1

Diocese de Assis

 

A vida dos santos ilumina a vida da Igreja, em sua trajetória rumo ao Reino definitivo. E, é o dia da morte e, não o do nascimento, que conta para o memorial da vida dos santos. A morte do santo confirma aquela identificação com o Cristo morto e ressuscitado, conforme as palavras de São Paulo aos Romanos “Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? Pelo batismo fomos sepultados com ele na morte, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos por meio da glória do Pai, assim também nós possamos caminhar numa vida nova. Se permanecermos completamente unidos a Cristo com morte semelhante à dele, também permaneceremos com ressurreição semelhante à dele” (Rm 6,3-5).

Pedro e Paulo são colunas da Igreja. A morte deles, não somente, ilumina a Igreja, em sua trajetória rumo ao Reino Definitivo, mas, a estabelece e a confirma.

Desde o século III que a Igreja une na mesma solenidade os Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, as duas grandes colunas da Igreja.

Pedro, pescador da Galileia, irmão de André, foi escolhido por Jesus Cristo como chefe dos Doze Apóstolos, constituído por Ele como pedra fundamental da Sua Igreja e Cabeça do Corpo Místico. Foi o primeiro representante de Jesus sobre a terra.

Paulo, nascido em Tarso, na Cilícia, duma família judaica, não pertenceu ao número daqueles que, desde o princípio, conviveram com Jesus. Perseguidor dos cristãos, converte-se, pelo ano 36, a caminho de Damasco, tornando-se, desde então, Apóstolo apaixonado de Cristo. Ao longo de 30 anos, anunciará o Senhor Jesus, fundando numerosas Igrejas e consolidando na fé, com as suas Cartas, as jovens cristandades. Foi o promotor da expansão missionária, abrindo a Igreja às dimensões do mundo.

Figuras muito diferentes pelo temperamento e pela cultura, viveram, contudo, sempre irmanados pela mesma fé e pelo mesmo amor a Cristo.

  1. Pedro, na sua maravilhosa profissão de fé, exclamava: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”. E, no seu amor pelo Mestre, dizia: “Senhor, Tu sabes que eu Te amo”.
  2. Paulo, por seu lado, afirmava: “Eu sei em quem creio”, ao mesmo tempo que exprimia assim o seu amor: “A minha vida é Cristo!”

Depois de ambos terem suportado toda a espécie de perseguições, foram martirizados em Roma, durante a perseguição de Nero. Regando, com o seu sangue, no mesmo terreno, ‘plantaram’ a Igreja de Deus.

Após 2000 anos, continuam a ser ‘nossos pais na fé’. Honrando a sua memória, celebremos o mistério da Igreja fundada sobre os Apóstolos.

Na festa de São Pedro e São Paulo, a Igreja Católica comemora o “dia do Papa” e convida as suas comunidades, em todo o mundo, a fazerem oração pelo Sucessor de Pedro.

Dois momentos da vida de Pedro e Paulo sinalizam particularidades do seu seguimento ao Mestre.

Em Atos 12,1-11: Pedro é envolvido no mesmo destino de Jesus, primeiramente porque foi preso na festa dos pães sem fermento (a Páscoa). Além disso, o texto começa com a decisão do rei Herodes de tentar destruir a Igreja, prendendo e matando seus líderes. O rei deseja remover os pilares da casa para fazer a construção inteira ruir. A prisão de Pedro não é um fato isolado – na mesma época, Tiago (filho de Zebedeu) foi martirizado.

Em 2Tm 4,6-8.17-18: Paulo, também, estava preso e pensava que seria condenado à morte. Suas palavras não revelam nenhuma amargura, mas a serenidade de quem se abandonou nas mãos de Deus. O apóstolo estava pronto para ser imolado, isto é, estava à disposição para ser morto por causa do evangelho. Além disso, considera que a morte por causa do evangelho é aceita por Deus como verdadeira oferta ou sacrifício.

Diante de Pedro e Paulo, somos desafiados ao profetismo do seguimento!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

Basta uma olhadela no caos da corrupção e corrosão moral, social e ou comportamental pela qual passa a humanidade, para concluir: estamos afundando num mar de lamas!  O pior é constatar que nesse naufrágio nem sequer a possibilidade de salvação seja algo viável, posto que todos os recursos possíveis e imagináveis Deus já nos ofereceu e agora “Jesus está dormindo” na retaguarda do barco. Descansa no sono dos justos! Sua parte nessa história Ele já cumpriu. Merece descanso.
Em suma, essa é a história que Marcos nos conta (4, 35-41), para nos dizer que a salvação agora nos pertence. Depende de nós. Está em nossas mãos o destino que traçamos ou queremos atingir. Se o outro lado dessa história possui um porto seguro, se a preservação de nossa integridade depende da confiança que ainda temos na misericórdia divina, se é forte a ventania e a borrasca das tentações ainda constituem ameaças, se a barca de Cristo – sua Igreja – sente a força das ondas a penetrar em seus átrios, acordem Jesus! Orem, orem, clamem a Deus por sua misericórdia! Eis a força que nos resta…
“Mestre, estamos perecendo e tu não de importas?” O apelo crucial daqueles que tomam consciência das ameaças a seu redor é a maior expressão de fé duma alma sedenta por salvação. É impossível que o Senhor não ouça esse grito de misericórdia. A força dessa oração é capaz de ferir os tímpanos de Jesus, que se levanta de imediato  e se opõe às ameaças contra nossa integridade, sejam estas físicas ou espirituais. O aparente sono do Senhor é apenas um hiato para provar nossa fé, nossas dúvidas e inseguranças. “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?”
Essa é a pergunta que hoje nos questiona. Quem acredita na presença de Cristo no barco de nossa existência, nada teme. Não há força alguma capaz de destruir nossa integridade quando temos Jesus no mesmo barco de nossa existência. Aparentemente, Ele dorme às vezes, mas seu Espírito jamais. Apenas nos prova, momentaneamente, pondo em xeque nossa fé. Dá-nos a consciência da fragilidade de nossas vidas, do medo que nos domina quando nossa fé se deixa abalar pelas circunstâncias e ameaças que circundam nossa existência. Essa tomada de consciência, ao mesmo tempo em que nos mostra o quão pequenos somos diante dos desafios da travessia da vida, também nos mostra o quão grande é o poder da fé que tem em sua retaguarda a proteção divina. Não há o que temer quando Cristo caminha, viaja conosco. Mesmo que aparentemente esteja dormindo, sua presença é a força que nos sustenta.
Eis porque o selo da fé é o escudo cristão. “Não temas, pequenino rebanho!” Mesmo que o mundo se levante contra todos seus princípios e convicções de fé, nada temas! Mesmo que ironizem suas posições contrárias ao comportamento da grande maioria, que questionem suas regras de conduta moral e social, que ridicularizem sua defesa aos princípios éticos e basilares da preservação da vida, em especial os contrários ao aborto, eutanásia ou qualquer outro modismo que se venha a inventar sob os argumentos da liberdade do indivíduo, mesmo que tudo se volte contra sua fé, não temas! Jesus navegou neste mesmo barco. E ainda navega, apesar de seu aparente sono… Basta uma atitude nossa: orar! Pois quem dorme somos nós.
WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]



Espaço Espírita

 

Aceite-se, tal qual é, buscando melhorar-se.

Suporte com paciência as provas do caminho.

Se você caiu, erga-se logo para seguir adiante.

Se já conhece o que seja tentação, já sabe claramente como evitá-la.

Deixe de criar motivações a sofrimentos de que não têm necessidade.

Abstenha-se de relações que lhe prejudiquem a paz.

Não tente sanar amarguras da alma com medicações que lhe criem exagerada dependência.

Cultive fortaleza de ânimo e acolha a realidade, tal como se apresenta.

Faça todo bem que puder, auxiliando a todos, mesmo quando não possa estar com todos.

Trabalhe sempre, confiando em Deus.

Não diga que isso é óbvio ou que você sabe tudo isso, porque os planos do Bem devem ser infinitamente repetidos e a construção mais simples é sempre a mais difícil de se fazer.

ANDRÉ LUIZ

Do Livro “Sinais de Rumo” – Psicografia: Francisco Cândido Xavier

USE  INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO  DA  UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO




Diocese de Assis

A perseverança é fundamental e necessária na vida! Sem perseverança não há caminho: nem começo e nem fim; não há esperança: nem sentido e nem motivos; não há projeto: nem objetivo e nem meta; não há sonho: nem horizontes e nem utopia. Sem perseverança não há vida, porque a vida se faz de caminho, de esperança e de projeto e de sonho.

Ora, viver não pode ser uma mera sucessão de dias e de acontecimentos; viver não pode ser um malfadado cumprimento do destino – uma vida de cartas marcadas; viver não pode ser uma sombra de uma luz que já nem existe mais; viver não pode ser um acaso; viver não pode ser um nascer, um crescer, um desenvolver e um morrer.

Viver tem que ser um recomeçar permanente, um redescobrir cada dia, um renovar sempre, um renunciar constante, um retomar persistente, é reconciliação diária. Viver é assumir-se obra inacabada que precisa ser aperfeiçoada cada dia, até chegar à plenitude, em Deus.

Santo Agostinho, bispo, século V., num de seus sermões chama-nos a atenção, exatamente, sobre esta questão da perseverança.

É ler e gostar!

“Qualquer angústia ou tribulação que sofremos é para nós aviso e também correção. As Sagradas Escrituras não nos prometem paz, segurança e repouso; o Evangelho não esconde as adversidades, os apertos, os escândalos; mas ‘quem perseverar até o fim, esse será salva’ (Mt 10,22).

O que de bom teve esta vida desde o primeiro homem, desde que mereceu a morte e recebeu a maldição, maldição de que Cristo Senhor nos libertou?

Não há então, irmãos, por que murmurar , como alguns deles murmuraram, como disse o Apóstolo, e pereceram pelas serpentes (l Cor 10,10).

Que tormento novo sofre hoje o gênero humano que os antepassados já não tenham sofrido? Ou quando saberemos nós que sofremos o mesmo que eles já sofreram? No entanto, encontras homens a murmurar contra seu tempo como se o tempo de nossos pais tivesse sido bom.

Se pudessem retroceder até os tempos de seus avós, será que não murmurariam? Julgas bons os tempos passados porque já não são os teus, por isto são bons.

Se já foste liberto da maldição, se já crês no Filho de Deus, se já estás impregnado ou instruído das Sagradas Escrituras, admiro-me de que consideres bons os tempos de Adão.

Esqueces que teus pais traziam consigo o mesmo Adão? Aquele Adão a quem foi dito: ‘No suor de teu rosto comerás teu pão e lavrarás a terra donde foste tirado; germinarão para ti espinhos e abrolhos’ (cf. Gn 3,19 e 18). Mereceu isto, aceitou-o, como vindo do justo juízo de Deus. Por que então pensas que os tempos antigos foram melhores que os teus? Desde aquele Adão até o Adão de hoje, trabalho e suor, espinhos e cardos. Caiu sobre nós o dilúvio? Vieram os difíceis tempos de fome e de guerra, que foram escritos para não murmurarmos agora contra Deus?

Que tempos aqueles! Só de ouvir, só de ler, não nos horrorizamos todos? Mais razões temos para nos felicitar que para murmurar contra o nosso tempo.”

Agora, diga a verdade: não é por precipitação que jogamos fora a maior parte (pra não dizer tudo) das melhores coisas, das melhores experiências, das melhores oportunidades, das melhores ocasiões? Diz a sabedoria popular que, “o apressado como cru e quente” e nunca consegue saborear, com bom paladar aquilo que vai para a mesa; porque o tempo da mesa nunca chega a ser permitido, por pura precipitação.

Controlemos, pois, os nossos impulsos para não desperdiçarmos a hora da graça, no tempo de Deus.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Espaço Espírita

 

– Estou infeliz. 

– O que houve?

– Fiquei assim depois do casamento de uma amiga.

– Isso é inveja.

– Absurdo! É minha melhor amiga!

– Amizade não é antídoto para a inveja.

– Como chegou à conclusão de que sou invejosa?

– Não ficou feliz com o casamento de sua amiga?

– Então o motivo da infelicidade é a inveja?

– É um deles.

– Como fazer para evitar esse sentimento negativo?

– Aprendendo a alegrar-se com o sucesso alheio.

– Mesmo quando nos pareça imerecido?

– Desmerecer o sucesso alheio é assunto de invejoso.

RICHARD  SIMONETTI

Extraído do livro “Trinta Segundos” – CEAC Editora

USE  INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO DA UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO




Diocese de Assis

 

Uma das realizações do agricultor – senão a maior – é poder colher o que um dia semeou com alegria e esperança. “Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice”… o machado, a máquina, a colheitadeira que seja! De uma forma ou de outra, a expectativa de uma colheita farta é sempre inspiradora de uma alegria própria, um momento de júbilo, mantenedor de sonhos e vida renovada. É o momento da paga por tanto suor um dia derramado. Por que não também sangue, lágrimas? Só Deus para avaliar o quanto custou um prato cheio na mesa de um operário, um lavrador justo e honesto naquilo que faz!

Num país propício à agricultura, onde “em se plantando tudo dá”, o assunto esbarra no privilégio dos grandes latifúndios e dos muitos sem terra a sonhar com seu quinhão. Não vamos aqui limitar nossa reflexão, posto que o cerne da parábola de Cristo era a temática do Reino de Deus, não dos reinados humanos. Aqui entra um porém: se quisermos vislumbrar as riquezas do Reino de Deus entre nós é preciso espalhar a semente do bem, da justiça, do amor, da fraternidade, da solidariedade, da igualdade, e afastar tudo aquilo que nos segrega e nos diferencia no direito de bem viver! Numa sociedade de desiguais não há colheita de fartura e bonança para todos! Nada se colhe em terreno ressequido, em solo infértil… Da mesma forma em coração empedernido, em mente obcecada pela ambição desmedida, em almas congeladas pela insensibilidade, desamor…

A uns muitos, a outros nada? Esse é o diferencial do fiel na balança na colheita que Deus quer fazer, no dia do grande juízo. A menor das sementes, o grão de mostarda por Ele semeado em nossos corações, a fé e esperança em um novo Reino, aparentemente, está sufocada entre muitas cizânias e ervas daninhas que deixamos crescer em nossas vidas. Todavia, é a mostarda a maior das hortaliças “e estende ramos tão grandes  que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra” (Mc 4, 32). Quem nos conta essa parábola quer nos apresentar a grandiosidade da obra criadora, seus mistérios, suas dádivas em prol daqueles que derramam o suor do trabalho em vistas do bem comum, a mesa farta, a recompensa pessoal de cada esforço por uma vida digna. Assim o Reino de Deus acontece entre nós!

Pudéssemos penetrar mais fundo na singeleza dessa história quase infantil e os doutores da comunidade humana haveriam de se corar pela vergonha de suas teses, teorias e ciências sociais! Quantas asneiras já se disse e se impôs no campo das relações humanas. Quantos “ismos” a definir relações políticas, fronteiras territoriais, limites geográficos e propriedades privadas que nada produzem! O egoísmo faz crescer cizânias, espinheiros, ervas venenosas… mas poucos, pouquíssimos frutos que alimentem ou acolham os “pequeninos”, os pássaros feridos e famintos a rodear muitos quintais, muros e cercados elétricos de nosso mundo retalhado, quadriculado, dimensionado por posses e títulos patrimoniais. Ou mesmo fronteiras reclamadas como pátria amadas! Não é esse o Reino que Deus sonhou para seus filhos. Nem a pátria “amada, idolatrada” que sonhamos… Pois bem, o tempo da colheita se repete ciclicamente, hoje e sempre, desde sempre. O que Jesus nos ensina é separar o joio do trigo, é deixar amadurecer a semente boa, o bem entre nós, para que um dia possamos sentar à mesa da reconciliação universal e brindar à vida com mais igualdade e solidariedade. Acreditem! A mostarda dará sabor a esse banquete.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Diocese de Assis

 

As pessoas se identificam umas com as outras. E, em maior ou em menor grau, passam a adotar para si o que é do outro: o estilo, a linguagem, os costumes, os hábitos, os modos, as amizades, os lugares, as ideias, as tendências, as referências, os comportamentos…

Não existe uma só pessoa no mundo que não se inspire em algo ou em alguém. É próprio do ser humano “identificar-se com”.

Na vida, cada um elege seus ídolos e ideologias, segundo o grau de identificação, mas, não sem riscos.

Na fé, identificação tem outro nome: “configurar-se a”.

O Cristão é chamado a se configurar-se a Cristo. Quer dizer: tornar-se um outro Cristo, não segundo uma identificação externa mas, interna, ontológica, essencial. Só na fé isso é possível. Por que só na fé? Porque trata-se algo profundo e, não um simples verniz que fica bonito, mas, para a aparência.

Tudo o que é humano, só fica bom se atingir a profundidade da pessoa, senão, é gasto e não investimento; é perda e não ganho; é ilusão e não esperança.

O texto a seguir é do Tratado sobre a verdadeira imagem do cristão, de São Gregório de Nissa, bispo, século IV e dá uma visão excelente sobre o configurar-se a Cristo. Leia!

“Paulo sabe quem é Cristo, mais acuradamente do que todos. Com efeito, por suas atitudes mostrou como deve ser quem recebe o nome do Senhor, porque o imitou tão exatamente que revelou em si mesmo o próprio Senhor. Por tal imitação cheia de amor, transferiu seu espírito para o Exemplo, de modo que não mais parecia ser Paulo e sim Cristo, como ele mesmo bem o diz, reconhecendo a graça em si: ‘Quereis uma prova daquele que em mim fala, o Cristo’. E mais: ‘Vivo eu, já não eu, mas é Cristo quem vive em mim’.

Manifestou, então, para nós que força possui este nome de Cristo, ao dizer que Cristo é a Virtude de Deus, a Sabedoria de Deus e deu-lhe os nomes de Paz, Luz inacessível onde Deus habita, Expiação, Redenção, máximo Sacerdote e Páscoa, Propiciação pelas almas, Esplendor da glória e Figura de sua substância, Criador dos séculos, Alimento e Bebida espirituais, Pedra e Água, Fundamento da fé e Pedra angular, Imagem do Deus invisível, grande Deus, Cabeça do Corpo da Igreja, Primogênito da nova criação, Primícias dos que adormeceram, Primogênito entre os mortos, Primogênito entre muitos irmãos, Mediador entre Deus e os homens, Filho unigênito coroado de glória e de honra, Senhor da glória, Princípio das coisas e Rei da justiça, e ainda de Rei da paz, Rei de tudo, Possuidor do domínio sobre o reino que Dão tem limites.

Com esses e outros nomes do mesmo gênero designou o Cristo, nomes tão numerosos que não se pode contá-los com facilidade. Se forem combinadas e enfeixadas as significações de cada um, eles nos mostrarão o admirável valor e majestade deste nome, Cristo, que é impossível de traduzir-se por palavras, mas pode ser demonstrado, na medida em que conseguimos entendê-lo com nosso espírito.

Por ter a bondade de nosso Senhor nos concedido primeiro, o maior e o mais divino de todos os nomes, o nome de Cristo, nós somos chamados ‘cristãos’.

É necessário, então, que se vejam expressos, em nós, todos os outros nomes que explicam o nome do Senhor, para não sermos falsamente ditos ‘cristãos’, mas o testemunhemos com nossa vida.”

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Série sobre Jesus Cristo será lançada nos congressos de 2024 das Testemunhas de Jeová

 

Réplicas historicamente precisas de Jerusalém, Caná da Galileia, Cafarnaum e Nazaré —regiões visitadas pelo profeta mais notável que já viveu — foram construídas em um cenário de 75 mil metros quadrados em Nova Gales do Sul, na Austrália. Como? Uma equipe de mais de 500 voluntários está produzindo uma série de vídeos épicos, retratando a vida e os ensinamentos de Jesus. O primeiro episódio será lançado em 14 a16 de junho  de 2024 em nossa região.

A série A História e o Ministério de Jesus terá 18 episódios e trata-se de um olhar abrangente sobre a vida e o ministério de Jesus Cristo — sua personalidade e interação com as pessoas. O episódio inicial será lançado no programa do congresso ‘Declare as Boas Novas!’, das Testemunhas de Jeová. Os próximos episódios serão lançados no futuro.

“Estamos entusiasmados em divulgar essa série ao público depois de anos de planejamento e construção do cenário”, disse o porta-voz local das Testemunhas de Jeová, Gilberto dos Santos]. “Nós realmente acreditamos que essa série tocará o coração de milhões de pessoas de uma forma que nenhum outro filme sobre Jesus jamais fez”, conclui.

Com um elenco também formado por voluntários, as câmeras começaram a rodar em maio de 2022 na sede nacional das Testemunhas de Jeová, na Austrália. Para aumentar o realismo, os cenários ainda trazem animais mencionados na Bíblia, como burros, ovelhas, pombos e camelos. Algumas cenas foram filmadas no deserto da Judeia, em Israel.

O congresso ‘Declare as Boas Novas!’ apresentará o Episódio 1 — A Verdadeira Luz do Mundo em duas partes (na sexta-feira e no sábado do programa de três dias). O trailer do episódio 1 já está disponível no jw.org, site oficial das Testemunhas de Jeová.

“Qualquer pessoa que tenha conhecimento, curiosidade ou interesse em algo predito por todos os profetas ficará intrigado e cativado pela série A História e o Ministério de Jesus”, disse Gilberto dos Santos. “Convidamos todos para assistirem ao congresso e aproveitarem esse lançamento emocionante!”.

As Testemunhas de Jeová são uma religião cristã e estão presentes em cerca de 240 países e territórios, sendo uma das maiores educadoras bíblicas voluntárias sem fins lucrativos e produtoras de conteúdo baseado nas Escrituras, incluindo longas-metragens.

Todas as reuniões, congressos, estudos bíblicos e vídeos das Testemunhas de Jeová são gratuitos e estão disponíveis ao público. Nenhuma coleta é feita. Para encontrar uma reunião ou um congresso perto de você, visite o site oficial das Testemunhas de Jeová, jw.org, e procure o link apropriado na guia Quem Somos. Para assistir ao trailer da série A História e o Ministério de Jesus: Episódio 1 — A Verdadeira Luz do Mundo, visite jw.org > Quem Somos > Congressos.

Porta-voz das Testemunhas de Jeová

Gilberto dos Santos

Contato: [email protected]




Espaço Espírita

 

Se caíste, não desanimes. Tenta de novo a caminhada.

Se choras, não desesperes. Tenta de novo ser feliz.

Se sofres, não te rebeles. Tenta de novo compreender.

Se te ofendem, não revides. Tenta de novo perdoar.

Se problemas antigos reaparecem, não te aflijas. Tenta de novo resolvê-los.

Se te sentes abandonado, não te perturbes. Tenta de novo um novo amigo.

Se a ingratidão te fere, não descreias do bem. Tenta de novo semeá-lo.

Se o fracasso surge, não te entregues. Tenta de novo e vencerás.

Tenta de novo e, ao teu lado, ombreando contigo, terás sempre Jesus, o Amigo Fiel de todas as horas, que nunca perde a esperança de que, um dia, possas ascender ao Reino da Paz e do Amor inalteráveis.

ALBINO TEIXEIRA

Do livro “Páginas de Fé” – Editora IDEAL – Psicografia: Francisco Cândido Xavier e

Carlos A. Baccelli

USE  INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO  DA  UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO

 

 

 




Diocese de Assis

 

Não queria estar na pele de Jesus quando uma multidão o cercou furiosa, curiosa e até mesmo esperançosa em dele receber alguma atenção. Era tanta gente que Ele, discípulos e familiares sequer podiam entrar na casa que os abrigava. Os próprios “parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si” (Mc 3,21). Os que o perseguiam para incriminá-lo por injúria ou blasfêmia contra a ordem e a lei, não tinham dúvidas: Ele estava possuído por um demônio! A confusão era geral. Alguns buscavam cura para seus males, outros provas para silenciar as esclarecedoras revelações daquele Mestre sem diploma algum. Através de Belzebu é que expulsava a corja satânica, diziam seus inimigos.

Pode um reino destruir-se a si próprio, satanás ir contra si mesmo? “Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se”, afirmou categoricamente o próprio Cristo. Da mesma forma uma família que se divide. Não se sustentará por muito tempo. Da mesma forma aquele que conduz sua fé e esperança no lastro indestrutível da família trinitária, fonte de todo o bem que possamos desejar ou merecer em vida. Não. Quem é de Deus nunca será vencido por Satanás. “Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo…” Oh, coitado! Esse nunca será salvo. Eis o pecado sem perdão. A falta mais grave daquele que ouve a palavra, percebe a presença divina em sua vida, recebe uma revelação de fé, um sopro do Espírito… e se nega a aceitar a verdade que se abre à sua frente, em sua vida. Aqui o homem se autodestrói, por conta e risco de sua arrogância, de se achar senhor e diretor de si próprio. Triste realidade dos tempos modernos, a negação da fé!

Mas se existe o pecado sem perdão, existe também o perdão sem limites! A misericórdia de Deus é infinita e vai além da nossa compreensão. Atribuir uma possessão demoníaca à fala e ação de Jesus, é ignorância pura, posto que a multidão que a fé cristã atrai ao redor de seu Mestre é maior e mais diversa do que imaginamos ou contabilizamos em nossos átrios de fé. “Quando for levantado da terra, atrairei todos a mim”, disse um dia, referindo-se à sua morte de cruz. Essa atração diversa é a seara da ação de Deus no mundo. O Evangelho aqui citado nos mostra essa diversidade de público e o detalhe de que nem a própria família e seus discípulos mais fiéis compreenderam a dimensão do Reino por Ele anunciado. Por isso o consideraram um demente, um louco varrido! Por isso Jesus os alertou contra o perigo do pecado sem perdão. E conclamou a todos a abrirem mente e coração ao grande apelo que ali lhes fazia: tomarem parte na família trinitária, a grande família de Deus que constitui seu povo eleito. “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus…” (Mc 3,34-35), faz parte da família de Jesus neste mundo.

O convite é desafiador. Se quisermos afastar de nosso caminho a sedução destrutiva do Inimigo, aquele que se julga poderoso, senhor desse mundo, é preciso fazer parte da família cristã. Reconhecer sua origem divina, seu Pai, sua Mãe, seus irmãos… Inserir-se nessa casa de Deus no mundo, sua Igreja, seu Povo escolhido! Deixar-se purificar nas águas do Batismo, no sangue do Cordeiro. Alimentar seu Espírito com a verdade de suas Palavras, lembrando sempre que o Pão não é tudo, mas “toda a Palavra que sai da boca de Deus”… E esta, quem nos fala é Jesus. Então, sim: “esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Palavra da salvação.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]