1

Espaço Espírita

 

 “Se alguém está em Cristo, é nova criatura. Passaram-se as coisas antigas; eis que se fez uma realidade nova.” Paulo (II Coríntios, 5:17)

 

Quando o homem, finalmente, aceita o Cristo no coração, a vida se lhe renova em todas as dimensões.

Vive no mundo, mas não mais pertence ao mundo.

Sofre, mas não mais amaldiçoa a dor.

Chora, mas não mais se revolta ou desespera.

Luta, mas não mais deserta do campo de batalha.

Tropeça, mas não mais se acomoda na queda.

Serve, mas não mais espera ser servido.

Perdoa, mas não mais ofende a ninguém.

Semeia, mas não mais se aflige pela colheita.

Como que renascendo dentro da própria vida, tudo ganha aos seus olhos um significado profundo.

A luz do discernimento lhe clareia os passos e ele agora sabe para onde caminha.

As suas mãos se transfiguram em estrelas do Céu brilhando no chão terrestre.

Os seus lábios apenas se movimentam sob a inspiração divina e os seus ouvidos se mostram sintonizados com a eterna canção do amor universal.

Valendo-se das experiências do passado, o homem renovado em Cristo Jesus, faz-se o precursor de uma Nova Era de paz para toda a Humanidade.

IRMÃO JOSÉ

Do livro “Páginas de Fé” – Editora IDEAL

Psicografia: Francisco Cândido Xavier e Carlos A. Baccel

USE  INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO  DA  UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO

 

 




Espaço Espírita

 

        O homem foi capaz de desenvolver sofisticados radares para detectar presenças estranhas a longa distância, mas ainda não conseguiu estabelecer um sistema de vigilância em torno da própria mente.

Todo pensamento estabelece uma sintonia.

Pensando, a criatura interage sobre seus semelhantes, estabelecendo ligações, conforme o campo mental que a envolve.

Se a situação é gerada por pensamentos infelizes, estabelecem-se as presenças indesejáveis, oriundas do plano extra físico, consolidando, assim, o início de processos obsessivos que poderão aprisionar a pessoa em dolorosos processos de subjugação.

Entretanto, cabe ressaltar que, entre a abordagem do pensamento infeliz e a sua aceitação em nosso campo mental, há uma distância a ser percorrida.

No mundo, pensamentos infelizes nos ocorrem a todos. Cabe-nos, porém, a devida vigilância, para rebatê-los com o escudo do bom senso, a fim de que nossa vida interior se desenvolva em bases de equilíbrio desejável.

Pensa com amor, e a luz do teu pensamento te iluminará por dentro.

SCHEILLA

     Extraído do livro “A Mensagem do Dia” – Psicografia: Clayton LevyEditora Allan Kardec

USE  INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO DA UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO




Diocese de Assis

 

          Normalmente, quando nos aproximamos de alguém que nos agrade e nos cative com sua simpatia, jeito de ser, de olhar, de pensar, logo queremos saber mais a seu respeito. Onde mora, quem são seus familiares, donde vem, o que faz? Foi o que aconteceu com os dois discípulos de João que, vendo Jesus passar, abandonaram tudo e o seguiram. Aquela quase espionagem foi logo descoberta e o mestre não os repeliu, ao contrário, abriu as portas de sua casa para os acolher e hospedar com desvelo. André era um destes. Não tardou para convidar mais um àquele time de curiosos, seu irmão Simão.

“Então André conduziu Simão a Jesus. Jesus olhou bem para ele e disse: “Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas” (que quer dizer Pedra)” (Jo 1,42). Assim se iniciou a comunidade dos apóstolos, com o primado de Pedro já se despontando dentre eles. Aqui nascia a “eclesia”, a primeira comunidade cristã. Nascia na casa de Jesus, seu primeiro e único mestre!

A questão ainda não está de todo respondida. “Mestre, onde  moras?” Esse é o dilema da comunidade órfã dos ensinamentos cristãos, pois quem por primeiro faz a pergunta não são os curiosos observadores dos passos de Jesus, mas Ele próprio: “O que estais procurando?”. A resposta a uma dúvida humana é sempre uma pergunta que se repete. O que procuramos? Saber onde Ele mora é pouco, não nos basta como sonhadores por um mundo novo, um novo sentido existencial, uma vida mais justa e amena em suas provações diárias. O que procuramos é tudo isso e muito mais, que o olhar misterioso daquele “estranho forasteiro” guardava dentro de si. Seria sua casa a fonte do que procuravam, o celeiro do segredo que seu olhar denunciava? “Vinde ver”, lhes desafiara Jesus. Naquele fim de dia permaneceram com Ele em sua casa.

Acharam o que procuravam? Teria Jesus lhes revelado de pronto todo seu projeto eclesial, os principais pontos do ministério que iniciava, os segredos de sua doutrina de paz e amor? Não, claro que não! A escola seria longa, o caminho árduo, as provações diárias. Haveriam de aprender na caminhada, no amor e na dor de uma convivência construída à luz das revelações diárias. A casa era apenas um detalhe circunstancial, pois logo, logo nem isso teriam. Nem “onde repousar a cabeça”, diante do árduo trabalho pela frente. Talvez aquele primeiro momento tenha sido um simples prelúdio que o olhar penetrante e maravilhoso de Jesus lhes revelava com a manifestação de um amor muito mais profundo e misericordioso. Era isso o que viam naquele “lar, doce lar”, onde Maria lhes servia os quitutes de uma casa pobre.  Talvez um jarro d´água, uma tortilha qualquer, mas muito amor e respeito. Eles foram, eles viram! Eles degustaram tudo aquilo na casa de Jesus.

O que estamos procurando? E esperando? Na casa de Jesus cabemos todos, somos bem-vindos e acolhidos com o mais puro amor. Na casa de Jesus o maná do deserto ainda cai do céu, o pão e os peixes se multiplicam com sua graça e predileção por “aqueles que o Pai lhes deu”. Na casa de Jesus ainda está Maria, a serviçal sempre atenta e carinhosa, que nos ensina a fazer “tudo o que Ele nos mandar”.  A Igreja, a verdadeira Igreja, ainda é essa misteriosa casa! A Igreja, povo de Deus que sonha e sofre, sofre e sonha, mas resiste com sua esperança imortal. Onde está Jesus nisso tudo? Pe. Júlio Lancellotti, numa revelação da graça atuante nessa Igreja, nos disse recentemente: “Às vezes procuro Jesus no Sacrário, mas Ele fica em silêncio e teima em se esconder debaixo de viadutos e pontes de concreto”. Ali também é sua morada…

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 




Como se preparar para desastres naturais

 

 

Segundo cientistas da ONU, até 2030 deve haver um aumento nas catástrofes naturais ao redor do mundo — de 400 para 560 por ano. As autoridades têm desenvolvido diversas campanhas para promover a conscientização sobre a redução da exposição a desastres.

À medida que os desastres naturais ficam cada vez mais frequentes, é importante tentar diminuir os riscos causados por eles.

Laís, de Goiânia, Goiás, é alguém que se preocupa com isso. Para ela, a edição N.º 5 de 2017 da revista Despertai! com o tema Tragédias — O que fazer quando sua vida está em jogo foi uma ajuda e tanto! Um dos artigos cita um provérbio bíblico que ressalta a importância de estar preparado: “A pessoa prudente vê o perigo e se esconde, mas os inexperientes vão em frente e sofrem as consequências”. — Provérbios 27:12.

“Ler essa revista com a minha família nos fez perceber que não estávamos preparados para um desastre”, disse Laís. “Tiramos tempo para conversar sobre nosso plano de fuga e preparar suprimentos de emergência com antecedência para quando ocorrer uma catástrofe.”

A Despertai! detalhou três passos úteis em preparação para desastres:

  • Antes — Esteja preparado!
  • Durante — Seja rápido!
  • Depois — Mantenha-se seguro!

A revista também traz uma lista de suprimentos que incluem uma “mochila de emergência”, que se pode usar em casa ou levar consigo caso receba um aviso de evacuação.

“Estar preparado para um desastre pode diminuir muito os efeitos físicos, emocionais e espirituais após esses eventos traumáticos,” disse o Gilberto dos Santos, porta-voz das Testemunhas de Jeová. “Essa revista foi feita especificamente para ajudar as famílias a se sentirem menos vulneráveis diante de desastres naturais.”

Uma cópia gratuita dessa revista pode ser baixada no site oficial das Testemunhas de Jeová, jw.org, que possui conteúdo bíblico em 1.084 idiomas.

Link para a revista: Despertai! | Tragédias — O que fazer quando sua vida está em jogo

 




Espaço Espírita

 

O santo não condena o pecador. Ampara-o sem presunção

O sábio não satiriza o ignorante. Esclarece-o fraternalmente.

O iluminado não insulta o que anda em trevas. Aclara-lhe a senda.

O orientador não acusa o aprendiz tateante. A ovelha insegura é a que mais reclama o pastor

O bom não persegue o mau. Ajuda-o a melhorar-se.

O forte não malsina o fraco. Auxilia-o a erguer-se.

O humilde não foge ao orgulhoso. Coopera silenciosamente, em favor dele.

O sincero a ninguém perturba. Harmoniza a todos.

O simples não critica o vaidoso. Socorre-o, sem alarde, sempre que necessário.

O cristão não odeia, nem fere. Segue ao Cristo, servindo ao mundo.

De outro modo, os títulos de virtude são meras capas exteriores que o tempo desfaz.

ANDRÉ LUIZ

Do livro “Agenda Cristã” – Editora FEB

Psicografia: Francisco Cândido Xavier

USE  INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO DA UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO




Diocese de Assis

 

Não se encontra uma pessoa de fé genuína sem que esta não tenha tido uma revelação dos céus. Isso mesmo: a fé é uma revelação divina. Por isso, a imagem de uma estrela guiando os três reis e atraindo a curiosidade dos pastores nas cercanias de Belém não é uma simples alegoria ou metáfora bem escrita; é uma manifestação sobrenatural. Alguns autores tentam associar a visão dessa estrela com a passagem de um cometa qualquer. Outros a consideram simples ilusão de ótica. Outros um recurso literário para se explicar a grandiosidade do milagre que a encarnação do Verbo representou para a humanidade. De uma forma ou de outra, Deus emitiu um sinal aos crédulos e incrédulos: “Nasceu para vós o Salvador!”

Interessante é observar o caminho percorrido pelos magos. Foram diretos a Jerusalém, cidade santa e palco até hoje dos muitos atritos e divergências que a fé num Deus único tem provocado durante sua história de milênios. Bateram às portas do rei Herodes, o grande cego das manifestações divinas a seu povo eleito e – já naquela época – injustiçado e perseguido pelos poderes humanos. Seria ele o teocrata das ilusões de poder, para quem a pergunta dos reis caiu como uma bomba em seu colo: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo” (Mt 2,2).  Aquela informação, vinda da boca de forasteiros importantes, vizinhos com poderes idênticos aos seus, não poderia ser desconsiderada ou ficar sem uma resposta à altura. Tanto que Herodes simulou interesse e articulou uma armadilha: “Quando o tiverdes encontrado, comunicai-me, para que eu também vá adorá-lo”.

Por trás do poder humano o que quase sempre impera é o jogo de interesses. Esse é o grande perigo a que incorrem povos e nações oprimidas pela lei dos mais fortes e acaba no “massacre dos inocentes”, na perseguição àqueles que anseiam pela vinda do Messias. Essa é a razão única para se explicar os fatos que circundam a história da Igreja e a perseguição deflagada aos que vivem seu espírito de fé e esperança num mundo melhor. Padre Júlio Lancellotti, nestes dias turvos de incompreensão e acusações injustas, que nos diga! Papa Francisco em seus dias de calvário pela má interpretação de seus ditos e escritos, pela não compreensão de sua pureza evangélica, que nos diga! Padres e bispos comprometidos com a Igreja pobre, santa, mas também pecadora pela fragilidade humana que possui, que nos digam! A soberba imperialista e a falsa ideia de um cristianismo sem compromisso com os mais fracos não combina com a revelação daquela pobre manjedoura na periferia de uma Judéia quase invisível no mapa.

Quase que ao mesmo tempo, o grande desafio feito pelos anjos da revelação divina foi a motivação de contemplar o milagre anunciado. Os pastores diziam uns aos outros: “Vamos até Belém, e vejamos o que se realizou e o que o Senhor nos manifestou” (Lc 2,15). Quem lhes revelou esse caminho? Quem lhes apontou o estranho brilho daquela luz sobre um estábulo pobre, insignificante, improvisado, onde o grande milagre da revelação se manifestava? Eis a grandiosidade da fé dos pequenos. Não exige teorias e teoremas, prova dos nove, certidões e carimbos. Basta reconhecimento de um milagre, visão do caminho que a luz divina lhes aponta. “Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura (Lc 2,16)”.  A simples contemplação de um fato e a revelação nele contida lhes era suficiente. Por isso, deram glórias e louvaram a Deus, “por tudo o que tinham ouvido e visto, e que estava de acordo com o que lhes fora dito”. A fé pura e genuína só exige um coração aberto aos milagres do cotidiano. O povo sabe disso…

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 

 




Diocese de Assis

 

Os dias vividos nesta terra não deveriam ser comparados com nada pesado ou penoso, mesmo quando temos que enfrentar crises, problemas, dificuldades, perseguições, medos, infelicidades, maldades, tristeza, morte… Tudo isso, e muito mais, faz parte da mesma vida que tem alegrias, prazeres, belezas, abundâncias, flores, farturas, festas…

Por que haveríamos de maldizer a dor se com isso maldizemos, também, a providência dos remédios que curam? Por que poderíamos rejeitar as tristezas se, com isso rejeitamos, também, as alegrias espalhadas por toda a vida? Por que teríamos objeção às dificuldades se, com isso, objetamos o processo de crescimento por causa do enfrentamento delas?

A vida humana é um mistério longe de ser esgotado pelos nossos desejos, ilusões e apatias. Por isso, em qualquer situação deveríamos ser agradecidos porque, por detrás de uma tristeza existe, sempre, uma alegria; na sombra de uma dor aparece, sempre, um remédio; ao lado de uma dificuldade acontece, sempre, muito crescimento e maturidade.

Viver é sentir o sopro da eternidade em nós e no mundo!

O escritor sagrado do livro do Eclesiastes em 5,17-19, tem uma bonita descoberta: “Concluí que a felicidade para o homem é comer e beber, usufruindo de toda a fadiga que ele realiza debaixo do sol, durante os dias de vida que Deus lhe concede. Essa é a sua porção. Todo homem que recebe de Deus riquezas e bens para que possa sustentar-se, ter a sua porção e desfrutar do seu trabalho, considere isso dom de Deus.  19 Desse modo, o homem não se preocupa demais com sua vida fugaz, porque Deus o mantém ocupado na alegria do coração.”

O mesmo escritor sagrado do Eclesiastes oferece alguns discernimentos importantes que deveríamos levar em conta, para vencer nossas ansiedades e resistências contra a vida que temos e que, diante dela não podemos tudo e não sabemos tudo:

Discernir e resistir

“Mais vale a honradez do que um bom perfume, e o dia da morte é melhor que o dia do nascimento. É melhor ir a uma casa onde há luto do que ir a uma casa onde se faz festa, pois aquele é o fim de todo homem e faz, desse modo, quem está vivo refletir. É melhor a tristeza do que o riso, porque, debaixo de um rosto triste, o coração pode estar alegre.

O pensamento do sábio está na casa onde há luto, mas o pensamento do insensato está na casa onde se faz festa. É melhor ouvir a repreensão do sábio do que o elogio dos insensatos, porque assim como crepitam os gravetos debaixo do caldeirão, tal é o riso do insensato. Isso também é fugaz, porque a extorsão torna insensato o sábio, e o suborno lhe corrompe o discernimento” (Eclesiastes 7,1-7).

O futuro pertence a Deus

“Mais vale o fim de uma coisa do que o seu começo, e a paciência é melhor do que a pretensão. Não fique tão depressa com o espírito irritado, porque a irritação se abriga no peito dos insensatos. Não diga: ‘Por que os tempos passados eram melhores que os de hoje?’ Não é a sabedoria que faz você levantar essa questão. A sabedoria é boa como uma herança, e útil para aqueles que vêem o sol, pois à sombra da sabedoria se vive como se vive à sombra do dinheiro. Mas a sabedoria é mais vantajosa, porque faz viver quem a possui.

Procure compreender a obra de Deus, porque ninguém endireita o que ele encurvou. Esteja alegre no dia feliz, e no dia da desgraça procure refletir, porque um e outro foram feitos por Deus, para que o homem nunca possa descobrir nada do seu próprio futuro” (Eclesiastes 7,8-14).

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

 

Um dia termina, outro começa. Assim também anos, séculos, milênios…No alvorecer de um novo ano há sempre as reminiscências do que se foi. Ter sido bom ou ruim depende da perspectiva de cada um. O fato é que sobrevivemos, ultrapassamos os umbrais de um novo tempo. Ao último coube a missão de apagar as luzes, fechar portas e janelas, exalar o perfume no ar ou sacudir a poeira dos pés. Ilusoriamente, é assim que nos despedimos do passado. Ontem foi ontem, o que vale é o hoje, o presente.

“Completaram-se os dias para a purificação”, nos diz o último dos evangelhos do ano, quando celebramos o Dia da Sagrada Família. Aqui está o gancho, o fio da meada dessa oportuna reflexão no início de um novo tempo que chega. Segundo a tradição judaica, após o nascimento de uma criança observava-se um período pós-parto, quando mãe e criança se resguardavam do esforço exaurido para se alcançar “vida nova”. Após vencer essa etapa, obrigatoriamente, eram conduzidos ao templo, para apresentar o recém-nascido ao Senhor. “Todo primogênito do sexo masculino” era consagrado solenemente a Deus. O menino Jesus se enquadrava no privilégio dessa consagração, apesar de sua origem divina já o consagrar como oferta viva e perene de Deus aos homens. Mas lei é lei, se cumpre!

O cumprimento desta passa pelas expectativas da história humana, onde o que existia  ( e continua a existir) era a esperança de um novo tempo, o sonho de liberdade perene advindo da promessa de um Messias, um salvador. Tal qual o sonho do velho Simeão, que ansiava contemplar a face serena e promissora desse libertador do seu povo sofrido. Eis que lhe foi concedida essa graça. Com o menino nos braços, naquele encontro casual no templo, Simeão agradeceu: “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram  a tua salvação” (Lc 2,29-30). Nisso resulta a fé dos que leem nos acontecimentos do dia a dia a ação sempre generosa de Deus. Não são as trevas do passado motivos de pânico e desânimo pelas expectativas futuras. Quando a esperança é maior que a realidade que nos cerca, com certeza, daremos aos nossos braços a oportunidade de embalar um sonho envolto na imagem de uma criança consagrada; uma criança-esperança que nasce todos os dias, tal qual o menino Jesus apresentado naquele Templo.

Também somos templo! Templos vivos do Espírito Santo. Também é possível remexer nossos sonhos e esperanças, tirar deles o mofo que deixamos acumular, fazê-los reluzir novamente à luz da fé que ainda nos sobra e encontrar, dentro de nós mesmos, a face sempre serena e sorridente desse menino de luz. “Esse menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos…” Esse menino renasce sempre, a cada ano, a cada nova etapa de nossas vidas, com o propósito único de renovar e fortalecer nossos sonhos e esperanças. “Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações”, profetizou Simeão, para calcar em nossos propósitos de vida uma fé além e acima de nossa cruenta realidade.  Agora depende de nós. Ser boa ou ruim a história que hoje escrevemos, com a nossa vida, depende de cada um de nós. Não fiquemos só na expectativa de um novo tempo, uma realidade nova. Os sonhos são passíveis de realização. se nossa vontade for maior. Se nossos esforços seguirem os passos da Sagrada Família, aquela que nos deu exemplo em tudo, até na dor, na desesperança de momentos. Porém, como o salmista, devemos lembrar: “A esperança dos maus dá em nada” (Sl 112). Acenda sua luz.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Espaço Espírita

 

 

Nós, e somente nós, podemos construir um ano melhor, já que um feliz ano novo não se deseja, se constrói.

Poderemos construir um ano bom a partir da nossa reforma moral, repensando os nossos valores, corrigindo os nossos passos, dando uma nova direção à nossa estrada particular.

Se começarmos por modificar nossos comportamentos equivocados, certamente teremos um ano mais feliz.

Se pensarmos um pouco mais nas pessoas que convivem conosco, se abrirmos os olhos para ver quanta dor nos rodeia, se colocarmos nossas mãos no trabalho de construção de um mundo melhor, conquistaremos, um dia, a felicidade que tanto almejamos.

Só há um caminho para se chegar à felicidade. E esse caminho foi mostrado por quem realmente tem autoridade, por já tê-lo trilhado. Esse alguém nós conhecemos como Jesus de Nazaré, o Cristo.

No ensinamento “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” está a chave da felicidade verdadeira. 

Trechos do texto editado pela Equipe do Programa “Momento Espírita”, da Federação Espírita do Paraná, com base no livro “Repositório de Sabedoria”, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal

USE  INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO  DA  UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO

 

 




Diocese de Assis

O ano novo está ai, de portas abertas e, não podemos cruzar os braços e esperar as coisas acontecerem sozinhas, como num passe de mágica. Nós temos obrigação de nos envolvermos com a vida que temos. Somos responsáveis pelo que somos, pelo que queremos e pelo que devemos fazer.

Sabemos que tudo tem o seu tempo e o seu lugar e que, nada, acontece por acaso. Deus tem falado, sempre e claramente, a respeito de tudo o que devemos ser, querer e fazer.

Ninguém nasce pronto! Aprendemos a caminhar, caminhando! Por isso, enquanto caminhamos, aprendemos a ouvir a voz de Deus, através dos acontecimentos, das pessoas… e, de nós mesmos. São os sinais dos tempos. Aliás, é preciso muita coragem para enxergar e assumir as ‘revelações’ dos sinais dos tempos porque, muitas vezes, tais ‘revelações’ despertam, em nós, medos e angustia.

Nossa vida está marcada por muitos sinais que sugerem uma profunda e verdadeira revisão de vida. Como não podemos fugir dessa necessidade, vamos fazer revisão para operarmos com mais eficiência e eficácia, em tudo o que nos for dado.

Trata-se de refletirmos sobre a nossa e o nosso batismo; sobre nossa vida e existência. Quer dizer, refletir sobre a nossa experiência de Deus e nossa missão ou, melhor ainda, refletir sobre o nosso ser e o nosso fazer. Não só refletir, refletir e dialogar! Só assim descobriremos novos caminhos para a realização pessoal e comunitária.

Estamos em tempo de revisão geral: pessoal, familiar, profissional, religiosa… Não perca esta oportunidade! Logo abaixo tem um roteiro muito sugestivo para sua revisão de vida. Bom Trabalho!

Roteiro prático de revisão de vida.

Imagine que você está para morrer. Você deve escrever uma carta para os seus amigos; uma espécie de testamento, cujos capítulos ou partes poderiam ter títulos baseados nos seguintes tópicos:

  1. As coisas que amei na vida;
  2. As seguintes experiências me foram caras;
  3. Estas ideias me trouxeram libertação;
  4. Estas crenças eu deixei para trás;
  5. Estas convicções foram minhas normas de vida;
  6. Eu vivi para tais coisas;
  7. Estas foram as visões interiores que obtive na escola da vida: a) visões de Deus; b) visões do mundo; c) visões da natureza humana; d) visões de Jesus Cristo; e) visões do Amor; f) visões de da religião; g) visões da Oração;
  8. Estes foram os riscos que enfrentei;
  9. Estes foram os perigos com que brinquei;
  10. Estes foram os sofrimentos que me amadureceram;
  11. Estas são as lições que a vida me ensinou;
  12. Estas são as influências que modelaram minha vida (pessoas, ocupações, livros, acontecimentos…);
  13. Estes são os textos bíblicos que iluminaram meu caminho;
  14. Estes são os fatos de minha vida dos quais eu me arrependo;
  15. Estas são as realizações de minha vida;
  16. Estas são as pessoas que venero em meu coração;
  17. Estes são os meus desejos não realizados;
  18. Agora, procuro um final para este documento: a) uma poesia (minha ou de outro); b) uma oração; um desenho; c) uma foto de revista; d) um texto bíblico ou qualquer coisa que me pareça apropriada para pôr um fecho neste meu testamento.

Parece complicado, mas não é não. Tente! Faça um ano novo diferente.

Em 2024 estaremos juntos de novo! Feliz ano novo!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS