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Diocese de Assis

 

Já imaginou se seu trabalho e sua vida cotidiana não tivessem um dia sequer de merecido repouso, um período de férias ao menos anual? Você não estaria vivendo, mas vegetando. Poderia até se autodefinir como um escravo qualquer. Ao invés de dar graças pelo trabalho ou mesmo pelos afazeres diários para sobreviver, seria capaz de imprecações malditas contra a própria vida, a razão de seus dias. Estaria cometendo um erro, pois a vida não é e não pode ser somente trabalho, trabalho, trabalho…

Também na vida missionária. Não podemos (e não devemos) incorrer nesse erro, comum a muitos que se deixam impregnar pelo entusiasmo de uma ideia ou proposta transformadora na vida do povo. Lançam-se numa ação impetuosa, tresloucada, estressante, como se o mundo dependesse única e exclusivamente de seu trabalho, sua pregação. Há um quê de prepotência nesse tipo de evangelização sem limites, sem espaço para renovação de forças. Por isso é preciso cautela, critérios e até um pouco de humildade quando nos é confiada uma tarefa desse porte. Não vamos colocar nosso burrinho à frente. A carroça só se movimenta ao passo das forças e capacidades do animal que a traciona. No caso, nós mesmos!

A advertência e o exemplo estão bem evidentes no evangelho de Marcos (6,30-34), quando nos conta o surpreendente convite que Jesus fez a seus apóstolos cansados: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Imagino o suspiro de alívio daqueles companheiros do Mestre, que contemplavam assustados a multidão de famintos, agoniados, desesperançados, doentes e marginalizados que acorriam até eles, “tanta gente chegando e saindo, que não tinham tempo nem para comer”. Percebendo o desgaste a que estavam sujeitos, Jesus muda o cenário, dá-lhes uma oportunidade de respirar um pouco e reabastecer seus ânimos. “Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado”.

Nem por isso a missão foi interrompida, vejam bem! O hiato de tempo dado aos apóstolos que auxiliavam Jesus apenas fez aumentar a multidão, que fechou o cerco do outro lado. Aquelas pessoas continuaram na expectativa da graça, aquela que a compaixão cristã não deixa morrer na praia… Verdade! Mal retomaram o trabalho, refeitos e reanimados em suas energias físicas e espirituais, nova disposição tomou conta de seus discípulos e missionários. Aquele povo aparentemente sem pastor, voltou a cercá-lo com esperança renovada. E a doutrina do mestre voltou a ser ouvida com mais clareza!

A missão nunca pode ser algo extenuante para o missionário. Deve ser aceita e praticada com alegria e renovado ardor. Se o cansaço e o desânimo tomam conta, e preciso, urgentemente, uma parada estratégica. Porque, afinal, ninguém é de ferro. A força da missão vem do repouso no colo do Senhor.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 




Espaço Espírita

 

Se desejas a paz de consciência por princípio de felicidade, aprende a perdoar.

Ressentimentos alimentados geram desequilíbrios espirituais e envenenam a organização física.

O esquecimento da ofensa é como o rio que leva os detritos para longe, deixando pura a água onde saciamos a sede e nos revigoramos na harmonia.

Apaga da tua mente qualquer episódio menos feliz, superando-o com o esforço da vontade.

Amanhã, surgirão novas oportunidades de progresso, e se estiveres atado ao ressentimento, não lograrás aproveitá-las.

Segue de bem com a vida, rogando ao Pai abençoe os que te ofenderam.

Lembra-te das vezes em que necessitamos do perdão alheio e oferece clemência ao agressor.

Somos todos membros de uma só família, cuja base de progresso é a caridade, onde se inclui o perdão por regra de convivência saudável.

SCHEILLA

  Do livro “A Mensagem do Dia” – Psicografia: Clayton LevyEditora Allan Kardec

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ÓRGÃO  DA  UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO




Como fazer bons amigos e enfrentar a solidão

 

Fazer amigos e socializar pode ajudar pessoas no mundo inteiro a enfrentar a solidão. Aproveitando a proximidade do Dia Internacional da Amizade, em 30 de julho, as Testemunhas de Jeová têm compartilhado diversos artigos em seu site oficial, o jw.org, sobre como desenvolver amizades duradouras que podem ajudar a gerir sentimentos negativos e contribuir para uma vida mais feliz.

Esse tema é especialmente importante em uma época em que as autoridades alertam sobre uma epidemia de solidão e isolamento. O cirurgião geral dos Estados Unidos, Dr. Vivek Murthy, particularmente descreveu efeitos devastadores causados na saúde mental de muitos americanos.

“Com tudo o que tem acontecido no mundo e as diversas dificuldades que a sociedade tem enfrentado, bons amigos são mais importantes do que nunca. Nós somos muito gratos por saber que as pessoas podem encontrar conselhos práticos no site jw.org sobre como fazer amigos, como ser um amigo leal e também como ter um bom relacionamento com Deus”, comenta GilbertodosSantos, porta-voz das Testemunhas de Jeová. “Bons amigos podem dar verdadeira ajuda e apoio e isso enriquece a nossa vida e nos traz bem-estar. Bons amigos também nos fazem ter a certeza de que não estamos sozinhos.”

O site jw.org contém artigos para a família, jovens e crianças. Também possui vídeos, desenhos animados e músicas que falam sobre amizade. O artigo: “O que é um amigo de verdade?”, compartilha várias dicas, como por exemplo:

  • Mostre que você realmente se importa
  • Tenha uma boa comunicação
  • Seja realista
  • Amplie seu círculo de amizades

O site jw.org também traz temas específicos para os jovens sobre como fazer novos amigos, como enfrentar a solidão e como a tecnologia pode afetar relacionamentos. Um dos artigos da série de “Os Jovens Perguntam” responde à pergunta: “Por que eu não tenho amigos?”. Ele incentiva os jovens a melhorar sua autoconfiança, e sugere um plano de ação para lidar com a solidão.

O artigo “Como a tecnologia afeta suas amizades?” destaca que, apesar de a tecnologia ser muito útil, ela pode trazer consequências negativas. Algumas sugestões para melhorar as amizades são:

  • Conversar com as pessoas (em vez de só mandar uma mensagem ou e-mail)
  • Desligar o telefone (ou colocar no silencioso), quando estiver conversando
  • Diminuir o tempo que passa nas redes sociais
  • Prestar mais atenção no que outros dizem
  • Falar com um amigo que talvez esteja passando por problemas

“Os artigos para os jovens no site jw.org têm me ajudado a equilibrar o uso das redes sociais na minha vida e a focar em construir amizades verdadeiras”, fala uma jovem de 17 anos chamada Carolina. “Foi animador para mim, ler sobre outros jovens que às vezes tinham os mesmos sentimentos que eu. Eles compartilharam ótimas dicas para enfrentar a situação. Eu deixei anotado alguns pontos e estabeleci alvos específicos para melhorar as minhas amizades. Sou muito grata por esses artigos”.

Músicas, animações no quadro branco e histórias ilustradas da Bíblia sobre amizade podem ser baixadas para os jovens. As famílias podem considerar juntos atividades sobre as qualidades que um amigo precisa ter e ler a respeito de personagens da Bíblia que mostraram amor leal por seus amigos.

“Nós gostamos muito de considerar as histórias ilustradas da Bíblia com os nossos filhos”, diz Jamil, que é pai de dois filhos, um de 4 anos e um de 2 anos. “Eles amam ver as cores vívidas das histórias ilustradas e ver os personagens ganharem vida. Nossos filhos aprendem lições muito importantes sobre como ser um bom amigo, como ser bondoso e ajudar os outros”.

Para mais informações e artigos sobre amizade, visite o jw.org, o site oficial das Testemunhas de Jeová com conteúdo disponível em mais de 1000 idiomas.

 

Porta-voz das Testemunhas de Jeová

Gilberto dos Santos

Contato: [email protected]




Diocese de Assis

 

Um grande desafio da vida missionária é não se deixar contaminar pelas coisas do mundo. O cristão está inserido numa realidade cheia de contradições com sua fé. Essa é a questão: transformar ou se deixar transformar? Exigir mudanças ou mudar suas atitudes e convicções conforme as exigências do mundo? A atitude de coerência é o caminho único que trilha aquele que escolhe viver na verdade. Quem assim age, sacode a poeira das falsas ilusões. E segue seu caminho de fé.

O envio que Jesus faz a seus discípulos se dá após meticuloso ensinamento e consequente aprendizado. Primeiro a teoria. Depois a prática. Nessa estão inseridas as exigências de uma ação vitoriosa sobre o espírito mundano, as tentações e ilusões da vida sem critérios. Nada deveriam carregar como apêndice contra possíveis fracassos ou necessidades banais. O cajado de apoio seria seus ensinamentos e suas promessas. Os penduricalhos da sobrevivência viriam da Providência e do zelo amoroso do Senhor da Messe, aquele que agiria e falaria por eles. Sequer suas palavras seriam suas, mas teriam o timbre sempre inspirador e consolador do Espírito que os enviava. Dessa forma, não se preocupassem e não se deixassem contaminar pela poeira do fracasso dos que se fizessem surdos ou indiferentes à mensagem. O apelo à conversão estaria dado. Ser aceito ou não já não era problema dos que o faziam, mas daqueles que o recebiam…

Dois a dois partiram, naquela primeira expedição da Igreja rumo à vida dissoluta do mundo. Dois a dois voltaram, eufóricos, jubilosos, radiantes com os resultados daquela maravilhosa experiência de agir como outros cristos no mundo. “Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo” (Mc 6, 13). Foi a primeira ação e animação missionária da Igreja.

O anúncio da conversão foi, é e continuará sendo o primeiro objetivo e razão de ser da Igreja no mundo. Seu modelo em nada se alterou, desde então. As circunstâncias e necessidades seguem o padrão estabelecido por Jesus, seu mentor e fomentador único. O missionário que age em dissonância com esses ensinamentos não representa o colegiado apostólico, não fala em nome da fé que a tradição cristã herdou das promessas de seu Mestre. Fora desse testemunho, do colegiado estabelecido, da experiência comunitária (dois a dois é o mínimo) e do abandono na proteção divina, não existe missão. Pelo menos essa que nos delegou Jesus com seu poder e autoridade.

Fora disso, demos o nome que bem entender às delegações que roubam a doutrina, distorcem seus ensinamentos, simulam seus ritos, ridicularizam sua hierarquia, confundem seus seguidores com facilitações à prática doutrinaria, mas nada possuem de autenticidade missionária. Agem como simulacros da verdade. Adaptam à tradição doutrinária dos apóstolos uma inversão de valores, nunca uma conversão… A esses a alegria de uma experiência missionária autêntica nunca será concedida. Missão impossível!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 

 




Diocese de Assis

 

Todo conselho tem o desafio de aconselhar. Mas, o que é aconselhar!?

Aconselhar, segundo o dicionário, é dar opinião, opinar, orientar, indicar, sugerir, recomendar…

Quem dá conselhos deve vigiar-se para não se impor ou determinar o que se deve fazer. Por outro lado, quem pede conselhos, não deve ir como quem busca uma fórmula mágica e, nem deve tomar o que foi dado como se fosse uma luva na mão.

Todo conselho, antes de pacificar, deve mexer com a pessoa, chocar, desinstalar, provocar, fazer ferver, colocar em crise. Por que assim? Porque temos uma tendência infeliz de pôr panos quentes nas coisas ou abafar o caso, fazendo parecer que tudo está bem ou resolvido. Mas não é bem assim! A falta de enfrentamento das situações é que deixa a vida mal resolvida, num faz de conta e numa fake existência.

Sobre conselhos é bom reparar o que diz o livro do eclesiástico, 37,7-31:

Cuidado com os Conselheiros

Todo conselheiro dá conselhos, mas há quem dá conselho em seu próprio interesse. Seja cauteloso com o conselheiro, e procure saber quais são as necessidades dele. Pois ele pode aconselhar em benefício próprio e não lançar a sorte em favor de você, dizendo: “Você está num bom caminho”. Depois, ele fica de longe, vendo o que vai acontecer a você.

Não peça conselhos a quem olha você com desconfiança, e esconda a sua intenção de todos os que têm inveja de você. Nunca peça conselhos a uma mulher sobre a rival dela; nem a um covarde sobre a guerra; nem a um negociante sobre o comércio; nem a um comprador sobre a venda; nem a um invejoso sobre a gratidão; nem a um egoísta sobre a bondade; nem a um preguiçoso sobre o trabalho; nem a um empreiteiro sobre o fim da tarefa; nem a um empregado preguiçoso sobre um grande trabalho. Não procure nenhuma dessas pessoas para receber delas algum conselho. Ao contrário, freqüente sempre o homem fiel, a quem você conhece como praticante dos mandamentos, que tenha a mesma disposição sua e que, se você tropeçar, sofrerá com você. Siga o conselho do seu próprio coração, porque mais do que este ninguém será fiel a você. A alma do homem freqüentemente o avisa melhor do que sete sentinelas colocadas em lugar alto. Além disso tudo, peça ao Altíssimo que dirija seu comportamento conforme a verdade.

O verdadeiro sábio

A palavra é o princípio de qualquer obra, e antes de agir, é preciso refletir.  A raiz dos pensamentos é a mente, e ela produz quatro ramos: bem e mal, vida e morte. Mas os quatro são dominados pela língua. Existe quem é capaz de instruir muitas pessoas, mas é inútil para si mesmo. Existe quem ostenta sabedoria em palavras, mas é detestado e acaba morrendo de fome. Porque o Senhor não lhe concede sua graça, ele fica desprovido de qualquer sabedoria. Existe quem é sábio só para si, e os frutos seguros de sua inteligência estão em sua própria boca. O homem sábio instrui o seu povo. Todos podem confiar nos frutos de sua inteligência. O homem sábio é cumulado de bênçãos, e é proclamado feliz por todos os que o vêem. A vida do homem tem os dias contados, porém os dias de Israel são incontáveis. O sábio gozará de confiança no meio do seu povo, e seu nome viverá para sempre.

Autocontrole

Meu filho, prove a si mesmo durante a sua vida. Veja o que é prejudicial, e não o conceda a si próprio. Nem tudo convém a todos, nem todos gostam de tudo. Não seja insaciável de prazeres, nem se precipite sobre os pratos de comida. Porque o abuso na comida provoca doenças, e a gula produz cólicas. Muitos morreram por causa da gula, e quem sabe se controlar vive muito tempo.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Espaço Espírita

 

Temos em nossas mãos todas as ferramentas para sermos felizes. Cabe a cada um acessar este manancial de sabedoria e as dádivas que nos foram concedidas. Todos os dias somos conclamados a colaborar na grande transformação que está sendo operada na Terra. Será que já arregaçamos as mangas? Já estamos no comando de nossas ações em prol de um planeta melhor ou ainda continuamos presos aos sentimentos mesquinhos de egoísmo, orgulho, vaidade e luxúria?

Enquanto o ser humano pensar só em si estará longe de experimentar a verdadeira felicidade, aquela que permanece em seu coração e se eterniza, a que traz paz e serenidade, silêncio e quietude e afasta qualquer sentimento de solidão ainda quando estamos em isolamento.

A felicidade não é um privilégio de poucos, é conquista ao alcance de qualquer um. Não depende do contexto em que se vive, de sermos ricos ou pobres, bonitos ou feios, de termos saúde ou não.

A felicidade é conquista da alma eterna, portanto perdura pelas diversas situações que atravessamos, resiste às intempéries, às traições, às injustiças, ao abandono de que somos vítimas algumas vezes.

A felicidade está acima disso, porque aquele que compreende as limitações do seu próximo, compreende a si mesmo, perdoa a si e ao outro e com isso mantém-se leve e inabalável mesmo com o peso das provas.

Diante da dor e da decepção, relaxa teu corpo, respira fundo e aceita aquilo que não podes mudar. Foca o pensamento em todas as conquistas positivas do caminho, nos afetos que amealhaste, no progresso moral que obtiveste, nas curas da alma e do corpo, na proteção que a vida lhe concede por estares no caminho do Bem.

Ao mudares o foco dos pensamentos, estarás te fortalecendo com energias positivas e aprimorando teu espírito no aprendizado do perdão!

Luz e paz!

MARIA ROSA

Mensagem psicografada por Cristina Barude (Salvador/BA, 27/11/2014)

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Diocese de Assis

 

Nenhum profeta é bem visto em sua própria terra. Nenhum santo é reconhecido por sua família. Ou, como bem dizemos: santo da casa não faz milagres. Em suma, esta é a mensagem que Marcos registrou em seu evangelho (Mc 6, 1-6) para nos dizer da rejeição que as ações milagrosas de Jesus receberam de seus conterrâneos e familiares. “Não é este o filho do carpinteiro”?

A cena nos remete a situações bem conhecidas no nosso meio. De fato, é difícil para nós mortais a compreensão de que Deus continua a agir em nosso meio. E o faz, muitas vezes, através de alguém bem próximo de nós, um irmão, um parente, amigo ou amiga de nossa convivência diária. Às vezes uma graça alcançada vem das mãos de alguém que sequer imaginamos como instrumento de uma ação milagrosa. Às vezes somos nós mesmos esses instrumentos, despretensiosos, incapazes, imperfeitos, mas eficientes quando postos a serviço da graça divina. Já ouvimos muitas vezes: não somos nós que nos tornamos capazes, é Ele que nos capacita! Nada temos de perfeição, mas a Perfeição age em nós, quando nos deixamos conduzir e agir conforme sua Vontade.

Ora, é de onde menos se espera que surge um milagre em nossas vidas. Às vezes, sorrateiramente. Outras, ostensivamente. Na surdina ou no alvoroço, no corre-corre da vida diária, o fato é que Deus nunca desampara aqueles que Nele buscam sua misericórdia e seu amor. Mesmo que aparentemente essa ação tenha um rótulo derrotista ou com ares de um fracasso momentâneo, dia mais, dia menos, compreenderemos que aquele momento de angústia, sofrimento ou morte foi apenas circunstancial. “E ali Ele não pôde fazer milagre algum”, mas não os abandonou pela simples rejeição momentânea. Jesus continuou presente com sua ação solidária, realizando curas, “impondo-lhes as mãos”. Derramava-lhes o Espírito de sua missão purificadora, transformadora. Um dia, quem sabe, iriam compreender.

Essa é a graça que a presença cristã realiza no mundo! Mesmo com toda rejeição, intolerância ou ironia contra nossa fé, o milagre continua como  sua marca registrada. O cristão que se deixa guiar pela força da fé que o congrega, quer queira ou não, torna-se membro da família de Cristo, toma parte do ministério de transformação, a fonte dos milagres que Deus realiza dentre os seus. Porque Jesus age por aqueles que Deus lhe deu, porque somos Dele. “Tudo o que é meu é teu. E tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado” (Jo 17, 10). Somos, pois, membros da família trinitária, fonte do milagre da vida.

Quem, portanto, é este que faz milagres entre nós? As respostas aí estão. Quando nos rejeitarem pelo simples fato de traçarmos em nosso peito o sinal da cruz cristã ou proferirmos nossa crença em milagres, ou aceitarmos com amor nossas cruzes cotidianas, não desanimemos. Isso tudo Ele já sofreu por nós! Agora é nossa vez

          WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 




Diocese de Assis

 

Nós temos muita coisa a aprender com o coração. Muitos, já escreveram e falaram coisas muito profundas sobre o “fazer do coração” que vale a pena retomar:

Antoine de Saint-Exupéry, no livro ‘O Pequeno Príncipe’ dizia: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”.

Blaise Pascal, dizia:“O coração tem razões que a própria razão desconhece e por isso a ciência e a técnica sempre ficarão aquém”.

A Bíblia, ao falar do coração, o vê como o centro do pensamento, dos projetos e do amor. Jesus dizia: “Felizes os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8); “De fato, onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração” (Mt 6,21); “O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, mas o homem mau tira do seu mal coisas más, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio” (Lc 6,45).

Sob este ponto de vista, para avaliar as razões do coração, só aprendendo, também, a amar. E, sobre isso, o Apóstolo Paulo tem muito a nos ensinar: “É acreditando de coração que se obtém a justiça, e é confessando com a boca que se chega à salvação” (Rm 10,10); “Cada um dê conforme decidir em seu coração, sem pena ou constrangimento, porque Deus ama quem dá com alegria” (2Cor 9,7); “Que a paz de Cristo reine no coração de vocês. Para essa paz vocês foram chamados” (Cl 3,15).

São João Crisóstomo, bispo, século IV, numa de suas homilias sobre a segunda carta aos Coríntios, olha para este tema do amor em Paulo. Vale a pena ler.

“Nosso coração se dilatou!

Aquilo que produz calor costuma dilatar. Assim, é próprio da caridade dilatar, pois é uma virtude cálida e fervente. Ela abria também a boca de Paulo e lhe dilatava o coração. ‘Não amo só de boca, diz ele; meu coração, em verdade, harmoniza-se com o amor; por isso falo confiante, com toda a voz e toda a mente’.

Nada de mais amplo do que o coração de Paulo que, à semelhança de um enamorado, abraçava a todos os fiéis com intenso amor, sem dividir e enfraquecer a amizade, mas conservando-a indivisa. Que há de admirar se era assim em relação aos homens piedosos, se até aos infiéis da terra inteira seu coração os abraçava? Por isto não diz apenas ‘Amo-vos’, mas, o faz com maior ênfase: ‘Nossa boca se abre, nosso coração se dilata’.

Guardamos a todos dentro de nós e não de qualquer jeito, mas com imensa amplidão. Pois aquele que é amado, sem temor passeia no íntimo do coração do que ama. Assim diz: ‘Não estais apertados em nós, mas sim em vossos corações’. Vê a censura temperada com não pequena indulgência. Isto é bem de quem ama. Não disse: ‘Vós não me amais’, e sim: ‘Não do mesmo modo’. De fato, não queria atormentá-los com maior severidade.

Em várias passagens, extraindo textos de cada epístola sua, pode-se ver de que amor incrível ardia para com os fiéis. Aos romanos escreve: ‘Desejo ver-vos’; e: ‘Muitas vezes fiz o propósito de ir até vós’; e também: ‘Se de qualquer modo puder ir fazer-vos boa visita’. Aos gálatas escreve: ‘Meus filhinhos, aos quais gero de novo’; e aos efésios: ‘Por esta razão dobro meus joelhos por vós’. E aos tessalonicenses: ‘Qual a minha esperança ou gáudio, ou coroa de glória? não sois vós?’ Dizia, também, carregá-los em suas cadeias e em seu coração.

Igualmente aos colossenses escreve: ‘Desejo que vejais, vós e aqueles que ainda não viram meu rosto, a grande luta que sustento por vós, para que vossos corações se fortaleçam’. Aos tessalonicenses: ‘À semelhança de uma mãe que acalenta seus filhos, assim amando-vos, desejávamos vos dar não só o Evangelho, mas nossas vidas. Não estais apertados em nós’. Não diz apenas que os ama, mas que é amado por eles, para deste modo atraí-los melhor.  Pois assim escreve: ‘Tito chegou e contou-nos vosso desejo, vossas lágrimas, vosso zelo’.”

E o seu coração, o que tem a dizer? O que tem a quer? O que tem desejar? O que tem a amar?

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

 

Está aí a pergunta que não quer calar: Quem dizeis que é Jesus Cristo? Personagem histórico, ficção ou mera invencionice do misticismo humano? Ou um louco varrido disposto a mudar o mundo? Ou mais um dos muitos profetas a denunciar a exploração dos ricos sobre a fragilidade dos pobres? Quem foi ou é Jesus para você?

Aposto que muitos dos meus leitores preferem o silêncio, a dar uma resposta  coerente com suas convicções pessoais. Isso porque a incerteza paira em meio às divergências que os pensadores humanos mantêm vivas. Entre teorias, práticas e crenças que abafam a espiritualidade e religiosidade nata das carências que temos, permanece a dúvida. Quem é o Filho do Homem?  Quem é, afinal, esse filho de Deus que também se diz Filho do Homem? Deus ou um pobre humano, um filho qualquer, mais um entre tantos que a aventura da vida colocou no seio da terra? Como vemos, a questão vai além da simples constatação de uma afirmativa pessoal e se compraz na pureza de uma resposta repleta de mistérios e verdade suprema: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo” (Mt 16, 16). Respeitem-se as devidas pontuações, a tonalidade, a revelação pausada e bem urdida de uma resposta inspiradora: o Filho de Deus vivo! Quem lhe revelou tamanho mistério, ó velho Pedro, ó rude pescador, filho de Jonas, ó feliz tradutor dos mistérios do “Pai que está no céu”!

Vivo! O Filho de Deus (e do homem também) está vivo, vive entre nós. Querem revelação mais alvissareira para um povo que esperou tanto, que orou tanto, que nunca perdeu as esperanças em meio ao deserto de uma vida sem sentido? Pois Ele vive, está em nosso meio. É sobre o fundamento da Revelação, a base do reconhecimento de Pedro, que sua Igreja (não igrejas) é construída, edificada entre nós. Aqui está a chave: Tu és Pedro, Eu sou a Pedra em ti, em tua vida, em tua ação. A pedra, a base que muitos construtores rejeitaram. E ainda rejeitam. É sobre essa capacidade de discernimento e de reconhecimento que estaremos aptos a unir céus e terra, realidade humana e realidade divina, os filhos dos homens e o Filho de Deus! Esse é o grande mistério e ministério da Igreja que hoje somos. Igreja de Cristo, não dos homens. Unida ao Cristo, santificada por Ele, inserida na realidade de um mundo limitado, porém universal – esse é o significado do termo católico – e que segue a tradição apostólica. Sem essas chaves, esses detalhes da revelação feita a Pedro, nunca, jamais, entenderemos o valor e a importância de sermos membros de uma verdadeira vida eclesial, inserida no corpo místico de Jesus, unida a Ele.

“Eu te darei as chaves”, disse Jesus. Mas igualmente, alertou: “Sem mim, nada podeis fazer”. Essa é a missão da Igreja no mundo, o ministério que nos cabe como igreja que somos! Una, santa, mas também frágil e pecadora se considerarmos nossas incertezas e infidelidades. Porém esqueçamos o quão pequeninos somos, quando Cristo nos diz o contrário: tudo o que ligarmos ou desligarmos na terra ou no céu terá efeito em nossas vidas.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 

 




Espaço Espírita

 

Ouve a consciência que te impele ao dever e não te perturbes.

Serve e caminha.

Não podemos construir os mínimos tópicos de alegria no próprio espírito, sem que nos rendamos com alegria ao trabalho que nos compete.

Somos material inteligente nas mãos sábias do Cristo. O Senhor, no entanto, não opera em nós através de constrangimento, porque o Reino de Deus deve realmente surgir nos recessos de nossas próprias almas.

Estuda os desafios que as circunstâncias te lançam em rosto.

É possível que todas as opiniões em derredor de ti se façam contrárias, entretanto, conserva a paciência e espera por Deus, porque a opinião dos Mensageiros de Deus pode ser diferente.

Amar sem exigir compensação.

Colaborar para o bem nos lugares onde o mal se nos afigure solidamente instalado.

Aguardar sempre o melhor, ainda mesmo nas piores situações.

Todos somos obreiros do progresso.

Todos estamos endereçados à perfeição.

EMMANUEL

      Extraído do livro “Caminho Iluminado”                                       

Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora CEU

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