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Diocese de Assis

 

Não há como fugir da curiosidade que o título aqui desperta. Por experiência, definição, ironia, crítica ou mesmo rejeição, sabemos que a casa da sogra foi sempre sinônimo de encontros e desencontros familiares. Lá se forjam os pilares de uma família, mesmo que muitas vezes suas bases não estejam devidamente preparadas para a solidez que exigem. Lá, filhos, genros e noras, bem como netos e bisnetos, se espelham no exemplo dos mais velhos e moldam seus futuros à luz de um testemunho de vida, positivo ou negativo. É na casa da sogra que se desenha o futuro de muitos lares.

Pois bem: foi na casa da sogra de Simão Pedro que Jesus buscou abrigo, um local para repousar momentaneamente, após um dia inteiro de pregações numa das sinagogas da região. Queria apenas um cantinho para refazer suas forças, mas lá também encontrou problemas. Sua anfitriã, a sogra de Pedro, estava acamada, ardendo em febre e sem coragem alguma para lhe fazer as honras da casa. Compreensivo e atencioso, Jesus se aproximou de seu leito, olhou-a com seu olhar sempre misericordioso, “segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se” (Mc 1,31). Quase que instantaneamente, a febre sumiu. E ela se pôs a lhe servir os quitutes da casa. A história se espalhou como um rastilho de pólvora e, mal se tinha posto o sol daquele dia, “levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio”. Mateus registra um detalhe sintomático: “A cidade inteira se reuniu em frente da casa”. Acabou-se o descanso do Mestre nazareno…

Nada disso seria relevante, não fosse a presença de Jesus. Presença e ação. Ação e atração. Poderia ser um local qualquer, uma casa, uma praia ou mesmo, como era de seu feitio, um encontro casual no templo ou na rua. Para se obter uma bênção ou cura de Jesus, basta um encontro com Ele. A casa da sogra foi circunstancial, mas sua cura não. Foi necessário estender-lhe a mão, deixar-se levantar por Ele. Foi preciso reconhecer em si a graça alcançada e, “imediatamente”, se colocar a serviço. Aquela mulher, que hospedou Jesus em sua casa, soube valorizar sua presença, seu encontro com Ele. Obter a cura veio da alegria em bem servi-lo, face ao privilégio daquela visita.

A febre do mundo não nos deixa entender muitos desses momentos em nossa vida cotidiana. Você já se perguntou quantas vezes Jesus buscou hospedagem em sua casa, em seu coração? Quantas vezes nossas vidas atribuladas e agitadas pelas circunstâncias que prostram nosso ânimo e coragem, nos fizeram indiferentes à presença de Deus nesses momentos? Quantas vezes não vimos sua mão estendida e deixamos de servi-lo com nova disposição? Não foram as lamúrias daquela velha senhora que se fizeram ouvir naquele leito febril, mas sim a alegria e gratidão pela visita ilustre. Aquela mulher não despejou reclamações e queixumes aos pés do Senhor.  A presença de Jesus renova qualquer alma, mesmo aquelas que se deixaram dominar pelas febris ilusões dessa nossa casa comum, o mundo.

Daquela casa Jesus saiu de fininho, durante a madrugada, para rezar e saudar um novo dia. Só então os donos da casa deram por sua falta, pois a alegria restaurada pelos milagres ali presenciados era maior que os detalhes de sua retirada estratégica. É assim mesmo. Cumprida a missão, é preciso seguir o caminho. Jesus continua entre nós, no deserto de nossas tribulações, no conflito de nossas enfermidades, marcando presença, realizando milagres, atraindo corações sedentos de vida nova. Quando o reencontraram, os discípulos lhe disseram: “Todos estão te procurando”! Você também?

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 




Espaço Espírita

Aceite os parentes difíceis na base da generosidade e da compreensão, na certeza de que as Leis de Deus não nos enlaçam uns com os outros sem causa justa.

O parente-problema é sempre um teste com que se nos examina a evolução espiritual.

Muitas vezes a criatura complicada que se nos agrega à família, traz consigo as marcas de sofrimento ou deficiências que lhe foram impostas por nós mesmos em passadas reencarnações.

Não exija dos familiares diferentes de você um comportamento igual ao seu, porquanto cada um de nós se car

Não tente se descartar dos parentes difíceis com internações desnecessárias em casas de repouso, à custa de dinheiro, porque a desvinculação real virá nos processos da natureza, quando você houver alcançado a quitação dos próprios débitos ante a Vida Maior.

Nas provações e conflitos do lar terrestre, quase sempre, estamos pagando pelo sistema de prestações, certas dívidas contraídas por atacado.

ANDRÉ LUIZ

Extraído do livro “Sinal Verde”

 Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora CEC

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Diocese de Assis

 

Tem gente que não acredita em Deus, mas teme os demônios. Tem gente que faz pacto com demônios, mas ignora os pactos que Deus fez e faz com a humanidade. Tem gente que duvida dos poderes demoníacos e desdenha dos poderes de Deus. Tem gente que paga pra ver e outros que só acreditam vendo. Enquanto isso…

Os seres feitos à semelhança de seu Criador, aqueles que refletem em vida a fiel imagem do Pai, põem em dúvida sua origem divina, enquanto o príncipe das trevas, o demônio em pessoa, demostra naturalmente sua fé em Deus: “Que tens tu conosco, Jesus de Nazaré? Vieste perder-nos? Sei quem és: o Santo de Deus!” (Mc 1,24).  Ora, ora… Se o demônio é capaz de demonstrar toda sua ciência e conhecimento da missão redentora de Cristo, quem somos nós para duvidar dos planos de salvação traçados por Deus através de Jesus? Este não veio para condenar, mas para salvar. Até mesmo a  salvação de Satanás era uma possibilidade, remota sim, mas viável, se este se submetesse aos ensinamentos trazidos pelo “Santo de Deus”. Mas a ousadia demoníaca não perde sua pose… Então  Jesus dita as ordens do momento: “Cala-te, sai deste homem!” E o espírito imundo obedece, reconhece a autoridade daquela voz.

A legião demoníaca cresce à medida que lhe permitimos sua ação entre nós. Seu maior pecado é a inveja, a necessidade que tem de se igualar a Deus, enquanto seus demônios tumultuam e agitam a história humana com todo e qualquer tipo de ações contrárias ao projeto de Deus. Afinal, o Pai da Mentira não nos quer à salvos, postos à direita do trono que poderia ter sido seu. O anjo do mal não admite essa predileção divina e quer nossa derrota de corpo e de alma. O embate entre o bem e o mal visa nossa destruição, segundo o ponto de vista demoníaco. Ou nossa Salvação, segundo desejos de Deus. Aqui entra o livre arbítrio, a nossa escolha, o caminho que seguiremos.

Somos livres para decidir nosso futuro. Deus apenas nos aponta o caminho, através da doutrina deixada por seu Filho. Daí sua importância, o farol que esta representa, a necessidade premente que temos de divulga-la o mais possível, buscando adeptos, saneando mentes e corações confusos, perturbados pela ação demoníaca, incertos na definição do caminho a seguir, de qual seja a crença verdadeira. Deus ou o Demônio? O bem ou o mal? Luz ou trevas? Eis que, absurdamente, grande maioria ainda tem dúvidas; está perdida entre a realidade terrena e a obscura incerteza do outro lado dessa história. “Que é isto? Eis um ensinamento novo, e feito com autoridade”! Eis no que resulta a conscientização doutrinaria da Igreja, a ação missionária de seus discípulos. Se neste embate vencerem os demônios que nos cercam, a culpa da derrota terá sido pela nossa omissão evangelizadora, nunca pela nossa ação. Portanto, a destruição ou não, a salvação ou derrota da história humana está em nossas mãos. Depende de nós!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 

 




Espaço Espírita

 

São tantas as situações que nos causam indignação nos dias atuais:

A violência desproposital;

Os maus-tratos para com as crianças;

Os doentes sem assistência médica;

O lar convertido em arena de luta;

A crueldade dos estupros;

O erotismo precoce ganhando terreno entre a infância;

A velhice relegada ao abandono;

A promiscuidade entre jovens e adolescentes vista como lazer;

As condições sub-humanas dos aglomerados humanos nas grandes cidades;

A banalização dos relacionamentos sexuais;

Os crimes contra a economia popular sem punições;

Os venais e corruptos guindados pela sociedade a postos de comando;

Todas essas situações, que compõem o imenso cadinho por onde transitam os homens, carregando o pesado fardo das próprias imperfeições, devem ser motivo de preocupação e indignação no seio das almas devotadas ao bem.  Entretanto, antes de simplesmente censurar, questiona-te: o que tens realizado, dentro do campo de tua ação, para erradicar estes males do meio em que situas?

Quantas criaturas detentoras de largos recursos e avultadas possibilidades de ação permanecem indignadas, porém inativas, diante de tantas situações constrangedoras como as relatadas.  Entretanto, se cada palavra de indignação fosse acompanhada do respectivo gesto para pôr termo a tantos descalabros, a Terra certamente já estaria livre de muitas dessas aflições.

Reflete um pouco acerca das coisas que te provocam indignação e, em seguida, planeja tua ação para excluí-la da comunidade em que atuas.

ALBINO DA SANTA CRUZ

Extraído do livro “Semanário das Reflexões”

Editora Didier – Psicografia: José Maria M. Souza

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Data recorda as “vítimas esquecidas” do regime nazista

 

No dia 27 de janeiro, muitas pessoas ao redor do mundo irão celebrar o Dia Internacional da Memória do Holocausto. Essa data foi escolhida porque marca o aniversário da libertação de Auschwitz — o maior campo de concentração e extermínio nazista, ocorrido há 79 anos.

A instituição desse dia visa educar e conscientizar o público sobre o Holocausto e homenagear oficialmente todas as vítimas do regime nazista. Entre essas estão 6 milhões de judeus e milhões de polacos, eslavos, ciganos, homossexuais e pessoas com deficiência. Além desses, outro grupo perseguido foi as Testemunhas de Jeová.

O professor Detlef Garbe, ex-diretor do Memorial do Campo de Concentração de Neuengamme, disse: “As Testemunhas de Jeová, que foram submetidas à perseguição implacável no Terceiro Reich, estão entre as chamadas ‘vítimas esquecidas’ do regime nazista. Durante décadas, elas foram ignoradas […] apesar de um número considerável de Testemunhas de Jeová terem sofrido perseguição e morte.”

As Testemunhas de Jeová foram perseguidas e oprimidas porque se recusaram a pegar em armas ou concordar com a ideologia de ódio dos nazistas.

“As Testemunhas de Jeová foram o único grupo cristão sob o domínio do Terceiro Reich a ser identificado com um símbolo de prisioneiro separado: o triângulo roxo. Elas foram perseguidas apenas por causa de suas convicções religiosas”, diz Gilberto dos Santos], porta-voz das Testemunhas de Jeová. “Os nazistas ofereceram liberdade se elas renunciassem à sua fé cristã e apoiassem o regime. No entanto, elas foram corajosas e se apegaram aos valores cristãos — lealdade a Deus e amor ao próximo.”

Alguns dados sobre a perseguição às Testemunhas de Jeová pelo regime nazista:

  • Das cerca de 35 mil Testemunhas de Jeová na parte da Europa ocupada pelos nazistas, em torno de 13.400 foram perseguidas pelo regime;
  • Cerca de 11.300 foram presas;
  • Umas 4.200 foram enviadas para campos de concentração;
  • Mais de 1.250 eram menores de idade;
  • Cerca de 600 crianças foram tiradas dos pais à força pelo governo nazista;
  • Pelo menos 72 Testemunhas de Jeová foram mortas por eutanásia;
  • Ao menos 548 (algumas menores de idade) morreram por execução ou homicídio;
  • No total, cerca de 1.600 Testemunhas de Jeová morreram por causa da perseguição;
  • Estima-se que 6 mil Testemunhas de Jeová foram detidas em prisões ou campos de concentração durante a época do Holocausto.

Para saber mais sobre as Testemunhas de Jeová, visite o site jw.org. Todo o conteúdo é gratuito e não é necessário se cadastrar.

Porta-voz das Testemunhas de Jeová

GILBERTO DOS SANTOS

EMAIL:[email protected]




Diocese de Assis

 

 

Nossa visão sobre as coisas está sempre prejudicada pela identificação de felicidade com circunstância. Vivemos a prisão dos momentos. Confundimos o todo com a parte. Medimos o pequeno pelo grande. Dedicamos uma parte consideravelmente grande de nossa vida com negatividade. Distraímo-nos, facilmente, com bobagens: coisas artificiais e superficiais. Somos um poço de reclamação permanente. Nunca estamos contentes com nada.

Na verdade cada um de nós precisaria redescobrir o centro motivacional da vida para compor a própria existência. Porque a maior causa de nossa visível insatisfação com tudo e, a vezes, com todos, não é outra coisa senão, a falta de sentido humano. A questão é que vivemos para fora de nós mesmos. Somos forasteiros da nossa própria condição. Somos turistas da nossa humanidade. Somos visitantes de nossa história. Nos escondemos em padrões culturais, políticos, econômicos e, até religiosos como um escudo de proteção. E deveria ser isso para nós, plataforma do sentido humano.  Em outras palavras, nós vivemos sempre a partir das referências externas: é o que fulano diz, é o que beltrano pensa, é o que sicrano gosta… Vivemos a ditadura da exterioridade e isso não é vida que valha a pena.

Na linguagem bíblica, a parábola do semeador resume aquilo que é a vida humana em suas misérias e grandezas, suas forças e fraquezas, suas aberturas e fechamentos, sua humanidade e divindade. Enfim, o sentido profundo de uma existência completa, assumida e não negada.

“Jesus ensinava-lhes muitas coisas com parábolas. No seu ensinamento dizia para eles: ‘Escutem. Um homem saiu para semear. Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; os passarinhos foram e comeram tudo. Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda. Porém, quando saiu o sol, os brotos se queimaram e secaram, porque não tinham raiz. Outra parte caiu no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram, a sufocaram, e ela não deu fruto. Outra parte caiu em terra boa e deu fruto, brotando e crescendo: rendeu trinta, sessenta e até cem por um.’  E Jesus dizia: ‘Quem tem ouvidos para ouvir, ouça’!

O semeador semeia a Palavra. Os que estão à beira do caminho são aqueles nos quais a Palavra foi semeada; logo que a ouvem, chega Satanás e tira a Palavra que foi semeada neles.  Do mesmo modo, os que recebem a semente em terreno pedregoso, são aqueles que ouvem a Palavra e a recebem com alegria; mas eles não têm raiz em si mesmos: são inconstantes, e, quando chega uma tribulação ou perseguição por causa da Palavra, eles logo desistem. Outros recebem a semente entre os espinhos: são aqueles que ouvem a Palavra; mas surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e todos os outros desejos, que sufocam a Palavra, e ela fica sem dar fruto. Por fim, aqueles que receberam a semente em terreno bom, são os que ouvem a Palavra, a recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro cem por um” (Mc 4,2-20).

Precisamos recuperar-nos para nós mesmos. Precisamos redescobrir os valores que nos fazem ser gente. Precisamos recuperar a nossa integridade. Precisamos responsabilizarmo-nos por tudo aquilo que diz respeito ao nosso ser total. Precisamos refazer a aliança de amor conosco mesmo.

É tempo de refazer-nos para não sucumbirmos às múltiplas ditaduras no nosso tempo; principalmente, nossas próprias ditaduras!

É tempo de refazer-nos, dando voz o silêncio para que, a força da sabedoria que ativa outras virtudes e dons venha, não das muitas palavras, mas do coração que se deixa tocar pelo amor e pela misericórdia!

É tempo de refazer-nos como humanos irmanados!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

 

O grande desafio que o cristianismo propõe ao mundo é encarar a realidade do tempo presente. Seja este bom ou ruim, o fato é que a fé cristã nos convida a viver o aqui e o agora com a perspectiva do olhar de Cristo. Este transforma realidades adversas com a nossa presença e ação, se acreditarmos nas boas novas claras e objetivas que retumbaram no deserto da Galileia e ecoam agora em nossos corações. O momento é o nosso. Seguir Jesus é acreditar que também temos voz nesse processo de mudanças proposto a quem “tem olhos para ver e ouvidos para ouvir”. Agora é nossa vez.

Isso posto, eis que falta a ação, a necessidade única de coerência com o desafio que nos foi feito: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”. Simão e André, Tiago e João nos representam. A árdua tarefa de um trabalho “em águas mais profundas”, onde os resultados são mais promissores e a compensação mais generosa, é a promessa que nos foge quando cruzamos nossos braços diante da perspectiva de um novo Reino, um tempo de bonanças e esperanças renovadas, o mundo novo que sonhamos. Estamos às portas dessa nova realidade, mas hesitamos na ação, duvidamos da capacidade de mudanças que a fé nos oferece. Somos ou não os agentes de transformação do mundo, como nos ensina a Igreja? Somos ou não a luz das trevas que nos cercam, como nos disse o Cristo? Somos ou não esse fermento na massa, capaz de levedar e fazer crescer a esperança por dias melhores? Se tudo isso é característica da fé cristã, o que estamos esperando?

As perguntas nos assombram,  confronta com a realidade oposta àquilo que ouvimos, enquanto consertávamos nossas redes, preparávamos nossos instrumentos de trabalho. Esse é o grande obstáculo dos meticulosos trabalhadores da messe! Preocupam-se em demasia com suas capacidades e recursos operacionais, mas pouco fazem por não se abandonarem plenamente na fé que nutrem. Se acham donos da verdade mas não mergulham na Verdade de Cristo. Será mesmo assim? Terei sucesso nessa empreitada de tudo deixar e partir, seguindo Jesus? O que nos falta é o abandono nas mãos Daquele que nos desafia a ir em frente, a dar o primeiro passo, a seguir à sombra de suas promessas. Coerência também é abandono. Acreditar é se deixar guiar.

Não fomos nós que escolhemos esse caminho, mas é o próprio Senhor quem nos escolhe para trilhá-lo. Quem se deixa guiar pelas sendas desse caminho estreito torna-se discípulo, portanto alguém que tenta imitá-lo. Não há alegria maior do que segui-lo. A mudança de rumos vai de encontro aos anseios da humanidade, que não quer discórdias, não quer doenças, não quer injustiças, nem desamor, nem gerras. Papa Francisco falou recentemente em alto e bom som: “A guerra é a mais terrível das doenças sociais… e os mais fracos é que pagam o preço”. Muitos acharam ser este um gesto de intromissão deste.  Católico que rejeita os alertas de sua Igreja, os ensinamentos de sua tradição apostólica, a autoridade de seu pontífice, há muito deixou de ser católico. Melhor continuar “consertando” suas redes imprestáveis.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Espaço Espírita

 

 “Se alguém está em Cristo, é nova criatura. Passaram-se as coisas antigas; eis que se fez uma realidade nova.” Paulo (II Coríntios, 5:17)

 

Quando o homem, finalmente, aceita o Cristo no coração, a vida se lhe renova em todas as dimensões.

Vive no mundo, mas não mais pertence ao mundo.

Sofre, mas não mais amaldiçoa a dor.

Chora, mas não mais se revolta ou desespera.

Luta, mas não mais deserta do campo de batalha.

Tropeça, mas não mais se acomoda na queda.

Serve, mas não mais espera ser servido.

Perdoa, mas não mais ofende a ninguém.

Semeia, mas não mais se aflige pela colheita.

Como que renascendo dentro da própria vida, tudo ganha aos seus olhos um significado profundo.

A luz do discernimento lhe clareia os passos e ele agora sabe para onde caminha.

As suas mãos se transfiguram em estrelas do Céu brilhando no chão terrestre.

Os seus lábios apenas se movimentam sob a inspiração divina e os seus ouvidos se mostram sintonizados com a eterna canção do amor universal.

Valendo-se das experiências do passado, o homem renovado em Cristo Jesus, faz-se o precursor de uma Nova Era de paz para toda a Humanidade.

IRMÃO JOSÉ

Do livro “Páginas de Fé” – Editora IDEAL

Psicografia: Francisco Cândido Xavier e Carlos A. Baccel

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Espaço Espírita

 

        O homem foi capaz de desenvolver sofisticados radares para detectar presenças estranhas a longa distância, mas ainda não conseguiu estabelecer um sistema de vigilância em torno da própria mente.

Todo pensamento estabelece uma sintonia.

Pensando, a criatura interage sobre seus semelhantes, estabelecendo ligações, conforme o campo mental que a envolve.

Se a situação é gerada por pensamentos infelizes, estabelecem-se as presenças indesejáveis, oriundas do plano extra físico, consolidando, assim, o início de processos obsessivos que poderão aprisionar a pessoa em dolorosos processos de subjugação.

Entretanto, cabe ressaltar que, entre a abordagem do pensamento infeliz e a sua aceitação em nosso campo mental, há uma distância a ser percorrida.

No mundo, pensamentos infelizes nos ocorrem a todos. Cabe-nos, porém, a devida vigilância, para rebatê-los com o escudo do bom senso, a fim de que nossa vida interior se desenvolva em bases de equilíbrio desejável.

Pensa com amor, e a luz do teu pensamento te iluminará por dentro.

SCHEILLA

     Extraído do livro “A Mensagem do Dia” – Psicografia: Clayton LevyEditora Allan Kardec

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Diocese de Assis

 

          Normalmente, quando nos aproximamos de alguém que nos agrade e nos cative com sua simpatia, jeito de ser, de olhar, de pensar, logo queremos saber mais a seu respeito. Onde mora, quem são seus familiares, donde vem, o que faz? Foi o que aconteceu com os dois discípulos de João que, vendo Jesus passar, abandonaram tudo e o seguiram. Aquela quase espionagem foi logo descoberta e o mestre não os repeliu, ao contrário, abriu as portas de sua casa para os acolher e hospedar com desvelo. André era um destes. Não tardou para convidar mais um àquele time de curiosos, seu irmão Simão.

“Então André conduziu Simão a Jesus. Jesus olhou bem para ele e disse: “Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas” (que quer dizer Pedra)” (Jo 1,42). Assim se iniciou a comunidade dos apóstolos, com o primado de Pedro já se despontando dentre eles. Aqui nascia a “eclesia”, a primeira comunidade cristã. Nascia na casa de Jesus, seu primeiro e único mestre!

A questão ainda não está de todo respondida. “Mestre, onde  moras?” Esse é o dilema da comunidade órfã dos ensinamentos cristãos, pois quem por primeiro faz a pergunta não são os curiosos observadores dos passos de Jesus, mas Ele próprio: “O que estais procurando?”. A resposta a uma dúvida humana é sempre uma pergunta que se repete. O que procuramos? Saber onde Ele mora é pouco, não nos basta como sonhadores por um mundo novo, um novo sentido existencial, uma vida mais justa e amena em suas provações diárias. O que procuramos é tudo isso e muito mais, que o olhar misterioso daquele “estranho forasteiro” guardava dentro de si. Seria sua casa a fonte do que procuravam, o celeiro do segredo que seu olhar denunciava? “Vinde ver”, lhes desafiara Jesus. Naquele fim de dia permaneceram com Ele em sua casa.

Acharam o que procuravam? Teria Jesus lhes revelado de pronto todo seu projeto eclesial, os principais pontos do ministério que iniciava, os segredos de sua doutrina de paz e amor? Não, claro que não! A escola seria longa, o caminho árduo, as provações diárias. Haveriam de aprender na caminhada, no amor e na dor de uma convivência construída à luz das revelações diárias. A casa era apenas um detalhe circunstancial, pois logo, logo nem isso teriam. Nem “onde repousar a cabeça”, diante do árduo trabalho pela frente. Talvez aquele primeiro momento tenha sido um simples prelúdio que o olhar penetrante e maravilhoso de Jesus lhes revelava com a manifestação de um amor muito mais profundo e misericordioso. Era isso o que viam naquele “lar, doce lar”, onde Maria lhes servia os quitutes de uma casa pobre.  Talvez um jarro d´água, uma tortilha qualquer, mas muito amor e respeito. Eles foram, eles viram! Eles degustaram tudo aquilo na casa de Jesus.

O que estamos procurando? E esperando? Na casa de Jesus cabemos todos, somos bem-vindos e acolhidos com o mais puro amor. Na casa de Jesus o maná do deserto ainda cai do céu, o pão e os peixes se multiplicam com sua graça e predileção por “aqueles que o Pai lhes deu”. Na casa de Jesus ainda está Maria, a serviçal sempre atenta e carinhosa, que nos ensina a fazer “tudo o que Ele nos mandar”.  A Igreja, a verdadeira Igreja, ainda é essa misteriosa casa! A Igreja, povo de Deus que sonha e sofre, sofre e sonha, mas resiste com sua esperança imortal. Onde está Jesus nisso tudo? Pe. Júlio Lancellotti, numa revelação da graça atuante nessa Igreja, nos disse recentemente: “Às vezes procuro Jesus no Sacrário, mas Ele fica em silêncio e teima em se esconder debaixo de viadutos e pontes de concreto”. Ali também é sua morada…

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]