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Dez milhões de brasileiros têm algum grau de surdez; saiba como identificar os sinais iniciais

 

Segundo uma pesquisa recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 5% da população brasileira apresenta alguma deficiência auditiva, o que corresponde a cerca de 10 milhões de habitantes. Destes, 2,7 milhões têm surdez profunda, ou seja, não escutam nada.

Mas como detectar os sinais iniciais de perda auditiva? Para o médico Paulo Mendes Junior, especialista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior do segmento na América Latina, um dos sintomas iniciais é não entender o que os outros falam. “Existe uma dificuldade de compreender as falas. As pessoas conversam ouvindo e lendo os lábios, é um sistema complexo”, afirma.

Existem várias causas para a perda de audição, e um exame chamado otoscopia detecta se a perda existe ou se é algo comum, como acúmulo de cera no ouvido. Problemas como congestão nasal podem causar também a surdez e uma audiometria consegue mapear o que está acontecendo.

A audiometria consegue identificar se existe uma dificuldade real de escutar, se atinge os dois ouvidos, qual a frequência de perda auditiva. “Normalmente se perde a audição nos tons agudos, onde a pessoa escuta, mas não entende o que é falado”, conta.

Dependendo da perda auditiva, dois procedimentos podem ser feitos, como uma cirurgia em casos de otoesclerose, ou, se for acúmulo de secreção (como nos casos do nariz que vai para o ouvido), uma limpeza já é eficaz. “O aparelho de audição é recomendado em diversos casos, mas não caracteriza uma surdez total. Lembrando que um longo período sem tratar a perda auditiva pode ocasionar em problemas cognitivos, e até mesmo complicar o dia a dia ao não ouvir um celular, uma buzina, enfim, traz transtornos para a rotina da pessoa”, diz.

Hoje, os aparelhos estão muito modernos, alguns até se conectam ao celular, com diversas opções de tamanho. “Não é mais como antigamente em que os modelos geravam até um desconforto. Eles estão cada vez mais compactos, tecnológicos e eficientes”, avalia Paulo Mendes Junior.

 




Quais são os dias da semana em que os interessados mais usam os apps de namoro?

 

 

Foto: Freepik

Na correria do dia a dia, muitas vezes nem percebemos, mas quando o assunto é paquera virtual, acabamos criando uma rotina. Aquela conferida no app de relacionamento, seja para ver com quem deu match, quem curtiu seu perfil ou quem está online, vira quase uma atividade automática. E você, já reparou que, sem perceber, começa a se habituar com dias específicos para dar aquela olhadinha no aplicativo?

Segundo dados do site de relacionamentos para pessoas bem-sucedidas, o MeuPatrocínio, há dias da semana e horários específicos em que os usuários acessam mais os apps de namoro. Isso é resultado de uma mudança nos últimos anos, quando muitas pessoas passaram a optar por economizar tempo e encontrar seu próximo date online, já que é uma forma mais fácil ‘de filtrar’ por gostos e preferências e já sair certo de que a possibilidade de rolar algo mais, existe.

Plataforma de relacionamento atinge seu pico de uso nas terças-feiras

A pesquisa analisou a frequência com que os usuários acessam a plataforma MeuPatrocinio, observando os horários e padrões de uso ao longo da semana. O estudo mostrou como certos momentos do dia afetam a interação, com picos de atividade em dias específicos.

Terça-feira é o dia de maior movimento, com o pico de acessos da semana. Na sequência, quarta e segunda-feira também se destacam, com muitos usuários aproveitando o meio da semana para interagir e conversar. Esses dias têm um pico de atividade entre 7h e 10h da manhã, um tanto curioso. Já na quinta-feira, a frequência começa a diminuir, e essa tendência continua na sexta-feira, no sábado e no domingo, que apresentam menor atividade. Porém, mesmo nesses dias menos acessados, há um aumento de interação no fim da tarde e à noite, entre 18h e 22h.

Qual a explicação para esses acessos?

Na segunda e terça-feira, muitas pessoas estão mais focadas em organizar a semana e estabelecer metas. É um novo dia, uma nova semana, e também uma nova oportunidade para o amor. Depois de um final de semana decepcionante, quando não saem ou não encontram ninguém que realmente as interesse, é comum que os usuários retomem a busca por novas pessoas.

A queda na atividade durante o final de semana acontece porque, nesses dias, as pessoas costumam optar por encontros presenciais, seja para testar o match da semana, sair com amigos ou participar de outras atividades offline. No entanto, o aumento da atividade no final da tarde e à noite mostra que, mesmo nesses períodos, os usuários ainda encontram tempo para buscar novas interações, seja aproveitando o descanso em casa ou planejando um encontro de última hora.

 




Barragens no Brasil: desafios e a urgência de monitoramento

 

 

O Brasil tem mais de 28 mil barragens cadastradas no Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB), estruturas importantes para o abastecimento hidráulico e elétrico do país. Pelo menos quatro mil delas têm alto dano potencial associado, indicador que mostra quanto estrago elas podem causar se romperem; baseadas nas características construtivas e de conservação, três mil foram classificadas como de alto risco, de acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Com tantas barragens em funcionamento, o monitoramento dessas instalações é imprescindível, não apenas para assegurar o funcionamento adequado, mas também garantir a segurança da população e do meio ambiente. Somente em 2023, segundo o último Relatório de Segurança de Barragens, da ANA, foram registrados 25 acidentes.

Mas a prevenção deve vir desde as etapas iniciais e continuar sistematicamente. “Com o passar do tempo, é natural que as barragens apresentem sinais de desgaste ou alterações, o que exige manutenção e acompanhamento cuidadoso. Além disso, fatores como o aumento de chuvas intensas, associado às mudanças climáticas, impõem desafios extras às estruturas”, comenta Pedro Cabrera, Diretor de Inovação da Spectrageo, startup de soluções geofísicas selecionada na 2° edição do Vetor AG, programa de inovação aberta da Andrade Gutierrez.

O executivo explica que é possível utilizar ferramentas como sensoriamento remoto, inteligência artificial e análise de dados geoespaciais para detectar possíveis alterações estruturais antecipadamente, facilitando a tomada de decisões e contribuindo para uma atuação preventiva. “Assim, conseguimos usar tecnologias avançadas que permitem o monitoramento preciso e em tempo real das estruturas, auxiliando as empresas a garantir a segurança das comunidades do entorno e dos colaboradores”, continua.

Além das tecnologias, a qualificação contínua de equipes especializadas sustenta um olhar mais atento às condições estruturais, enquanto uma fiscalização rigorosa assegura o cumprimento das normas e padrões de segurança. Somado a isso, a implementação de Planos de Ação de Emergência (PAE) permite respostas rápidas e organizadas em casos de falhas, reduzindo impactos ambientais e socioeconômicos.

“Buscamos ampliar o entendimento do que é possível em termos de segurança e inovação na construção civil, e investir nessas práticas tem sido importante para garantir o bom funcionamento das barragens e proteger os recursos naturais e as pessoas ao redor. É mais do que aplicar tecnologias de ponta, é também sobre salvar vidas, atestar a integridade de estruturas essenciais e impulsionar a inovação e a modernização do setor”, finaliza Pedro Cabrera.

Sobre a Vetor AG Ventures

A Vetor AG Ventures é uma corporate venture builder (CVB) de construtech e infratech, extensão do programa de inovação Vetor AG, da Andrade Gutierrez. A venture builder busca desenvolver startups promissoras nos segmentos de Engenharia, Projetos e BIM; Suprimentos, Compras e Aquisição; Construção, Mecanização, Industrialização; Segurança, Saúde e Meio Ambiente; Energia Renovável; Óleo e Gás; Mineração; Logística e Mobilidade; Saneamento e Drenagem; Construções Inteligentes e Cidades Inteligentes.

 




Vítimas de massacre em assentamento do MST seguem hospitalizadas

 

Cinco continuam no Hospital Regional de Taubaté, após sofrerem um atentado no assentamento Olga Benário, localizado em Tremembé, na noite de sexta-feira (10)

Destes, Denis Carvalho está na UTI depois de ser submetido a uma cirurgia na noite de domingo (12), para retirada de estilhaços de projétil alojados em sua cabeça. Seu estado de saúde é considerado grave.

Outras quatro vítimas foram atingidas por disparos na mão, pé, braço e bacia. Com exceção de uma, que não poderá retirar o projétil, todas passaram por cirurgia e estão fora de risco – ainda que continuem internadas. Uma sexta vítima chegou a ter alta no sábado, mas, ainda com muitas dores, passará por operação nesta quarta-feira. Suas identidades estão sendo preservadas, pois ainda a situação na região é considerada de insegurança.

No massacre foram assassinados os militantes Valdir Nascimento (52) e Gleison Barbosa (28). Ambos foram velados e cremados no domingo (12).

Na última sexta-feira (10), cerca de 40 homens em cinco carros e motos invadiram o Assentamento Olga Benário. Portando armas pesadas, atacaram famílias do assentamento que estavam reunidas em um dos lotes. Segundo os sobreviventes, as características do ataque são de execução, com disparos na cabeça e pelas costas. De acordo com depoimentos, nenhum dos criminosos buscou esconder o rosto.

“É uma região de assentamentos próximos a zonas urbanas, o que desperta a sanha do capital imobiliário que tenta invadir estas áreas para torná-las condomínios voltados à especulação”, afirma Gilmar Mauro, da coordenação nacional do MST. De acordo com ele, as famílias atacadas tentavam impedir o avanço de grupos milicianos sobre o assentamento. “As famílias estavam lá para impedir a entrada dessa milícia, mas foram abordadas por um arsenal muito grande que, por sorte, não vitimou mais pessoas”, explica.

No dia seguinte após o massacre, a polícia prendeu Antonio Martins Filho, conhecido como “Nero do Piseiro”, que é apontado como o mentor intelectual do crime. Nero foi identificado pelas vítimas e, de acordo com o delegado que acompanha o caso, Marcos Ricardo Parra, confessou participação no massacre. Nesta segunda, a justiça autorizou prisão preventiva contra um segundo autor do massacre, Ítalo Rodrigues da Silva. Ele encontra-se foragido.

A Polícia Federal também está envolvida nas investigações, por determinação do Ministério da Justiça e do presidente Lula. Além disso, as famílias do assentamento serão inseridas no Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos, conforme declarou a Ministra Macaé Evaristo durante o velório de Valdir e Gleison.

O MST cobra rapidez na investigação do massacre, a responsabilização dos mandantes e o fim da violência no campo, que segue roubando vidas de trabalhadores/as assentados, mesmo após a conquista da terra.

“Que seja investigado, que sejam punidos os assassinos, mas, que também o INCRA e o Ministério do Desenvolvimento Agrário resolvam, definitivamente, este problema das invasões de lote da Reforma Agrária aqui no Vale do Paraíba”, cobra Gilmar Mauro.

As vítimas fatais do massacre

Valdir Nascimento, conhecido como Valdirzão, trabalhava como frentista antes de ingressar no MST. Sua primeira participação aconteceu em 1993, no acampamento montado na Fazenda Jangada, em Getulina, região de Promissão, interior de SP. Chegou no Vale do Paraíba no ano seguinte e, em 2006, foi assentado em Tremembé. Era um ferrenho defensor e praticante da agroecologia. Foi uma das figuras que combateu a venda de lotes, uma das principais referências do MST no Vale do Paraíba.

Gleison Barbosa, conhecido como Guegue, era filho de uma assentada no assentamento Olga Benário. Irmão de outros sete filhos, morava em São Paulo, mas, desde a última visita à mãe, não regressou mais. Planejava permanecer no Assentamento, no qual já contribuía nas tarefas do lote e do restante do assentamento.




Mortes decorrentes de dengue superam os óbitos por Covid-19 em 2024

 

De acordo com dados do Ministério da Saúde, no ano passado, o número de óbitos causados pela dengue superou o índice de mortes por Covid-19. O levantamento indicou que houve 6.041 óbitos registrados pela doença transmitida pelo Aedes Aegypti, enquanto 5.960 foram por SARS-CoV-2. 

Em decorrência das altas temperaturas e fortes chuvas, que causam o acúmulo de água em superfícies como vasos de planta, pneus e lixeiras, o verão é a estação do ano mais propícia para que as fêmeas coloquem ovos e multipliquem os mosquitos. O Aedes Aegypti, além de transmitir a dengue, também causa o Chikungunya e a Zika, doenças que possuem sintomas parecidos e que também precisam de cuidados.

Para Marcelo Bechara, clínico geral, cirurgião e especialista em medicina integrativa, a dengue é uma doença que requer atenção. “São comuns sintomas como febre a partir de 39º graus, dores no corpo e nas articulações, atrás do olhos, erupções cutâneas na pele, náuseas e vômitos. E, apesar de muitas pessoas se automedicarem, é necessário acompanhamento médico, pois  o agravamento da doença pode levar ao óbito”, explica Bechara, que atualmente mantém uma clínica em Praia Grande.




Sindicato dos Delegados espera que reajuste para a Polícia Civil saia neste ano

 

 

O setor de Segurança Pública paulista terá, em 2025, orçamento de R$ 20,3 bilhões – valor 11,2% superior ao de 2024. Serão R$ 2 bilhões a mais carimbados para a pasta. A expectativa do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) é que, com mais recursos em caixa, o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) cumpra a promessa de campanha e apresente, neste ano, um plano de valorização dos profissionais e de reestruturação dos salários da Polícia Civil. O último reajuste, e único, da atual gestão, ocorreu em agosto de 2023.

O valor para a Secretaria de Estado de Segurança Pública consta na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, sancionada pelo governo bandeirante no último dia 3. Na peça, a gestão estadual estipula quanto terá para investimentos. O total do orçamento é R$ 372,4 bilhões: 13,4% a mais do que havia em 2024.

Recursos, segundo a presidente do Sindpesp, a delegada Jacqueline Valadares, não faltam para que Tarcísio melhore substancialmente os holerites dos policiais, tal qual foi anunciado na campanha eleitoral de 2022:

“O que se depreende da peça orçamentária é que recursos existem, e até aumentaram com relação ao ano passado – motivo pelo qual se espera que haja, agora, investimento real nos profissionais da Segurança Pública de São Paulo. Só assim, para aumentarmos a atratividade das carreiras e diminuirmos a constante evasão de servidores para outros concursos e iniciativa privada. Além do mais, em 2023, foi prometido que haveria correção da injustiça ocorrida com a preterição, por décadas, da Polícia Civil. Só que não foi isso o que aconteceu. Na época, a instituição ainda acabou recebendo recomposição inferior à da Polícia Militar (PM)”, recorda a presidente do sindicato.

Jacqueline lembra, também, que, Tarcísio está entrando no terceiro ano de mandato no Palácio dos Bandeirantes, momento oportuno para implementar política salarial consistente e que abarque um cronograma para este e o próximo ano, além de um plano de progressão atrativo para as carreiras da Polícia Civil, passando por delegado, investigador, escrivão, perito, papiloscopista e agente – só para citar algumas:

“Espera-se, em suma, que o governador honre as promessas feitas à Polícia Civil. Considerando a existência de dinheiro em caixa, o momento é ideal para a aprovação de um reajuste escalonado para a instituição, para os próximos dois anos, não podendo ser mais postergado. Afinal, em 2026, em razão do pleito eleitoral, diversas limitações serão impostas à concessão de reajustes aos servidores”, reforça.

Paraná – Exemplo de Gestão na Segurança

Na ótica do Sindpesp, um bom exemplo de gestão e de planejamento de políticas de Segurança Pública vem do Paraná. Naquele estado, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) concedeu, em 2023, reajuste escalonado à Polícia Civil, entre outras inovações:

“São Paulo é um dos estados que pior paga seus delegados – está na 22ª colocação nacional, entre todas as unidades da federação, mesmo sendo o mais rico do País em arrecadação. Trata-se de realidade inaceitável e que, infelizmente, leva à constante saída de delegados de nossos quadros, favorecendo o déficit, que, hoje, é de 34%”, pontua Jacqueline.

Lula

Para o Sindpesp, outro exemplo de valorização da Segurança Pública vem da esfera federal. Em dezembro de 2023, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou reajuste parcelado para a Polícia Federal (PF) e para a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a contar de agosto de 2024 até maio de 2026.

No último dia 3, Lula ainda assinou Medida Provisória (MP) que equipara vencimentos dos policiais civis do ex-território federal do Amapá aos da PF, assegurando a eles os mesmos direitos salariais – muito superiores aos de São Paulo, por exemplo.

 




Lula sanciona lei que limita o uso de celulares nas escolas: “Ato de coragem, de cidadania e de respeito ao futuro deste país”

 

 

 

Presidente Lula e ministro Camilo Santana (Educação) durante a cerimônia de sanção do Projeto de Lei n° 4.932/2024, que dispõe sobre a utilização, por estudantes, de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais nos estabelecimentos públicos e privados de ensino da educação básica – Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira, 13 de janeiro, o Projeto de Lei nº 4.932/2024, que restringe a utilização, por estudantes, de aparelhos eletrônicos portáteis, como celulares, nos estabelecimentos públicos e privados de educação básica durante as aulas, recreios e intervalos. A medida visa proteger a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes.
“Essa sanção que eu vou fazer significa o reconhecimento do trabalho de todas as pessoas sérias que cuidam da educação, de todas as pessoas que querem cuidar das crianças e dos adolescentes deste país. Isso aqui foi um ato de coragem, de cidadania e um ato de respeito ao futuro deste país. Portanto, é com muito orgulho que eu vou sancionar a lei”

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República
Lula parabenizou a aprovação do projeto pelo Congresso. Ele lembrou que alguns países já fizeram o mesmo e os resultados foram positivos. “O que vocês fizeram nesse ato de coragem foi falar o seguinte: nós vamos cuidar das nossas crianças, vamos evitar mutilamento, que as crianças possam voltar a brincar, possam voltar a interagir entre si, e eu acho que isso é muito importante”, disse.

A nova legislação permite exceções apenas para fins pedagógicos ou didáticos, desde que acompanhadas por professores, ou para estudantes que necessitem de acessibilidade. O objetivo é garantir que os dispositivos móveis sejam utilizados de forma equilibrada e benéfica para o aprendizado dos estudantes, evitando os riscos associados ao uso indiscriminado.

EVIDÊNCIAS — O ministro da Educação, Camilo Santana, pontuou que as regras começam a valer já para este ano letivo de 2025. Ele apresentou uma série de dados que mostram como essa lei pode ajudar a melhorar o desempenho dos estudantes nas escolas. “O último Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), de 2022, mostrou um dado interessante. O questionário foi aplicado para estudantes brasileiros e revelou que 80% deles afirmaram que se distraem e têm dificuldade de se concentrar nas aulas de matemática por conta do celular. Então nós temos evidências científicas, de estudos, de pesquisa mostrando a preocupação com o uso desses celulares e desses equipamentos”, destacou.

Entre os riscos revelados por estudos sobre o uso excessivo de telas e acesso precoce a redes sociais por crianças e adolescentes estão a exposição a conteúdos perigosos e o impacto negativo na saúde mental e física.

CONSCIENTIZAÇÃO — A lei também determina que as redes de ensino e escolas desenvolvam estratégias para abordar o tema do sofrimento psíquico e da saúde mental dos estudantes. Isso inclui alertar sobre os riscos do uso imoderado de aparelhos e do acesso a conteúdos impróprios, além de oferecer treinamentos, capacitação e espaços de escuta e acolhimento para detectar situações de sofrimento psíquico.
“Nós já estamos construindo os guias e orientações para as redes, como elas devem implementar a medida e quais são os processos que precisam acompanhar. Claro que as redes têm autonomia para construir os mecanismos que elas vão fazer em cada escola. A gente vai procurar também, através de guias e de discursos, orientar professores, diretores de escola, secretários e também promover o engajamento das famílias”

Camilo Santana
Ministro da Educação

USO PEDAGÓGICO — A nova lei complementa outras políticas voltadas para o uso de tecnologias da informação e comunicação na educação, como a Política de Inovação Educação Conectada (PIEC) e a Política Nacional de Educação Digital (PNED). Essas iniciativas visam fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais e garantir um componente curricular de educação digital.

O professor de História Gabriel Feitosa, de 33 anos, avalia que a proibição vai aumentar a capacidade de concentração e o desempenho acadêmico dos alunos, além de ser importante do ponto de vista emocional dos jovens, que lidam com a ansiedade e problemas de autoestima, potencializados pelo uso desequilibrado de aparelhos eletrônicos. O docente também vê alternativas para integrar a tecnologia de forma construtiva ao ambiente escolar, sem que isso prejudique o aprendizado.

“Os professores podem integrar a tecnologia, por exemplo, das ciências humanas e da natureza, por meio da pesquisa. Então, o professor tem que conduzir e criar oportunidades de pesquisa guiada, fundamentada, ensinar os alunos a procurar boas fontes de pesquisa, bons recursos. E também como formas de apresentação de produtos educacionais. Antigamente, a gente fazia cartazes. Passamos a fazer as apresentações de slides, mas existem muitas outras ferramentas: vídeos, sites, galerias digitais e oportunidades interativas”, elencou Feitosa.

CONTRIBUIÇÃO — Mãe de Luca, 8 anos, e Caio, 10, a produtora de eventos Luana Pereira Macedo Siqueira acredita que a lei vai contribuir para criar um ambiente mais propício à concentração e ao desenvolvimento acadêmico. Ela percebe que o uso do celular impacta o desempenho dos seus filhos. “As crianças passam a usar gírias e termos incorretos, a ansiedade aumenta, e há uma pressa constante, já que, na tela, o que mais chama atenção são vídeos curtos e dinâmicos. Isso dificulta o foco em atividades mais longas e importantes, como os estudos”, disse.

Luana aponta que, para que a medida seja eficaz, “é necessário um trabalho constante de conscientização com os alunos e suas famílias, mostrando, por meio de exemplos claros e comunicados didáticos, como o uso indevido do celular prejudica a aprendizagem e aumenta os riscos de distração e ansiedade”.

Luana Siqueira e o filho Caio, 10 anos: lei vai contribuir para um ambiente mais propício à concentração e ao desenvolvimento acadêmico. Foto: Reprodução/Instagram

 

APRENDIZADO — Vitor Fonseca, estudante de 16 anos do segundo ano do Ensino Médio, considera que a proibição do uso de aparelhos eletrônicos nas escolas vai potencializar tanto o seu aprendizado quanto o de seus colegas. “Eu percebo que o uso do celular é uma questão porque, mesmo quando você está concentrado, acho que mais por um tique corporal, como a gente já está muito acostumado a usar o celular o tempo inteiro, a gente pega, olha, entra em alguma coisa e isso acaba afetando a concentração. No geral, eu percebo que atrapalha as pessoas, sim. E, às vezes, me atrapalha também”, afirmou o aluno.

OPORTUNIDADES — A nova lei era aguardada pelos educadores, segundo Luciana Paiva, vice-diretora do Centro Educacional 619 Samambaia, no Distrito Federal. “Agora, poderemos propor mais atividades pedagógicas utilizando metodologias ativas, com a certeza de que os estudantes irão participar de forma protagonista, sem distrações pelo uso do celular. Além disso, temos a certeza de que haverá mais interação ‘humana’ nas ações propostas em sala de aula. O diálogo tão necessário para a formação dos jovens poderá ser retomado no ambiente escolar”, declarou Luciana.




Ministério da Cultura e Bradesco Seguros apresentam: “Disney Princesa, o espetáculo” chega a São Paulo

 

 

 

Mais de 20 produções clássicas da Disney são relembradas através de canções e personagens de sucessos como ‘A Pequena Sereia’, ‘Rapunzel’ e ‘Frozen’

 

Disney Princesa, o espetáculo’ é uma produção inédita que pretende trazer toda a magia dos contos de fada da Disney para os palcos brasileiros. Ao longo de mais de 20 números musicais, a montagem vai relembrar sucessos cinematográficos (‘Frozen’, ‘Moana’, ‘Rapunzel’, ‘A Pequena Sereia’, ‘Mulan’) em uma experiência que promete mexer com a memória afetiva da plateia. O espetáculo chega a São Paulo no dia 7 de fevereiro, no Teatro Bradesco, sob a apresentação do Ministério da Cultura e Bradesco Seguros, com o patrocínio da Riachuelo e B3 e apoio do Beyond The Club.

Com roteiro adaptado por Pedro Henrique Lopes, direção de Diego Morais e direção musical de Laura Visconti, o show conta com a participação de três cantoras, uma maestrina e um cantor, que interpretam, ao vivo, um roteiro repleto de canções icônicas, parte de trilhas sonoras que marcaram diversas gerações.

Durante o concerto, as imagens dos filmes serão projetadas em um telão e complementadas por efeitos especiais e diversos recursos de iluminação. O espetáculo celebra ainda doze princesas da Disney, incluindo também Frozen, e tem como principal destaque a força feminina.

A memória afetiva das canções foi fundamental também para o trabalho da equipe criativa do espetáculo: ‘Minha mãe costumava me acordar cantando a música da Cinderela e para sempre essa música vai ser uma das mais especiais pra mim. Quando ouvimos uma música que faz parte da nossa identidade, acionamos memórias e as emoções associadas a elas. Esse é um dos poderes que a música tem. Quando falamos em Disney, essas memórias vêm carregadas das mais lindas emoções e dos mais nobres sentimentos. Isso é mágico. Fazer a direção musical e estar no palco em um projeto como esse é viver em um mundo de sonhos’, celebra a diretora musical Laura Visconti, em um sentimento compartilhado com a figurinista Helô Rocha: ‘Foi um sonho realizado assinar esse figurino e poder dar vida as princesas da minha imaginação’, vibra Helô.

Após o sucesso de “Pixar in Concert”, em 2022, e a estreia de ‘Disney Princesa’ em 2023, a Aventurinha (a vertente da Aventura dedicada a projetos infantis) continua a oferecer experiências inesquecíveis ao público brasileiro. A Aventura é a empresa responsável por espetáculos musicais de trajetória marcante nos últimos anos, como ‘Elis, A Musical’, ‘A Noviça Rebelde’, ‘Mamma Mia!’, ‘O Jovem Frankenstein’, além de fazer a gestão do Teatro Riachuelo Rio, Teatro Adolpho Bloch (RJ), Arena B3 (SP) e Ecovilla Ri Happy (RJ).

DISNEY PRINCESA, O ESPETÁCULO

De 7 a 16 de fevereiro no Teatro Bradesco SP

Sextas, às 19h. Sábados e domingos, às 15h e 19h.

Ingressos e vendas em https://uhuu.com/evento/sp/sao-paulo/disney-princesa-o-espetaculo-13853

Ficha técnica:

Elenco: Jullie, Pâmela Rossini, Suzana Santana, Jéssica Ferreira e Thales Cesar

Roteiro adaptado: Pedro Henrique Lopes

Direção: Diego Morais

Diretora musical / Maestra Madrinha / Pianista: Laura Visconti

Coreógrafa / Assistente de direção / Diretora Residente: Natacha Travassos

Figurino: Helô Rocha

Visagismo: Luísa Galvão

Desenho de Som: Gabriel D’angelo

Desenho de Luz: Felício Mafra

Direção de Produção: Bianca Caruso

Direção Artística e Produção Geral: Aniela Jordan

Direção de Negócios e Marketing: Luiz Calainho

Sobre a Aventurinha

A Aventurinha é a label inovadora da Aventura, maior produtora de espetáculos musicais do país, voltada para o público infantil. O lançamento foi em 2022 com o espetáculo “Pixar in Concert”, em parceria com a Disney, que trouxe à vida as trilhas sonoras inesquecíveis dos filmes da Pixar, em sessões esgotadas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em novembro de 2022, inaugurou a Ecovilla Ri Happy, no coração do Jardim Botânico do Estado do Rio de Janeiro., um hub criativo revolucionário, criado para fornecer uma programação cultural, educativa e social de qualidade para o público infantojuvenil. Com sua estreia impactante e a visão vanguardista da empresa, a Aventurinha trilha um caminho de destaque na economia criativa, liderando uma nova era de entretenimento brasileiro destinado às futuras gerações.

Sobre o Circuito Cultural Bradesco Seguros

Manter uma política de incentivo à cultura faz parte do compromisso do Grupo Bradesco Seguros considerando a cultura como ativo para o desenvolvimento dos capitais do conhecimento e do convívio social. Nesse sentido, o Circuito Cultural Bradesco Seguros se orgulha de ter patrocinado e apoiado, nos últimos anos, em diversas regiões do Brasil, projetos nas áreas de música, dança, artes plásticas, teatro, literatura e exposições, além de outras manifestações artísticas. Dentre as atrações incentivadas destacam-se os musicais “Bibi – Uma vida em musical”, “Bem Sertanejo”, “Les Misérables”, “70 – Década do Divino Maravilhoso”, “Cinderela”, “O Fantasma da Ópera”, “A Cor Púrpura” e “Concerto para Dois”, além da “Série Dell’Arte Concertos Internacionais” e a exposição “Mickey 90 Anos”.

Informações: www.bradescoseguros.com.br/circuito_cultural

 




Entrevias inicia fundações da maior ponte do Estado de São Paulo

 

A Entrevias Concessionária de Rodovias deu início às fundações da ponte Engenheiro Gilberto Paim Pamplona, a maior do Estado de São Paulo, que fica sobre o Rio Tietê e liga as cidades de Novo Horizonte e Pongaí, no centro-oeste paulista. Com 2,4 quilômetros de extensão, a estrutura receberá 124 estacas, sendo 112 dentro do rio e as restantes incorporadas às cabeceiras. A duplicação é executada ao lado da atual estrutura, no sentido leste da SP-333 – Rodovia Dr. Mário Gentil, entre os quilômetros 229,960 e km 232,400.

Para a realização dos trabalhos são utilizadas balsas e embarcações de apoio. Todos os equipamentos necessários para a obra ficam nessa estrutura de apoio náutico, como é o caso do guindaste com o martelo de cravação de tubos que fazem parte das estacas, por exemplo, além de outros equipamentos para limpeza da tubulação, armação e concretagem das estacas.

Como funciona

As balsas são posicionadas no local exato para cravação dos tubos, também chamados de “camisas metálicas” que servirão de forma para execução das estacas. Após a cravação, é feita a limpeza das camisas e inserção da “gaiola” de armação e a concretagem de baixo para cima, expulsando a água ali contida.

O cuidado ambiental é primordial na execução desta grande obra. Todo material retirado de dentro dos tubos, água e solo, é lançado em uma barcaça para a separação. Após a decantação, o solo é levado para análise e encaminhado para o descarte em local adequado, fora do leito do rio.

A ponte Porto Ferrão em números

  • 2,4 km de extensão
  • 15 metros de altura no vão central
  • 125 metros de extensão do vão central

Para erguer a nova ponte, a Entrevias irá utilizar vigas pré-moldadas de concreto e, também, o método construtivo de Balanços Sucessivos em seu vão central de 125m, o qual garantirá a manutenção da navegação da Hidrovia Tietê-Paraná. Serão utilizadas mais 3,9 mil toneladas de aço, 5 mil caminhões de concreto e mais de 3 quilômetros de estacas.

“Este é o nosso investimento mais marcante, seja pela complexidade ou pelo seu tamanho, pois será a maior ponte do Estado de São Paulo. Uma obra que vem sendo planejada há anos pela Entrevias e será executada dentro dos mais elevados padrões de engenharia. Em conjunto com os mais de 100 km de duplicações que já estão em execução, esta ponte será tornará a nossa rodovia mais segura e confortável para os nossos clientes”, afirma o diretor de Engenharia, Paulo Negreiros.

Duplicação

Com 271 quilômetros de extensão sob concessão da Entrevias, a SP-333 está agora com obras de duplicação em 111 quilômetros, em sete segmentos e 14 dispositivos de acesso e retorno em construção:

  • Tarumã: duplicação do km 411,250 ao km 422,500 (extensão total 11,250 km) e implantação de 1 novo dispositivo no km 414,750.
  • Tarumã: implantação de 1 novo dispositivo no km 425,25, em Tarumã
  • Assis/Florínea: duplicação do km 427,050 ao km 444,520 (extensão total 17,470 km) e implantação de 2 novos dispositivos no km 433,950 e km 440,630 entre Assis e Florínea
  • Guarantã: duplicação do km 273,160 ao km 295,485, com 2 novos dispositivos.
  • Borborema a Pongaí do km 212,450 ao km 245, com 4 novos dispositivos
  • Duplicação da maior ponte do Estado de São Paulo, entre Pongaí e Novo Horizonte.
  • Pongaí/Guarantã: duplicação do km 245 ao km 273,160 com 4 novos dispositivos.



Volta às aulas e compra de material escolar: que direitos têm o consumidor?

 

 

 

 

Apesar das férias escolares, o mês de janeiro movimenta escolas, estudantes e suas famílias em busca do material que deverá ser utilizado ao longo do ano, desde lápis, caneta e borracha até cadernos, mochilas e outros itens. Estabelecimentos como papelarias e lojas especializadas aproveitam para renovar o estoque, oferecer kits e promoções e vender materiais tradicionais e outras novidades. Entretanto, a advogada especialista em direito do consumidor, Larissa Nishimura, do Escritório Batistute Advogados, alerta para os direitos que o consumidor tem nessa época do ano.

“O consumidor precisa ficar atento não apenas em relação aos abusos que possivelmente possam ser cometidos pelos estabelecimentos comerciais, mas, também, ponderar sobre os materiais escolares solicitados pelas escolas”, afirma Larissa. De acordo com ela, as instituições não podem exigir materiais que sejam de uso coletivo, seja para os alunos seja para a escola, nem obrigar os pais ou responsáveis a comprarem os materiais em um determinado local. “Inclusive, algumas escolas vendem um item ou outro, mas os pais ou responsáveis não devem ser obrigados ou induzidos a comprarem o material na escola ou qualquer loja indicada, com exceção de uniforme e materiais didáticos produzidos pela própria escola, como apostilas, por exemplo, que devem ser previstos em contrato.”

Da mesma maneira, os estudantes precisam ser livres para escolherem ainda as marcas dos produtos que irão comprar e utilizar ao longo do ano. “A gente sabe que algumas marcas são melhores que as outras, mas a lista de material não deve indicar a marca porque nem todos os alunos têm condições financeiras de comprar um produto melhor e mais caro que o outro. Não deve haver essa diferenciação”, alerta Larissa. A advogada ressalta ainda que as escolas devem solicitar a quantidade prevista a ser utilizada, nada a mais que possivelmente acabe sobrando no fim do ano. “Se, ao longo do ano, for necessário, aí sim a escola solicita completar o material que acabou.”

Na era das compras online, continua valendo o direito do arrependimento, ou seja, se os pais ou responsáveis compraram um material escolar através do site de uma loja, poderão desistir da compra no prazo de sete dias, contados a partir do recebimento do produto. “O material comprado poderá ser devolvido nesse prazo, com frete pago pela loja vendedora”, ressalta a especialista. Se houver problemas, o consumidor poderá acionar os órgãos de proteção e defesa do consumidor ou, em casos mais sérios, procurar um advogado de confiança.