  1,8). A Casa de Deus que somos, o templo sagrado da dignidade humana, dos princípios pétreos da vida, hoje tão banalizados e longe da realidade que nos cerca. “Porque minha casa está em ruínas, enquanto que cada um de vós só tem cuidado da sua” (Ag 1,9). Por isso o poeta já não escreve com o coração, mas com a razão que domina seu mundo, os caminhos da marginalidade.

20 anos de Palavras de Esperança. Publicado em 21 de janeiro de 2009

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




BRILHE A SUA LUZ DIANTE DOS HOMENS!

 

A escuridão, sinônimo de trevas, gera, sempre, muito medo, desconfiança, apreensão e preocupações diversas. E não é para menos porque, na escuridão tudo fica escondido aos olhos, disfarçado à percepção e perigoso a toda forma de cuidado.

A luz, ao contrário das trevas, gera, sempre, segurança, coragem, confiança, esperança e alegria. Diante da luz tudo aparece e se revela!

Ora, a luz é necessária o tempo todo e em todas as circunstâncias e situações. A vida pede luz porque, sem luz é impossível ver e fazer qualquer coisa.

A luz que é tão necessária fora de nós, para manter tudo claro e a descoberto das trevas, é, também, necessária dentro de nós! Por isso, assim como a vida, a fé também pede luz porque, sem a luz dentro de nós, é impossível ser.

Sendo assim, para viver e para crer precisamos da luz. Portanto, a luz deve ser uma prioridade para nós; querer e buscar a luz deve ser a nossa principal atividade e preferência

A fé nos ensina que Deus, preferindo a luz, criou a luz: “No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam o abismo e um vento impetuoso soprava sobre as águas. Deus disse: ‘Que exista a luz!’ E a luz começou a existir. Deus viu que a luz era boa. E Deus separou a luz das trevas: à luz Deus chamou ‘dia’, e às trevas chamou ‘noite’. Houve uma tarde e uma manhã: foi o primeiro dia” (Gn 1,1-5).

Segundo a Sagrada Escritura, uma vida sob a luz exige 4 grandes posturas:

  1. Uma religião com práticas de justiça (Isaías 58,6-10)

“O jejum que eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e despedaçar qualquer jugo; repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu, e não se fechar à sua própria gente. Se você fizer isso, a sua luz brilhará como a aurora, suas feridas vão sarar rapidamente, a justiça que você pratica irá à sua frente e a glória de Javé virá acompanhando você. Então você clamará, e Javé responderá; você chamará por socorro, e Javé responderá: ‘Estou aqui!’ Isso, se você tirar do seu meio o jugo, o gesto que ameaça e a linguagem injuriosa; se você der o seu pão ao faminto e matar a fome do oprimido. Então a sua luz brilhará nas trevas e a escuridão será para você como a claridade do meio-dia”

  1. Ter a luz como fundamento de vida e de fé (João 1,1-9)

“No começo a Palavra já existia: a Palavra estava voltada para Deus, e a Palavra era Deus. No começo ela estava voltada para Deus. Tudo foi feito por meio dela,e, de tudo o que existe, nada foi feito sem ela. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. Essa luz brilha nas trevas,e as trevas não conseguiram apagá-la. Apareceu um homem enviado por Deus, que se chamava João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas apenas a testemunha da luz. A luz verdadeira, aquela que ilumina todo homem, estava chegando ao mundo”

  1. Acreditar na Palavra e pregação de Jesus (João 8,12)

“Jesus continuou dizendo: ‘Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas possuirá a luz da vida’.”

  1. Ser testemunha da Luz (Mateus 5,14-16)

“Vocês são a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma vasilha, e sim para colocá-la no candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim também: que a luz de vocês brilhe diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que vocês fazem, e louvem o Pai de vocês que está no céu.”

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Férias de janeiro têm acampamento para jovens na Canção Nova

 

 

Em sua 14ª edição, o Acampamento Revolução Jesus, de 9 a 12 de janeiro de 2025, reúne a juventude católica na Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), para uma programação diferente nas férias. A entrada é gratuita, com taxa de camping apenas para quem optar por esta acomodação (https://www.sympla.com.br/evento/camping-2025/2734127).

O programa acontece no espaço “Rincão do meu Senhor” durante quatro dias, com diversas palestras, shows (Colo de Deus, Amor e Adoração, entre outros), momentos de oração, um podcast ao vivo e missas à tarde, 16h, exceto no domingo, que será às 15h, todas no Santuário do Pai das Misericórdias. 

Além de missionários da Comunidade Canção Nova – do Ministério Jovem –, por mais um ano, o Acampamento Revolução Jesus conta com a participação do padre Demétrio Gomes, da Arquidiocese de Niterói (RJ). 

As atividades começam às 9h30 na quinta-feira e na sexta-feira e, um pouco mais cedo, no sábado e domingo, a partir das 8h. No fim de semana, haverá atividades paralelas no “Espaço Jovem”, um “ponto de encontro” para a juventude na Canção Nova. No local, os jovens podem lanchar, ouvir um som, receber aconselhamento e passar por atendimento vocacional.

Serviço
Acampamento Revolução Jesus – Tema: “Originais – Do princípio ao fim”

Data: 09 a 12 de janeiro de 2025
Local: Canção Nova
End.: Av. João Paulo II, s/nº, Alto da Bela Vista – Cachoeira Paulista (SP)
Entrada: Gratuita

 




Diocese de Assis

 

Um camelo se perdeu no deserto. Seus proprietários o procuravam, quando cruzaram o caminho de um religioso. “Vistes um camelo por aí”? – lhe perguntaram. O interpelado foi logo descrevendo o animal: “Era cego da vista esquerda, manco da perna direita, sem um dente incisivo e ia carregado de mel em uma banda e trigo em outra”? Perfeito, esse era o animal! Ao que o religioso, para surpresa dos proprietários, respondeu: “Não, não o vi”. Irados, os homens prenderam aquele viajante e o levaram aos tribunais, acusando-o de roubo. Antes de condená-lo, o juiz quis saber como aquele réu descrevera tão bem o animal em questão. A resposta foi desconcertante: “Ora, ele comia a erva apenas de um lado da estrada, as pegadas da direita eram mais apagadas do que as da esquerda, deixava sempre um molho de ervas no meio de um bocado e as formigas de um lado e a abelhas do outro me contaram o que levava o camelo”…

Esse conto de Erasmo Braga (1877-1932) vem a propósito dos falsos julgamentos que corriqueiramente a vida nos impele a fazer. Nem sempre o óbvio é real. Nem sempre as evidências são cabais numa situação de suspeita. Julgar pelas aparências, no entanto, é atitude mais que corriqueira na sociedade. Um vendedor de automóveis me contou que, por pouco, não perdeu grandes vendas, porque o comprador se apresentou mal trajado e com barba por fazer.  Era um rico fazendeiro. Já por outro lado, há casos pitorescos de assaltos bem-sucedidos com malandros de paletó e gravata. Recentemente, um falso pastor, com a Bíblia debaixo do braço, reuniu uma comunidade rural e, após simular orações, sacou sua arma e efetuou um assalto coletivo. O reluzente ouro pode ser um cobre de segunda.

A chave, o segredo para se evitar certas ciladas é interpretar corretamente as pegadas que deixam. Falo de fatos atuais. Um ditador, por exemplo, nasce da ingenuidade de um povo, que ignora a pata manca, a preferência pelo feno da esquerda (ou mesmo da direita), a mordida em falso… Pelas pegadas se conhece o animal. Transformar, da noite para o dia, um movimento guerrilheiro – que sequestra, mata, estupra (matar não pode, estuprar pode?) rouba e até trafica – em “exército de insurgentes” é matar um camelo e tentar escondê-lo na ponta de uma agulha. Não dá. Só mesmo apagando certas pegadas de sangue e intolerância, o que a história já não permite.

Aliás, a apoteótica libertação de duas pobres reféns, midiaticamente explorada, não é tudo nesta história. Esse camelo – o fato em si -, aparentemente perdido num deserto de muitos interesses, esconde algo mais precioso que suas sacas furadas de mel e trigo. O povo, religioso e sábio que é, nada roubou do latifundiário, o senhor dos anéis, o que se julga dono do mundo com seu petróleo e poder. Ao contrário, o povo… (caracas, não vive esse povo uma vida de camelo?). Pois então, este sabe onde pisa! E como pisa! Muitos que se imaginam reis em suas posses, soberanos acima do povo, me devolvem a pergunta: “Por que não te calas”?

Deixo a conclusão para Heitor Cony, da Folha. De pegadas ele entende. Seu artigo “Chávez e a mídia” assim termina: “O maior fato midiático da humanidade foi num tempo em que nem havia mídia. Um dissidente do judaísmo foi crucificado num morro ao lado de dois ladrões. Nos 2000 anos seguintes, esse fato, que poderia ter passado despercebido, dividiu a história em antes de depois, fez toneladas de textos e imagens invadirem o mundo e gerou detratores e mártires”. No entanto, muitos dizem seguir seus passos, mas não entenderam as mensagens ocultas em suas pegadas…

20 anos de Palavras de Esperança. Publicado em 16 de janeiro de 2008.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Espaço Espírita

 

Confiemo-nos a Jesus, agindo e abençoando constantemente, porque encontramos, no Mais Além, o princípio da caridade por norma de ação.

Se quisermos a própria melhoria e progresso, empenhemo-nos hoje a transmitir aos que nos rodeiam, semelhante chave de luz, a única que se nos mostra capaz de abrir as portas da Senda para o Mais Alto.

É por isso que vos reafirmamos na condição habitual de companheiro e servidor:

– Filhos, amar sempre, com esquecimento de nós mesmos é o caminho e a luz para o caminho.

Do livro “Bezerra, Chico e você” – Editora GEEM

Psicografia: Francisco Cândido Xavier

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Liturgia católica celebra Dia de Reis, encerramento do ciclo natalino e desmontagem do presépio

 

 

 

 

Jesus nasceu, o Natal passou e 2025 chegou. Agora, a liturgia católica celebra o Dia de Santos Reis, marcado também como a data para desmontar o presépio, a árvore e a decoração de Natal. Na tradição cristão, 6 de janeiro é quando os três reis magos realizam a histórica visita ao menino Jesus, recém-nascido. Na ocasião, eles oferecem ouro, incenso e mirra, mostrando a realeza do menino que nasceu e o reconhecimento como rei por todos os povos. “Esse dia é importante porque nos relembra a descendência de Cristo, a realeza de Jesus”, ressalta o padre Rodolfo Trisltz, pároco e reitor do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Londrina.

O sacerdote explica o dia 6 de janeiro, Dia de Reis, marca o encerramento do ciclo litúrgico do Natal, no qual a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) indica a desmontagem do presépio. Segundo o reitor do Santuário, é nessa data em que Belchior, Gaspar e Baltasar, conhecidos como os três reis magos, oferecem cada qual um presente a Jesus: ouro, incenso e mirra. “Cada presente tem um significado diferente e importante na liturgia da Salvação”, afirma o padre Rodolfo.

O ouro, segundo o padre, representa Jesus como rei dos judeus. O incenso significa que o menino Jesus é divino, já que esse presente era oferecido exclusivamente aos sacerdotes, o qual era queimado nos templos. E, por fim, a mirra representa a humanidade de Jesus, afinal, era um elemento utilizado no embalsamento dos mortos. “A liturgia celebra Jesus, nascido homem e, ao mesmo tempo, Deus”, ressalta o sacerdote. É nessa data, conforme o padre Rodolfo, que são desmontados os presépios e as decorações natalinas, iniciando-se um novo tempo no ano litúrgico.

Santuário

O Santuário de Nossa Senhora Aparecida, na Vila Nova em Londrina, nasceu como capelinha em maio de 1940. Em 1º de março de 1952 se transformou em paróquia e em 1997 foi elevado a Santuário, convertendo-se num centro de evangelização, peregrinação e referência no turismo religioso, recebendo devotos e fieis do Paraná e de outros estados, afinal, as promessas podem ser cumpridas no Santuário de Londrina. A Festa da Padroeira, hoje, recebe mais de 40 mil fiéis somente no dia da padroeira do Brasil.

 



Canção Nova abre mês de férias com Acampamento para Famílias e presença do padre Chrystian Shankar 

A Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), abre seu calendário de eventos em 2025 com o Acampamento para Famílias, no primeiro fim de semana, de 02 a 05 de janeiro. Com o tema “Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 13, 34), a programação do evento terá palestras, oração do terço, Adoração ao Santíssimo Sacramento, uma “mesa redonda”, missas e noite oracional com o cantor Márcio Todeschini, na sexta-feira, a partir das 21h.

Destaque para a participação do padre Chrystian Shankar, da Diocese de Divinópolis (MG). O sacerdote fará três palestras durante o fim de semana, estará na “mesa redonda” e presidirá missas: na sexta-feira (03/01) e sábado (04/01), às 16h; e no domingo (05/01), 15h – todas no Santuário do Pai das Misericórdias.


Os casais da Comunidade Canção Nova: diácono Nelsinho e Márcia Corrêa – apresentadores do programa “Minha família é assim” –  e Alexandre e Roseni Oliveira – autores do livro Reconciliação Cansa, mas Santifica – Vencendo os Conflitos na Vida a Dois -, estão na programação, além do casal Evandro Nunes e Solange, membros da Renovação Carismática Católica de Santo Amaro (SP). 

A programação completa está disponível no link: https://eventos.cancaonova.com/acampamento-de-oracao-para-familias/

Serviço

Evento: Acampamento para Famílias – Tema: “Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 13, 34)

Data: 02 a 05 de janeiro de 2025

Local: Canção Nova

Endereço: Av. João Paulo II, s/n, Alto Bela Vista, Cachoeira Paulista (SP)

Entrada: Gratuita




CARTA  DE  ANO  NOVO

Ano Novo é também oportunidade de aprender, trabalhar e servir.

O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para necessária ascensão.

Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para a execução de velhas promessas que ainda não tivestes a coragem de cumprir.

Ano Novo! Novo Dia!

Não te desanimes nem te desconsoles.

Cultiva o bom ânimo com os que te visitam dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: “Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.”

                                             EMMANUEL

Trechos da mensagem “Carta de Ano Novo”, inserida no livro – “Vida e Caminho” – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora GEEM

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CARTAS NA MESA

 

 

O ciclo da vida é um eterno recomeço. Anos, meses, dias, horas. Há sempre nova expectativa pelo que virá depois, pelas surpresas que nos reservam as esquinas do futuro. Impacientes e ambiciosos, muitos até se esforçam para adivinhar “o que virá amanhã, como será o amanhã”…

Crianças ingênuas! Nenhuma ciência é tão infantil e prepotente quanto aquela que se propõe a desvendar o futuro. Previsões, prognósticos, os nomes são claros. Um antecipa a visão, outro se põe ao lado da fé. Prefiro a verdade popular: “o futuro a Deus pertence”.

Partindo desses princípios, nada mais hilária do que a leitura de certas “previsões” que se encontram com facilidade em veículos de comunicação, especialmente em época de mudança de ano. A grande maioria faz chover no molhado, isto é, joga com evidências e decurso natural dos fatos, que se sucedem dentro da lei das probabilidades. Por ex: época apropriada para fazer novas amizades. Existem épocas impróprias? Ou: cuide de sua saúde!

Por que não? Ou: período instável com aumento da violência e insegurança sociais. Sem comentários! Horóscopos, então… Esses são campeões na arte de revelar o óbvio! De positivo, somente o estremado positivismo de suas entrelinhas. Pelo menos isso!

Essa atração humana pelo obscurantismo, pelos mistérios, segredos… Quantas desilusões, decepções!  A mais clássica e tétrica faz parte do Cenário do Gólgota. Logo após o assassinato do portador de toda verdade, a Verdade em pessoa, seus algozes resolveram lançar cartas sobre sua túnica. Quem teria a sorte, o privilégio de colocar sobre os ombros o manto do príncipe da Paz, o herdeiro universal do Pai de todos os mistérios? Quem apossar-se-ia dos mistérios e segredos que aquela túnica carregou, grudada à pele, ao suor ou como único agasalho contra longas e insones noites de inverno, que por certo marcaram a peregrinação do Messias entre nós? “Era uma túnica sem costura, feita de uma peça única, de cima até embaixo” (Jo 19,23). O véu do templo, do verdadeiro templo de Deus. Isso nenhum soldado percebeu…

Depois, em missão pela Samaria, o apóstolo André consegue a conversão de um mágico, um certo Simão. Conversão emocional, pois que diante dos milagres que testemunhou, o velho mago oferece dinheiro a André para também ampliar seus poderes. Queria unir magia aos mistérios espirituais. “Arrependa-se dessa maldade e suplique que o Senhor perdoe essa má intenção que você teve”, foi o conselho do apóstolo (At 8,22).

Eis, pois a única via da esperança cristã. Deus é a fonte de todos os mistérios, luz de todos os becos, face de todas as fases de nossa existência. Ontem, hoje e sempre! “Não se enganem, meus queridos irmãos: qualquer dom precioso e qualquer dádiva perfeita vêm do alto, desce do Pai das luzes, no qual não há fases ou períodos de mudança” (Tg 1, 16-17).

Sejamos claros: cartas na mesa da realidade. Nenhuma ciência humana é capaz de desvendar o tempo futuro. Quando muito, arrisca palpites sobre o tempo da ciência meteorológica. E olha lá! Nossa esperança é que o futuro nos reserve, ao menos, a salvação que a fé nos oferece. “Na esperança, nos já fomos salvos. Ver o que se espera, já não é esperar: como se pode esperar o que já se vê? Mas, se esperamos o que não vemos, é na esperança que o aguardamos” (Rom 8, 24-25). Essa fé é luz e não se esconde, como cartas marcadas no jogo da vida.

20 anos de Palavras de Esperança – Publicado em 11 de janeiro de 2006

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]