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Diocese de Assis

 

O tempo da quaresma é sempre promissor de horizontes de mudança e conversão. Neste tempo, as provocações da Palavra de Deus sinalizam elementos concretos para a vida nova almejada na conversão. São Leão Magno (papa, séc V), num belíssimo sermão aponta alguns elementos fundamentais de vida nova. Vejamos!

“Em todo tempo, amados filhos, a terra está repleta da misericórdia do Senhor (Sl 32,5). A própria natureza é para todo fiel uma lição que o ensina a louvar a Deus, pois o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe proclamam a bondade e a onipotência de seu Criador; e a admirável beleza dos elementos postos a nosso serviço requer da criatura racional uma justa ação de graças.

O retorno, porém, desses dias que os mistérios da salvação humana marcaram de modo mais especial e que precedem imediatamente a festa da Páscoa, exige que nos preparemos com maior cuidado por meio de uma purificação espiritual.

Na verdade, é próprio da solenidade pascal que a Igreja inteira se alegre com o perdão dos pecados. Não é apenas nos que renascem pelo santo batismo que ele se realiza, mas também naqueles que desde há muito são contados entre os filhos adotivos.

É, sem dúvida, o banho da regeneração que nos toma criaturas novas; mas todos têm necessidade de se renovar a cada dia para evitarmos a ferrugem inerente à nossa condição mortal, e não há ninguém que não deva se esforçar para progredir no caminho da perfeição; por isso, todos sem exceção, devemos empenhar-nos para que, no dia da redenção, pessoa alguma seja ainda encontrada nos vícios do passado.

Por conseguinte, amados filhos, aquilo que cada cristão deve praticar em todo tempo, deve praticá-lo agora com maior zelo e piedade, para cumprir a prescrição, que remonta aos apóstolos, de jejuar quarenta dias, não somente reduzindo os alimentos, mas, sobretudo abstendo-se do pecado.

A estes santos e razoáveis jejuns, nada virá juntar-se com maior proveito do que as esmolas. Sob o nome de obras de misericórdia, incluem-se muitas e louváveis ações de bondade; graças a elas, todos os fiéis podem manifestar igualmente os seus sentimentos, por mais diversos que sejam os recursos de cada um.

Se verdadeiramente amamos a Deus e ao próximo, nenhum obstáculo impedirá nossa boa vontade. Quando anjos cantaram: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade (Lc 2,14), proclamavam bem-aventurado, não só pela virtude da benevolência, mas também pelo dom da paz, todo aquele que, por amor, se compadece do sofrimento alheio.

São inúmeras as obras de misericórdia, o que permite aos verdadeiros cristãos tomar parte na distribuição de esmolas, sejam eles ricos, possuidores de grandes bens, ou pobres, sem muitos recursos. Apesar de nem todos poderem ser iguais na possibilidade de dar, todos podem sê-lo na boa vontade que manifestam.”

O profeta Isaías é bastante enfático e contundente ao ser porta voz destas palavras: “Vejam! O jejum que eu aprecio, o dia em que uma pessoa procura se humilhar, não deve ser desta maneira: curvar a cabeça como se fosse uma vara, deitar de luto na cinza… É isso que vocês chamam de jejum, um dia para agradar a Javé? O jejum que eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e despedaçar qualquer jugo; repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu, e não se fechar à sua própria gente. Se você fizer isso, a sua luz brilhará como a aurora, suas feridas vão sarar rapidamente, a justiça que você pratica irá à sua frente e a glória de Javé virá acompanhando você. Então você clamará, e Javé responderá; você chamará por socorro, e Javé responderá: ‘Estou aqui!’” (Isaías 58,5-9).

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

 

 

A preocupação está posta desde o início do cristianismo. Há aqui um profetismo de Jesus acerca do futuro de sua Igreja: “Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio (Jo 2, 16).Tanto que foi esse um dos raros momentos de impaciência e quase agressividade de Jesus ao expulsar aqueles vendilhões do Templo com um chicote às mãos. O chicote que o diga! Os que negociavam as ofertas (bois, ovelhas e pombas) às portas do Templo se viram momentaneamente prejudicados com aquela intervenção inesperada. A ação intempestiva e as duras palavras de Jesus contra o comércio que ali praticavam alertou as consciências mais sensíveis pela contradição de seus atos. Aproveitavam-se da fé popular para dela obterem lucro. Exploravam a ingenuidade daquele povo… Nada diferente dos dias atuais!

Mas não é bom generalizar. Há muitas e honrosas exceções! Nem sempre o aspecto financeiro dentro do ambiente religioso foi uma atitude meramente mercantilista ou de cunho oportunista por parte daqueles que cuidam das necessidades espirituais do povo de Deus. Há que se diferenciar estes, daqueles. As necessidades primárias para sustentação do culto e daqueles que se consagraram ao serviço do altar sempre existiram. São obrigações dos que se beneficiam desse serviço. Das doze tribos de Israel, uma tinha a função sagrada de servir e cuidar única e exclusivamente da questão litúrgica e espiritual de tudo o que se realizava no Templo. Era a Tribo de Levi, a família sacerdotal do povo de Deus. Mas, para tanto, era preciso que as demais tribos cuidassem das necessidades primárias desta casta de consagrados, não só no aspecto das necessidades básicas, como também em todas as questões relacionadas ao templo e à manutenção do culto. A estes se destinavam os dízimos e ofertas do povo.

Nada mudou desde então. As comunidades de fé continuam obrigadas a fazer frente a essas necessidades, ao sustento daqueles que tudo renunciam para servir ao altar do Senhor. O que acontece é o oportunismo de alguns que veem nesse serviço um meio de ganho fácil, de enriquecimento ilícito, de realização de falcatruas e ou negociatas com a fé popular… Então Jesus aprofunda a questão, ameaçando com a destruição do templo, de tudo, para uma edificação renovada, em três dias apenas. Seus ouvintes nada entenderam e viram nessa afirmativa uma questão de demência. “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?” (Jo 2,20). Eis no que resulta a ignorância na fé e a opinião daqueles que não conhecem as belezas dos mistérios cristãos. Dentre eles a ressurreição. Dentre eles o templo de Deus que nos tornamos. Dentre eles a ação do Espírito em nossas vidas, que aceita e consagra nossas ofertas como sinal de gratidão a Deus por tudo que dele recebemos, temos e somos. Nessa perspectiva, nossos dízimos e ofertas nunca serão objetos de comércio ou negociata com Deus, mas sim canais extraordinários de graças e bênçãos.

Deixemos de lado a opinião mundana. Nessa relação de fé o que importa não é a quantidade do que temos para oferecer, mas a qualidade de nossos gestos de amor e responsabilidade para com as coisas e as causas de Deus. Se temos mais, se somos agraciados com dons e talentos maiores dos que os de muitos irmãos, temos sim que participar mais, contribuir com mais, fazer nossa parte sem nos preocuparmos com o julgamento e a opinião do mundo. O que importa é que Jesus conhece “o homem por dentro”!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 




Espaço Espírita

 

 

Diante da noite, não acuse as trevas. Aprenda a fazer lume

Em vão condenará você o pântano. Ajude-o a purificar-se.

No caminho pedregoso, não atire calhaus nos outros. Transforme os calhaus em obras úteis.

Não amaldiçoe o vozerio alheio. Ensine alguma lição proveitosa, com o silêncio.

Não adote a incerteza, perante as situações difíceis. Enfrente-as com a consciência limpa.

Debalde censurará você o espinheiro. Remova-o com bondade.

Não critique o terreno sáfaro. Ao invés disso, dê-lhe adubo.

Não pronuncie más palavras contra o deserto. Auxilie a cavar um poço sob a areia escaldante.

Não é vantagem desaprovar onde todos desaprovaram. Ampare o seu irmão com a boa palavra.

É sempre fácil observar o mal e identificá-lo. Entretanto, o que o Cristo espera de nós outros é a descoberta e o cultivo do bem para que o Divino Amor seja glorificado.

ANDRÉ LUIZ

Extraído do livro “Agenda Cristã” – Editora FEB – Psicografia: Francisco Cândido Xavier

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Diocese de Assis

 

A vida sem alegria não tem graça… não tem ritmo… não tem assunto… não ter cor… não tem calor… não tem sabor… não tem festa. A alegria é uma das coisas mais preciosas da vida porque amplia o senso de realização e o prazer de viver.

A alegria não é uma válvula de escape; não é um subterfúgio; não é coisa de “bobos alegres”; não é fanfarronice; não é extravagância. A alegria é muito mais do que sorriso e risada. A alegria satisfação e contentamento. Alegria é um dom da fé. Por isso, é necessário que nos alegremos; que cultivemos a alegria. A alegria é tudo na vida!

Veja com que palavras somos exortados pela Sagrada Escritura:

Fl 4,4-6. “Fiquem sempre alegres no Senhor! Repito: fiquem alegres! Que a bondade de vocês seja notada por todos. O Senhor está próximo. Não se inquietem com nada. Apresentem a Deus todas as necessidades de vocês através da oração e da súplica, em ação de graças”.

Rm 12,15. “Alegrem-se com os que se alegram, e chorem com os que choram”

Jo 16,20. “Eu lhes garanto: vocês vão gemer e se lamentar, enquanto o mundo vai se alegrar. vocês ficarão angustiados, mas a angústia de vocês se transformará em alegria”

1Pd 1,6. “Por isso, vocês devem alegrar-se, mesmo que agora, se necessário, fiquem tristes por um pouco de tempo, devido às várias provações”

Is 29,19. “Os pobres voltarão a se alegrar com Javé, e os indigentes da terra ficarão felizes com o Santo de Israel”.

Is 12,3. “Com alegria vocês todos poderão beber água nas fontes da salvação”.

Ecle 3,12. “Então compreendi que não existe para o homem nada melhor do que se alegrar e agir bem durante a vida”.

Ecle 8,15. “Por isso, eu exalto a alegria, porque não existe felicidade para o homem debaixo do sol, além do comer, beber e alegrar-se. Essa é a única coisa que lhe serve de companhia na fadiga, nos dias contados da vida que deus lhe concede debaixo do sol”.

Eclo 31,27. “O vinho traz vida para os homens, desde que você o beba com moderação. Que vida existe quando falta vinho? ele foi criado para alegrar as pessoas”.

Pr 10,28. “A esperança dos justos acaba em alegria, mas a esperança dos injustos termina em fracasso”

Eclo 1,20. “O homem paciente resiste até o momento oportuno, e será recompensado no final com a alegria”.

Cl 1,12. “Com alegria, dêem graças ao Pai, que permitiu a vocês participarem da herança dos cristãos, na luz”

Rm 14,17. “O Reino de Deus não é questão de comida ou bebida; é justiça, paz e alegria no Espírito Santo”

Ninguém precisa inventar motivos para se alegrar; eles já existem e precisam ser descobertos. A alegria esta ao nosso alcance e é traduzida, também, como boa notícia.

Compartilhe a alegria! Entre no dinamismo das pessoas que se encontraram permitindo-se não, apenas, momentos de alegria, mas uma vida de alegria.

Alegre-se! Permita-se ao transbordamento de autenticidade que só é possível na alegria.

A alegria leva ao contentamento e, o contentamento muda as feições do rosto de qualquer pessoa, criando oportunidades múltiplas para o desabrochar da verdade, da liberdade e do amor.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS 




Diocese de Assis

 

Algo que dá sentido à vida humana é a compreensão de quanto esta é bela. Melhor ainda quando essa descoberta vem acompanhada por uma revelação de fé, uma manifestação divina. Imaginem então o quão maravilhosa e espetacular foi a experiência do monte Tabor, onde a transfiguração humano/divina do Cristo Jesus deixou boquiabertos os três discípulos: Pedro, Tiago e João. Diz o evangelista que a visão desses três privilegiados foi algo tão extraordinário que estes não queriam voltar para a realidade do mundo aqui embaixo. Jesus lhes mostrava seu verdadeiro rosto. “Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal que nenhum lavadeiro sobre a terra as pode fazer assim tão brancas” (Mc 9,3). A visão beatífica, serena e transfigurada, coroada de luz e aureolada com as nuvens celestiais, era-lhes um espetáculo sem referenciais com a lógica do mundo. Tanto que sentiram medo a certo momento. Tanto que uma nuvem momentânea da dúvida os cobriu com sua sombra. Estariam sonhando? Seria real o que suas vistas contemplavam?

Nisso tudo resulta uma revelação de fé. A compreensão da beleza de Deus presente na divindade de Cristo é o primeiro passo para se aceitar sua doutrina e “descer do monte” de nossas incertezas e tribulações com mais convicção e ardor, dispostos e renovados pela verdade de seus ensinamentos. “Este é meu Filho muito amado; ouvi-o”. Esta é a voz que nos devolve à realidade, fortalecidos pela alegria de uma descoberta pessoal, intimista, mais familiarizados com os mistérios e as revelações de Deus em nossas vidas. Por isso a fé é um tesouro escondido, só plenamente revelado àqueles que se dispõem a “encarar” a luz divina presente no olhar humano do Cristo transfigurado. Mistérios de fé, nos dizem nossos sacerdotes ao apresentar a transubstanciação das espécies eucarísticas em corpo e sangue… É o milagre do Tabor, a transfiguração que nos foi dada contemplar nos dias atuais, nos nossos átrios de fé e devoção cristã. Por isso, é bom estarmos aqui, como testemunhas de um milagre que ainda podemos ver com nossos olhos mortais! Esse é o mistério, o segredo da fé cristã e de sua resistência até os dias atuais, até os dias finais

A correlação entre o milagre da transfiguração e a transubstanciação eucarística fica bem evidente no pedido que Jesus faz ao voltar para a realidade do mundo: “Não contem a ninguém o que viram aqui, até que eu tenha ressuscitado dos mortos”. A revelação viria depois, na despedida da última ceia, o grande mistério da fé cristã que se tornou “memorial da morte e ressurreição”, lembrança permanente do Cristo transfigurado, ressuscitado dentre nós e glorificado na glória de sua ascensão à direita do Pai. Esse é nosso Messias, nosso Salvador, o Filho de Deus, vivo! Por isso é bom viver, é bom estarmos aqui para glorificar pela vida que temos, pela oportunidade que nos dá o Pai criador de “guardarmos seus mistérios” em nosso coração pequenino, mas extraordinariamente grandioso quando agraciado pelas revelações que a fé nos possibilita testemunhar em vida. É bom estarmos aqui, neste mundo, contribuindo para que este seja melhor, mais humano e digno das bênçãos celestes. É bom sermos provas vivas dos milagres que ainda rondam nossas vidas e que muitos teimam em não enxergar. Assim pensando e agindo, um dia ainda iremos, como os discípulos, olhar ao derredor e ver em todos os semelhantes o rosto transfigurado de Cristo.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Espaço Espírita

 

Evita a cólera. A irritação agrava a enfermidade, desequilibra a mente, afeta o espírito negativamente.

Nos momentos de contrariedade, entrega-te à prece e faze o melhor ao teu alcance.

Se não podes, por teus meios, modificar a situação difícil, acalma-te e espera.

Deus te vê e te conduzirá, por mãos intangíveis, à solução adequada.

SCHEILLA

Extraído do livro “A Mensagem do Dia”

Editora Allan Kardec – Psicografia: Clayton Levy

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A fé é um patrimônio único, valiosíssimo, impagável; é uma herança que supera os tempos, os momentos, as crises e as gerações. A fé é uma das virtudes teologais, junto com a esperança e o amor.

A fé não depende, necessariamente, de quem crê mas, se realiza efetivamente nele, com todos os frutos que lhe são próprios. A fé não é uma criação de Deus, mas é, antes, o espaço por excelência de sua experiência. “A  é um modo de já possuir aquilo que se espera, é um meio de conhecer realidades que não se vêem” (Hb 11,1).

Ter fé, portanto, não é uma obrigação, não é uma norma, não é uma tradição, não é um hábito. Ter fé é uma necessidade e, só que crê têm a plenitude da vida!

“Portanto, irmãos, tenham cuidado para que não haja entre vocês nenhum homem de coração perverso e sem , que se afaste do Deus vivo” (Hb 3,12). “É impossível agradar a Deus sem a . De fato, quem se aproxima de Deus, deve acreditar que ele existe e que recompensa aqueles que o procuram” (HB 11,6). “O meu justo vive pela fé!” (Hb 10,38).

Foi por causa da  que os antigos foram aprovados por Deus. Pela , sabemos que a Palavra de Deus formou os mundos; foi assim que aquilo que vemos originou-se de coisas invisíveis.

Pela , Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor que o de Caim. E por causa da , ele foi declarado justo… Pela , Henoc foi levado embora, para que não experimentasse a morte.

Pela , ao ser avisado divinamente sobre coisas que ainda não via, Noé levou isso a sério, e construiu uma arca para salvar a sua família. Por essa , ele condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que provém da .

Pela , Abraão, chamado por Deus, obedeceu e partiu para um lugar que deveria receber como herança. E partiu sem saber para onde. Pela , ele foi residir como estrangeiro na terra prometida. Morou em tendas juntamente com Isaac e Jacó, que também eram herdeiros da mesma promessa. Foi pela  que também Sara, embora sendo velha, se tornou capaz de ter uma descendência, pois ela acreditou em Deus, que lhe havia prometido isso. Pela , Abraão, submetido à prova, ofereceu Isaac; e justamente ele, que havia recebido as promessas, ofereceu seu único filho.

Pela , Isaac abençoou Jacó e Esaú, também a respeito de coisas futuras.

Pela , Jacó, agonizante, abençoou cada um dos filhos de José, e se prostrou, apoiando-se na extremidade do bastão.

Pela , José mencionou, já no fim da vida, o êxodo dos filhos de Israel.

Pela , Moisés, recém-nascido, foi escondido pelos seus pais durante três meses, porque viram que o menino era bonito. Eles não temeram o decreto do rei. Pela , quando já era adulto, Moisés recusou ser chamado filho da filha do faraó. Pela , Moisés deixou o Egito, sem temer a ira do rei; permaneceu firme, como se visse o Invisível. Pela , ele celebrou a páscoa e marcou as portas com sangue, para que o exterminador não matasse os primogênitos de Israel. Pela , atravessaram o mar vermelho como se fosse terra seca, enquanto os egípcios, tentando fazer o mesmo, se afogaram.

Pela , caíram os muros de Jericó, após as voltas ao seu redor durante sete dias… (Hb 11,2-33).

“Por isso, façam esforço para pôr mais virtude na fé, mais conhecimento na virtude, mais autodomínio no conhecimento, mais perseverança no autodomínio, mais piedade na perseverança, mais fraternidade na piedade e mais amor na fraternidade. De fato, se vocês tiverem essas virtudes em abundância, elas não permitirão que vocês se tornem inúteis ou infrutíferos no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo” (2Pd 1,5-8).

Eis porque, viver bem é crer! E pra você, crer é viver bem?

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




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Parece-me um tanto forçado o termo Amizade Social num contexto de fraternidade cristã. Porque a boa notícia que nos trouxe os Evangelhos é exatamente o desafio de uma fraternidade universal, que vai muito mais além do que as aparências de uma convivência social pura e simples. Na sociedade ainda imperam as normas do procedimento ético, das boas maneiras, do farisaísmo social que as relações humanas fazem questão de preservar como lei de conduta e maturidade nas relações interpessoais. Qualquer manual de etiqueta é capaz de nos apontar essa falsidade comportamental. Mas a verdadeira convivência fraterna, desejada e praticada pelo mestre de Nazaré, rasgou toda e qualquer cartilha de comportamento social para valorizar por primeiro a beleza das relações humanas, deixando de lado suas normas e etiquetas excessivamente inibidoras e constrangedoras. Numa verdadeira relação fraterna predominam gestos de espontaneidade, pureza e autenticidade.

Para os construtores do Reino de Deus entre os homens não pode haver meia verdade. Ou tudo, ou nada. Ou você aceita o desafio de uma relação pessoal além das aparências que a tentação demoníaca tenta construir na vida social, ou nossas amizades nunca passarão de falsa diplomacia plasmada pelas normas e exigências do mundo, nunca de Deus. Essa é uma exigência puramente humana, mundana, que não penetra no âmago do verdadeiro espírito de fraternidade universal. Melhor então agir como Jesus, que se afastou da convivência social para viver entre os animais selvagens, onde os anjos desciam dos céus para o servir (Mc 1, 13)? Felizmente, isso só durou quarenta dias! Pelo menos ali, no deserto e na quietude das falsas relações sociais, a plenitude do amor divino era mais evidente! Mas essa não era a missão cristã, pois o tempo e a ação evangelizadora se cumprem no aqui, no hoje, na realidade do tempo presente. Não podemos fugir dessa nossa necessidade de inserção na realidade do mundo. Por isso nossa fé segue os passos do Cristo, que nos convida à conversão imediata, seguindo seus exemplos, seu Evangelho de fraternidade universal: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8).

Penetrar nesse desafio de fé e coerência evangélica nos leva a construir uma relação muito além das aparências sociais. O mundo político tem nos dificultado a construção de um mundo novo conforme os parâmetros do ensinamento cristão. Direita ou esquerda nunca foram situações simpáticas ao bom senso que só o meio termo, o diálogo, as concessões de um e as renúncias do outro são capazes de solidificar fraternalmente, sem a tentação da vitória de um sobre a derrota do outro. Não é guerreando que se constrói a Paz. Esse é um conceito diabólico, que muitos abraçam como bandeira de ação e não enxergam o sarcasmo do Diabo por detrás dessa bandeira institucionalizada. Não é por aí. Com o Diabo não existe diálogo. Papa Francisco já nos alertou em um de suas falas do Angelus (2021): “Quando o sedutor se aproxima, começa a seduzir-nos: “Mas pensa isso, faz aquilo…”, a tentação é entrar em diálogo com ele, como fez Eva; e se entrarmos em diálogo com o Diabo, seremos derrotados”. Só o diálogo com Deus, com sua Palavra, pode restaurar o diálogo entre nós.

Fica pois a pureza evangélica como único e melhor caminho para a paz fraternal que desejamos alcançar. Esqueçam essa amizade social. Melhor caminho é a amizade cristã. Busquem primeiramente o diálogo fraternal, sem divisões, sem tendências, sem radicalismos políticos ou sociais. O verdadeiro cristão não negocia com o Inimigo, o Pai das falsas ilusões, da mentira institucionalizada. Não é por aí o caminho da evangelização sonhada e almejada por Cristo. A boa nova da salvação não negocia com doutrinas meramente transitórias. Um único caminho nos promete as alegrias do Reino de Deus entre nós, o diálogo com Deus e os irmãos. Portanto, “convertei-vos e crede no Evangelho”.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 

 




Espaço Espírita

 

– Chico Xavier, na sua opinião, o que é necessário para chegar mais próximo dos padrões ideais de convivência entre os homens?

Resposta:- Segundo admitimos, o padrão ideal para a convivência pacífica entre as criaturas da Terra, está contido naquele inesquecível mandamento de Jesus Cristo: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. Quando este preceito for praticado, certamente usufruiremos a felicidade do Mundo Melhor com que todos sonhamos.

(Entrevista concedida a Luiz Costa Filho e publicada no Jornal de Higienópolis – São Paulo/SP em junho/1983)

Extraído do livro “Entender conversando” – Editora IDE

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Religião sugere ajuda para se libertar do álcool e das drogas

 

 

O Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo é celebrado em 20 de fevereiro. A data é uma oportunidade para alertar sobre os perigos do consumo excessivo de álcool e do uso de drogas. Segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, cerca de 11 mil pessoas morrem por ano, no Brasil, por transtornos mentais e comportamentais relacionados ao álcool e outras drogas.

O álcool e as drogas atuam diretamente no sistema nervoso central. Por exemplo, beber demais por tempo prolongado destrói as células cerebrais, e o corpo não consegue substituí-las, como faz com outras células. Existem mais de 40 enfermidades ligadas ao abuso do álcool.  As drogas também causam sérios problemas de saúde, afetando a respiração, os batimentos cardíacos e a percepção da realidade.

O vício em substâncias químicas geralmente está associado a questões mais profundas, como solidão, estresse, ansiedade e depressão. Por esse motivo, além dos tratamentos médicos, muitos têm utilizado outra ajuda valiosa: a Bíblia.

Veja o caso de José, um advogado que começou a beber e a fumar aos 13 anos de idade. Após passar por vários tratamentos e ter muitas recaídas, aos 40 anos, começou a estudar a Bíblia com as Testemunhas de Jeová. Hoje, ele se orgulha em dizer que está sóbrio há mais de 20 anos e destaca uma importante ajuda: “A Palavra de Deus me ajudou a enxergar pela primeira vez a necessidade de renovar minha mente e aumentou minha vontade de ser feliz! Sou muito grato a Jeová Deus por ter me dado a força necessária para vencer meu vício.”

Na seção “Hábitos e vícios” do site jw.org, é possível ler vários relatos, como o de José. Histórias reais, de pessoas que conseguiram superar a dependência química, servem de incentivo a quem também precisa de ajuda para largar o álcool ou as drogas. O vídeo “Pare e pense: devo beber?” apresenta dicas práticas para adolescentes sobre os perigos de consumir e abusar de bebidas alcoólicas.

Outra ajuda contra a dependência química é não se isolar e buscar boas companhias. Segundo Gilberto dos Santos porta-voz das Testemunhas de Jeová na região do Centro Oeste Paulista , há locais na cidade onde são realizadas reuniões semanais, abertas ao público, que oferecem consolo e encorajamento da Palavra de Deus. A entrada é gratuita e não precisa fazer reserva. Informações sobre quando e onde as reuniões são realizadas estão disponíveis no site oficial das Testemunhas de Jeová, o jw.org.

Textos bíblicos que podem ajudar na luta contra um vício:

  • 1 Coríntios 15:33: “Não se deixem enganar. Más companhias estragam bons hábitos.”
  • 2 Coríntios 7:1: “Purifiquemo-nos de toda imundície da carne e do espírito.”
  • Filipenses 4:13: “Para todas as coisas tenho forças graças àquele que me dá poder.” 

Casos reais de ex-dependentes químicos e outros artigos:

Porta-voz das Testemunhas de Jeová

Gilberto dos Santos

Contato: [email protected]