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Diocese de Assis

 

No calendário litúrgico da Igreja Católica, o tempo pascal vai até o domingo de Pentecostes. É um tempo onde afirmamos e celebramos o eixo da fé: a ressurreição de Jesus. No domingo depois de Pentecostes, costumamos celebrar a festa da Santíssima Trindade. Uma festa que entrou no calendário da liturgia romana em 1334.

Um belíssimo texto de Santo Atanásio, bispo, do século IV, ilustra muito bem o sentido da vida da fé trinitária.

“Não devemos perder de vista a tradição, a doutrina e a fé da Igreja Católica, tal como o Senhor ensinou, tal como os apóstolos pregaram e os Santos Padres transmitiram. De fato, a tradição constitui o alicerce da Igreja, e é impossível nega-lo, sem de alguma forma, negar a fé.

Ora, a nossa fé é esta: cremos na Trindade santa e perfeita, que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo; nela não há mistura alguma de elemento estranho; não se compõe de Criador e criatura; mas toda ela é potência e força operativa; uma só é a sua natureza, uma só é a sua eficiência e ação.

O Pai cria todas as coisas por meio do Verbo, no Espírito Santo; e deste modo, se afirma a unidade da Santíssima Trindade. Por isso, proclama-se na Igreja ‘um só Deus, que reina sobre tudo, age em tudo e permanece em todas as coisas’ (cf. Ef 4,6). Reina sobre tudo como Pai, princípio e origem; age em tudo, isto é, por meio do Verbo; e permanece em todas as coisas no Espírito Santo.

São Paulo, escrevendo aos Coríntios acerca dos dons espirituais, tudo refere a Deus Pai como princípio de todas as coisas, dizendo: Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. ‘Há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor. Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos’ (lCor 12,4-6).

Os dons que o Espírito distribui a cada um vêm do Pai por meio do Verbo. De fato, tudo o que é do Pai é do Filho; por conseguinte, as graças concedidas pelo Filho, no Espírito Santo, são dons do Pai. Igualmente, quando o Espírito está em nós, está em nós o Verbo, de quem recebemos o Espírito; e, como o Verbo, está também o Pai. Assim se cumpre o que diz a Escritura: ‘Eu e o Pai viremos a ele e nele faremos a nossa morada’ (Jo 14,23). Pois onde está a luz, aí também está o esplendor da luz; e onde está o esplendor, aí também está a sua graça eficiente e esplendorosa.

São Paulo nos ensina tudo isto na segunda Carta aos corintios, com as seguintes palavras: ‘A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós’ (2Cor 13,13). Com efeito, toda a graça que nos é dada em nome da Santíssima Trindade, vem do Pai, pelo Filho, no Espírito Santo.

Assim como toda a graça nos vem do Pai por meio do Filho, assim também não podemos receber nenhuma graça senão no Espírito Santo. Realmente, participantes do Espírito Santo, possuímos o amor do Pai, a graça do Filho e a comunhão do mesmo Espírito.”

A fé Trinitária nos ajuda a sonhar a vida em comunidade, pois, Deus não é a Solidão do “um”, Todo-Poderoso e distante pela majestade e pela eternidade. Pelo Contrário, Deus é intercomunicação perfeita, na unidade das três pessoas divinas. Em Deus não há nenhuma confusão triteísta (três deuses), mas o maravilhoso Mistério que o dogma não é capaz de conter: Deus é Uno e Trino.

É por isso que, quando traçamos, sobre nós, o sinal da cruz, em cada oração, estamos reconhecendo e aceitando esse mistério, como iluminador da nossa humanidade mesmo quando não entendemos e nem explicamos tudo.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

PORTAS E CORAÇÕES ABERTOS

Basta uma simples ameaça contra o conforto ou segurança de nossas vidas para nos armarmos com instrumentos de defesa. Quando não os temos, isolamo-nos, fugimos ou nos fechamos em um canto qualquer. Fechar portas e janelas é uma dessas atitudes imediatas. Deixar de ouvir palavras de moderação ou alerta é também fechar mentes e corações para a razoabilidade de uma reação sem contendas. Se a ameaça é física, afinamos nossa agressividade. Se nos ameaçam moral, intelectual ou espiritualmente, pondo em xeque nossas crenças e convicções, então se tranca o coração, isola-se qualquer possibilidade de entendimento ou diálogo.

Isso tudo aconteceu com os discípulos de Jesus, naquele “primeiro” dia da semana após o terrível espetáculo de sua morte de cruz. Por medo dos judeus, algozes primeiros do mestre nazareno, nada mais prudente do que se esconderem, fecharem as portas com boa guarnição de trincos e ferrolhos, apagarem luzes, baixarem as vozes e orarem… Rezar mais e mais! Terrível aquela situação de medo e insegurança. O que seria de suas vidas agora?

Não mais havia paz entre eles. A esperança que lhes restava era um sopro, uma réstia de luz qual a que agora penetrava aquela sala pelas frestas das paredes mal vedadas da casa onde se escondiam. Uma casa conhecida por todos que ali estavam, onde se reuniam habitualmente, onde Jesus com eles pernoitara muitas noites, onde fizeram aquela última e maravilhosa (também misteriosa) refeição de despedida… Onde Maria os acolhia como se casa dela fosse, mas que tinha os ares de uma  Betania especial, uma sala ampla no segundo piso, local quase sagrado onde se sentia o lampejo miraculoso de uma proteção celestial… Ali Jesus ceara com eles e pedira que se recordassem sempre daquele momento diáfano: “Façam isso em minha memória”!

Eis que, sob a proteção daquele teto bendito, sob a guarnição de suas portas sólidas e  bem trancadas, Jesus surge miraculosamente, lhes desejando paz! Suas mãos chagadas e seu coração traspassado não deixam dúvidas. É Ele. Um sopro de alento novo alivia seus temores. É Ele mesmo! Seu sorriso largo e seu sereno olhar… Seus lábios portadores de tantas palavras de esperança agora lhes desejam apenas paz. Sopra sobre eles um alento de vida nova, de espírito renovado. Aquele mesmo Espírito que flui de suas palavras de ordem e tarefa a se cumprir. Não temas, pequenino rebanho. Saiam dessa masmorra, desse torpor sem ação, sem missão a se cumprir. O mundo espera por  vocês. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,22).

Basta que acreditem. Que aceitem e recebam o Espírito Santo. Então a reconciliação será universal, o perdão recíproco, sem limites, sem fronteiras… Basta perdoar e a paz será restaurada, as barreiras demolidas, as portas abertas. Tanto na terra quanto no céu.  O milagre de Pentecostes é o grande segredo da reconciliação que o mundo ainda não descobriu. “Pedi e recebereis, buscai e achareis, batei e as portas serão abertas”. Os corações também.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Espaço Espírita

 

Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.

Prepara o coração, abre o Evangelho, distende a mensagem da fé, enlaça a família e ora… Jesus virá em visita!

Quando o lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu. Quando os corações se unem nos liames da fé, o equilíbrio oferta bênçãos de consolo, saúde e paz.

Jesus no Lar… é vida para a família!

Não aguardes que o mundo te leve à certeza do inevitável. Distende, de tua casa cristã, a luz do Evangelho, para o mundo atormentado!

Quando uma família ora em casa, reunida, toda a rua recebe o benefício da comunhão com o Alto. Se alguém, num edifício de apartamentos, alça aos céus a prece da comunhão fraterna em família, todo o edifício se beneficia.

Não te afastes da linha direcional do Evangelho entre os teus familiares. Continua orando fiel, com aqueles que amas, nas diretrizes do Mestre e, quando possível, debate os problemas que te afligem à luz clara da mensagem da Boa Nova. Examina as dificuldades que te perturbam, ante a inspiração consoladora do Cristo.

Demora-te no lar para que o Divino Hóspede também possa aí se demorar. E, quando as luzes se apagarem, à hora do repouso, ora mais uma vez, comungando com Ele, a fim de que em casa, mais uma vez, possas ter Jesus contigo!

JOANA  DE  ÂNGELIS

Do livro: S.O.S. Família – Psicografia: Divaldo Pereira Franco  

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Casamento em crise — tem solução?

 

“Todo carro precisa de manutenção. Quando vamos viajar, ficamos ainda mais atentos ao seu bom funcionamento. Por isso procuramos um especialista, um mecânico. O casamento é a ‘viagem’ mais longa da nossa vida! É essencial que cada um olhe para si mesmo e faça a manutenção necessária, a partir dos conselhos valiosos daquele que melhor entende o casamento”. — Benedito Oliveira, casado com Francisca Oliveira há 44 anos.

Na semana de 3 a 9 de junho de 2024, o casal estará entre os mais de 8 milhões de estudantes da Bíblia em todo o mundo que se reunirão para considerar o tema ‘Continue a mostrar amor no seu casamento’. As Testemunhas de Jeová realizam reuniões semanais interativas e inclusivas, gratuitas e abertas ao público, onde todos na comunidade são convidados.

Francisca Oliveira aprecia muito os assuntos abordados nessas reuniões cristãs: “Aprender dicas e aplicar os princípios bíblicos em nosso casamento têm sido a chave para permanecermos unidos e felizes, mesmo após mais de quatro décadas juntos”.

Pesquisas destacam que as principais causas de divórcio incluem falta de comprometimento e comunicação, infidelidade e incompatibilidade. Também, fatores comuns da vida moderna, como o cotidiano acelerado, o trabalho, as pressões e distrações podem distanciar o casal.

Segundo Jamil Machrki, demonstrar amor, carinho e atenção é muito natural no início do casamento, “mas, com o passar do tempo, as dificuldades e a rotina podem se sobrepor a isso. É preciso lembrar que o seu marido ou esposa é a pessoa mais importante do mundo para você e que merece o seu melhor”, revela ele, que é casado há 9 anos com Jamili.

“Quando o motor do carro falha, não desistimos da viagem. Procuramos a causa e solucionamos o problema. É assim também no casamento”, diz Gilberto dos Santos, porta-voz das Testemunhas de Jeová. “Nessa reunião os presentes vão analisar, entre outras, a seguinte pergunta: Como eu posso demonstrar melhor meu amor por minha esposa ou meu marido? Convidamos todos a descobrir dicas valiosas que podem revitalizar casamentos enfraquecidos e evitar divórcios”, conclui ele.

Com breves discursos, demonstrações e sessões interativas de perguntas e respostas, as reuniões das Testemunhas de Jeová são realizadas em locais chamados Salões do Reino. Para encontrar um perto de você, acesse o site oficial jw.org, clique em Quem Somos e em Reuniões. Se quiser assistir à reunião em língua de sinais, siga os passos acima e, em seguida, digite ‘Libras’ na caixa ‘Idioma da Reunião’.

No site jw.org — o mais traduzido do mundo e com conteúdo totalmente gratuito — também é possível acessar artigos e vídeos muito úteis, como:

Porta-voz das Testemunhas de Jeová

Gilberto dos Santos

Contato: [email protected]

 

 




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LIGANDO TERRA E CÉUS

Outra não foi a missão de Jesus senão unir terra e céus através de suas ações e ensinamentos. “Fez e ensinou desde o começo até o dia em que foi levado para o céu” (At 1, 1-2). Com sua ascensão coroou-se sua missão terrena, ocupando seu lugar  “à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde virá para julgar os vivos e os mortos”, dizemos em nossa Profissão de Fé, o juramento sagrado que fazemos através da oração do Creio.

Em suma, essa é a fé cristã. A ressurreição foi seu maior milagre, mas sua ascensão devolveu-nos a esperança do arrebatamento, o resgate definitivo de sua Igreja, “que é o seu corpo, a plenitude daquele que possui a plenitude universal” (Ef 1, 23). Ou seja: a ascensão de Cristo abriu-nos as portas do Reino dos Céus, devolveu-nos a possibilidade de salvação…

Ora, se essa é nossa fé e esperança, não há porque  hesitarmos na prática dos mandamentos que apontam esse caminho. Os mistérios da redenção humana passam, necessariamente, pelos caminhos que Cristo trilhou entre nós, pelo seu nascimento, crescimento, conquistas e derrotas transitórias, morte, mas também ressurreição e ascensão. Houve sofrimento, perseguição, derrotas, incompreensão, traição, sim! Mas houve também muita luz, proteção celestial, gratidão, amor de Mãe, proteção dos Anjos, verdadeira fraternidade humana, compreensão, respeito, gratidão!  Esse é o nosso Cristo, o redentor por excelência, cuja história de vida em nada difere da nossa, mas antecipa a glória reservada, as vitórias almejadas por todos os que buscam praticar seus ensinamentos, seus exemplos de vida.

Para isso, a prática é questão de ordem, de tudo ou nada. “Ide” e fazei o mesmo que Ele fez. “Ide” pelo mundo… pelo mundo inteiro… “Ide e anunciai”…  Condição única e essencial para seguir seus passos, que não deixa ressalvas, não faz acepções, não abre exceções, mas frisa o imperativo do verbo: anunciai o Evangelho a toda criatura!  Ou isso, ou nada disso. “Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado”. Simples assim.

Então não há o que temer. Os sinais de proteção divina àqueles que fiam seus dias no desempenho dessa missão, estão aí para atestar a consistência dessa promessa. Dois mil anos da história da Igreja, a constante perseguição contra ela, ostensiva e intensiva ao longo desses séculos, seu crescimento, o reconhecimento de ser ela a maior e mais longeva instituição humana a resistir e conquistar espaço em todos os tempos e lugares, não é mera coincidência. Cobras e lagartos se dizem a seu respeito, mas as serpentes da maledicência e o veneno das instituições político-financeiras do homem descrente sequer arranham o verniz de suas portas bimilenares. Até as garras demoníacas e suas ações ardilosas em nada modificam seus ensinamentos, sua doutrina inviolável. Então é isso. O Senhor continua no comando, “confirmando sua palavra por meio dos sinais”, que acompanham a história da sua Igreja. Por isso, demos graças.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Espaço Espírita

 

– Por que há tanta gente má na Terra?

– Constituem minoria.

– Não parece. Veja o noticiário.

– Não vale. Dá destaque para o mal.

– Por quê?

– O que acontece com os desafinados numa orquestra?

– Chamam a atenção.

– Os maus são os desafinados da Terra.

– Até quando será assim?

– Até que os que não são maus tornem-se bons.

– Se não são bons nem maus, o que são?

– São orientados pela omissão.

– O que têm os maus a ver com isso?

– Ninguém os ajudou a evitar a desafinação.

       Do livro “Trinta Segundos” – Richard Simonetti – Editora CEAC

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Diocese de Assis

 

Todo homem que recebe de Deus riquezas e bens para que possa sustentar-se, ter a sua porção e desfrutar do seu trabalho, considere isso dom de Deus. Desse modo, o homem não se preocupa demais com sua vida fugaz, porque Deus o mantém ocupado na alegria do coração” (Eclesiastes 5,18-19).

Em comparação com aquele que se sacia de suas posses, nas trevas das preocupações e, com grande tédio da vida, acumula as coisas perecíveis, declara ser preferível aquele que desfruta coisas presentes. Este, pelo menos, sente-se feliz em usá-las; para aquele, porém, apenas o peso das inquietações. E diz porque é um dom de Deus poder gozar das riquezas. É porque não terá muito que pensar nos dias de sua vida.

Com efeito, Deus o ocupa com a alegria de seu coração: não terá tristeza, não se afligirá com pensamentos, levado pela alegria e o prazer das coisas diante de si. Contudo, melhor ainda é entender, com o Apóstolo, o alimento e a bebida espirituais, dados por Deus, e ver a bondade de todo seu esforço, porque com enorme trabalho e desejo vamos poder contemplar os bens verdadeiros.

É esta a nossa porção: alegrarmo-nos em nosso desejo e fadiga. Este é um bem, sem dúvida, mas até que Cristo, nossa vida, se manifeste, ainda não é a plenitude do bem.

Todo o trabalho do homem é para sua boca e, no entanto, seu espírito não se sacia. Qual é a vantagem do sábio sobre o insensato? Qual a do pobre, se não de saber como caminhar em face da vida?

O fruto de todo trabalho dos homens neste mundo é consumido pela boca, mastigado e desce ao estômago para ser digerido. E por muito pouco tempo deleita o paladar, pois dá prazer somente enquanto está na boca.

Além disto, não se sacia a alma de quem comeu com o alimento. Primeiro, porque ele deseja comer de novo. Pois, quer o sábio, quer o tolo, não pode viver sem alimento, e a preocupação do pobre é sustentar seu mirrado corpo para não morrer à míngua. Segundo, porque a alma não encontra utilidade alguma na refeição do corpo, o alimento é comum ao sábio e ao ignorante, e o pobre vai aonde percebe haver recursos.

Apesar de tudo é preferível entender a expressão do autor do Eclesiastes que, instruído nas Escrituras celestes, concentra todo o trabalho em sua boca, e sua alma não se sacia por desejar sempre aprender. Nisso tem mais o sábio do que o insensato; porque, embora se sinta pobre (aquele pobre que o Evangelho declara feliz), caminha para alcançar a vida, seguindo pela estrada apertada e difícil que a ela conduz. É pobre de obras, porém, sabe onde mora Cristo, a vida.

Finalmente, é preciso que o homem saiba que o futuro a Deus pertence, como diz o Eclesiastes 7,8-14: “Mais vale o fim de uma coisa do que o seu começo, e a paciência é melhor do que a pretensão. Não fique tão depressa com o espírito irritado, porque a irritação se abriga no peito dos insensatos. Não diga: ‘Por que os tempos passados eram melhores que os de hoje?’ Não é a sabedoria que faz você levantar essa questão. A sabedoria é boa como uma herança, e útil para aqueles que vêem o sol, pois à sombra da sabedoria se vive como se vive à sombra do dinheiro. Mas a sabedoria é mais vantajosa, porque faz viver quem a possui. Procure compreender a obra de Deus, porque ninguém endireita o que ele encurvou. Esteja alegre no dia feliz, e no dia da desgraça procure refletir, porque um e outro foram feitos por Deus, para que o homem nunca possa descobrir nada do seu próprio futuro.

(Texto a partir do comentário sobre o Eclesiastes, de São Jerônimo, século V).

Pe. Edivaldo Pereira dos Santos




Espaço Espírita

 

 

Você não deve entregar-se à depressão ou ao desânimo ante atitudes que tenha tomado, contrariando a Lei do Bem; não deve igualmente vangloriar-se face a gestos positivos que tenha tido nalguma circunstância.

Somos todos aprendizes na escola universal da evolução.

Errando, procuramos evitar novos erros para progredir sempre; acertando, interiorizamos valores positivos que se devem tornar naturais em nossa maneira de ser.

A vida é pródiga em oportunidades edificantes. Por isso mesmo, cada um de nós é chamado constantemente a testes que nos auxiliam a avançar ao encontro de novos horizontes de compreensão, harmonia e paz.

PASTORINO

Extraído do livro “Minutos de Luz” – Psicografia: Ariston S. Teles –

Editora Ano Luz

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Como identificar os cristãos? Pela Bíblia? Pela Igreja? Pelo Palavreado? Pelos trejeitos? Pela roupa? Pelos costumes? Pelos amigos?

No século II, um belíssimo texto da carta a Diogneto responde a estas perguntas e a muitas outras. Vale a pena ler.

“Os cristãos não se diferenciam dos outros homens nem pela pátria nem pela língua nem por um gênero de vida especial. De fato, não moram em cidades próprias, nem usam linguagem peculiar, e a sua vida nada tem de extraordinário. A sua doutrina não procede da imaginação fantasista de espíritos exaltados, nem se apóia em qualquer teoria simplesmente humana, como tantas outras.

Moram em cidades gregas ou bárbaras, conforme as circunstâncias de cada um; seguem os costumes da terra, quer no modo de vestir, quer nos alimentos que tomam, quer em outros usos; mas o seu modo de viver é admirável e passa aos olhos de todos por um prodígio. Habitam em suas pátrias, mas como de passagem; têm tudo em comum como os outros cidadãos, mas tudo suportam como se não tivessem pátria.

Todo país estrangeiro é sua pátria e toda pátria é para eles terra estrangeira. Casam-se como toda gente e criam seus filhos, mas não rejeitam os recém-nascidos. Têm em comum a mesa, não o leito.

São de carne, porém, não vivem segundo a carne. Moram na terra, mas sua cidade é no céu. Obedecem às leis estabelecidas, mas com seu gênero de vida superam as leis. Amam a todos e por todos são perseguidos. Condenam-nos sem os conhecerem; entregues à morte, dão a vida. São pobres, mas enriquecem a muitos; tudo lhes falta e vivem na abundância.

São desprezados, mas no meio dos opróbrios enchem-se de glória; são caluniados, mas transparece o testemunho de sua justiça. Amaldiçoam-nos e eles abençoam. Sofrem afrontas e pagam com honras. Praticam o bem e são castigados como malfeitores; ao serem punidos, alegram-se como se lhes dessem a vida. Os judeus fazem-lhes guerra como a estrangeiros e os pagãos os perseguem; mas nenhum daqueles que os odeiam sabe dizer a causa do seu ódio.

Numa palavra: os cristãos são no mundo o que a alma é no corpo. A alma está em todos os membros do corpo; e os cristãos em todas as cidades do mundo. A alma habita no corpo, mas não provém do corpo; os cristãos estão no mundo, mas não são do mundo. A alma invisível é guardada num corpo visível; todos vêem os cristãos, pois habitam no mundo, contudo, sua piedade é invisível.

A carne, sem ser provocada, odeia e combate a alma, só porque lhe impede o gozo dos prazeres; o mundo, sem ter razão para isso, odeia os cristãos precisamente porque se opõem a seus prazeres.

A alma ama o corpo e seus membros, mas o corpo odeia a alma; também os cristãos amam os que os odeiam. Na verdade, a alma está encerrada no corpo, mas é ela que contém o corpo; os cristãos encontram-se detidos no mundo como numa prisão, mas são eles que abraçam o mundo.

A alma imortal habita numa tenda mortal; os cristãos vivem como peregrinos em moradas corruptíveis, esperando a incorruptibilidade dos céus. A alma aperfeiçoa-se com a mortificação na comida e na bebida; os cristãos, constantemente mortificados, vêem seu número crescer dia a dia. Deus os colocou em posição tão elevada que lhes é impossível desertar.”

Ser Cristão é, portanto, não uma questão de status, de honra ou de poder, mas de pertença: “vocês são de Cristo e Cristo é de Deus” (1 Cor 3,23).

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




O que a Bíblia diz sobre a segurança das mulheres?

 

“Faço questão de comunicar meus itinerários a meus pais e amigos”. Apesar de já ser adulta, Bianca Brito tem o hábito de dizer para onde vai, o tempo que pretende ficar fora de casa e, quando chega, envia uma mensagem avisando.

“Eu me preocupo com a minha segurança o tempo todo”, disse Bianca. “Sempre tento prestar atenção no que está acontecendo ao meu redor. Isso é muito cansativo, mas estar vigilante tem me ajudado a evitar problemas quando me deparo com situações suspeitas em locais públicos”, conclui.

Embora muitos governos tenham dado destaque à legislação ligada à proteção da segurança das mulheres, elas continuam vulneráveis a atos de violência em todo o globo.

A Organização Mundial da Saúde calcula que pelo menos uma em cada três mulheres — aproximadamente 736 milhões de pessoas — sofre abuso físico ou verbal ao longo da vida. Infelizmente, dados recentes mostram que o índice de violência contra a mulher aumentou durante a pandemia de covid-19.

“Estamos falando de uma crise mundial que afeta não apenas as mulheres, mas também famílias e comunidades”, disse Gilberto dos Santos, porta-voz das Testemunhas de Jeová. “A segurança das mulheres deveria ser uma preocupação de todos”, acrescenta.

Um artigo intitulado Segurança da mulher — O ponto de vista da Bíblia foi publicado no jw.org (site oficial das Testemunhas de Jeová) como uma ajuda gratuita para mulheres que foram vítimas de violência e precisam de tratamento e apoio. A partir de princípios bíblicos, o artigo destaca como Deus encara as mulheres e o que ele pretende fazer no futuro para acabar com os maus-tratos que elas sofrem.

“A Bíblia dá muita esperança às vítimas de violência”, disse Gilberto Dos Santos. “Esperamos que esse artigo ajude as mulheres a se sentir valorizadas, bem cuidadas e apoiadas.”

O artigo Segurança da mulher — O ponto de vista da Bíblia pode ser acessado gratuitamente no jw.org, que possui conteúdos práticos baseados na Bíblia em mais de 1.084 idiomas.

 

Porta-voz das Testemunhas de Jeová

Gilberto dos Santos

Contato: [email protected]