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Espaço Espírita

 

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.”                  JESUS (João, 14:1)

 

            Nada mais vitalizante para a alma internada nas realidades terrenas do que guardar em si a convicção de que não está no mundo por mero acaso do destino.                                            

É nutriente para o ser a compreensão de que não é o acaso que dirige a vida inteligente que vibra na Terra.                                                 Como não se consegue ver uma locomotiva, um computador ou uma toalha de rendas e acreditar que tenham surgido do nada para desempenhar as suas funções, também torna-se gritante a impossibilidade de olharmos as flores, os astros e o corpo que animamos e crer que são obras da casualidade.                                                                       

A mente humana exige para si mesma a existência de um Causador de tudo o que existe no mundo e além dele, a menos que uma enorme soberba da inteligência ou uma agigantada pobreza de visão nos impeça de estabelecer esse raciocínio.                                       

O Causador do céu, da Terra, bem como de tudo e de todos nós que existimos, é que chamamos de Deus.                                                                                                               

Sem dúvida, muita gente poderá se opor à nossa maneira de entender a vida que vemos e sentimos, porém não há pessoa alguma que, por mais culta, bem falante ou diplomada, possa apagar a assinatura de Deus que está em tudo, como o pulsar do Causador, presente em cada um dos Seus filhos.                                    

BENEDITA MARIA

Extraído do livro “Ações corajosas para viver em paz”

Psicografia: J. Raul Teixeira – Editora Fráter USE  INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO DA UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO




Mais tolerância, por favor!

 

 

Rafaela cresceu vendo pessoas sofrerem injustiças simplesmente porque pensavam diferente da maioria. Ela se perguntava: “Por que não conseguimos viver em paz?” Essa é a mesma preocupa- ção de milhões de brasileiros nos dias de hoje. Confrontos recentes mostram que a população está cada vez mais dividida ideologicamente — reflexo de uma onda de intolerância. Segundo o Instituto Locomotiva, 7 em cada 10 brasileiros não conseguem dialogar bem com pessoas que têm ideias opostas às suas.

Na busca por um mundo mais igual, Rafaela se juntou a um grupo que protestava contra as injusti- ças. No entanto, ela percebeu que isso gerava ainda mais conflitos pois o grupo era treinado para usar a violência e derrubar a oposição à força. Encarar quem pensa diferente como um inimigo é o que tem contribuído para um mundo dividido e intolerante. Por exemplo, o movimento Anistia Inter- nacional Brasil analisou um período antes das últimas eleições e percebeu que “o aumento da violência e de ataques de motivação política é uma realidade”.

Finalmente Rafaela encontrou uma forma de conviver em paz com as pessoas, apesar das diferenças de opinião. Ela decidiu seguir os conselhos de Jesus Cristo registrados na Bíblia Sagrada. Um deles é: ‘Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês.’ Ele também disse que as pessoas que promo- vem a paz serão felizes. E deu um conselho sobre como tratar nossos adversários: “Ame seus inimigos.” Será que esses conselhos funcionam? Sim, Rafaela viu com seus próprios olhos que pessoas que seguiam essas palavras de sabedoria conviviam pacificamente, vencendo o ódio e a intolerância. Era

tudo aquilo que ela sempre procurou.                                          °••°       °°

0 site JW.ORG apresenta vários artigos com princípios bíblicos que têm ajudado milhões de pesso- as em todo o mundo a conviverem em paz com a comunidade ao seu redor, inclusive com quem pensa diferente. Em um mundo onde tantas pessoas desejam uma convivência harmoniosa, histó- rias como a de Rafaela aumentam a confiança de que é possível vivermos em paz — com mais amor e com menos ódio.

 
   

 

DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÕES AO PÚBLICO

Testemunhas de Jeová




Espaço Espírita

A evolução do Espírito se realiza paulatinamente; é um trabalho de perseverança constante dos próprios reinos da Natureza.                                Milhares e milhares de anos são necessários para que a semente da vida, lançada por Deus, complete o seu ciclo de evolução espiritual.                                                                  

Como queres, meu irmão, vencer as tuas imperfeições de um instante para outro?

Como desejas te libertar dos erros que te aprisionam a um passado delituoso, sem te esforçares por melhorar a cada dia?                                                                                    

Corrige em ti, sem demora, o que hoje percebes de errado em tua vida e dentro de ti mesmo. Aceita, porém, com coragem, com resignação e fé, aquilo que ainda precisares passar para o teu crescimento interior. É através das dificuldades que enfrentamos, que aprendemos as lições que a vida nos apresenta.                                                                        

Esforço próprio e boa vontade constantes são necessidades para a tua conquista de luz.                                                                              

Olha para o teu passado e verás o que já conseguiste superar, dentro do cabedal de imperfeições naturais a todo ser humano.  Não percebes que já melhoraste?                                                                                        

Não vês que já te esforças por não mais te entregares a atos que te envergonhem perante olhos alheios? Procura, porém, jamais te envergonhares perante os olhos de Deus, que a tudo vê.                                                                                                                        

Continua na tua luta de regeneração interior, sem desânimo ou revolta quando perceberes que ainda muito te falta para alcançar a meta que te propões atingir.              

A luta é árdua; problemas, dores ou dificuldades de toda espécie podem surgir a todo instante, bloqueando-te os lances que aparentemente consigas superar, mas não desanimes ainda assim.                                                                                           

Prossegue sempre, num esforço contínuo, com os olhos voltados para o Alto e sentirás nas profundezas da alma todo o amparo que recebes dos mensageiros de Jesus.

IRMà MARIA  DO  ROSÁRIO

Extraído do livro “Na cura da alma” – Psicografia: Lúcia Cominatto – Editora EME

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ÓRGÃO  DA  UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO

 




Diocese de Assis

 

          Desde sempre, de quando em vez, Deus envia profetas ou santos para alertar seu povo. Mas, de todos os enviados até aqui, nenhum se compara à pessoa mística e curiosa do profeta João Batista, primo de Jesus. Figura realmente tosca e radical, com seus trajes que beiravam o ridículo (peles de animais e um cajado rude), com sua barba descuidada, seu olhar penetrante e sua voz possuidora do timbre de uma verdade cristalina, não era certamente uma pessoa que se aproximasse da normalidade e da sensatez das demais. Basta dizer que vivia no deserto e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre. Porém, dentro dessa radicalidade existia uma voz. E essa voz atraia multidões! Possuía o imã de um alerta geral, a coerência que levava à conversão, ao batismo em novas águas!

          Só essa análise já nos prova a importância de sua missão: preparar o povo para um novo tempo, um caminho reto, certeiro, em direção ao Cristo que vem!. Endireitar, reconstruir as estradas, apresentar o cordeiro de Deus!

          Até aqui, a figura do Batista se nos assemelha à de um demente, um louco qualquer que grita em público seus sonhos e demências da alma, que foge das razões da lógica para apregoar uma verdade não tão cristalina. Eis que chega o Messias! Eis que o machado da devastação, a ira divina, já está a postos sobre as raízes das semeaduras humanas, essas árvores da insanidade que dominam muitos dos nossos campos! Chega a hora da Verdade. Chega o momento das mudanças necessárias, da conversão radical que dará espaço ao batismo de fogo que nos traz a fé cristalina do Cristo que passa. João apela ao bom senso da purificação, mas reconhece ser este o mínimo. É preciso também deixar-se consumir na radicalidade do fogo, na imersão de um Espírito novo que só Cristo pode oferecer. “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3, 11). Só Ele tem o segredo da verdadeira fé, o “fogo que não se apaga”.

          Como vemos, o profetismo daquela voz a gritar no deserto ainda ecoa entre nós. Sua radicalidade ainda afeta nossos ouvidos e nos atrai com a mesma intensidade daquela época, pois que o mundo ainda não se deixou purificar na realidade de uma fé cristalina. Aqui reside o segredo do batismo de conversão. Nada superficial, porém estritamente transformador, radical. “Eu batizo com água, porém Ele batizará com fogo”. Equivale a dizer: “Eu purifico apenas o que nos contamina superficialmente, porém Ele abrasará nossos corações com a ardência de uma transformação interior, total, corpo e alma” …Penetrar nesse mistério é aceitar a verdadeira purificação que a fé cristã oferece ao mundo. É nessa atitude que reside a força de transformação derivada da fé cristã. Somos agentes de transformação do mundo. Somos, sim, vermes na insignificância de nossas fragilidades e pequenez, mas infinitamente mais poderosos no combate aos inimigos dessa fé.

          O comedor de gafanhotos encontrou forças na simplicidade de uma vida de contemplação e, com certeza, muita oração. Desde seu batismo no ventre materno, quando “pulou de alegria” ao sentir a presença de Jesus e Maria em sua “casa”, João Batista deixou-se conduzir pela vontade e planos divinos. Tornou-se o precursor, o preparador oficial da vinda do Messias. Reconheceu e apresentou ao povo o Cordeiro de Deus, aquele que “está com a pá na mão” para “limpar sua eira e recolher seu trigo no celeiro”. Sinta você também essa presença em sua vida. Pode pular de alegria, também!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]  

 




Diocese de Assis

As pessoas vivem procurando uma solução mágica para os seus problemas enquanto deveriam buscar uma direção para a própria vida. A questão é muito simples: é preciso tirar os olhos dos problemas e olhar para a vida. Não são os problemas ou as circunstâncias que precisam de “solução”, mas, é a vida que precisa de um sentido. Quando se vive à “caça” de “soluções”, um imediatismo absurdo toma conta do indivíduo levando-o a aceitar qualquer coisa que vem como “resposta”. Desse modo, perde-se tempo, gasta-se o coração, desgasta-se a esperança, compromete-se uma vida a troco de nada. É preciso fazer um caminho de conversão.

“Por que gastar dinheiro com coisa que não alimenta, e o salário com aquilo que não traz fartura? Ouçam-me com atenção, e comerão bem e saborearão pratos suculentos. Dêem ouvidos a mim, venham para mim, me escutem, que vocês viverão. Farei com vocês uma aliança definitiva, serei fiel à minha amizade com Davi. Fiz dele uma testemunha para os povos, um chefe que dá ordem aos povos. Procurem Javé enquanto ele se deixa encontrar; chamem por ele enquanto está perto. Que o ímpio deixe o seu caminho e o homem maldoso mude os seus projetos. Cada um volte para Javé e ele terá compaixão; volte para o nosso Deus, pois ele perdoa com generosidade” (Isaías 55,2-7).

ADVENTO E LITURGIA

Não raras vezes, modificamos o sentido das coisas, criando significados que não lhes correspondem. O Advento, por exemplo, na sua teologia e espiritualidade, não se reduz a uma comemoração da Encarnação como fato histórico; muito menos a uma preparação comercializada e consumista às festividades natalinas. O Advento não é apenas um tempo litúrgico, mas um modo de vida cristã que se caracteriza pela permanente conversão e constante vigilância. Por isso, é preciso saber o que se quer na vida para se ter a coragem de corrigir os desvios; converter-se.

SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO

O grande apelo de fé, para todos nós, no primeiro domingo do advento é a CONVERSÃO. A Palavra chave da Liturgia é: “Convertam-se, o Reino de Deus está próximo”. Mas, afinal de contas, o que é conversão?

Conversão não é a mesma coisa que mudança de religião. Existem pessoas que já mudaram de religião uma dúzia de vezes mas não mudaram de vida. Mudaram por fora, mas, não mudam por dentro.  Trocaram de casca como cobra, mas continuam com o mesmo veneno mortal. A Conversão está sempre acompanhada da fé.   Onde há fé, há sempre conversão e, onde há conversão frutifica a fé. Conversão é uma atitude de mudança, mas, não qualquer mudança.   É mudança de CRITÉRIOS; entenda-se por isso tudo aquilo que dirige e orienta a nossa vida.  É mudança de COSTUMES; entenda-se por isso todo hábito, atitude e procedimento que temos na vida.

A leituras bíblicas que serão usadas na meditação são as seguintes:

Isaías 11,1-10: “Nesse dia, a raiz de Jessé se erguerá como bandeira para os povos; para ela correrão as nações, e a sua moradia será gloriosa”

Salmo 71(72): “Que em seus dias floresça a justiça e muita paz até o fim das luas.”

Romanos 15,4-9: “O Deus da perseverança e da consolação conceda que vocês tenham os mesmos sentimentos uns com os outros, a exemplo de Jesus Cristo.”

Mateus 3,1-12: “Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia: “Convertam-se, porque o Reino do Céu está próximo.”

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




ESPAÇO ESPÍRITA

“…seja feita a vossa vontade, assim na Terra como nos Céus.” JESUS (Realização alguma surgirá na edificação da felicidade sem que nos disponhamos ao uso nobre do livre-arbítrio.                                                                                                       

A vontade é alavanca do destino. Alavanca, porém, por dispositivo de impulso ou direção em qualquer engenho é suscetível de ser movida para um lado ou para outro.                                                                                   

O leme nas mãos do condutor equilibrado guia o barco à estação justa, no entanto, sob o controle de navegante desprevenido atira o abrigo flutuante sobre os rochedos.

Nós queremos isso ou aquilo, mas nem sempre conhecemos o que desejamos.  Sonhamos com a supressão imediata de todas as provações que fustigam a Humanidade. Este chega a ser um dos ideais mais elevados que somos capazes de acalentar, porquanto é necessário extinguir todas as dores que, de um modo ou de outro, infestam o mundo.                                                                                                                                       Entretanto, que seria de nós se doenças e lutas nos abandonassem de chofre, a área de esforço evolutivo, se ainda trazemos cargas pesadas de egoísmo e de orgulho, à maneira de arestas que o buril do sofrimento precisa desbastar?                                

Empenhamo-nos em arredar apressadamente a morte do âmbito das atividades terrestres e devemos esforçar-nos pela conquista de longevidade tão grande quanto possível para a existência humana, contudo, que seria de nós sem a possibilidade de renovar-nos, através da reencarnação?                                                                                         

Com semelhantes assertos não estamos escrevendo a apologia da dor e da morte contra o bem-estar e contra a vida, apenas enunciamos o impositivo de nos ajustarmos às Leis Naturais, conformando-nos com elas, sempre que se expressem no sentido contrário às nossas expectativas.                                                                                                                            

Se a Providência Maior atendesse de improviso a todas as nossas súplicas, a pretexto de benevolência para conosco, a vida perderia o sentido e a Terra, a breve tempo, nada mais seria que um manicômio de largas proporções, em que petitórios satisfeitos fora de tempo gerariam solicitações descabidas e ambições desregradas, situando-nos em desajustamento e loucura.              

Empreguemos vontade e esforço na execução dos compromissos que se nos erguem à frente, sem entrar em desânimo ou tristeza, quando os acontecimentos se mostrarem aparentemente contra nós.

Obter vantagem determinada só é vantagem quando o benefício de hoje pode ser benefício amanhã e no futuro.  

Indispensável pensar se o proveito de agora será proveito depois…                     

Daí haver Jesus incluído o problema do querer, na oração inesquecível que nos deixou, quando nos ensina a afirmar diante de Deus: “seja feita a vossa vontade assim na Terra como nos Céus”…

ANDRÉ  LUIZ                                                                 

         Extraído do livro “Sol nas almas” – Psicografia: Waldo Vieira – Editora CEC

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Diocese de Assis

ESTEJAM PREPARADOS

          Desde que a humanidade tomou consciência de sua fragilidade física e vida transitória, uma nova perspectiva assomou-se em seus projetos: estender ao máximo sua passagem por esse mundo! Assim, viver tornou-se uma constante batalha contra a morte. Não mais restando possibilidades de perpetuar-se em vida, eis que surge a possibilidade de perpetuar-se ao menos espiritualmente. Essa foi sua grande descoberta: a eternidade do espírito!

          Diante dessa tomada de consciência espiritual nasce a esperança de vida nova, condicionada às promessas e mandamentos divinos, que ao longo dos séculos foram reveladas por profetas e patriarcas do povo. O sofrimento, a escravidão e os abusos contra a integridade física dos mais fracos reforçaram a fé num Deus-libertador, o messias que esperaram durante séculos, aquele que derrotaria os pecados e as maledicências humanas, conduzindo seu povo para uma nova nação, um reino de paz, justiça e bonança até então sem igual neste mundo.

          No entanto, Aquele que veio adiou ainda mais esse momento: “Meu Reino não é desse mundo”. O discurso escatológico de Jesus foi como um balde de água fria sobre o sonho de muitos. Quando se dará esse dia, Senhor? Até quando suportaremos tanta dor, tanto sofrimento, tanta injustiça, desamor, ódio, desavenças? Quando virá salvar o seu povo? “A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé”, foi sua enigmática resposta. Ou seja, antes, deverá vir um novo dilúvio, uma derrocada geral sobre aqueles que ainda zombam de Deus e ignoram seus mandamentos, seus ensinamentos. Será preciso sufocar a arrogância e o ceticismo de grande maioria, para só então emergir das desgraças humanas a bandeira branca de nova vida sobre a face da terra. O ramo novo da vida renovada, trazida pela pomba branca da paz, será o selo definitivo do novo pacto de aliança entre Deus e os homens, cujo depositário fiel ainda é a nova arca da Aliança, sua Igreja, sua nova barca a navegar sobre as águas do dilúvio de imoralidades que afoga a fé de muitos.

          Não percam as esperanças. O aparente naufrágio que se abate sobre a espiritualidade humana, nos dias atuais, não foi diferente dos dias em que o Senhor “habitou entre nós” através do Cristo que se fez homem. Continua igual. Talvez por isso o tempo de Advento que nos propõe a Igreja seja esse momento santo de se renovar as esperanças por um mundo melhor. Um novo tempo! Ouçamos os clarins desse tempo, que ecoa nos corações contritos: “Dias melhores virão”!

          “Por isso, também vós ficai preparados!” (Mt 24,44). Ou seja: estejam atentos! Compreendam os sinais. Vigiem como sentinelas responsáveis, guardiões incansáveis, soldados em alerta… Orem, clamem aos céus pela misericórdia do Pai, sustentem os braços dos novos profetas que hoje bradam aos céus e gritam ao povo por mais rigor e coerência, mais virtudes e sensatez na vida de fé que dizem seguir. Não perca a esperança, povo de Deus! “Porque, na hora que menos pensais, o Filho do Homem virá”. Então, será Natal novamente. Então gritaremos “Hosanas”. Hosanas nas alturas, bendito é Aquele que vem! Hosanas ao Senhor!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Diocese de Assis

 

É de todos conhecida essa dinâmica das sucessões imperiais. Tivemos uma recentemente no cenário da família real inglesa. No campo político podemos considerar as transições de mandatários, sejam estes eleitos democraticamente ou não. No campo social ou artístico muitos reis e rainhas dominam consciências e atos comportamentais de seguidores para todos os gostos e idades cronológicas. Na música, na arte, na filosofia, no jeito de ser… temos reis e rainhas pra tudo. No meio financeiro e empresarial, nem se fala. Até um Rei do Gado é capaz de ser reverenciado. Rei dos Parafusos, das Baterias, do Bom bocado, das Pizzas, do Samba e do Futebol, das Quebras Demandas… e por aí vai!

          No entanto, Rei do Universo só temos um… E diz Ele que seu reino não se mistura com os nossos, “não é deste mundo”. Do alto de sua cruz, rodeado por dois ladrões, condenado por subversão ao reinado do poder romano, Jesus, o Rei dos reis, Aquele que fora apontado ironicamente com rei dos judeus e que se negou a “salvar-se” a si mesmo, ouviu do “bom ladrão” a súplica de toda humanidade crucificada e espezinhada pelos poderes deste mundo: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reinado” (Lc 23, 42). Foi essa a última das reconciliações humanas com o Rei vivo, posto entre nós. Logo mais estaria morto, mesmo que momentaneamente. E assumiria em definito seu trono de Justiça e Amor, seu posto Soberano e Eterno! Pudesse a humanidade entender esse mistério… e viveríamos novos tempos! Não mais precisaríamos nos curvar aos falsos e transitórios “reis” que ainda pensam ter poderes sobre nós! O reinado de Cristo está em outra dimensão, mais ampla e bela, mas a origem deste começa aqui, no meio de nós, dentro de nós. Eis seu mistério!

          Entender e penetrar esse mistério é dom de fé. E a fé não se explica, se vive! Até podemos dizer que ela nos submete ao mistério que ronda e sempre rondou nossa existência, que só a fé é capaz de justificar a súplica daquele condenado ao lado do Cristo, que bem entendeu a amplitude de seu Reino; e foi aceito nele naquele mesmo dia. O Reino de Deus começa aos pés da cruz de seu Filho, ao redor dos atos e ações que a justiça dos homens pensa praticar.  Começa onde os tentáculos ridículos dos reinados humanos pensam agir, possuir, dominar, subjugar, governar… O diálogo de Jesus naquele calvário, rodeado por representantes das injustas condenações que os poderes humanos sempre praticaram e ainda praticam, é revelação clara e suscinta da missão de sua Igreja no mundo -“não vim para condenar, mas para salvar”- cuja ação primeira é libertar o povo humilde e massacrado das eventuais garras dos poderes mundanos. Jesus não julga ninguém pelos seus atos, mas convida a todos para reformular seus conceitos de vida… ou morte, independência ou submissão, progresso ou regresso, desordem ou vida. Ordem ou progresso. Entendam como quiserem!

          Só não podemos nos esquecer que por aqui tudo passa, tudo é transitório, fugaz, circunstancial. Que os governantes de hoje não serão os mesmos logo mais. Que tudo está vinculado a um plano maior de governabilidade e aprimoramento na condução do povo, este sim o único e legítimo herdeiro da única e real justiça, aquela que vem do Alto! Porque, se desejarmos vislumbrar o Reino de Deus entre nós, olhemos para a aparente derrota do nosso rei crucificado, Rei Morto por circunstâncias da justiça dos homens, mas Ressuscitado para honra Daquele que criou céus e terra e que sempre reinará em sua cátedra de poder universal. A Ele, somente a Ele, toda honra e glória para sempre…

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

         




ESPAÇO  ESPÍRITA

“Batei e abrir-se-vos-á.”  JESUS (Mateus, 7:7)

“Se eu soubesse!…”

“Agora é tão tarde!…”

“Por um pouco!…”

“Não tive oportunidade…”

“Confesso que eram boas as minhas intenções…”

“Não recuarei, nunca!”

“Tudo está arruinado, agora!”

“Perdi, e desisto!”

“Só há uma saída: a morte!”

Estes e muitos outros conceitos são arrolados para se justificarem fracassos e rebeldias nos                       em­preendimentos da vida.

Expressões derrotistas e fraseologia de lamen­tação deplorável são apresentadas a fim de traduzir os estados dalma, vencida, em atitude mórbida como “a lavar as mãos” ante as ocorrências que resultam dos insucessos na luta.

Na maioria das vezes, no entanto, tais cometi­mentos infelizes decorrem da ausência de pondera­ção como consequência dos engodos a que o homem se permite por ambição desmedida ou precipitação.

Paulatinamente o salutar exercício da reflexão é marginalizado e a criatura, mesmo ante a severidade das lições graves, não recua à meditação de cujo labor poderia armazenar valiosa colheita.

         Antes, portanto, de agir, reflete; após atuar, re­flexiona.

A reflexão ensina a entesourar incomparáveis joias de paz e incorruptíveis bens que ninguém ou nada pode tomar ou destruir.

Em qualquer circunstância, pois, reflexão! Ela te concederá o sol da harmonia a benefício da                   ilu­minação interior, se lhe bateres à porta e aguarda­res que seja aberta.

JOANNA DE ÂNGELIS

Extraído do livro “Convites da Vida” – Psicografia: Divaldo Pereira Franco – Editora Al

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Diocese de Assis

Nosso Senhor, o Verbo de Deus, que primeiro atraiu os homens para serem servos de Deus, libertou em seguida os que lhe estavam submissos, como ele próprio disse a seus discípulos: Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai (Jo 15,15). A amizade de Deus concede a imortalidade aos que a obtêm.

No princípio, Deus formou Adão, não porque tivesse necessidade do homem, mas para ter alguém que pudesse receber os seus benefícios. De fato, não só antes de Adão, mas antes da criação, o Verbo glorificava seu Pai, permanecendo nele, e era também glorificado pelo Pai, como ele mesmo declara: ‘Pai, glorifica-me com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse’ (Jo 17,5).

Não foi também por necessitar do nosso serviço que Deus nos mandou segui-lo, mas para dar-nos a salvação. Pois seguir o Salvador é participar da salvação; e seguir a luz é receber a luz.

Quando os homens estão na luz, não são eles que a iluminam, mas são iluminados e tornam-se resplandecentes por ela. Nada.lhe proporcionam, mas dela recebem o benefício e a iluminação.

Do mesmo modo, o serviço que prestamos a Deus nada acrescenta a Deus, porque ele não precisa do serviço dos homens. Mas aos que o seguem e servem, Deus concede a vida, a incorruptibilidade e a glória eterna. Ele dá seus benefícios aos que o servem precisamente porque o servem e aos que o seguem precisamente porque o seguem; mas não recebe deles nenhum benefício, porque é rico, perfeito e de nada precisa.

Se Deus requer o serviço dos homens é porque, sendo bom e misericordioso, deseja conceder os seus dons aos que perseveram no seu serviço. Com efeito, Deus de nada precisa, mas o homem é que precisa da comunhão com Deus.

É esta, pois, a glória do homem: perseverar e permanecer no serviço de Deus. Por esse motivo dizia o Senhor a seus discípulos: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (Jo 15,16), dando assim a entender que não eram eles que o glorificavam seguindo-o, mas, por terem seguido o Filho de Deus, eram por ele glorificados. E disse ainda: “Quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória” (Jo 17,24).

A realização humana não acontece senão por relação próxima com o Senhor que se próximo de todos. Por isso, São Tiago tem uma trecho de sua carta que nos coloca frente a frente com essa determinação, seja para o sucesso, seja para o fracasso: depende de nós. Diz São Tiago em 4,1-10 de sua carta:

De onde surgem os conflitos e competições que existem entre vocês? Não vêm exatamente dos prazeres que guerreiam nos seus membros? Vocês cobiçam, e não possuem; então matam. Vocês têm inveja, e não conseguem nada; então lutam e fazem guerra. Vocês não recebem, porque não pedem; e vocês pedem, mas não recebem, porque pedem mal, com intenção de gastarem em seus prazeres. Idólatras! Vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo é inimigo de Deus. Ou vocês acham que é à toa que a Escritura diz: “Deus reclama com ciúme o espírito que ele fez habitar em nós”? Mas ele dá uma graça maior. É por isso que a Escritura diz: “Deus resiste aos soberbos, e aos humildes dá a sua graça.” Portanto, sejam submissos a Deus; resistam ao diabo, e este fugirá de vocês. Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês. Pecadores, purifiquem as mãos! Indecisos, purifiquem o coração! Reconheçam a própria miséria, cubram-se de luto e chorem! Que o riso de vocês se transforme em luto, e a alegria em tristeza! Humilhem-se diante do Senhor, e ele os elevará.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS