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Diocese de Assis

 

Final do Ano Litúrgico!

A Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo encerra o ano litúrgico de 2023 e abre os horizontes e perspectivas do novo ano litúrgico de 2024.

O ano litúrgico é diferente do ano civil que termina em 31 de dezembro e começa um novo ano em 1º de Janeiro. Para o Calendário Litúrgico, o tempo tem outras referências e compreensão que a medição cronológica. O tempo, na Liturgia é Kairós. “Os gregos antigos tinham três conceitos para o tempo: chronos, kairós e Aeon. Chronos refere-se ao tempo cronológico, ou sequencial, que pode ser medido, associado ao movimento linear das coisas terrenas, com um princípio e um fim. Kairós refere-se a um momento indeterminado no tempo, em que algo especial acontece, o tempo da oportunidade. Aeon já era um tempo sagrado e eterno, sem uma medida precisa, um tempo da criatividade onde as horas não passam cronologicamente, também associado ao movimento circular dos astros, e que na teologia moderna corresponderia ao tempo divino.”

Para a liturgia, a ação de Deus, na história, marca a vida de tal maneira que, os acontecimentos, desta história, passam a “marcar” o tempo e ser referência pessoal e comunitária para tudo. Dessa forma, o calendário litúrgico tem como eixo, os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), formando um ciclo de três anos que se alternam a cada ano. O Ano A é Mateus; o ano B é Marcos e, o ano C, é Lucas. Estamos terminando o ano A (Mateus). O Novo ano litúrgico que se dá no próximo final de semana é o ano B (Marcos)

Pois bem, a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo encerra o ano litúrgico de 2023 e traduz as perspectivas e horizontes da fé que apontam para aquele que é o Rei.

O Antigo Testamento traz a profecia do Rei-Pastor que cuida do seu povo como o pastora cuida das ovelhas.

Ez 34,11-12.15-17: “Assim diz o Senhor Javé: Eu mesmo vou procurar as minhas ovelhas. (…) reunirei de todos os lugares por onde se haviam dispersado, nos dias nebulosos e escuros. Eu mesmo conduzirei as minhas ovelhas para o pasto e as farei repousar – oráculo do Senhor Javé. Procurarei aquela que se perder, trarei de volta aquela que se desgarrar, curarei a que se machucar, fortalecerei a que estiver fraca. Quanto à ovelha gorda e forte, eu a destruirei, pois cuidarei do meu rebanho conforme o direito. Quanto a você, rebanho meu, assim diz o Senhor Javé: Vou julgar entre ovelha e ovelha, entre carneiros e bodes”

O Novo Testamento nos aproxima da figura do Rei-Jesus que apascenta o seu povo com a própria vida. Ele tem o poder de tudo submeter, inclusive a morte.

1 Cor 15,20-26.28:“Cristo ressuscitou dos mortos como primeiro fruto dos que morreram. De fato, já que a morte veio através de um homem, também por um homem vem a ressurreição dos mortos. Como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos receberão a vida. Cada um, porém, na sua própria ordem: Cristo como primeiro fruto; depois, aqueles que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. A seguir, chegará o fim, quando Cristo entregar o Reino a Deus Pai, depois de ter destruído todo principado, toda autoridade, todo poder. Pois é preciso que ele reine, até que tenha posto todos os seus inimigos debaixo dos seus pés.  O último inimigo a ser destruído será a morte…”

Também no Novo Testamento, aparece a figura do Rei-Juiz que tem o poder de julgar os povos todos no advento do Reino do Pai.

Mt 25,31-46: “Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita, e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita. ‘Venham vocês, que são abençoados por meu Pai. Recebam como herança o Reino que meu Pai lhes preparou desde a criação do mundo…’”

A visão de final de ano litúrgico, sob a Hegemonia e o Senhorio de Cristo, nos permite uma visão de esperança, assegurada como Boa Nova do Reino de Deus.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

 

Pensar a dinâmica do Reino de Deus com os critérios do reino dos homens é coisa própria do materialismo humano. Por isso Jesus explica essa dinâmica falando de dinheiro, juros e correções monetárias, para que a cabecinha oca de alguns consiga penetrar nos mistérios e na grandiosidade do que seja esse Reino que nos aguarda. Os talentos eram uma espécie de moeda vigente à época. Tornou-se nossa moeda de troca para nossa própria salvação. Mas não uma moedinha qualquer! Senão, vejamos…

Qualquer recurso que a vida coloque em nossas mãos, no caminho que trilhamos, na história que aqui vivemos, deve ser um trampolim de crescimento, um meio de obtermos vantagens e provarmos nossa capacidade de renovação de forças. Isso é o mínimo que Deus nos pede diante dos homens. Que aproveitemos as chances que temos, que valorizemos os recursos, os dons recebidos em vida. Se a um lhe foi dado cinco, no mínimo, há o dever da multiplicação. Dois, o dobro. Um apenas…, que este não se perca no desânimo dos derrotistas, dos insatisfeitos, dos invejosos! Pois esse um também pode render tanto quanto os talentos daquele que foi melhor agraciado e que teve maiores responsabilidades, mais trabalho a desenvolver.

Sinceramente, nesta perspectiva, prefiro ser aquele que recebeu menos. Pois multiplicar o pouco é mais fácil do que administrar fortunas. Mas a ingenuidade do pequeno é se deixar enterrar na derrota, diante da grandiosidade dos que possuem mais. Inveja pura e simples! Esse é o caminho dos que se deixam vencer pelo “olho gordo” sobre as graças daqueles que imaginamos privilegiados diante de Deus. “Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez!” (Mt 25,28). O pouco com Deus é muito, nos diz a sabedoria do povo. Ou seja, é preciso valorizar o “pouco” que pensamos receber, para que a generosidade do Pai se manifeste em nós. Os juros e dividendos dessa matemática são proporcionalmente mais rentáveis que a lógica calculista dos banqueiros do nosso mercantilismo social. Aos olhos de Deus o que conta é nossa ação, nossos esforços a serviço do Reino. A serviço do Reino deveria ser um adesivo em nossas vidas!

Mas eis que, não contentes e corroídos pela inveja e preguiça, escondemos ou enterramos dons e talentos graciosamente recebidos. Perdemos o segredo da Eternidade; ignoramos a lógica da graça, que é contrária à lógica mundana, pois, aos olhos de Deus, “aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado” (Mt 25-29). Cuidado! Não interprete esse versículo com os critérios da visão materialista, apenas. Aqui não se trata do sonoro tilintar de nossas falíveis e desvalorizáveis moedas – invencionice humana – , mas dos preciosíssimos dons e talentos que um dia recebemos de Deus. Nessa perspectiva, os juros que destes possamos gerar é que nos garantirão a Salvação esperada. Sé é que seja esta sua maior ambição. Caso contrário, delete tudo o que leu até aqui.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




LÓGICA ESPÍRITA

 

A Lei de Deus permite:

– que desfrutemos tantas posses, quantas sejamos capazes de reter honestamente, mas espera estejamos agindo com elas, em benefício dos outros;   que tenhamos tanta cultura, quanto os recursos da  própria inteligência no-lo permitam, mas espera nos empenhemos a convertê-la em realização no bem de todos;

– que sejamos felizes, mas espera busquemos fazer a felicidade dos semelhantes;

– que sejamos amados, mas espera nos transformemos em amor para os nossos irmãos;

– que solucionemos as nossas necessidades, mas espera que não venhamos a prejudicar ninguém, no campo dos deveres em que nos achamos comprometidos;

– que sejamos desculpados em nossas faltas, mas espera perdoemos sem condições as ofensas que se nos façam;

– que usufruamos os bens do Universo, mas espera nos mostremos prontos a reparti-los sempre que necessário;

– que se pense ou fale mal de nós, tanto quanto se queira nos círculos de nossa convivência, mas espera nos devotemos a guardar a consciência tranquila;

– que erremos, em nossa condição de almas imperfeitas ainda, mas espera que na base de nossos fracassos permaneça brilhando a luz da boa intenção.

Enfim, a Lei de Deus permite sejamos quem somos, mas nos apoia ou desapoia, abate ou exalta, corrige ou favorece pelo que somos, através do que fazemos de nós, porque Deus não cogita daquilo que parece, mas daquilo que é.

ALBINO TEIXEIRA

Extraído do livro “Caminho Espírita” – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora IDE

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Diocese de Assis

 

 

As nossas relações podem adquirir diversos contornos de acordo com o grau, a intensidade, a dedicação, o interesse… que lhes dão referência e substrato.

O ideal, sempre, são relações autênticas e profundas que, o tempo não leva ao esquecimento; a distância não enfraquece; as dificuldades não dissolvem e as novas relações e amizades não substituem.

Para lograr êxito, nas relações autênticas e profundas, é preciso investir em reciprocidade, zelo, verdade, cuidado, cultivo, sinceridade e fidelidade.

A amizade com Deus é princípio conversão e mudança.

Uma relação de profunda amizade, com Deus, nos liberta e nos amadurece. E, ainda mais, nos forma para qualquer relação com as pessoas.

Hoje, quero compartilhar, com vocês, um texto do tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo (século II).

 

A AMIZADE DE DEUS

 

Nosso Senhor, o Verbo de Deus, que primeiro atraiu os homens para serem servos de Deus, libertou em seguida os que lhe estavam submissos, como ele próprio, e disse a seus discípulos: “Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. ‘Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai’” (Jo 15,15). A amizade de Deus concede a imortalidade aos que a obtêm.

No princípio, Deus formou Adão, não porque tivesse necessidade do homem, mas para ter alguém que pudesse receber os seus benefícios. De fato, não só antes de Adão, mas antes da criação, o Verbo glorificava seu Pai, permanecendo nele, e era também glorificado pelo Pai, como ele mesmo declara: ‘Pai, glorifica-me com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse’ (Jo 17,5).

Não foi também por necessitar do nosso serviço que Deus nos mandou segui-lo, mas para dar-nos a salvação. Pois seguir o Salvador é participar da salvação; e seguir a luz é receber a luz.

Quando os homens estão na luz, não são eles que a iluminam, mas são iluminados e tornam-se resplandecentes por ela. Nada lhe proporcionam, mas dela recebem o benefício e a iluminação.

Do mesmo modo, o serviço que prestamos a Deus nada acrescenta a Deus, porque ele não precisa do serviço dos homens. Mas aos que o seguem e servem, Deus concede a vida, a incorruptibilidade e a glória eterna. Ele dá seus benefícios aos que o servem precisamente porque o servem e aos que o seguem precisamente porque o seguem; mas não recebe deles nenhum benefício, porque é rico, perfeito e de nada precisa.

Se Deus requer o serviço dos homens é porque, sendo bom e misericordioso, deseja conceder os seus dons aos que perseveram no seu serviço. Com efeito, Deus de nada precisa, mas o homem é que precisa da comunhão com Deus.

É esta, pois, a glória do homem: perseverar e permanecer no serviço de Deus. Por esse motivo dizia o Senhor a seus discípulos: ‘Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi’ (Jo 15,16), dando assim a entender que não eram eles que o glorificavam seguindo-o, mas, por terem seguido o Filho de Deus, eram por ele glorificados. E disse ainda: ‘Quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória’ (Jo 17,24).

 

Diante deste belíssimo texto fica, para cada um de nós, o questionamento sobre o quanto estamos dispostos a SERVIR como amigos e a fazer da amizade um SERVIÇO!?

Que Deus nos dê a graça de relações autênticas, para serem duradouras!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

 

Se existe algo no mundo que seja gerador de graças e bênçãos ao humano que somos, esse algo se chama talento. Ou seja: o espírito criativo do ser humano deriva dos dons e talentos que possui. Nenhum outro animal ou criatura é capaz de criar alternativas, multiplicar bens, gerar soluções, apontar erros ou construir novos caminhos do que o próprio ser humano. Mas isso é graças à sua inteligência, dirá alguém. Exatamente. Essa é nosso maior talento, que nos distingue de todos os demais seres vivos que nos rodeiam. O dom do discernimento é o rótulo diferencial que nos faz soberanos entre todas as demais criaturas do reino, seja este animal, vegetal ou mesmo espiritual. Ah! Existe esse último? Ainda bem que sim…

A vida espiritual nos aponta um Reino em maiúsculo. Infelizmente, por conta da desatenção de muitos para esse detalhe, enterramos os maiores talentos que um dia recebemos gratuitamente e negligenciamos seus bens e benefícios. Deixamos de aproveitar das maiores graças e bênçãos que essa passagem terrena, a vida, oferece generosamente a todo e qualquer “empregado” do Reino de Deus. Por conta e risco dessa negligência humana com o sagrado é que o mundo está como está. Os dons e talentos que nos acompanham desde o berço e que se somam à nossa história ao longo dos anos, não são méritos nossos, mas dádivas divinas, celestiais se você assim preferir. O fato é que nada teríamos e nada seríamos sem o consentimento do Pai, o mesmo que nos criou, que nos concedeu não só a vida, mas também a consciência do respeito a ela, da gratidão por ela.

Fora disso, nossos méritos deixam de ser dádivas, para se tornarem sinais de maldição, de usurpação. Tudo o que amealhamos ou conquistamos sem a unção da fé, sem a gratidão do Senhor que nos concedeu a administração de seus bens “de acordo com a capacidade de cada um”, dia mais, dia menos haveremos de lhe prestar contas. Seremos cobrados não só pela negligência com os bens que nos foram confiados, como igualmente pela malícia de nos apossarmos de bens que não os nossos, de talentos que não nos foram confiados, de dons que nunca possuímos. Aqui encontramos explicações para a fugacidade e inconsistência de riquezas que pensávamos possuir. O servo infiel, oportunista, malandro na arte do engodo, nunca encontrará reconhecimentos diante do patrão providente e justo. “Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e ceifo onde não semeei?” (Mt 19,26). Tu sabias que diante da ciência divina nenhum subterfúgio é capaz de prosperar? Que enganamos a muitos homens e até à nós mesmos, mas a Deus não se engana? Que nada escapa do Juízo Final? É, o servo mau aqui fica mal…

Então, multiplicar os talentos é muito mais do que questão de sobrevivência. Não somente social, terrena, financeira ou moralmente falando, mas também e principalmente no quesito mais precioso desse latifúndio terreno: o reino espiritual que coroa nossa existência. Nossos dons terrenos, materiais, são esmolas irrisórias diante dos dons mais preciosos que o Patrão lá do alto nos confiou um dia. Esses, sim, deveremos multiplicar cem por um. Essa é a proporcionalidade que nos será cobrada um dia.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Espaço Espírita

 

A Lei de Deus permite:

– que desfrutemos tantas posses, quantas sejamos capazes de reter honestamente, mas espera estejamos agindo com elas, em benefício dos outros;   que tenhamos tanta cultura, quanto os recursos da  própria inteligência no-lo permitam, mas espera nos empenhemos a convertê-la em realização no bem de todos;

– que sejamos felizes, mas espera busquemos fazer a felicidade dos semelhantes;

– que sejamos amados, mas espera nos transformemos em amor para os nossos irmãos;

– que solucionemos as nossas necessidades, mas espera que não venhamos a prejudicar ninguém, no campo dos deveres em que nos achamos comprometidos;

– que sejamos desculpados em nossas faltas, mas espera perdoemos sem condições as ofensas que se nos façam;

– que usufruamos os bens do Universo, mas espera nos mostremos prontos a reparti-los sempre que necessário;

– que se pense ou fale mal de nós, tanto quanto se queira nos círculos de nossa convivência, mas espera nos devotemos a guardar a consciência tranquila;

– que erremos, em nossa condição de almas imperfeitas ainda, mas espera que na base de nossos fracassos permaneça brilhando a luz da boa intenção.

Enfim, a Lei de Deus permite sejamos quem somos, mas nos apoia ou desapoia, abate ou exalta, corrige ou favorece pelo que somos, através do que fazemos de nós, porque Deus não cogita daquilo que parece, mas daquilo que é.

ALBINO TEIXEIRA

 Extraído do livro “Caminho Espírita” – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora IDE

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Testemunhas de Jeová — 100 anos de educação e ensino no Brasil

 

Em 2023, a sede das Testemunhas de Jeová no Brasil completa 100 anos. O primeiro endereço foi no Rio de Janeiro. Instalado em Cesário Lange, no estado de São Paulo, desde 1980, o atual complexo conta com mais de mil voluntários, que trabalham e moram no local conhecido como “Betel”. A sede abriga um dos maiores parques gráficos da região e duas exposições gratuitas. Todo o empenho é voltado para a produção de materiais de educação bíblica e social. Milhões de pessoas já se beneficiaram dessa obra de ensino. O Betel do Brasil traduz, imprime e envia publicações para quase toda a América do Sul, alguns países da América Central e da África.

Na gráfica, há duas impressoras de alta velocidade que juntas produzem por hora mais de 400 mil revistas. É dali que sai a revista A Sentinela, publicada em português desde 1923 (em inglês, desde 1879) Essa revista tem uma das maiores tiragens do planeta e é traduzida para 413 idiomas. A sede também produz conteúdos em braile-português e vídeos para a comunidade surda. Em 2022, houve o lançamento da Bíblia na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Essa é a primeira tradução completa da Bíblia em Libras e a terceira completa em língua de sinais no mundo.

A sede organiza um serviço educacional individual e inclusivo com benefícios a toda a população. Testemunhas de Jeová em todo o país oferecem gratuitamente estudos bíblicos e, se necessário, providenciam aulas de alfabetização. Para Carmen Santos, que é voluntária na sede há 50 anos, participar desse trabalho é algo muito gratificante. “É emocionante ver mais pessoas lendo e aplicando em suas vidas as sábias palavras da Bíblia. Ao notar como elas ficam mais felizes e cheias de esperança, me sinto contente em realizar este trabalho”, relata.

As instalações atuais, que completam 43 anos, passam agora por uma grande reforma e muitos voluntários de todo o país estão se mudando para a região.

Visitas abertas ao público

A sede recebe até 12 mil visitantes todo mês, vindos de várias partes do país. Além da gráfica, é possível explorar duas exposições. Na exposição A Bíblia – O Livro e Seu Autor, os visitantes poderão ver como a Bíblia sobreviveu até os nossos dias. A exposição histórica Herança apresenta em detalhes a história das Testemunhas de Jeová no Brasil.

Para fazer uma visita guiada, agende gratuitamente um dia e horário no site jw.org, na aba “Quem Somos”, seção “Visitas a Betel”.

Porta-voz local das Testemunhas de Jeová

Gilberto dos Santos

Contato: [email protected]




Diocese de Assis

 

 

 

Numa cultura de machistas e destemidos, a vida é tratada como um grande ringue para a propaganda e a exibição de falsos lutadores, de falsas lutas e de falsas vitórias. O que se pretende na “vida-ringue” é ocultar o medo.

Medo? Sim! Medo! O medo é a única razão pela qual as pessoas vivem como estão vivendo: mergulhadas no absurdo, tristes, mal amadas, amarguradas, violentas, indiferentes, insensíveis, inconsequentes…

Todos vivemos com medo de tudo e de todos. Desenvolvemos relações de medo. E, por causa das relações de medo, nos situamos na autodefesa, na autopreservação, na autoproteção… como se estivéssemos em estado de guerra permanente. O medo é uma doença atroz.

Você tem medo? Medo do que? Por que o medo? O que se pode esperar de alguém que vive no medo e do medo? Alguém com medo transforma a sua própria vida e a dos outros num verdadeiro inferno. Um inferno na própria vida porque vive retraído, reprimido, infeliz, deprimido, inseguro, insatisfeito, sem iniciativas… Um inferno na vida dos outros porque, por sentir-se sempre perseguido, agride, mente, desconfia, dissimula, calunia, difama…

De onde vem o medo? O medo pode vir de experiências pessoais traumáticas, de foro íntimo, como perdas e de foro externo como uma violência, uma agressão. O medo sempre faz entrever uma situação de intimidação. Isso significa que, invariavelmente, o medo se mantém porque há uma ‘força’ que subjuga o indivíduo. As vezes é um sentimento de culpa; outras vezes uma lembrança, um acontecimento, uma situação, uma pessoa, uma estrutura, uma crença, uma ideologia. Mas, nem sempre, as pessoas admitem que vivem no medo e do medo.

O grande mal do medo é que instala, na pessoa, uma sensação constante de desintegração, de tal forma que, mediante qualquer possibilidade de mudança sente-se ameaçada e, por isso, encapsula-se e isola-se.

O medo tem cura? Como é uma “doença existencial” a cura do medo implica mudança de critérios, atitudes e mentalidade. Uma necessária rearticulação da própria existência sobre outras bases e visão. Inicia-se com a identificação dos “intimidadores” que instalaram o medo e agem para o enfraquecimento do poder sobre si mesmo, até chegar à aceitação da vida e de si mesmo. A aceitação da vida, como uma luta permanente, sem ringues, mas de muitas batalhas. A aceitação de si mesmo, como um lutador sem substitutos que, tem como arma suas convicções, seus valores, seus princípios, sua fé, seu amor, sua esperança e, ao seu favor, tantos quantos lhe querem bem, mesmo quando, para ajudar na luta precisam “puxar-lhe as orelhas” ou indicar outros caminhos e métodos.

O medo só tem espaço porque, falta o temor e sobra o destemor. Neste sentido, algumas leituras bíblicas podem nos ajudar a repensar o modo como temos vivido: se no temor ou no destemor. Vivido no temor, quando agimos com amor e respeito a Deus e aos outros; descobrimos e aceitamos o que nos rege e, ao mesmo tempo, nosso próprio lugar, ação e missão. Vivido no destemor, quando perdemos a noção de limites: tempo e espaço; agimos como se fôssemos os únicos no mundo, de modo individualista; não respeitamos, não amamos e não reconhecemos o outro.

Eis o que diz a Palavra: Gn 3,10: “ouvi teus passos no jardim: tive medo, porque estou nu, e me escondi.” Ex 14,13: “Não tenham medo. Fiquem firmes, e verão o que Javé fará hoje para salvar vocês.” Is 51,7: “Escutem o que eu digo, vocês que conhecem a justiça, gente que traz a minha lei no coração: não tenham medo dos insultos dos homens, nem se rebaixem com suas caçoadas.” Jó 9,35: “Então eu poderia falar sem medo; do contrário, não sou dono de mim mesmo.” Eclo 34,14: “Quem teme ao Senhor não tem medo de nada e não se assusta, porque o Senhor é a sua esperança.” 1Jo 4,18: “No amor não existe medo; pelo contrário, o amor perfeito lança fora o medo, porque o medo supõe castigo. Por conseguinte, quem sente medo ainda não está realizado no amor.”

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocesee de Assis

 

Quantas vezes ouvimos falar da história das virgens previdentes e não previdentes, que buscavam as graças de um noivo? Quantas vezes aprofundamos essa história, sem nunca a entendermos plenamente? Pois é essa exatamente a parábola das almas sedentas pelo encontro definitivo com Deus, a maior e mais pura aspiração da natureza espiritual do ser humano. Essa é a razão do nosso existir. Para perfazer esse caminho é preciso manter acesa a chama da nossa fé, trazer conosco o combustível necessário que clareia os passos dos que almejam (almejar vem de buscar com a alma) as alegrias do Reino entre nós.

Recordando em suma: Jesus coloca nessa história o exemplo de dez virgens. Cinco eram previdentes, cinco não. As previdentes traziam consigo o óleo necessário para manter acesa a chama de suas luzes. Sabiam que, no cair da noite, nas horas derradeiras do dia mais sonhado de suas existências, haveriam de reconhecer mais facilmente o noivo que vinha e que as receberiam de imediato sob o brilho de suas luzes. Haveriam de brilhar para Ele. Seriam a luz do mundo em trevas. Já as imprevidentes, sem preocupações maiores, sem critérios de um caminhar longe das trevas que as encobriam, pois que “o noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo”, foram surpreendidas com a falta de óleo em suas lâmpadas. E encontraram fechadas as portas do Reino. Nisso resulta nossa imprevidência com as coisas do alto, as questões do ser espiritual que somos!

Fica, pois, bem evidente a simplicidade dos ensinamentos cristãos, cuja racionalidade está centrada no objetivo do nosso existir: ser luz do mundo! Ser sinal de salvação no meio das trevas que nos encobrem, da noite longa e tenebrosa dessa vigília na espera do “noivo” que chega, que aparentemente parece demorar, mas que há de chegar no momento que menos se espera. Não há como improvisar esse momento, essa festa “de casamento” que Deus nos prepara como encontro definitivo num mundo novo com o qual sonhamos. “Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!” (Mt 25, 11) Esse é o brado mais retumbante da humanidade, mesmo que muitos ainda estejam indiferentes e achem ser possível “comprar o óleo” da salvação no momento final, no último instante de suas vidas. Não há como garantir esse momento, “pois não sabeis qual será o dia nem a hora”, e a conquista do Reino Definitivo se inicia no agora do nosso existir. Quem quiser garantir seu lugar ao Sol, sob a Luz da verdade que nos rege neste mundo, deve estar atento, diuturnamente, pois que a vigilância constante é nossa única garantia, nosso passaporte para a Eternidade.

Tudo isso resume nosso existir, dá sentido à vida. Não é mera pregação de fanáticos ou beatos confinados em crenças escatológicas, adventícias. Há um outro lado nessa história, que todos respeitamos, mas nem todos o fazem por merecer. A previdência de grande maioria está centrada apenas no seu aspecto social, nas falácias de uma aspiração meramente transitória, essa crença humana que diz ser a vida uma instituição de momentos, de circunstâncias, de fatos plausíveis e palpáveis. Melhor não pagar pra ver. Melhor manter acesa a chama da nossa fé.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 




Espaço Espírita

 Não permitas que pensamentos infelizes criem raízes em tua mente.

A vida não se resume aos problemas que defrontas neste momento.

Acima deles, sorriem para ti inúmeras oportunidades de progresso espiritual.

Basta que confies em Deus e faças o melhor ao teu alcance.

Por isso, aprende a selecionar os pensamentos que te visitam, como quem separa as sementes sadias para cultivar o solo da alma.

Confiando e agindo no Bem, encontrarás forças para que floresçam em ti a harmonia e a saúde, o amor e a luz.

SCHEILLA

  Do livro “A Mensagem do Dia” – Psicografia: Clayton LevyEditora Allan Kardec

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