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Espaço Espírita

 

Dá o que possas, como possas e quanto possas, em benefício dos outros, mas recorda sempre as esmolas esquecidas:

O timbre de voz fraterna com quem ainda não te simpatizas;

O sorriso acolhedor para a visita inesperada;

O minuto de boa vontade no esclarecimento amigo;

A simples conversação reconfortante com a pessoa, cuja presença te desagrada;

O silêncio generoso ante a provocação daqueles que ainda não te compreendem;

A insignificante gentileza na via pública;

A referência construtiva em favor dos ausentes;

O serviço singelo aos desconhecidos;

A oração pelos adversários;

A consideração para com os mais velhos;

O amparo à criança;

A ligeira visita aos doentes;

O bilhete afetuoso ao irmão necessitado de bom ânimo;

O carinho em casa;

O socorro aos desalentados;

A palavra otimista para quem te ouve;

A leitura edificante;

O respeito às situações que não conheces;

O auxílio à natureza;

A cooperação desinteressada no bem.

Não te afastes do abençoado serviço a todos. Os pequeninos gestos espontâneos da verdadeira fraternidade são alicerces seguros na construção do Reino de Luz e Amor.

SCHEILLA 

Do livro “Seguindo juntos” – Editora GEEM

Psicografia: Francisco Cândido Xavier

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Quem inventou a possibilidade do fim do mundo não foi o medo e a insegurança humana em seus dias de crises existenciais, mas o próprio Cristo em sua despedida terrena. Eis que Ele acena aos homens em sua ascensão aos céus, aventando esse assunto e se dizendo companheiro de nossa jornada até o fim, o final dos tempos. “Estarei convosco sempre!”, é sua promessa. Para os exegetas, o anúncio de Cristo em sua despedida terrena é muito mais que uma força de expressão, um adeus momentâneo. É a prova cabal e real de que tudo converge para o cerne da Criação, que tem em Cristo seu maior mistério, a razão de ser, de existir, que dá sentido à existência humana. Fomos plasmados no coração do Pai e a Ele voltaremos através das promessas do seu Filho, sob a ação e unção do seu Espírito. Eis o tripé que sustenta e dá razão a tudo o que somos, vemos e sentimos neste mundo. Um dia tudo acaba e só nos restará o retorno ao Pai, fonte e origem desse tudo, desse universo que pensamos possuir! Eis tudo!

Mas não é só de ilusões que nossa vida é feita. Há uma realidade muito maior e mais ampla que esse mundo tangível, essa matéria impactante a moldar nossas vidas, a construir sonhos e acumular ambições. Somos mais que um conjunto de células ou um universo de átomos radioativos ou não. O fluxo e refluxo do coração humano é o mais simples exemplo desse pulsar de vida que a autoridade divina nos possibilitou experimentar neste mundo, ou seja: a vida é um constante fluxo e refluxo que flui do coração de Deus. Uma diástole e sístole espiritual. Quem foge dessa realidade torna-se o sangue derramado, que se esvai do coração, das veias dilaceradas do Redentor humano e se perde no chão da triste realidade terrena… Essa linguagem figurada não é mera pregação dogmática, mas prerrogativa da fé cristã: “Ninguém vai ao Pai senão por mim”. Eis o caminho, a verdade e a vida do refluxo existencial. Nossa passagem terrena tem um retorno definido, uma rota a seguir. O mundo que ocupamos é o veículo, o instrumento momentâneo desse retorno. Quem se perde pelo caminho é aquele que foge dessa sintonia que as veias da fé cristã apontam como verdade imutável e essencial proclamada por Cristo: “Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos” (Mt 28,18-19).

Aqui reside a autoridade da Igreja sobre os destinos humanos. Não é uma simples retórica de força e poder, à luz dos conceitos políticos que usurpam as definições de autoridade ou governo dos povos. A autoridade concedida à Igreja no mundo engloba “todos os povos”, aos quais sua mensagem de fé e esperança se estende apontando a cruz como sinal e estandarte de redenção, de libertação das correntes que porventura nos prendam, nos imobilizam, nos sufocam neste mundo. A ação da Igreja diante dessa realidade é uma ação moderadora, capaz de anunciar um novo caminho denunciando os desvios que “derramam” o sangue dos injustiçados, dos inocentes, dos espoliados desse ensinamento de fé. “Ide e fazei discípulos” é muito mais que um imperativo institucional, uma ação dogmática; é uma necessidade de preservação. Uma ação de coerência com a vida, essa que ora ocupamos momentaneamente, mas que um dia devolveremos aos pés da cruz de Cristo, aquele que caminha conosco. “Sim, ele pôs tudo sob os seus pés e fez dele, que está acima de tudo, a cabeça da Igreja” (Ef 1,22). Sim,  o fim do mundo será para todos os que se desviarem desse caminho de fé e esperança imutáveis, indestrutíveis, imortais…

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 




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A sua irritação não solucionará problema algum.

As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.

Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.

O seu mau humor não modifica a vida.

A sua dor não impedirá que o Sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.

A sua tristeza não iluminará os caminhos.

O seu desânimo não edificará a ninguém. 

As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.                                                                                                                                         

As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.

Não estrague o seu dia. Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o Infinito Bem.

ANDRÉ LUIZ

Do livro “Agenda Cristã” – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora FEB 

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Maio nos lembra Maria. Outrora nos lembrava as noivas e seus vestidos brancos a simbolizar pureza. Mas ainda festejamos a maternidade, como dom maior daquelas que são capazes de gerar a vida. Sim, ainda, pois a proveta ai está e não duvido se um dia surpreendidos formos com incubadoras sofisticadas a substituir o sagrado ventre maternal… Mas, enquanto a lógica persiste apesar das pretensões da Ciência que no campo genético já faz diabruras nunca antes imagináveis, o sim de Maria continua música para os ouvidos angelicais.

Salve Rainha! A maternidade humana está intrinsecamente ligada ao ato da Criação, pois que dá continuidade à obra divina. Com ela nos aproximamos mais da misericórdia do Pai, pois que a cada nascimento renasce a esperança de dias melhores e os céus glorificam o seu Nome, enchendo de luz qualquer vale das lágrimas e da insignificância humana. Uma criança assim gerada é depositária dos mais nobres sentimentos e dos mais sagrados sonhos que possamos imaginar para qualquer lar, doce lar. O que é nobre, o que é sagrado dá ares de realeza à maternidade de qualquer mulher; independe de sua condição social. Por isso delas se diz: rainha do lar!

Vida doçura e esperança nossa! Quem possui outra imagem de suas próprias mães? Por mais indignos, insubordinados, rebeldes e alheios que possamos ser, qualquer filho ou filha têm na figura materna um hiato de paz, de aconchego, de esperança por dias melhores, por caminhos mais largos, por sonhos mais belos. O olhar de mãe, o colo, as mãos, a proteção, o levantar-se das muitas quedas, as vigílias nas noites febris, o cuidado com as ruas, o trânsito, a escola, o lanche, o remédio… Ah, mãe, quanta doçura, quanto carinho, quanto amor!

Pois até Deus, na pessoa de Jesus, experimentou esse privilégio humano: os desvelos de uma mãe. Não era degredado, nem filho de Eva, mas Filho de Deus! Princípio e Fim, Alfa e Omega, a origem de Jesus poderia dispensar a figura materna de Maria, não fosse ela um instrumento precioso aos olhos do Pai. Sua maior e mais preciosa virtude, condição mínima para merecer tão sublime privilégio, Deus não buscou no histórico de sua saúde física, jovialidade, pureza, nem na descendência de seu povo, sua origem, sua formação, suas crenças, nem nas posses ou tradições familiares, nem na cor de sua pele, no idioma que falava, na cultura que possuía… Seu único e maior mérito para ser mãe do Redentor estava em seus lábios e em seu coração submisso à vontade de Deus. Sim! Sim, eu posso, eu aceito, eu quero… eu agradeço! Eis o segredo de uma maternidade abençoada, privilegiada com hosanas e glórias! Eis o sim de Maria!

Essa é nossa advogada, mãe de Deus e dos homens, cujo olhar maternal suplicamos sobre a humanidade, sobre cada um de nós. Cristianismo sem a maternidade de Maria é órfão, incompleto, imperfeito. Não se compreende uma fé que ignore a importância da mediação de Nossa Senhora no processo da Redenção, pois o próprio Jesus dela se serviu para ser quem foi, realizar o que realizou, ensinar o que nos ensinou. E, numa festa nupcial, quando o filho já adulto e bem formado ainda vacilava no início de sua missão, nada como um empurrãozinho materno. “Mãe, minha hora ainda não chegou”. Como não, depois de tanto desterro, tanto sofrimento, tanta expectativa humana por uma esperança maior? Então Maria dá as coordenadas para o primeiro milagre, o início de todos os demais: “Façam tudo o que ele mandar”.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 




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“E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações…”  PAULO  (Colossenses, 3:15)

Na Terra, muitas vezes, terás o coração cercado:

de adversários gratuitos;

de críticas indébitas;

de acusações sem destino;

de pensamentos contraditórios;

de pedras da incompreensão;

de espinhos do sarcasmo;

de ataques e desentendimentos;

de complicações que não fizeste;

de tentações e problemas;

de processos obsessivos;

Entretanto, guarda a serenidade e prossegue agindo na extensão do bem, porque, resguardando a consciência tranquila, terás nos recessos da própria alma a paz de Cristo que ninguém destruirá.                                             

EMMANUEL

Extraído do livro “Ceifa de Luz” – Editora FEB                  

Psicografia: Francisco Cândido Xavier

 




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O dia das mães está ai. Já é possível ver muitas pessoas se movimentando em torno deste dia que se tornou referência de muitas atitudes e iniciativas. Hoje, como ontem, cabem, ainda, alguns questionamentos como: “O que comemorar? Por que comemorar?

As perguntas não têm cinismo e nem resposta óbvia. Mas, precisamos nos posicionar de modo crítico sobre o que comemoramos, muitas sem notar significado, razões, sujeitos. Qual é, afinal de contas, o sentido e valor de se comemorar o dia das mães?

Quando chegam as datas comemorativas, as pessoas começam a tirar do baú da nostalgia, o seu “Kit de comemoração” que, habitualmente usam em cada festividade: roupas, frases feitas, sorrisos amarelos, intenções de não repetir o vexame da bebedeira da última festa, etc, etc e tal.

O comércio aproveita as datas comemorativas para estimular o consumo. Muitas promoções, gritarias, desfile de ostentação e luxo, entra e sai, correria de última hora, empura-empura, perdas de ônibus, etc. Mas, tudo fica bem arranjado sob um lindo papel de presente.

O feriado e/ou o dia comemorativo provoca uma comoção geral: aumento da jornada de trabalho nos dias anteriores; buscas ofegantes de passagem de ônibus e trem e, quando há requinte, passagem de avião; noites mal dormidas; cansaço; malas prontas e cheias, “pé na areia”: a viagem e a festa.

Começando de manhã, bem cedo, a festa não tem hora pra acabar. É preciso aproveitar tudo! A mãe, sempre sumida entre pratos e talheres entre carnes e verduras. Fala-se de tudo; ri-se de tudo; come-se de tudo; dorme-se; chora-se.

O dia acabou, o jeito é voltar para casa. E, lá se foi mais uma festa.

É verdade a festa! A festa!? Mas, o que é que se comemorou mesmo? É verdade, como é que se esqueceu o motivo da festa. A mãe! É verdade, a mãe! Deixa pra lá, a mãe perdoa

O ano que vem tem mais, a gente faz diferente…..

Qualquer semelhança com as nossas festas é mera coincidência.

As nossas comemorações estão sempre longe do que deveria ser de fato: mudamos as finalidades; esquecemos os homenageados; aprontamos arruaças; esvaziamos sentidos; perdemos a razão. O que acontece com o dia das mães, acontece com a maioria dos dias comemorativos. E, todo ano é a mesma coisa….

Precisamos nos retratar com aquela que já está acostumada, a não ver os dias passarem e, o seu dia, vê-lo sendo “levado”.

Precisamos, no dia-a-dia, valorizar e amar aquela que durante o ano todo não se esquece de nós, para que no SEU DIA, naturalmente, ao levantar possamos dizer: Bom dia, Mamãe! Eu te amo! Seja Feliz Sempre!

ORAÇÃO

Nós vos louvamos Pai, e, vos bendizemos pelo cuidado das mães, que continuam a cercar de amor e carinho toda pessoa que vem ao mundo. Nós vos pedimos: abençoai todas as mães. Fazei que elas descubram o vosso amor no trato com seus filhos. Que elas sejam sempre carinhosas; pacientes nas horas de aborrecimento; firmes quando é preciso corrigir; alegres mesmo nas dificuldades. Que elas sejam vossa imagem: fontes de vida e, também a imagem de Jesus: defensoras da vida. Possam encontrar em vós, Senhor, Pai e Mãe, a felicidade de servir e, assim, dia após dia, vos louvar e bendizer. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Espaço Espírita

 

Mães da Terra!  Mães anônimas!

Sois vasos eleitos para a luz da reencarnação!

Por maiores se façam os suplícios impostos à vossa frente, não recuseis vosso augusto dever, nem susteis o hálito do filhinho nascente – esperança do Céu a repontar-vos do peito!…

Não surge o berço de vosso coração por acaso.

Mantende-vos, assim, vigilantes e abnegadas, na certeza de que se muitas vezes cipoais e espinheiros são vossa herança transitória entre os homens, todas vós sereis amparadas e sustentadas pela Benção do Amor Eterno, sempre que marchardes fiéis à Excelsa Paternidade da Providência Divina.

ANDRÉ  LUIZ 

Extraído do livro “O Espírito da Verdade” – Psicografia: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira – Editora FEB

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Parece um título fúnebre. Mas não é. Ao contrário, meu desejo é dar-lhe um pouco de poesia, já que habituados estamos a contemplar uma cova com repugnância e medo. Uma cova tem também seu lado místico. A história bíblica nos relata a experiência do profeta Daniel, lançado numa cova de leões. Tudo por inveja à confiança do rei sobre seu exemplar ministério. Seus inimigos, muitos deles ambicionando o posto que ocupava, desejavam vê-lo pelas costas, derrotado. Deus intervém e usa aquela experiência de uma noite numa cova cheia de leões como oportunidade para manifestar seu poder, sua proteção sobre aqueles que lhe são fiéis. Da cova aterrorizante faz emergir uma inusitada prova de amor. O homem sobre o qual a inveja e a ambição lançam seus olhares fulminantes, desdenhando a fidelidade e integridade de sua alma, é posto em liberdade, são e salvo, agora revestido da glória da predileção divina.

São muitas as covas em nossas vidas. São muitos os leões que nos espreitam. A história que nossa história escreve possui semelhanças, porém não meras coincidências com a história do profeta. Para não dizer que a repetimos constantemente em nossas vidas. Ou você nunca se sentiu no fundo do poço, da cova, como um José do Egito vendido pelos irmãos?

O próprio filho de Deus, espoliado em todos os seus direitos e em sua dignidade humana, humilhado, destroçado, acabou assassinado pela prepotência dos donos da “verdade” e depositado às pressas numa cova emprestada. Isso tudo para não estragar a festa que corria solta na sociedade dita religiosa daqueles que condenaram o dono da Verdade. Os leões já não estavam restritos a uma cova. Ao contrário, estavam bem soltos e até saciados, soberanos nas ruas da Jerusalém de pedras, o modelo das civilizações da época. A cova de Jesus possuiu a mística da aceitação momentânea, oportunidade extraordinária para dela emergir, mais uma vez, a luz do poder divino, a vitória sobre todas as desgraças desse labirinto de intrigas e desilusões humanas. Deixou de lado as “ataduras” que lhe impuseram, a mirra, o aloés, a química e o perfume deste mundo trágico e ilusório. Tirou seu pé da cova, ressurgiu dos mortos.

Ora, tudo isso hoje escrevo com um objetivo final. Um olhar místico e piedoso para o fundo de uma cova especial. Olhar que vem de longe, do meu tempo de criança ainda livre e aventureira pelas ruas da minha Palmital, a cidade que me viu crescer. Um dia me convidaram a representar o menino Francisco num carro alegórico sobre os videntes de Fátima. Minha mãe interviu, explicando e convencendo: aceite, filho, você vai representar o menino que viu a mãe de Jesus na cova… Não esperei a conclusão. O susto foi grande, mas a curiosidade maior. Então, juntamente com duas meninas que representavam Lúcia e Jacinta, me entronizaram num cenário belíssimo, tendo ao alto a imagem serena daquela mãe aureolada por uma coroa de estrelas e distribuindo seu sorriso ao povo em procissão. Ali eu era o menino Francisco. Ali representava um pequeno pastor de uma história que marcou minha existência para sempre, a bela história das aparições marianas em Fátima, Portugal.

Hoje, ao recordar aquela cena, vem-me sempre a singeleza de um local ermo, tranquilo, um sítio encravado entre montanhas e um arbusto como aquele do Sinai, que o fogo jamais consumia, mas que encheu de poesia o significado da mensagem divina, a aliança de amor entre Deus e os homens. Aquele mesmo arbusto, agora manifestando a beleza de uma Virgem. E o verso ainda ecoa em meu coração saudosista: “A treze de maio, na Cova da Iria, eis que aparece a Virgem Maria”.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




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Estamos olhando para as mulheres na Bíblia!

Como a Bíblia trata as mulheres? É machismo, discriminação ou preconceito algumas passagens que podemos constatar na Bíblia? Como entender o posicionamento de alguns escritores sagrados ao se referir às mulheres?

No Novo Testamento, reconhecemos um novo modo de tratar a mulher, a partir de Jesus. Ele nasceu de uma mulher (Gl 4,4ss). Ele conhecia-lhes a vida e as fadigas cotidianas e se interessou por elas, como nas parábolas do fermento (Mt 13,33); da dracma perdida (Lc 15,8ss); do juiz iníquo e da viúva importuna (Lc 18,1ss).

Jesus faz milagres a pedido de mulheres como de homens: a sogra de Pedro (Mt 8,14; a filha de Jairo e a hemorroísa (Mt 9,18-26); a mulher cananéia (Mt 15,21-28); a viúva de Naím (Lc 7,11-17).

Jesus aceitou ser ungido por uma mulher e a defendeu contra as críticas (Mt 26,10). Com Marta e Maria Jesus tinha um relacionamento familiar e profundo (Lc 10,38-42). Conversou sem embaraço com a samaritana, na beira do poço de Jacó (Jo 4,7ss.27).

Jesus não carrega sentimentos misóginos nem tão pouco de inferiorização da mulher. Revoluciona o modo de tratá-la e faz de sua práxis um ensinamento.

Desde o inicio da Igreja Primitiva, as mulheres aparecem como membro de pleno direito (At 1,14; 12,12); muitas mulheres convertidas são chamadas pelo nome (At 16,13s; 17,4.12). As mulheres tomavam, ativamente, parte da vida da Igreja realizando e recebendo boas obras (At 6,1).

As ambigüidades e aparentes contradições no modo de tratamento, presente em algum escritor sagrado, provém do modo como, culturalmente, a mulher era levada em consideração na sociedade onde viviam. Obviamente, as mudanças de tratamento, em relação à mentalidade sobre a mulher, foram uma verdadeira revolução.

O pecado não nasceu por culpa da mulher.

É pena que, mesmo entre nós, a mulher não é tratada como merece e, por si mesma, algumas vezes não se assume como mulher e nem se apresenta como deve. Cabe dizer, entretanto que, acima de qualquer mentalidade e cultura está a natureza que, faz da mulher um ser único e irrepetível pelo seu valor e importância no ciclo da vida; ela é mãe.

A mulher é intuitiva e protagonista por natureza

Intuição é uma sensibilidade humana, facultado pela capacidade de percepção, discernimento e, pressentimento das coisas o que amplia, consideravelmente, o campo de visão, alarga os horizontes e facilita resoluções, ações e processos. Por causa da sobrecarga natural de exigências, solicitações, obrigações e cuidados que pesam sobre a mulher, esse dom e muitos outros estão à sua disposição, para levar avante a vida de muitos protagonismos.

O livro do Eclesiástico em 26,1-5.13-18 faz considerações importantes e revolucionárias, para a época, sobre a importância e distinção da mulher: “Feliz o marido que tem mulher virtuosa; a duração de sua vida será o dobro. Mulher habilidosa é alegria para o marido, que viverá em paz por toda a vida. Uma boa mulher é uma sorte grande, que será dada aos que temem ao Senhor. Rico ou pobre, estará contente e terá sempre rosto alegre. Mulher graciosa alegra o marido, e com seu saber o fortalece. Mulher discreta é dom do Senhor, e mulher bem-educada não tem preço. Mulher modesta duplica seu encanto, e não há valor que pague a mulher casta. Como o sol levantando-se sobre as montanhas do Senhor, assim é a beleza da mulher em sua casa bem arrumada. Como lâmpada brilhando no candelabro sagrado, tal é a beleza do rosto num corpo bem acabado.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Espaço Espírita

 

“Na verdade vos digo, que quantas vezes vós fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim é que o fizestes.” JESUS (Mateus, 25:40)

Em todas as situações que atravessares na vida, lembra-te da caridade que deverá ser praticada, de uma forma ou de outra.

Não julgar os maus atos alheios, saber compreender os erros de nossos irmãos, desculpar as agressões que tenhamos sofrido também são formas de se praticar a caridade.

Que seria de nós se Deus não tivesse caridade para conosco, se não desculpasse as nossas ofensas, se não nos desse oportunidade de retificarmos os nossos erros?

Auxiliar o delinquente para que se torne mais responsável pelos seus atos, amá-lo ainda assim e respeitá-lo como um doente necessitado de recuperação, também é manifestação de caridade.

Da mesma forma, aquele que se tenha desviado dos deveres assumidos para conosco e, com isso, nos acarretado grandes sofrimentos, requer o nosso entendimento para que consigamos desculpá-lo. Isto igualmente é caridade.

Caridade sempre, caridade para com todos, caridade não só como doações materiais, mas caridade como manifestações de amor.

Procura, meu irmão, vivenciá-la intensamente, dando não só daquilo que deténs em recursos amoedados, mas dá de ti mesmo: teu tempo, teus sentimentos mais puros, com esquecimento de todo o mal que sofreste ou presenciaste.

Não te esqueças de que todo amor que estenderes, se nascido da pureza do teu coração, a ti mesmo retornará um dia, como bênçãos do Pai Criador.

IRMà MARIA  DO  ROSÁRIO

Extraído do livro “Na cura da alma” – Psicografia: Lúcia Cominatto – Editora EME

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