1

ESPAÇO  ESPÍRITA

“Mas uma coisa só é necessária.”  JESUS (Lucas, 10:42)

Terás muitos negócios próximos ou remotos, mas não poderás subtrair-lhes o caráter de lição, porque a morte te descerrará realidades com as quais nem sonhas de leve…

Administrarás interesses vários, entretanto, não poderás controlar todos os ângulos do serviço, de vez que a maldade e a indiferença se insinuam em todas as tarefas, prejudicando o raio de ação de todos os missionários da elevação.

Amealharás enorme fortuna, todavia, ignorarás, por muitos anos, a que região da vida te conduzirá o dinheiro.

Improvisarás pomposos discursos, contudo, desconheces as consequências de tuas palavras.

Organizarás grande movimento em derredor de teus passos, no entanto, se não construíres algo dentro deles para o bem legítimo, cansar-te-ás em vão.

Experimentarás muitas dores, mas, se não permaneceres vigilante no aproveitamento da luta, teus dissabores correrão inúteis.

Exaltarás o direito com o verbo indignado e ardoroso, todavia, é provável não estejas senão estimulando a indisciplina e a ociosidade de muitos.

“Uma só coisa é necessária”, asseverou o Mestre, em sua lição a Marta, cooperadora dedicada e ativa.

Jesus desejava dizer que, acima de tudo, compete-nos guardar, dentro de nós mesmos, uma atitude adequada, ante os desígnios do Todo-Poderoso, avançando, segundo o roteiro que nos traçou a Divina Lei. Realizado esse “necessário”, cada acontecimento, cada pessoa e cada coisa se ajustarão, a nossos olhos, no lugar que lhes é próprio. Sem essa posição espiritual de sintonia com o Celeste Instrutor, é muito difícil agir alguém com proveito.

EMMANUEL

Do livro “Vinha de Luz” – Editora FEB – Psicografia: Francisco Cândido Xavier

USE  INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO DA UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO




ESPAÇO  ESPÍRITA

 

As sombras que recaem sobre a humanidade, no campo moral, nada mais são que a ausência do Evangelho no coração das criaturas.

Daí a necessidade de uma vivência maior dentro dos padrões traçados por Jesus, por parte daqueles que já se encontraram com o Mestre.

A esses, cabe a tarefa de iluminação do planeta.

Conforme o próprio Mestre asseverou, eles terão de ser o “sal da terra”, conservando a elevação do pensamento e dando o sabor da fraternidade à vida de relação.

Se a tarefa parece difícil, é oportuno recordar que, sem o espírito de renúncia, desprendimento e disciplina, as dores da humanidade se agravariam ainda mais.

As sombras, contudo, hão de ser passageiras, porque o sol do amor de Deus não deixará que a ignorância imponha, por muito tempo, seus efeitos nefastos aos homens de boa vontade e amantes da paz.

Se a brutalidade ainda recrudesce, cabe aos seguidores do Cristo o desenvolvimento da concórdia, por meio do próprio exemplo na prática dos ensinos evangélicos.

Se a dor moral ainda persiste, como efeito dos enganos e da rebeldia, o alívio por meio do esclarecimento é o único caminho e o principal recurso a ser mobilizado.

Se o homem se ressente de seus atos cheios de sombras, cabe a ele mesmo reerguer-se para a luz de Deus, a fim de construir em sua consciência a cidadela de paz que o mundo deseja.

Somente com o desenvolvimento do amor em níveis mais elevados, conseguirá o homem construir a sociedade livre das mazelas que hoje assolam os povos e retardam o progresso.

Confiemos, porém, no amor do Pai, oferecendo nossos esforços, em nosso campo de atuação, para que a luz que todos desejamos venha a nascer do nosso próprio coração.

SCHEILLA

Extraído do livro “A Mensagem do Dia”

Editora Allan Kardec – Psicografia: Clayton Levy

USE INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO  DA  UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO




Diocese de Assis

 

            O mundo agnóstico nos olha com cautela e respeito. Para quem declaradamente se diz cristão ou pelo menos se porta como tal, há reservas no meio em que passa ou atua. Percebe-se claramente um clima de estranheza e ou admiração por parte de muitos. Como assim, manter-se crédulo ou mesmo fiel a ensinamentos e crenças que não mais fazem sentido neste mundo prático, real, objetivo? É possível uma vida de fé, de oração com o desconhecido, de obediência a uma doutrina milenar, com raízes num passado pobre, inseguro, sem os conhecimentos e a visão realista que hoje pensamos ter?  É possível acreditar num Deus que se fez homem e num homem que se diz (ou se dizia) Filho de Deus? “Eu te louvo, ó Pai… porque escondeste estas coisas aos sábios e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11, 25). Eis nosso segredo, o mistério que mantem a fé cristã viva e atuante em meio à incredulidade do mundo moderno. Eis a nossa fé!

A resposta que o mundo busca não está na lógica ou na sequência prática das teorias que a ciência desvenda com objetividade, racionalidade, pingo nos is… Todo mistério exige respeito. Todo segredo tem um portador capaz de o desvendar ou torna-lo público um dia. Foi essa a missão do Cristo no mundo: revelar aos homens os segredos de Deus. “Ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. Esse privilégio da revelação está relacionado ao privilégio da escolha. Ou seja, os mistérios da fé não se manifestam a qualquer um, mas somente àqueles que foram eleitos na predileção de Deus, aqueles amados e escolhidos por Ele para manifestarem no mundo essa experiência de amor pleno e perfeito. Mesmo sob o jugo da incompreensão, da intolerância, das críticas e ironias contra uma prática de fé, “os pesos dos vossos fardos”, a pessoa que acredita não se deixa abater diante das provações. Aliás, exatamente nesses momentos é que a fortaleza se torna seu dom maior, capaz de superar barreiras, vencer as montanhas do ceticismo, testemunhar com alegria a força interior que move a vida dos que acreditam. Essa é a energia dos santos e mártires, aqueles que foram além da lógica de suas existências e deram a vida em defesa da própria fé. A mansidão, a humildade, a simplicidade, a serenidade, a pureza de seus corações e a alegria de suas almas foram os valores primários que melhor exemplificaram e justificaram suas vidas.

“Não há maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos”, diria a respeito o próprio Mestre.  Se a doutrina deixada por Ele foi fiel até no aspecto de sua paixão e morte, a aparente porta estreita da fé cristã é uma ilusão de ótica do comodismo e bem-estar que a vida sem regras faz crescer no coração dos acomodados. E dos incomodados também. Antes de se imaginar o que seja uma prática coerente dessa fé que desaloja, que pede renúncias e sacrifícios, que exige solidariedade, que busca a fraternidade a todo custo, que prega a igualdade de deveres e direitos; antes mesmo de aceita-la como prática benfazeja e perfeita, necessário se faz “renunciar-se a si mesmo e tomar sua cruz”. Ou seja, assumir que nesta vida nada somos, nada temos de permanente senão as promessas de uma vida nova, um novo mundo não agora, não aqui, mas do outro lado dessa história. O seguimento de Cristo vai além dessa realidade contrária à sua pregação de paz e amor perenes. O um mundo é sarcástico, irônico. Mostra-nos exatamente o contrário daquilo que a fé cristã nos prometeu (Um jugo suave e um fardo leve), mas esquece de deixar claro a realidade de outro mundo à nossa espera. Tão real quanto. Tão sublime e perfeito que as dores, incompreensões, injustiças e todo e qualquer tipo de mazela contra a fé cristã nada significam, em nada diminui a força do nosso testemunho.

“Vem e segue-me” ou “vinde a mim” é nosso chamamento constante. Cristo é quem chama. E o mundo nos espera, para melhor explicação do nosso segredo. Não há o que temer diante dos desafios contra nossa fé. Ao contrário: quando estes cruzam nosso caminho é que nos tornamos fortes, capazes de provar a nós mesmos que a fé que nos move vence realmente qualquer montanha. “Porque quando estou fraco é que me torno forte”, diria um dia o apóstolo perseguido. Esse é nosso segredo!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Diocese de Assis

Entre todas as coisas que julgamos necessárias para a vida e, que, por vezes, movemos o mundo ou fazemos guerra por elas, poderíamos incluir, também, uma outra lista de necessidades espirituais, para um completo desenvolvimento humano. Sim! Porque necessidades espirituais são, muitas vezes, tratadas com forte implicação terapêutica. E as coisas da fé não são como os remédios, passíveis de receita e de uso limitado a um tempo ou situação. As coisas da fé são para a vida toda e, como tal, curativas. Não, exatamente, porque são aplicáveis a situações e circunstâncias ocasionais, mas, porque, enquanto são levadas em consideração, alimentadas e buscadas desenvolvem, na pessoa o potencial de cura, crescimento, amadurecimento e salvação. Nisso é que se encontra o verdadeiro motivo de se praticar a fé: porque vale para a vida!

Pedro, em um dos trechos mais lindos de sua carta nos ajuda a enxergar a necessidade da fé para a vida e da vida para a fé, olhando para Jesus.

Este primeiro trecho nos chama à uma revisão profunda de nossa esperança e da urgente necessidade de reconfiguração dos nossos ideais a partir das certezas firmadas em Cristo.

1Pedro 3,15-17. “Reconheçam de coração o Cristo como Senhor, estando sempre prontos a dar a razão de sua esperança a todo aquele que a pede a vocês, mas com bons modos, com respeito e mantendo a consciência limpa. Assim, quando vocês forem difamados em alguma coisa, aqueles que criticam o bom comportamento que vocês têm em Cristo ficarão confundidos. Pois, se é da vontade de Deus que vocês sofram, é melhor que seja por praticarem o bem, e não o mal.”

A oportunidade da fé nos permite, também, ressignificar a vida segundo o Espírito, as implicações éticas nas atitudes humanas, as práticas religiosas e a escolha por Cristo.

1Pedro 3,18-21. “De fato, o próprio Cristo morreu uma vez por todas pelos pecados, o justo pelos injustos, a fim de os conduzir a Deus. Ele sofreu a morte em seu corpo, mas recebeu vida pelo Espírito. Foi então que ele proclamou a vitória, inclusive para os espíritos aprisionados; falo das pessoas que foram rebeldes outrora, nos tempos de Noé, quando Deus demorava para castigar o mundo. Enquanto isso, Noé construía a arca, na qual somente oito pessoas foram salvas por meio da água. Aquela água representava o batismo que agora salva vocês; não se trata de limpeza da sujeira corporal, mas do compromisso solene de uma boa consciência diante de Deus, mediante a ressurreição de Jesus Cristo.

São João apresenta um Jesus com uma revelação surpreendente: sua obra será continuada no e pelo Espírito Santo. Quem quiser viver o Cristo, precisará não só viver os mandamentos, em todas as suas conseqüências, mas, precisará dar permissão à atuação do Espírito Santo como o Defensor para sempre.

João 14,15-21. “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos. Então, eu pedirei ao Pai, e ele dará a vocês outro Advogado, para que permaneça com vocês para sempre. Ele é o Espírito da Verdade, que o mundo não pode acolher, porque não o vê, nem o conhece. Vocês o conhecem, porque ele mora com vocês, e estará com vocês. Eu não deixarei vocês órfãos, mas voltarei para vocês. Mais um pouco, e o mundo não me verá, mas vocês me verão, porque eu vivo, e também vocês viverão. Nesse dia, vocês conhecerão que eu estou em meu Pai, vocês em mim, e eu em vocês. Quem aceita os meus mandamentos e a eles obedece, esse é que me ama. E quem me ama, será amado por meu Pai. Eu também o amarei e me manifestarei a ele.”

Que venha, sobre nós, o Espírito de Deus!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




ESPAÇO  ESPÍRITA

 

ENQUANTO…

 

                Busque agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo. É perigoso guardar uma cabeça cheia de sonhos, com as mãos desocupadas.

Acenda sua lâmpada, enquanto há claridade em torno de seus passos. Viajor algum fugirá às surpresas da noite.

Ajude o próximo, enquanto as possibilidades permanecem de seu lado. Chegará o momento em que você não prescindirá do auxílio dele.

Utilize o corpo físico para recolher as bênçãos da vida Mais Alta, enquanto suas peças se ajustam harmoniosamente. O vaso que reteve essências sublimes ainda espalha perfume, depois de abandonado.

Dê suas lições sensatamente, na escola da vida, enquanto o livro das provas repousa em suas mãos. Aprender é uma bênção e há milhares de irmãos, não longe de você, aguardando uma bolsa de estudos na reencarnação.

Acerte suas contas com o vizinho, enquanto a hora é favorável. Amanhã, todos os quadros podem surgir transformados.

Ninguém deve ser o profeta da morte e nem imitar a coruja agourenta. Mas, enquanto você guardar oportunidade de amealhar recursos superiores para a vida espiritual, aumente os seus valores próprios e organize tesouros da alma, convicto de que sua viagem para outro gênero de existência é inevitável.

ANDRÉ LUIZ

Do livro “Agenda Cristã” – Editora FEB

Psicografia: Francisco Cândido Xavier

 USE  INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO DA UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO




Diocese de Assis

 

Ocupados que estamos em administrar posses, investimentos, nossos confusos relacionamentos pessoais, a saúde de nossos pets, os comprovantes dos pixs recebidos, os horários no salão ou na academia, eventualmente para poucos a mensalidade escolar do filho ou da filha, bem como as referências do asilo para nossos idosos, deixamos de lado as questões religiosas, a prática e o aprofundamento nestas. Cristo, no mundo de hoje, tornou-se um ilustre desconhecido para grande maioria. Um mito, um personagem do passado, que só a história relembra e cuja vida foi tão bela quando a de muitas fadas, duendes, papai-noel ou saci-pererê. Foi. Não mais faz sentido. Quando muito, serve para disciplinar crianças endiabradas, metendo-lhes a ideia de céu e inferno. Esse é o Cristo dos tempos modernos.

Felizmente há exceções. Quando o próprio Jesus resolveu fazer uma enquete entre aqueles que o seguiam, para avaliar a ideia que faziam a respeito dele, obteve respostas confusas e sem sentido. Disseram ser ele o espectro de precursor degolado, o Batista de volta às suas atividades , ou até mesmo Elias que a história diz ter sumido desse mundo montado em uma carruagem de fogo, ou Jeremias, o profeta ferido e abandonado qual vaso de argila inservível na mão do oleiro, mas que provou ser útil nas mãos de Deus, ou mesmo qualquer outro profeta dos quais a Palavra e as promessas da Salvação estavam repletas. Tudo, menos Ele próprio, o Messias! E essa verdade só foi ser ouvida da boca do mais rude e velho pescador ali presente: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” Quem soprou nos ouvidos do velho Simão Pedro essa verdade tão profunda e enigmática? Em poucas palavras, aqui está a revelação do mistério cristão, para o qual o mundo de hoje faz vista grossa, não entende, não quer compreender, mergulhar nessa verdade reveladora, consoladora. Um Cristo que na língua grega significava “o ungido”, o redentor escolhido, o salvador e no hebraico era simplesmente o Messias, aquele que haveria de vir para libertar seu povo dos grilhões da escravidão. O Filho de Deus soava quase a uma blasfêmia – e para muitos exegetas contrários aos mistérios da fé cristã continua sendo a mais vil das blasfêmias contra a grandeza de Deus. Mas Pedro acrescenta a essa definição uma palavra reveladora: vivo! Sim, um Cristo Vivo, presente no meio de nós, caminhando, desvendando os mistérios do caminho, se revelando, abrindo trilhas e orientando seu povo… Esse era o Cristo de Pedro, ali, em carne e osso, a encantar e arrebanhar um povo desesperançado.

Nada mudou, desde então! Ao contrário, cresceu em solidez e resistência às oposições mundanas. Levantou novas paredes sobre novo alicerce e se tornou o maior dos Tabernáculos que um dia o povo israelita possa ter construído, desde aquele que edificaram no deserto. Tornou-se Igreja, pedra viva, templo santo que hoje renova as esperanças dos seus seguidores, mesmo que esse templo se reduza ao simples sacrário de um coração humano aberto aos mistérios de Deus. Sobre essa pedra está seu povo, sua Igreja no mundo! Contra ela atentam as borrascas do secularismo, a ironia dos materialistas, a indiferença dos incrédulos, mas perdura sempre a Verdade de uma Revelação: “as portas do Inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16,18). Se você sentiu um arrepio de frio e desolação perpassando suas vertebras neste momento, não se assuste. Ainda há tempo de procurar abrigo à sombra daquele que revestiu de autoridade o pastor-chefe de sua Igreja. E lhe deu a chave do Reino!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




O mundo precisa da palavra certa, na hora certa! Infelizmente, há um esvaziamento do conteúdo da verdade das coisas e, por isso, facilmente se cai no esvaziamento do ser.

Onde, ainda, existe a disputa pelo poder, a ganância econômica, a competição política e a rivalidade social é preciso retomar a Diaconia como expressão e fonte de novas relações humanas e de fé. De volta às origens, encontramos um testemunho belíssimo nas primeiras comunidades cristãs…

“Naqueles dias, o número dos discípulos tinha aumentado, e os fiéis de origem grega começaram a queixar-se contra os fiéis de origem hebraica. Os de origem grega diziam que suas viúvas eram deixadas de lado no atendimento diário. Então os Doze convocaram uma assembleia geral dos discípulos, e disseram: ‘Não está certo que nós deixemos a pregação da palavra de Deus para servir às mesas. Irmãos, é melhor que escolham entre vocês sete homens de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria, e nós os encarregaremos dessa tarefa. Desse modo, nós poderemos dedicar-nos inteiramente à oração e ao serviço da Palavra.’ A proposta agradou a toda a assembleia. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas, e Nicolau de Antioquia, um pagão que seguia a religião dos judeus. Todos estes foram apresentados aos apóstolos, que oraram e impuseram as mãos sobre eles. Entretanto, a Palavra do Senhor se espalhava. O número dos discípulos crescia muito em Jerusalém, e um grande número de sacerdotes judeus obedecia à fé cristã” (At 6,1-7)

Conhecer a Jesus faz toda a diferença na vida de uma pessoa. Mas, viver pela fé em Jesus, faz com que este diferencial, na vida da pessoa, ecoe na vida da comunidade, ajudando a construir o mundo novo possível, feito de irmãos e irmãs. A carta de São Pedro é repleta de exortações, nesse sentido, ao Povo de Deus em marcha:

“Aproximem-se do Senhor, a pedra viva rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus. Do mesmo modo, vocês também, como pedras vivas, vão entrando na construção do templo espiritual, e formando um sacerdócio santo, destinado a oferecer sacrifícios espirituais que Deus aceita por meio de Jesus Cristo. De fato, nas Escrituras se lê: ‘Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa. Quem nela acreditar não ficará confundido.’ Isto é: para vocês que acreditam, ela será tesouro precioso; mas, para os que não acreditam, a pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a pedra angular, uma pedra de tropeço e uma rocha que faz cair. Eles tropeçam porque não acreditam na Palavra, pois foram para isso destinados” (1 Pd 2,4-9).

Dentre as inúmeras revelações de Jesus, algumas são para nos fazer voltar ao sentido da grandiosidade do seu projeto de salvação em nossa história e nos devolver ao caminho:

“Jesus continuou dizendo: (…) Se vocês me conhecem, conhecerão também o meu Pai. Desde agora vocês o conhecem e já o viram.’ Filipe disse a Jesus: ‘Senhor, mostra-nos o Pai e isso basta para nós.’ Jesus respondeu: ‘Faz tanto tempo que estou no meio de vocês, e você ainda não me conhece, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que você diz: «Mostra-nos o Pai»? Você não acredita que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que digo a vocês, não as digo por mim mesmo, mas o Pai que permanece em mim, ele é que realiza suas obras. Acreditem em mim: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditem nisso, ao menos por causa destas obras. Eu garanto a vocês: quem acredita em mim, fará as obras que eu faço, e fará maiores do que estas, porque eu vou para o Pai” (Jo 14,1-12)

 

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS 




Espaço Espírita

 

Algumas receitas de alegria para qualquer ocasião:

 

1 – Apoiar os empreendimentos de auxílio à Humanidade, em particular àqueles que ainda não se encontram acessíveis ao entendimento geral.

2 – Garantir o trabalho das instituições de benemerência.

3 – Diminuir as necessidades materiais dos companheiros em provação ou penúria.

4 – Resolver o problema pecuniário de algum pai de família ou de mães sofredoras largadas em abandono.

5 – Resgatar os compromissos imediatos de algum doente em situação de infortúnio.

6 – Visitar os obsidiados e socorrê-los, principalmente os mais esquecidos.

7 – Oferecer um lanche fraterno ou alguns momentos de felicidade aos irmãos internados em casas de reeducação ou recolhidos a organizações assistenciais.

8 – Atenuar as privações das crianças desprotegidas, quando não pudermos suprimir de todo semelhantes dificuldades.

9 – Distribuir páginas edificantes, favorecendo a esperança e o consolo, o esclarecimento e a compreensão entre as criaturas.

10 – Tanto quanto se nos faça possível, efetuarmos demonstrações de tolerância e humildade, perante aqueles com quem ainda não nos harmonizamos, no caminho da vida, notadamente aqueles que nos sejam menos simpáticos ou que se nos erigem na estrada em motivos de preocupação.

MODO DE USAR: Refletir nas bênçãos que recebemos incessantemente do amor ilimitado do Cristo; assumir a iniciativa do bem; agir em silêncio e atender às prestações de serviço, com tanta discrição e naturalidade, que os beneficiários não estejam constrangidos a nos testemunhar o menor agradecimento.

ALBINO TEIXEIRA

Do livro: Sentinelas da Luz – Psicografia: Francisco Cândido Xavier

USE INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO  DA  UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO

 

 

 

 




Diocese de Assis

 

A aventura da vida nos leva, muitas vezes, a menosprezar perigos e desdenhar valores que Deus depositou em nós. Conduzimos nossas existências com a adrenalina em constante alta, como se aqui estivéssemos tão somente para mostrar nossa coragem e desafiar nossos limites. Fazemos de nossas vidas uma eterna competição com os semelhantes e uma constante queda de braços com os desafios que a natureza nos coloca. De repente nos surpreendemos com perguntas sem respostas. O que aqueles cinco aventureiros foram bisbilhotar no fundo do oceano, ao lado dos destroços do maior desastre náutico que nossa história já testemunhou? Não é o Titanic, o até então maior navio do mundo, cuja tripulação ironizou o poder divino (Nem Deus afunda esse navio!), símbolo inconteste da prepotência humana? Desafiar o perigo é pôr à prova o ilusório poder humano em confronto com as leis divinas. Nenhum passarinho “cai por terra sem a vontade do nosso Pai”, está escrito. E registrado: “Bem mais que os pássaros valeis vós” (Mt 10,31).

Nesta questão de valores inventamos uma bolsa, uma maneira de pesar e medir os recursos que temos, sem, no entanto, considerar o lastro da vontade de Deus. Essa, sim, impõe limites, traça regras, freia a audácia humana de se achar senhor e diretor da vida e dos desafios que ela nos apresenta. Quem é capaz de recriar uma existência diante da fatalidade da morte? Quem, senão o Criador, conhece a capsula que nos envolve neste mundo e nos fornece condições para bem explorar a profundidade e os limites do espaço que aqui ocupamos? O bom senso e o instinto de sobrevivência falam mais alto do que nossos ideais de conquistas e aventuras desafiadoras. É preciso redimensionar nossos sonhos e projetos de grandeza, se quisermos manter nossos pés no chão da realidade que nos cerca. O episódio acima é apenas um pequeno exemplo daquilo que a humanidade está atraindo para si quando longe do bom senso e da cautela que a fé e esperança em Deus nos ensina a valorizar.  A vida tem limites. Só a fé é capaz de superá-los. Mas essa exige o lastro do testemunho diante dos homens: acreditar; nunca desafiar!

Não é o que constatamos em muitas das circunstâncias que envolvem nossas vidas. A pessoa de fé sabe das capacidades infinitas que tem para vencer desafios, superar os eventuais problemas, buscar soluções positivas baseadas na proteção “dos céus”, nunca na contemplação inerte dos “desastres” que cercam nossa história e nossa prepotência tipicamente humana. A pessoa de fé acredita na proteção divina, mas nem por isso irá desafiar os limites da lógica e do bom senso. Muito menos desafiar Deus. Não é uma questão de poderes ou imposição de limites para a capacidade sempre desafiadora que temos ao explorar nosso mundo, nosso universo. Deus não impede essa qualidade operante das ações humanas. Exatamente nela é que reside o progresso, o crescimento, o aprimoramento da nossa evolução. O que não podemos é negar a força criativa que nos trouxe até aqui e nos mostra sempre o caminho do respeito e da coerência que só a fé é capaz de respeitar. Quem nega isso, rejeita Deus e sua proteção.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 




Diocese de Assis

Praticar a fé não é, apenas, cumprir ritos, observar preceitos, obedecer normas, conhecer as regras, saber as doutrinas, memorizar a Bíblia, manter em dia as devoções, ir ao templo… Tudo isso ajuda mas, o princípio da fé é o amor a Deus e ao próximo que se desdobra em várias atitudes, comportamentos, ações e serviços coerentes com o amor. Se somos fortes no amor, somos fortes em tudo; se somos fracos no amor somos fracos em tudo porque, o amor não só dá força… o amor é força. Nesse sentido, nas fontes do amor, estão firmados o começo e o fim de todas as coisas. Já dizia Santo Agostinho: “Ama e faze o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa, senão o amor, serão os teus frutos”.

O amor não será, apenas, sentimento mesmo que seja, essa, uma de suas mais fortes expressões. O amor não será, apenas, emoção… não será, apenas, desejo… não será, apenas, afeto… não será, apenas, vontade… o amor será muito mais. O amor será tudo. E, somente por isso, será suficiente, necessário e forte. O amor será a fonte. O amor será a origem e o fim. O amor será Deus. Diz-nos, a Palavra de Deus: “Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus. E todo aquele que ama, nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto se tornou visível o amor de Deus entre nós: Deus enviou o seu Filho único a este mundo, para dar-nos a vida por meio dele. E o amor consiste no seguinte: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou, e nos enviou o seu Filho como vítima expiatória por nossos pecados. Amados, se Deus nos amou a tal ponto, também nós devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus está conosco, e o seu amor se realiza completamente entre nós. Nisto reconhecemos que permanecemos com Deus, e ele conosco: ele nos deu o seu Espírito. E nós vimos e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. E nós reconhecemos o amor que Deus tem por nós e acreditamos nesse amor. Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele” (1João 4,7-16).

A grande Boa Nova do amor é que, em Jesus, no altar, ele se tornou alimento. O amor se tornou alimento para nutrir tanto o corpo, quanto a alma. Sem amor, corremos o risco de desfalecer, tombar, enfraquecer, adoecer e morrer. Sem amor não existimos… não podemos nada… não somos nada.

O amor será tudo em nós porque, como alimento diário, nos manterá sadios de corpo e de alma:  em forma, em equilíbrio, em harmonia, em totalidade… em Deus. O Amor, que nos alimenta, também, nos transformará em alimento, isto é, em testemunhas. E, esta será a nossa verdade, nossa esperança, nossa força, nossa fé, nossa razão de ser. Seremos o amor!

Santa Teresinha do Menino Jesus assim entende a sua vocação: Serei o Amor! Em meu Amor pela Igreja e ardor missionário eu quisera ser Apóstolo, Profeta e Mártir, também Sacerdote, tudo escolher! No Corpo do Senhor, porém, os membros nunca são iguais: do todo procurando o bem, nenhum é mais. Corpo do Senhor, a Igreja, deve ter um Coração: pra que Santa ela seja, eis o Amor – minha Vocação! Dom melhor, o mais perfeito, tudo abrange, tudo alcança… Pulsa o Coração da Igreja em meu peito: Serei o Amor! Quisera percorrer a Terra e anunciar o Cristo a todos os Irmãos; plantar a Cruz em todo canto, dar a minha Vida pela Salvação. Mas a resposta eu encontrei a este apaixonado Amor: é a Caridade – eis a lei, o Dom Maior! O Amor alcança todo tempo, está em toda parte, é eterno o Amor! E toda Vocação abrange, nada se sustenta sem o Dom maior. Eu sei, enfim, minha Missão, na Mãe Igreja, o meu lugar: ser tudo, ser seu Coração, somente amar!”

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS