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ESPAÇO  ESPÍRITA

 

            Por mais que o mal ameace, persevera servindo ao be

            Desespero ante às situações difíceis não te conduzirá à melhor solução.                           

Se as circunstâncias em que te encontras interferem na tua paz, segue amando e servindo para que a vitória não tarde a chegar.

 

Se as pessoas com as quais convives não te compreendem, aceita-as assim como são, lembrando que também tens pontos de vista que necessitam do entendimento alheio.       

Se o teu grupo familiar apresenta problemas de difícil solução, persevera servindo e amando, para que o amor e o serviço convertam o cadinho de hoje na ventura de amanhã.    

Se a enfermidade bate à tua porta, compreende-a sem revolta, lançando mão dos recursos ao teu alcance para recuperar a saúde física, mas, também, trabalhando no sentido de alcançar mais luz por dentro, com a prova que ora experimentas.                                

Ninguém combate as sombras com escuridão; não se apaga incêndio com gasolina; não se alivia um irmão impondo-lhe a agressão.                                                                        

Por mais que a dificuldade de hoje persista, persevera no bem que já és capaz de fazer.  Assim, mais cedo do que possas imaginar, a solução aparecerá, coroando de bênçãos teu esforço para a elevação de todos.                                                                                         

Em qualquer tempo e em todo o lugar, a paz que desejamos resultará sempre do esforço que fizermos para alcançá-la, compreendendo e amando, esquecendo e servindo, para, enfim, chegarmos à felicidade imperecível, onde o mal não tem acesso.

UM AMIGO

     Extraído do livro “Diretrizes Espíritas”                         Psicografia: Clayton B. Levy – Editora EME

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ÓRGÃO DA UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO




Diocese de Assis

 

          Muitos há por aí ansiosos em mudar o mundo. Outros a questionar a obra da Criação, como se o Criador mil erros tivesse cometido. Outros ainda a se por como deuses e traçar outros rumos, mais objetivos, perfeitos, sem os males da convivência humana, sem as agruras do trabalho pela sobrevivência ou das dores e provações de uma existência precária, transitória, fugaz. Por que a morte, doenças e fome? Por que tantas privações a pontear uma vida? Por que isso, por que aquilo? Todos, enfim, teriam seu dedinho de participação num projeto criativo bem mais ditoso e perfeito do que este que nos circunda e do qual bem conhecemos suas mazelas e defeitos tantos.

          Bem nos disse o escritor brasileiro Monteiro Lobato, aquele criador de tantas e tantas aventuras num sítio onde reinava um Narizinho atrevido e uma boneca cheia de ideias novas e fantasias mirabolantes. Onde Pedrinho era tão somente um diminutivo de muitos Pedros, Joões e Marias que povoam as aventuras desse mundo encantado que denominamos casa comum. Nesse sítio morava Américo, que tinha o hábito de por defeito em tudo. Não é que até num pomar paradisíaco percebeu algo errado. Onde já se viu tamanha contradição da natureza, como aquela que observou numa plantação de abóboras e num pé de jabuticabas. Por que uma árvore tão frondosa a produzir frutos tão pequeninos enquanto uma planta rasteira e frágil produzia enormes abóboras, que se misturavam ao pó da terra? Não seria mais lógico abóboras em árvores e jabuticabas à rês do chão? Assim aquele Américo que pensava ter descoberto a América, deitou-se à sombra da frondosa jabuticabeira, sonhando com outras mudanças no curso da Natureza.

          Eis que, de repente, uma pequena jabuticaba lhe cai no rosto. Desperto de seus projetos inovadores, suspirou dizendo: “Ainda bem que não foi uma abóbora. Pois se o mundo fosse arrumado por mim a primeira vítima teria sido eu. Eu, Américo Pisca-Pisca (era esse seu apelido), morto pela abóbora por mim posta no lugar da jabuticaba? Hum! Deixemo-nos de reformas. Fique tudo como está, que está tudo muito bem”.

          A lição lobatiana nos remete aos abusivos projetos de muitos, quando colocados acima e adiante do projeto inicial de Deus. O ato da criação foi perfeito e continua sendo em todos os seus nuances, objetivos e projeções no tempo e no espaço estipulados por Ele. A Perfeição do que é Divino não aceita remendos, nem mudanças, nem implantes. “Deus viu que tudo era bom!” Então, como ficamos? Nossa participação nesse projeto é de continuidade, de aprimoramento para tudo aquilo que nos conduza à vida, aperfeiçoe e aumente nossas expectativas de vida, aumente nossos conhecimentos e definições de sua plenitude, nunca da morte e sua finitude. Projetos de vida ignoram e se contrapõe aos projetos de morte. Vida é graça, dádiva divina. Morte é pecado, cegueira humana. Portanto, se desejarmos a continuidade desta, a perpetuação de nossa história como frutos semeados num Paraíso, cada qual a seu tempo e em seu lugar, não podemos enxertar nossa existência fora do projeto inicial que Deus nos traçou. Cada um com sua história e no seu próprio espaço. Como abóboras ou jabuticabas, grandiosos frutos em rama frágil ou pequenos e saborosos frutos em árvores frondosas. Não importa. Todos aqui estamos para realizar um projeto perfeito, um plano existencial agradável a Deus e aos olhos Dele, nunca dos homens. Faça sua parte. Esqueça as ilusões facciosas daqueles que querem mudar o mundo, mas não se aceitam como realmente são. Não aceite enxertos em sua vida. Siga os Planos de Deus para si. Seja você uma abóbora maravilhosa ou uma jabuticaba tenra e doce.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




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Quem sou eu? Com esta pergunta básica-fundamental nos colocamos diante da existência, como seres únicos e irrepetíveis; nos afirmamos, como pessoa, diante de uma multidão de existentes; nos lançamos para frente, assumindo um caminho e uma caminhada; nos relacionamos com o mundo e descobrimos nossa identidade; nos formamos abraçando nossa vocação e missão.

Os processos da vida, não acontecem sem conflitos, crises e rupturas. Todos nós somos frutos de muitos embates e lutas internas e externas. Assim vamos sendo feitos, na forja da vida. Do nascer à morte, vamos sendo moldados.

Para a fé, isso é um princípio! É uma verdade que nos acompanha e que nos permite ser o que somos. Ninguém nasce pronto e acabado. Pouco-a-pouco, vamos sendo feitos, até a plenitude.

PE. Edvaldo Pereira dos Santos

Porque a vida é um processo de construção, isso não significa que somos uma folha em branco que precisa ser escrita ou preenchida por algo que não temos ou que não somos. Não! Isso não. Trata-se, antes de tudo, de um processo, paulatino, de autoconsciência, auto-aceitação, autoapropriação… combinado com uma gama de traços culturais, sociais, econômicos, familiares, religiosos, teológicos, transcendentais, sexuais, afetivos, emocionais, sentimentais… Na verdade, nós somos um complexo humano ligado por muitos pontos de conexões. Sendo essa a nossa complexidade existencial, temos um devir histórico que ultrapassa todos os modismos, achismos, reducionismos e febre da democracia de gênero e não gênero; dos determinismos de fé e não fé, do dualismo de bem e de mal, do liberalismo da política e da economia e todos os abismos cismáticos desta nossa época de crise de identidades e sentidos.

A Sagrada Escritura nos ajuda a visualizar e pontuar o caminho da ressignificação humana, a partir do senso criativo e missionário de Deus em relação ao ser humano, obra de suas mãos.

No livro do Profeta Amós 7,12-15 encontramos a expressão: “Foi Javé quem me tirou de trás do rebanho, e me ordenou…”, sobre o bonito processo de autoconsciência do profeta que, diante da missão recebida, autocompreende-se e assume sua identidade e vocação.

“Então Amasias disse a Amós: “Vidente, vá embora daqui. Retire-se para a terra de Judá. Vá ganhar a sua vida fazendo lá suas profecias. Não me venha mais fazer profecias em Betel, pois isto aqui é o santuário do rei, e é templo do reino”. Amós respondeu a Amasias: “Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta. Eu sou criador de gado e cultivador de sicômoros. Foi Javé quem me tirou de trás do rebanho, e me ordenou: ‘Vá profetizar ao meu povo Israel’.”

Na carta de São Paulo aos Efésios 1,3-14 encontramos um lindo bendito da graça sem limite, do complexo humano, afirmado sobre o amor de Deus.

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo: Ele nos abençoou com toda bênção espiritual, no céu, em Cristo. Ele nos escolheu em Cristo antes de criar o mundo para que sejamos santos e sem defeito diante dele, no amor. Ele nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por meio de Jesus Cristo.”

Mas, é o próprio Jesus, no Evangelho de Marcos 6,7-13, quando do envio dos doze, em missão, dá o panorama da vida, vocação e missão: vencer os males do mundo e suas impregnações diabólicas nas pessoas:

“Jesus começou a percorrer as redondezas, ensinando nos povoados. Chamou os doze discípulos, começou a enviá-los dois a dois e dava-lhes poder sobre os espíritos maus. Jesus recomendou que não levassem nada pelo caminho, além de um bastão; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas.’(…) Então os discípulos partiram e pregaram para que as pessoas se convertessem.”

Aquele que nos fez e, nos conhece, nos apresenta a nós mesmos; à nossa vocação e missão!

PE. Edvaldo Pereira dos Santos




Espaço Espírita

 

ESPAÇO  ESPÍRITA

 

 

 

 

       

“Guardai-vos, não façais as vossas boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles.” JESUS (Mateus, 6:1)

            Ampara, socorre, abençoa quantos ao teu lado passem pela vida transtornados pelas próprias aflições.                                                                                                                    

Tens em teu caminhar, filho meu, a cada dia que passa, oportunidades crescentes de auxiliar alguém.                                                                                                                          

Se Deus te fez forte, ampara aqueles que não o são.                                               

Se Deus te proporciona uma vida relativamente feliz, socorre os que se encontrem mergulhados no desespero.                                                                                                                  

Se Deus te concedeu condições de saber e de entender o porquê da vida, abençoa os que permanecem na ignorância espiritual.     

Muitas oportunidades têm sido concedidas a ti. Não as percas, afeiçoando-te ao comodismo ou prendendo-te a sentimentos egoístas, que só enxergam as próprias necessidades.                                                                                                                                   

Caminha confiante no amparo do eterno Pai e prossegue fazendo ao próximo o que desejarias que te fizessem.                                                                                                       

Não permitas, porém, que o orgulho se sobreponha a qualquer sentimento de caridade que possa aflorar em ti. Ampara e socorre sem mostrar-te superior a ninguém.                       

Auxilia sem exibicionismos. Oculta a mão que estenderes, para que não seja vista por mais ninguém.                                                       

Sê humilde na caridade que praticar, a fim de que não anules, pelo orgulho, todo o bem que vieres a fazer. 

IRMà MARIA  DO  ROSÁRIO

Extraído do livro “Na cura da alma” – Psicografia: Lúcia Cominatto – Editora EME                                                                                                                           

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Diocese de Assis

 

          Chegamos a uma encruzilhada capaz de moldar nossas opções. Aliás, toda e qualquer encruzilhada sempre nos obriga a uma escolha, seguida do desejo de acertar e seguir o melhor caminho. A opção pelo Cristo, por seu seguimento e obediência a seus ensinamentos, também é uma dessas escolhas que um dia fizemos, faremos ou não. De uma forma ou de outra, essa opção religiosa exige uma atitude de coerência, o chamado testemunho de fé. Sem este, não há porque se dizer cristão. O testemunho é tudo na prática cristã.

          Foi essa a atitude mais marcante na história de vida de João Batista, o primeiro dos cristãos ainda no ventre da mãe, o primo consanguíneo que por primeiro anunciou a novidade cristã: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Isso não era um simples anúncio, um presságio qualquer, mas a mais profunda das certezas semeada e germinada com o vigor do coração profético daquela tênue voz… Aquela “voz que clama no deserto”, como diria Jesus, era portadora da mais pura das verdades ansiada e desejada por gerações milenares, que escreveram suas histórias ao custo de muita dor, sofrimento constante, mas esperança sempre renovada. “Eu vi e dou testemunho”, diria o profeta.

          Esse profetismo e testemunho incondicional, quase um pacto de sangue em prol da verdade messiânica, está se esgotando nos dias atuais. Estamos atravessando tempos nebulosos e de gritante arrefecimento da fé. Muitas cabeças hoje rolam, mas não como rolou a de João, entregue de bandeja aos caprichos e ciúmes de Salomé, a filha da  rainha, corrompida pelo pecado da ambição, do poder, da vaidade sem limites. Salomé, a serpente dos apelos mundanos, tem agora outras facetas, mas a mesma perversão daquela que persuadiu o rei. Continua idêntica em seus sorrateiros ataques à ingenuidade daqueles que a ela se submetem, pois todos os que se deixam enganar pelas seduções das belezas e ilusões mundanas, colocam a própria cabeça a prêmio. Com uma diferença: essa sentença, ao contrário daquela que vitimou o inocente Batista, fazem por merecer. Os palácios dos homens que cultuam a vida e seus prazeres, mas desdenham da dor e sofrimento da grande maioria de semelhantes ao largo dos seus reinados, não podem, não devem, não merecem proteção alguma das forças sobrenaturais que – estas sim – governam o mundo.

          Dia mais, dia menos, daremos conta do prejuízo que a incerteza na fé está propiciando à vida. Reconhecer o “Cordeiro de Deus”, que passa entre nós, é fácil, possível a qualquer vivente possuidor de um mínimo de razão ou consciência. Porém testemunhar sua autenticidade e ação exige comprometimento público. E aqui é que são elas. Nem sempre se é capaz de colocar em risco privilégios, mordomias, status ou mesmo prestígio político-social. Nem sempre a visão da fé é capaz de ampliar os horizontes da triste realidade do ceticismo, hedonismo e secularismo que hoje limita nossas atitudes testemunhais e aumenta nossas preocupações meramente transitórias. Deus é mais. É aquele que passa e tira o pecado do mundo! Purifica com água, mas batiza com fogo!

           Testemunhar é penetrar nessa fogueira, nesses mistérios de amor e fé. Batismo de Fogo é o nome… Quem realmente deseja ver restaurados os valores cristãos e humanos no mundo que hora ocupamos, precisa imergir nessa fogueira que queima sem consumir, que abrasa sem nunca esfriar, que brilha sem deixar sombras… A fé verdadeira, simples como a pomba, cristalina como a mais pura água, só será vencedora se forjada no fogo do Espírito que nos governa. “Eu vi e dou testemunho: este é o Filho de Deus!” (Jo 1,34).

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

            




Diocese de Assis

Compreender o mundo é um esforço que passa, não apenas, pelo poder letrado das pessoas porque, não é uma obra de especialistas. Na verdade, antes de ser macro, o mundo é micro. Isso significa, em primeiro lugar, que o mundo tem o tamanho do espaço, do tempo e das relações onde cada um vive e atua. Assim, o mundo deve ser compreendido, antes de tudo, a partir da minha relação com este mundo porque, cada um vê o mundo a partir do lugar em que ele está e, esse lugar não é somente geográfico mas, político, econômico, religioso, cultural, afetivo, ideológico… São vários filtros que nós usamos para “ver” o mundo. Por isso é que se diz: “cada ponto de vista é visto de um ponto”.

Enquanto compreensão, o mundo é micro, antes de ser macro. Mas não são vários mundos: são dimensões diferentes. Portanto, há que se ponderar que nada, neste mundo, é absoluto. Tudo é relativo, a não ser, por exemplo, princípios como o respeito à vida e à dignidade.

O mundo é uma realidade complexa, então, compreender o mundo é, também, uma obra complexa que deve levar em conta a responsabilidade de cada um na verdade sobre o mundo. Quem olha para o mundo o vê a partir de dentro e não de fora. E, não tem como se isentar. Por isso, todos somos responsáveis, por ação, por omissão ou por conivência.

A responsabilidade não é uma régua para medir culpa e nem fazer acusações mas, um fator de correspondência que, deixa claro como cada um está implicado nas relações e acontecimentos, que movem o mundo onde cada um está imerso. Responsabilidade não é uma câmera escondida que exerce vigilância para inibir ou incriminar mas, um luzeiro que deixa em exposição os atos de cada um no exercício de suas crenças, vontades e liberdade.

A responsabilidade é, o tempo todo, uma resposta nossa que nos envolve por inteiro, dos pés à cabeça; é a nossa marca onde passamos e onde agimos; é nossa digital existencial; é nosso carimbo. É pessoal mas, pode ser, também, familiar, comunitária, social…

É de se perguntar: Que noção temos de nossa responsabilidade? Sabemos que a responsabilidade define exigências sobre nós? Temos consciência de que não estamos isentos? Entendemos que a responsabilidade também tem níveis de corresponsabilidade?

As vezes é mais fácil culpar do que responsabilizar porque, a culpa se refere a um ato determinado e, as vezes isolado. A responsabilidade não! A responsabilidade não é, simplesmente, culpa porque, além do ato culpável, olha para as conseqüências do ato que, pode ser individuais e/ou sociais, locais e/ou universais, pequenas e/ou grandes, reparáveis e/ou irreparáveis, imediatas e/ou mediatas, presentes e/ou futuras…

Pensar, na linha da responsabilidade, nos leva a enxergar o universo mais abrangente de todas ações ou omissões humanas e o espectro de suas conseqüências. Por isso, antes de uma sentença de culpa, a responsabilidade chama a cada um para prestar contas de suas responsabilidades e compromissos.

Todos nós somos responsáveis: querendo ou não, sabendo ou não, conscientes ou não, livres ou não, crescidos ou não…

A responsabilidade não é uma escolha, é uma conseqüência! Nesse sentido, quanto mais consciência de nossa responsabilidade, melhor será a nossa resposta.

Sejamos responsáveis porque é assim que todos devemos ser tratados; porque este é o estágio desejável do crescimento e da maturidade humana; porque esta é a nossa razão de ser; porque este é o nosso maior legado!

 

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Testemunhas de Jeová retomam assembleias presenciais este ano

 

O ano de 2023 começará com uma novidade para milhões de Testemunhas de Jeová – o retorno presencial das suas assembleias. Devido à pandemia, essas grandes reuniões ficaram suspensas por quase 3 anos. No período mais crítico, os discursos foram gravados e apresentados pela internet. Agora, no mundo todo e inclusive no Brasil, pessoas de diferentes lugares poderão se reunir presencialmente para assistir a um programa de instrução bíblica alegre e motivador.

Em 2023, as assembleias das Testemunhas de Jeová terão como assunto central a paz e a união entre as pessoas. Para o porta-voz das Testemunhas de Jeová, Kleber Barreto, a humanidade nunca precisou tanto de conselhos para conviver em paz, num espírito de tolerância e de respeito. “Ficamos fortalecidos ao ouvir histórias de pessoas que continuam a se empenhar pela paz, apesar dos desafios”, acrescentou. Além de palestras bíblicas, as assembleias contam com entrevistas, encenações, batismos e músicas de louvor.

Deyse Honório, Testemunha de Jeová há anos, aguarda com grande expectativa a volta presencial desses eventos. Para ela, que assiste regularmente essas reuniões há aproximadamente 35 anos, “o retorno das assembleias representa o amor e o cuidado de Deus conosco e a certeza de que ficaremos bem junto com nossos amigos”.

No Brasil, haverá assembleias em diversos idiomas além do português, como língua brasileira de sinais, crioulo haitiano, guarani, espanhol e japonês. Esses eventos são abertos ao público de todas as idades e têm cerca de seis horas de duração, com intervalos. A entrada e participação são totalmente gratuitas.

Para saber o dia, local e horário de uma assembleia em sua região fale com uma Testemunha de Jeová ou acesse a seção Encontre uma reunião no site JW.ORG. Você e sua família serão muito bem-vindos!

 

PORTA-VOZ DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ  Gilberto Santos Contato: [email protected]




Espaço Espírita

 

Todas as vitórias da criatura são frutos substanciosos da perseverança.
Perseverando na edificação do progresso, mentes e corações, sem cessar, renovam os itinerários da própria vida.

O estudante incipiente chega a ser o erudito professor.

O curioso bisonho transforma-se no artífice genial.

A alma inexperiente atinge a angelitude.

Dir-se-ia constituir o triunfo evolutivo um hino perene à constância no aprendizado.
Sem firmeza e tenacidade, a teoria do projeto jamais deixará o sonho do vir-a-ser…
Por esse motivo, compete-nos recordar a necessidade imperiosa da perseverança desde os mínimos cometimentos até às realizações mais expressivas do bem para atingirmos o êxito duradouro.

Sem a chama da perseverança, a educação não pode patrocinar a iluminação das consciências; a edificação assistencial não surge na face planetária qual farol benfazejo asilando os náufragos da viagem terrena, e o “homem de ontem” não alcançará a claridade do “homem de hoje” para maiores conquistas do “homem de amanhã”.

Se almejas superar a ti mesmo, recorda a firme inflexão da voz do Cristo Excelso: – “aquele que perseverar até ao fim será salvo”.

Asila-te na fortaleza da fé viva, lembrando que os transes que te visitam, por mais profundos e desconcertantes, têm limites justos e naturais, e que nos cabe o dever de servir, confiar e esperar, para nossa própria felicidade, aqui e agora, hoje, amanhã e sempre.

EMMANUEL

Extraído do livro “Ideal Espírita” – Editora CEC – Psicografia: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

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Diocese de Assis

A Sagrada Escritura, em suas primeiras páginas, nos coloca diante de um drama da humanidade, uma verdadeira tragédia: o medo dos passos de Deus produzido pela queda do pecado! O texto é de Gn 3,1-24.

A serpente era o mais astuto de todos os animais do campo que Javé Deus havia feito. Ela disse para a mulher: “É verdade que Deus disse que vocês não devem comer de nenhuma árvore do jardim?” A mulher respondeu para a serpente: “Nós podemos comer dos frutos das árvores do jardim. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Vocês não comerão dele, nem o tocarão, do contrário vocês vão morrer’ “. Então a serpente disse para a mulher: “De modo nenhum vocês morrerão. Mas Deus sabe que, no dia em que vocês comerem o fruto, os olhos de vocês vão se abrir, e vocês se tornarão como deuses, conhecedores do bem e do mal”

Então a mulher viu que a árvore tentava o apetite, era uma delícia para os olhos e desejável para adquirir discernimento. Pegou o fruto e o comeu; depois o deu também ao marido que estava com ela, e também ele comeu. Então abriram-se os olhos dos dois, e eles perceberam que estavam nus. Entrelaçaram folhas de figueira e fizeram tangas.

Em seguida, eles ouviram Javé Deus passeando no jardim à brisa do dia. Então o homem e a mulher se esconderam da presença de Javé Deus, entre as árvores do jardim.

Javé Deus chamou o homem: “Onde está você?” O homem respondeu: “Ouvi teus passos no jardim: tive medo, porque estou nu, e me escondi”. Javé Deus continuou: “E quem lhe disse que você estava nu? Por acaso você comeu da árvore da qual eu lhe tinha proibido comer?” O homem respondeu: “A mulher que me deste por companheira deu-me o fruto, e eu comi”. Javé Deus disse para a mulher: “O que foi que você fez?” A mulher respondeu: “A serpente me enganou, e eu comi”.

Então Javé Deus disse para a serpente: “Por ter feito isso, você é maldita entre todos os animais domésticos e entre todas as feras. Você se arrastará sobre o ventre e comerá pó todos os dias de sua vida. Eu porei inimizade entre você e a mulher, entre a descendência de você e os descendentes dela. Estes vão lhe esmagar a cabeça, e você ferirá o calcanhar deles”.

A solução de Deus para o drama do medo-fuga de Adão e Eva, que os levou mais profundamente para o abismo da distância de Deus não é a inimizade entre o tentador e o ser humano. Amizade só com Deus, porque a amizade conquista para a vida e não para a morte. Como lembra são João no evangelho: “O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês. Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos. Vocês são meus amigos, se fizerem o que eu estou mandando. Eu já não chamo vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que seu patrão faz; eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei a vocês tudo o que ouvi de meu Pai. Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês. Eu os destinei para ir e dar fruto, e para que o fruto de vocês permaneça.” (Jo 15,12-16)

Mas a resposta cabal chega com Cristo, cuja vida é penhor de salvação eterna porque, realiza o resgate de todos nós que sucumbimos ao pecado, quando cedemos à amizade com o tentador, como assevera são Pedro em sua primeira carta: “De fato, para isso é que vocês foram chamados, pois Cristo também sofreu por vocês, deixando-lhes exemplo para que sigam os passos dele. Ele não cometeu nenhum pecado e mentira nenhuma foi encontrada em sua boca. Quando insultado, não revidava; ao sofrer, não ameaçava.Antes, depositava sua causa nas mãos daquele que julga com justiça. Sobre o madeiro levou os nossos pecados em seu próprio corpo, a fim de que nós, mortos para nossos pecados, vivêssemos para a justiça. Através dos ferimentos dele é que vocês foram curados, pois estavam desgarrados como ovelhas, mas agora retornaram ao seu Pastor e Guardião” (1Pd 2,21-25).

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

 

 

          Quando o cardeal alemão Joseph Ratzinger, responsável pela área de Doutrina e Propagação da Fé dentro da Igreja Católica, foi proclamado Papa, em 19 de abril de 2005, um clima de preocupação tomou conta de grande parte do clero no mundo.  Estava no auge, especialmente nos países latino-americanos, a corrente doutrinaria conhecida como Teologia da Libertação, da qual o cardeal tornou-se crítico ferrenho, colocando em “silencio obsequioso” vários teólogos da berlinda, dentre os quais seu aluno “dileto”, o brasileiro Leonardo Boff. As trocas de farpas entre ambos eram conhecidas de todos, mas agora ter um papa como oponente nas ideias teológicas era ter um opositor de peso. Levou anos para se serenar esse conflito teológico, porém venceu a genialidade e extraordinária clareza ideológica do velho e bom professor.

           Bento XVI, como escolheu ser chamado, assumiu seu pontificado com a mão forte de alguém que bem conhecia o terreno onde pisava. Comandou por oito anos o rebanho de Cristo, com firmeza e determinação sem precedentes dentro da guerra ideológica que quase dividia a Igreja na época. Dizia em sua clareza pastoral:” Se alguém criticar a Igreja, não silencie… Defenda-a com coragem, pois ela é nossa Mãe”. E assim o fez durante seu pontificado, até que, num gesto de abnegação extremada, renunciou! Como assim? O primado de Pedro não é vitalício? Estaria ou não se contradizendo em seu ministério, se perguntavam seus seguidores e os grandes historiadores da era cristã. Houve já casos similares na história da Igreja, mas isso não seria omissão?

          O tempo nos provou a genialidade desse gesto. Sentindo suas forças se esvaírem e as limitações temporais impedirem maiores audácias em suas ações de líder maior do rebanho de Cristo, nada mais justo que ceder espaço a alguém com maiores vitalidades. Não seria justo continuar ocupando aquela cátedra quando o governo de um rebanho exigia mais lucidez e dedicação integral. Renunciou, sim, mas ficou na retaguarda. Como bem disse recentemente seu sucessor, o Papa Francisco: “O silêncio de Bento XVI é que tem governado a Igreja”. Seu silêncio e suas orações.

          Tão verdade essa afirmativa, que, ao completar seus 95 anos, em 18 de junho de 2022, em Munique, Alemanha, o Papa Bento comentou sobre essa sua “missão” orante pela Igreja, centro de suas preocupações e intercessões junto a Deus. Falava a seu secretário dessa sua constante preocupação, apesar de sentir a proximidade de seu fim terreno e pedir a Deus que abreviasse seus dias. Ansiava por um encontro com seu Senhor. Deixou então escapar uma afirmativa bem pessoal: “Nunca teria acreditado que seria tão longa a última parte do caminho” … Só mesmo uma alma sedenta de um encontro definitivo seria capaz de formular tão estranho, mas suave desejo!

          Esse foi Bento, o Papa que perdemos no limiar desse ano de muitas luzes e trevas, muitas esperanças e decepções, muitas derrotas e conquistas… Bento XVI, o Bentinho para alguns que se sentiam intimo pela sua pureza e simplicidade, mas o Ratzinger temido e respeitado por aqueles que se arvoravam em suas teologias e dogmas doutrinários, o alemão que abriu mão de seus carismas e poderes dentro da Igreja institucionalizada, para ser somente uma voz orante, deixou-nos um testemunho questionador ao escrever recentemente, quase as portas de sua morte: “Em breve me encontrarei diante do juiz supremo. Embora olhando para trás em minha longa vida eu possa ter tantos motivos para tremer e temer, ainda assim estou com o coração feliz porque confio firmemente que o Senhor não é apenas o juiz, mas ao mesmo tempo o amigo e irmão que já sofreu ele mesmo minhas insuficiências e, portanto, como juiz, é ao mesmo tempo meu advogado”.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]