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Diocese de Assis

 

Toda a vida cristã está baseada no modelo de vida do Cristo: suas ações, suas palavras, seus sentimentos, seus pensamentos, seus gestos, sua postura, sua mentalidade, sua sabedoria, seu amor, sua compaixão, sua misericórdia, seu perdão, sua ternura, sua percepção, sua sensibilidade, seu zelo, sua atenção, sua verdade, sua sinceridade…

O cristianismo, portanto, não é, simplesmente, uma ideologia, mas, um ideal; não é uma doutrina, mas, um itinerário de vida; não é uma convenção, mas, uma convicção; não é crença, mas, é fé.

Neste sentido, cristão é aquele que, identificado com o Cristo, se con-figura a ele. Isto é, torna-se um outro Cristo; sem deixar de ser o que é, assume, como sendo seu as ações, as palavras, os sentimentos, os pensamentos, os gestos, a postura, a mentalidade, a sabedoria, o amor, compaixão, a misericórdia, o perdão, a ternura, a percepção, a sensibilidade, o zelo, a atenção, a verdade, a sinceridade… do Cristo. A esse respeito, Tomas Kempis, no passado (1441), falava em Imitação de Cristo. O Evangelho fala de ser santo como o Senhor é Santo. Não são duas verdades que se excluem, mas que se completam. A prática da fé, pela imitação do Cristo, faz chegar à santidade. E santidade deve ser o escopo (meta) da vida.

Ora, quando muita gente pensa que a busca de santidade anula a natureza humana, como fazer da santidade uma meta sem se tornar desumano consigo e com os outros?

É preciso ter claro que, a santidade não desumaniza a pessoa, pelo contrário, totaliza, completa, plenifica. Porque o ideal de santidade pressupõe a realização da pessoa total e não de uma parte dela.

O grave problema de quem considera a busca da santidade como um risco à humanidade de uma pessoa, é a visão compartimentada e fragmentária de tudo.  Ora, quem fragmenta tudo, enxerga tudo através da limitada condição dos fragmentos. De tal forma que a referência de valor, de sentido, de verdade… será sempre pequena.  Por exemplo: quem não vê o tempo para além de um só dia, vai querer tirar proveito de tudo só naquele dia; quem não vê a fome para além da comida, não vai passar de um comilão; quem não vê o trabalho para além do dinheiro, vai continuar sendo um escravo remunerado; quem não enxerga o dinheiro para além do possuir, não vai deixar nunca de ser materialista; quem não enxerga o sexo para além do prazer, nunca resolve as suas obsessões e desvios.

O ideal cristão de santidade pressupõe a natureza humana: suas fraquezas e forças; suas limitações e grandezas, suas contingências e necessidades; seu nada e seu tudo…

Na fé, a visão de homem total (santo) é a de homem Feliz. E isso só é possível fazendo coincidir felicidade com santidade, santidade com realização e realização com prazer.

O grande desastre da vida humana é que, uma inversão, arbitrada pela fragmentarismo, coloca o prazer como princípio de tudo. Nisto está a derrocada do homem porque o hedonismo faz ponte com o individualismo, com o materialismo, com o egoísmo e com muitos outros “ismos” que esvaziam e escravizam.

As bem-aventuranças de Jesus, em Mateus 5,1-12, oferecem um programa de vida, onde o ideal de felicidade é a realização da pessoa em sua totalidade. Tomando como ponto de partida as realidades não negadas (mas assumidas) da vida, mostra como é possível ser feliz. A proposta, presente ali, é de felicidade e, não simplesmente de alegria.  Porque alegria é sempre algo passageiro; vem e vai rápido. A Felicidade, ao contrário, é algo mais duradouro e precisa de mais tempo para se consolidar para se tornar realização. Porque ela pode chegar não só através de uma alegria, mas também de uma tristeza.

Bem-aventuranças! Vale a pena conferir LENDO-AS e TRAZENDO-AS para a vida.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS 




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Desde que o mundo é mundo, o conflito humano tem sido sua marca registrada. A história raramente foi um mar de rosas, pois que suas guerras e contradições sempre estiverem presentes aqui e acolá. Dessa forma, parece-nos que a luta pela sobrevivência tem em seu bojo a necessidade do combate corpo a corpo e as guerras tornam-se uma necessidade natural de se escrever essa história narrando as vitórias e conquistas dos que podem mais. Como se a glória fosse mérito dos mais fortes. Como se a purificação estive sempre do lado dos poderosos. Como se o direito à vida fosse um contínuo processo seletivo só concedido àqueles que cantassem vitórias no campo de batalhas.  Assim, de uma guerra à outra, de uma bomba aqui, um morteiro ali, um massacre ao lado ou uma invasão mais além, vamos construindo nossa história com o direito de pisotear os mais fracos. Essa é a razão de qualquer guerra. Esse é o conflito existencial que escrevemos, ontem, hoje e sempre!

Então toda e qualquer guerra é justificável? Esse é o perigo maior que molda a opinião pública quando declaramos nossas guerras. Primeiramente se estabelecem as razões. Depois o lado, o posicionamento pró ou contra, a necessária divisão de forças. Então, seja o que Deus quiser! Mas Deus não quer nada disso, ao contrário, Ele é  e sempre foi o mediador de todo e qualquer conflito. Tanto que Jesus, o Príncipe da Paz, foi bem claro e suscinto em sua promessa de recompensa aos que buscam a santidade em meio às contradições da vida humana: “Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9). Aqui não se encontra espaço que justifique uma situação a favor de qualquer tipo de guerra ou conflito armado. A paz é antes o único caminho capaz de nos promover e devolver à raça humana a dignidade de “filhos”, a razão maior e mais gratificante daqueles que buscam e encontram seu vínculo consanguíneo com o Criador. Ser elevado à categoria de filhos de Deus é a maior glória, a vitória suprema que justifica qualquer renúncia ou sacrifício em favor da paz.

Quando, pois a Igreja se posiciona contrária a qualquer tipo de guerra, não está tomando partido a favor deste ou daquele lado. Não é o Papa um mediador de conflitos, nem um negociador da paz em favor do mais fraco, como muitos possam pensar ou dizer. A bandeira cristã não tem cor. É branca como a pureza de uma alma sem segundas intenções, senão o ideal do Reino de Deus entre nós. Não vamos colocar nas declarações da Santa Sé as divergentes opiniões que as Nações Unidas deixam escapar com o veneno da parcialidade que forja nossas justificativas. A opinião dos que constroem a Paz não tem lado, nem cor, nem raça, nem crença. Por isso muitos não compreendem o lado neutro dos que se posicionam contrários a qualquer tipo de conflito. Buscam por primeiro o diálogo, a moderação, a cautela. São incompreendidos e injustiçados, mas também é na retidão desse posicionamento que a Igreja estende seu manto de Mãe e Medianeira entre Deus e os homens. Porque, como Igreja que somos, ainda podemos ouvir de seu Mestre e Senhor: “Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós por causa de mim” (Mt 5, 11).

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 




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Dia 18 de outubro foi o dia de São Lucas e, por conseguinte, dia do médico. Mas, quem afinal de contas, é o médico? Como o vemos? O que dele esperamos? Como o tratamos? Quando o procuramos? Somos amigos ou apenas clientes dos médicos? Em todas as profissões existe negligência. Tal fato compromete ou justifica as nossas constantes generalizações? Sabemos identificar, realmente, os problemas que merecem uma chamada de atenção dos médicos? Ou somos daqueles que falam da pessoa pra todo mundo e, menos para o interessado? Talvez, quem sabe, a melhora de algum profissional da medicina está dependendo de uma crítica mais verdadeira e direta da sua parte.  Crítica que não é direta e sincera é apenas fofoca. E, fofoca estraga a vida de qualquer vivente, inclusive de quem a alimenta.

Como é difícil agradar as pessoas. A dificuldade aumenta quando está associada à incompreensão. De fato, ninguém é perfeito. E, não dá para exigir 100% de eficiência de nenhum ser humano. Mas as pessoas são implacáveis, parece que têm um grande estoque de defeitos para jogá-los sobre aqueles que, segundo os julgamentos circunstanciais precisam de um rótulo.

A incompreensão e rotulação sobre os médicos acontecem sob diversos aspectos. Se atendem depressa são chamados de “dinheiristas”; se atendem devagar são “embrulhões”. Se erram num diagnóstico ou cirurgia são chamados de açougueiros; se acertam, nem um muito obrigado – “não fizeram mais do que a obrigação”, dizem. Se não receitam remédio, não são bons médicos; se receitam é porque estão ganhando comissão.

Rótulos e mais rótulos… Vá entender o povo!

ASSIM DIZ A PALAVRA: “Honre os médicos por seus serviços, pois também o médico foi criado pelo Senhor…” (Eclesiástico 30,1-4.6-14).

Você conhece os médicos de sua cidade? Já precisou do serviço deles? Contentou-se apenas em pagar-lhes ou foi-lhes, também, agradecidos? Já parou para pensar que, por mais limitado que seja um médico, precisamos de um para a nossa saúde? Você é também daqueles que detesta determinado médico só porque fulano disse isso, disse aquilo…?

Uma última pergunta: você teria pique para ser médico? Faria o que faz um médico?

O dia 18 de outubro já passou, mas, visite um médico para agradecê-lo e incentivá-lo no trabalho; ofereça alguma prece a Deus por ele; mande-lhe um cartão; faça uma chamada telefônica dando-lhe os parabéns; motive uma outra pessoa para fazer o mesmo. Lembre-se, muitos são os que criticam e procuram destruir com palavras mas, poucos são os que incentivam, valorizam e reconhecem o valor e o serviço dos outros. Se você quiser, pode ser um daqueles que incentivam e não sucumbem ao falatório sem freio.

Aos médicos dizemos: Perseverem na profissão, não como simples meio de capitação de recursos, mas como justo “ganha pão”; não como executor de técnicas, mas como quem está a serviço da vida; não como quem tem um número de inscrição junto ao Conselho de Medicina, mas como quem tem compromisso ético; não como quem não se aproxima para não se envolver, mas como quem se envolve para curar; não como quem atende em função do relógio, mas da necessidade do paciente; não como quem trata de um estranho, mas como alguém que cuida de um irmão.

ORAÇÃO: Senhor Deus, médico dos médicos, abençoai e santificai todos os médicos; dai-lhes sabedoria e discernimento para a boa realização do seu ofício; conduzi os seus passos para que possam ir ao encontro dos enfermos; sustentai as suas mãos para que promovam a cura dos males e doenças. Dai-lhes vida longa. Amém!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




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O maior educador do mundo não cursou nenhuma faculdade. Seu ministério durou apenas três anos, mas sua doutrina atravessa milênios e produziu o maior acervo humano de estudos e considerações sobre o que ensinou com divina maestria. É claro, nos referimos ao detentor de toda Sabedoria, o Mestre dos mestres, Jesus de Nazaré.  Todo educador tem uma característica especial no ofício de ensinar. Seja no aspecto da abordagem, no tom da voz, na postura física, nos meios que usa ou mesmo no olhar, cada mestre utiliza-se de seus carismas para cativar a atenção de seus ouvintes e lhes transmitir novas lições, conceitos, ideias. É o segredo da pedagogia autêntica: cativar primeiro, transmitir depois.

Teria Jesus algumas dessas artimanhas? Quando completou doze anos, procurou os professores da época, os doutores da Lei. Foi ensinar aos mestres. Dizem os Evangelhos que aquela criança especial ensinou mais do que buscou aprender. A idade não era impedimento para manifestar a Sabedoria de que era detentor. Tranquilamente, sem alarde, sem presunção, o menino se pôs entre os doutores, “ouvindo-os e interrogando-os”. Pôs se à escuta, para conhecer o terreno. Algumas perguntas, como quem nada quer, possibilitaram-lhe avaliar melhor aqueles que se arvoravam em conhecedores da doutrina, senhores da Lei de Moisés, guardiões da conduta e da moral do povo de Deus. Mas o menino se dava a conhecer aos poucos. Com uma observação aqui e um comentário ali, revelou-se paulatinamente, a ponto de todos se silenciarem para melhor atenção às suas palavras. “Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas” (Lc 2,47). Fazia um preâmbulo para a mensagem que traria anos depois. Sua hora ainda não chegara! O menino Jesus “crescia em sabedoria e graça”, buscando os elementos básicos para aprimorar seus métodos de ensino, a mais perfeita das pedagogias da cultura humana.

Aos trinta anos, “cheio de força do Espírito, voltou para a Galileia”, para oficializar seu ministério. “Ensinava nas sinagogas e era aclamado por todos”. Sua oratória possuía um timbre especial – não o dos grandes oradores – permeado pela simplicidade, sabedoria e a verdade límpida e cristalina de uma revelação de amor. Em Nazaré, onde se criou, ousou ler um trecho de Isaias (16) e o atribuiu como referência à sua pessoa. (O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu e enviou-me para anunciar…) Tranquilamente enrolou o livro e afirmou com simplicidade: “Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir” (Lc 4,21). Aqui começou a divisão. Aqui se plantou a discórdia dentre seus ouvintes. Poderia um simples filho de carpinteiro, conhecido de todos, arrogar para si tão sagrada missão?

A possibilidade de sucesso na arte de ensino exige, muitas vezes, o uso de máscaras, falsetes, jogo de cintura e até flexibilização de alguns conceitos, quando se quer conquistar um discípulo. Muitos dos nossos mestres se vendem dessa forma. Ensinam o que o aluno quer e não o que sua matéria pontifica. São cautelosos com suas doutrinas, para não ferir conceitos e costumes enraizados na cultura do ouvinte. Medem seus passos, no intuito de cativar um mínimo de simpatia. São condescendentes com práticas, ideias ou comportamentos às vezes contrários às próprias convicções. Falseiam a verdade que conhecem. Temem críticas à matéria ou comentários contra suas pessoas.

O Mestre dos mestres fez de sua doutrina um tesouro escondido, que se revela aos que o buscam com esforço pessoal. Não como aqueles que se inflam de sabedoria humana e facilmente se perdem dentro da prepotência do saber. O maior educador do mundo, apesar de detentor da sabedoria divina, aprendeu de sua paciência em observar a cultura humana. Soube, como ninguém, valorizar as lições de casa, atribuindo a si próprio toda sabedoria humana: “Eu sou o caminho, a verdade, a vida”…

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




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Se existir uma devoção mística capaz de preencher todas as carências e sensibilidades, anseios e necessidades, temores e audácias do animal que somos, essa figura tem um nome: mãe. Não há, em toda e qualquer estrutura humana de formação ou simples sobrevivência de um indivíduo, elemento mais importante e com funções tão bem definidas do que a figura materna. Nem biológica, nem psicológica, nem espiritualmente falando. Mãe é tudo; protetora, formadora, conselheira, companheira… Mãe é desafio, incentivo. Alegria nas vitórias, tristeza nas quedas, lenitivos nas dores, solidariedade sempre. É vida!

Por isso mesmo, a vida espiritual do ser carente e conflituoso que caracteriza o humano seria órfã sem a figura materna. Todas as religiões exaltam, de uma forma ou outra, a importância mística da maternidade. Jesus nos deu Maria. Seu significado e importância na vivência espiritual do cristão é o que de mais precioso herdamos durante o processo da obra redentora do Filho gerado – e não criado – como fruto bendito de um ventre feminino. Se neste coube tamanho milagre, quando o Criador se fez criatura, imaginem quantos mais caberiam em seu colo de amor infinito? A mãe de Cristo, por mérito e lógica da fraternidade que é centro da identidade cristã, tornou-se natural e consequentemente a mãe de todos o que se dizem irmãos em Cristo. Ou não? Discordar dessa lógica é negar a doutrina que nos faz irmãos.

Por isso, as manifestações marianas ao longo desses dois milênios de fé cristã é prova de que o zelo maternal de Maria cumpre seu papel. Não há em qualquer quadrante desse mundo terreno onde chegou a mística cristã, país, povo ou comunidade que não possua uma devoção mariana sob títulos dos mais diversos e representativos. Da misericórdia ao bom conselho. Da rosa mística à coroa das tristes chagas. Desatadora dos nós à rainha dos céus, estrela da manhã, lume da esperança. O ébano negro da África nos trouxe um de seus mais recentes títulos: Nossa Senhora do Dízimo, como a nos lembrar a triste negritude dos continentes que não partilham um pouco mais de suas riquezas ou ignoram a função santa da dimensão social da nossa fé. Mas ao povo brasileiro restou o título mais singelo, a revelar aquela que simplesmente apareceu entre nós, emergiu negra em sua concepção venerável, que se cobriu com o manto azul das estrelas e da abóboda do nosso céu abençoado pelo cruzeiro que aqui resplandece. Aparecida… aquela que se revelou e repetiu entre nós o milagre da pesca abundante. A mãe a nos ensinar o ofício do filho, a nos desafiar como Ele: “Lançai novamente as redes”!

Trezentos anos depois, aqui estamos. Relembrar esses fatos não pode ser apenas um momento comemorativo, um episódio histórico que tomou conta de nosso povo e fez da nossa mãe morena a padroeira da nação, a rainha da nossa fé cabocla, ainda adolescente em seu compromisso missionário. Ainda somos um povo carente de maturidade evangélica e, como tal, necessitado da proteção materna da Senhora de Aparecida, bem como da proteção sempre maternal da Santa Madre Igreja, esta que exerce a função de Maria entre nós. Quem vê Maria com o respeito e a admiração que devotamos às nossas mães, reconhece também a autoridade da mãe Igreja… Porque em ambas, Maria e Igreja, o que resplandece por primeiro é a doutrina do Mestre, para a qual tanto a Mãe quanto a Igreja ainda nos ensinam: “Fazei tudo o que Ele vos disser”! Trezentos anos não é nada. Estamos ainda engatinhando em nossa devoção. Mas esta dá ao mundo as provas de nosso respeito e admiração. A Maria devotamos o maior santuário mariano do mundo. Tijolo por tijolo, estamos construindo uma mística de gratidão materna que não se vê com tanta intensidade quanto aqui devotamos. Prova de amor e gratidão. Prova de fé, como bem cantamos nesta data: “Solidários no sacrário, missionários queremos ser. Pequenina, restaurada, a sua imagem nos ensinou a ser um povo que não sabe esmorecer”.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 




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Estamos no meio do mês de outubro!

E, você poderia me perguntar: “o que isso tem de novidade”?

E eu lhe responderia: “Nada! A não ser que este é o único outubro do ano de 2023, o que é óbvio; que nunca vamos ter um outro outubro de 2023, o que é outra obviedade; que o final de ano está próximo, que é mais óbvio ainda. Mas, não é tão obvio assim, que o seu 13º antes de chegar já está comprometido; que no próximo pleito podemos encontrar eleitores mais maduros; que a situação de crise ético-moral brasileira pode despertar os cristãos a serem menos omissos; que as prisões poderão ser, também, para os intocáveis do país; que os salários astronômicos no futebol inspire uma revisão salarial responsável dos verdadeiros trabalhadores do Brasil; que o crime seja detido; que a honra do trabalho não se dobre ao dinheiro…

Outubro, hoje, é, no mínimo, uma inquietação para todos nós!

Não dá para olhar para trás e, simplesmente, dizer: “não me lembro o que se passou” ou “o que passou não importa” ou, ainda “eu recupero nos próximos meses”.

O ano 2023 está, praticamente, no fim. Outubro é prova cabal disso.  E não adianta dizermos que o tempo está passando rápido demais. O tempo está correndo com a mesma velocidade de sempre. O tempo tem sua ordem e se movimenta no ritmo. O tempo não faz concessões de horas, nem de minutos, nem de segundos e muito menos de centésimos ou milésimos de segundos. Nós, sim, estamos demasiado vagarosos.

É hora de reagirmos frente às exigências de um novo tempo!

“Desperte, você que está dormindo. Levante-se dentre os mortos, e Cristo o iluminará. Estejam atentos para a maneira como vocês vivem: não vivam como tolos, mas como homens sensatos, aproveitando o tempo presente, porque os dias são maus. Não sejam insensatos; ao contrário, procurem compreender a vontade do Senhor. Não se embriaguem com vinho, que leva para a libertinagem, mas busquem a plenitude do Espírito” (Efésios 5,14-18).

“Debaixo do céu há momento para tudo, e tempo certo para cada coisa: Tempo para nascer e tempo para morrer. Tempo para plantar e tempo para arrancar a planta. Tempo para matar e tempo para curar. Tempo para destruir e tempo para construir. Tempo para chorar e tempo para rir. Tempo para gemer e tempo para bailar. Tempo para atirar pedras e tempo para recolher pedras. Tempo para abraçar e tempo para se separar. Tempo para procurar e tempo para perder. Tempo para guardar e tempo para jogar fora. Tempo para rasgar e tempo para costurar. Tempo para calar e tempo para falar. Tempo para amar e tempo para odiar. Tempo para a guerra e tempo para a paz”. (Eclesiastes 3,1-8).

“Portanto, aquele que julga estar em pé, tome cuidado para não cair. Vocês não foram tentados além do que podiam suportar, porque Deus é fiel e não permitirá que sejam tentados acima das forças que vocês têm. Mas, junto com a tentação, ele dará a vocês os meios de sair dela e a força para suportá-la” (1Coríntios 10,12-13).

“…busquem o Reino de Deus e a sua justiça, e Deus dará a vocês, em acréscimo, todas essas coisas. Portanto, não se preocupem com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações. Basta a cada dia a própria dificuldade” (Mateus 6,33-34).

Não precisamos deixar o tempo passar e nem o amanhã chegar para tomarmos iniciativas de mudança, seja ela qual for.

O fundamental é que nos tornemos protagonistas, sujeitos, atores principais… e não meros coadjuvantes atrás de nossa própria sombra.

Devemos olhar cada dia como se fosse o primeiro, o último e, o único. Afinal somos nós que fazemos a nossa história!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




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UMA ANDORINHA NÃO FAZ VERÃO

Ainda é primavera, é verdade. Mas as primeiras incursões de andorinhas americanas em meu quintal já anunciam o verão. Logo serão milhares, em revoada lírica sobre nossos telhados, fugindo do inverno do hemisfério norte, mas deixando aqui seus alaridos e dizendo a todos que sol e calor lhes dão energia para voos tão longínquos. Fazem-me pensar na beleza da vida e no esforço de sempre a louvar, apesar da árdua viagem longe dos ninhos. Aqui encontram mais calor, mais alimentos, luz e beleza…

Aves migratórias seguindo o rastro do Sol! Pudéssemos também nós entender o sentido dessa viagem em nossas vidas! Pudéssemos trazer para nossa existência a lição que esse esforço inspira! Em especial neste mês missionário! Em especial quando somos convidados a refletir sobre o valor de nossa presença neste mundo, no qual temos por ideal cristão a tarefa de levar conosco a bagagem de nossa fé, a vida missionária. Não é uma tarefa que se cumpre por obrigação, mas razão de ser, essência da missão que um dia recebemos no ninho das nossas origens cristãs. Não preciso aqui repetir os refrãos que sibilam em nossos ouvidos desde a catequese, mas toma-los com mais critérios para alimentar nossa viagem neste mundo, nossos voos existenciais em busca do verdadeiro Sol, a luz que nos ilumina por completo, a razão de nossa fé. Eis pois: é Deus quem nos alimenta, nos aquece e nos revela a beleza da vida cristã.

Mas as andorinhas nos ensinam. Uma só não faz verão. Sozinha não faz borbulhar o espetáculo de um mistério da natureza, seus voos repletos de lições de sobrevivência, de encantamento, de louvor. Quem nunca se encantou com elas? Eis que o conjunto é que faz o espetáculo. Eis que na vida missionária da igreja que somos, uma única voz soa a um grito no deserto, não convence, não revela a importância da luz que nos atrai, não faz verão. Dai a importância de uma vida missionária coesa, em sintonia com as diretrizes da Igreja, em harmonia com os ensinamentos de Cristo, em concordância com os riscos que uma viagem tão longa e misteriosa – a vida – nos faz realizar com alegria e determinação. Não importa a distância. Não importa o quadrante, o hemisfério, o terreno árido ou fecundo, mas são estes o destino onde nossa missão se realiza, permanente ou momentaneamente, para saudarmos a vida e glorificarmos seu Criador, nossa Luz.

Unamos nossas forças nessa viagem. Deus nos guia e nos conduz em direção à vida. Sem bolsas, sem alforjes. Ensina-nos a viagens mais audaciosas em nossos planos existencialistas. Quer-nos em sintonia com Ele, confiando sempre em sua Providência. Dá-nos o alimento necessário, não só o pão de cada dia, mas igualmente o pão do céu, sua palavra em nossa boca. Assim se constrói um espírito missionário. Aberto para o mundo e para sua realidade. Confiante nos planos de Deus. Sejam estes bem realizáveis dentre os nossos, no mundinho de nossas origens ou em terras distantes, onde sua luz e sua inspiração nos guiou para também lá fazer brilhar os mistérios da nossa natureza divina. Isso tudo não é subserviência à sua vontade, mas transbordamento da verdade que domina uma criatura agradecida pelo dom da vida. Somos sujeitos da transformação que sonhamos para o mundo. Um mundo sem os cravos da violência, da corrupção, da fome e da injustiça que vemos campear em todos os hemisférios, de norte a sul, leste a oeste. Como andorinhas em revoada, a soma dos esforços individuais que nossa doutrina nos pede será a grande contribuição da presença missionária de nossa Igreja no mundo. Não menosprezemos essa força que temos, essa capacidade de transformar o mundo com nossa ação e presença, o voo missionário para anunciar novos tempos aos homens. Afinal, nossas ações concretas de fraternidade e misericórdia confirmam nossa missão: “Enviados para testemunhar o Evangelho da Paz”. Nada mais.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 




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Santa Teresinha do Menino Jesus (nascida em 1873), Tem um testemunho eucarístico belíssimo. Sua vida, à semelhança do Cristo, está marcada pelo sacrifício da vida-à-serviço e do amor-doado: “Minha vocação é o amor” exclama Teresinha. “Jesus! Quero amá-lo; amá-lo como nunca foi amado.” Tereza enfatiza: “Que ele me dê um amor sem limites.” Noutra passagem diz: “A todo preço quero colher a palma; se não for pelo sangue, é necessário que seja pelo amor! Não quero senão esta ciência, porque eu não tenho nenhum outro desejo, senão este: amar Jesus até a loucura!” E, mais uma vez assevera: “O amor é devotado a Deus sem reserva, e sempre cheio de reconhecimento, não deixa de confiar nele, ainda quando lhe parece estar desamparado” (Imitação de Cristo III 5,7).

Tal foi o amor de Santa Teresinha, na aceitação do sofrimento. Foi neste ponto que se revelou maravilhosamente sua virtude de força e sua vida, profundamente eucarística.

Indagando sobre o sofrimento, Teresinha pergunta: “Como Deus, que nos ama tanto pode ser feliz quando sofremos?…” E, a resposta não tarda a ser sugerida pelo seu próprio coração: “Oh, Não! Jamais nosso sofrimento o torna feliz. Esse sofrimento nos é necessário; então ele no-lo envia como que virando a cabeça.” E com a maior simplicidade Terezinha testemunha: “Custa-lhe (a Deus) aproximar-nos da fonte das lágrimas, mas sabe que é o único meio de nos preparar para o conhecermos como ele se conhece, para tornar-nos, também, deuses.” A grande questão é que “não estamos ainda em nossa pátria, e a tentação deve nos purificar como o ouro sob a ação do fogo”.

Teresinha estava com apenas quatorze anos de idade e já compreendia a utilidade do sofrimento: “É bem verdade que a gota de fel deve ser misturada a todos os cálices e, eu penso que, os espinhos ajudam muito a nos desprender da terra; eles elevam nosso olhar acima deste mundo.”

O pensamento de que a nossa vida de provação neste mundo é apenas uma passagem, “uma noite numa má hospedaria”, a consolava docemente, projetando sobre todas as suas cruzes um clarão bendito da eternidade.

Escrevendo, certa vez, à sua irmã Celina dizia: “o tempo é apenas uma miragem, um sonho… Deus já no vê na gloria, Ele desfruta de nossa beatitude eterna!.. Oh! Quanto este pensamento faz bem à minha alma! Compreendo, então, porque nos deixa sofrer…”

Com sincera disposição do coração, Teresinha admite: “A provação amadureceu e fortificou minha alma, de tal sorte que nada mais neste mundo me pode contristar”.

Compraz-se em meditar a vida de Jesus e de sua Mãe. Vendo, então, que Deus não lhes poupou sofrimento, aprecia melhor os seus próprios sofrimentos e diz: “Jesus, no seu amor imenso, nos escolheu uma cruz preciosa entre todas… Como nos queixar, quando ‘ele mesmo foi considerado como um homem ferido por Deus e humilhado?’” (Is 53,4).

Jesus nos resgatou pela cruz! Para cooperar com ele na redenção do mundo, é preciso que paguemos o mesmo tributo. Por isso diz: “Jesus tem por nós um amor tão incompreensível, tão delicado, que nada quer fazer sem nos associar a si. Quer que tenhamos parte com ele na salvação das almas. O criador do universo espera a oração, a imolação de uma alma pequenina para salvar uma multidão de outras, resgatadas como ela, ao preço de seu sangue.”

De modo mais contundente, afirma: “Precisamos viver de sacrifícios; sem isto a vida seria meritória?” (…) “Oh! Não percamos a provação que Jesus nos envia; não faltemos à ocasião de explorar essa mina de ouro…”

Em tão poucas linhas, aprendemos com Santa Teresinha do Menino Jesus, que é impossível parar de sofrer, como muitos propõem. Isso é um absurdo! Possível é, dar sentido ao sofrimento. E, o sentido está no fato de que o sofrimento é participação no Mistério de Cristo.

PE. EDVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

 

Alma de criança, coração de menina apaixonada. Assim podemos resumir a  vida de uma jovem, doutora e mestra da fé pequena, porém grandiosa em sua simplicidade e prática devocional. Uma simples agulha perdida e diligentemente recuperada era um gesto de amor a Deus. Sua via de humildade e santidade provocou não só um sorriso na face serena de uma estátua a representar Maria, como também a tornou conhecida no mundo como a menina das coisas simples. Dotada de muitos dons, dentre os quais a arte da pintura, um dia registrou a inocência de um menino a brincar num belo jardim, povoado por pássaros e rosas e vigiado pela Divina Face. Esse quadro tornou-se sua obra prima a registrar o que poderia ter sido um dia na vida do menino Jesus. Aos quatorze anos foi aceita, por concessão papal, como noviça num convento carmelita, onde viveria durante longos e reveladores dez anos… Longos no sofrimento de uma tuberculose fatal, mas reveladores na alegria de uma fé imortal. Morreu em plena juventude, aos 24 anos. De quem estamos falando?

De uma doutora da Igreja. Tão auspicioso e raro título foi lhe concedido pelo Papa João Paulo II, em 1997, centenário de sua morte. A razão desse título foi justificada pela preciosa tese sobre a Infância Espiritual, que a tornou conhecida como santa das pequenas virtudes e práticas devocionais capazes de provar seu extremado amor ao Menino Jesus. Dai ser conhecida como Terezinha do Menino Jesus. Esse, sim, seu título primeiro, o nome que escolheu para viver na clausura de um convento carmelita.

Falamos também de uma grande missionária, a maior delas, a padroeira de todas as missões católicas. Assim a reconheceu o Papa Pio XI, em 1927, que lhe concedeu o título de Padroeira Universal das Missões sem nunca ter saído de sua terra. Como assim?  Toda pessoa que, no lugar onde vive, serve como missionária do amor de Deus. Ela mesma nos diria como, mostrando-nos na prática seu extremado amor pelos sacerdotes e missionários do mundo, pelos quais vivia em perene oração e intercessão, além de lhes enviar cartas de incentivo. Dizia: “O que conta é o amor, só o amor. Ser missionário não é uma questão geográfica, mas uma questão de amor”. Amor pelas causas de Deus.

Santa das Rosas. Gostava de atirar pétalas quando o Santíssimo passava à sua frente. Amava o perfume das rosas. Um dia ganhou de uma das freiras um pau seco, um estorricado galho de roseira, que plantou no jardim do convento. Não demorou muito e aquele ramo quase morto produziu sua primeira flor. Dizem que continua a florescer até hoje, às vezes até mesmo durante o inverno, como aconteceu no dia de sua morte. Aquele galho ofereceu à jovem moribunda uma bela rosa que encheu de perfume o ambiente de sua agonia final. “Foi como se uma chuva de rosas caísse sobre ela”, testemunhou uma de suas companheiras.

Hoje, cento e cinquenta anos após seu nascimento, mais um Papa entra nessa história, para dignificar a pureza dessa alma santa. Papa Francisco assina agora mais uma de suas Cartas Apostólicas, relembrando a vida de uma jovem apaixonada. Diz Francisco: ”No ano em que celebramos o 150 aniversário de Santa Terezinha do Menino Jesus, peçamos a graça de amar Jesus como ela amou, de lhe oferecer nossas provações e dores, como ela o fez, para que seja conhecido e amado por todos”. Morreu aos 24 anos. Seu livro de memórias, intitulado “História de uma alma”, tornou-se o maior best-seller religioso dos tempos modernos.

          WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 




Diocese de Assis

 

Tudo é de Deus e leva a marca e o selo de autenticidade do Criador.

Criatividade e originalidade são as marcas de sua obra. Nada igual: tudo único e irrepetível. Não existe rascunho, nem forma, nem cópia!

Porque tudo é de Deus, tudo é sagrado e bendito; tudo é bem feito e bonito; tudo é mistério infinito; tudo é bom!

É esta a expressão bíblica que caracteriza o final de cada dia da criação: “e Deus viu que era bom!” Quando da criação do ser humano, no sexto dia, a expressão ganha uma ênfase de intensidade: “e Deus viu tudo o que havia feito, e tudo era muito bom” (Gn 1,31).

A obra de Deus não para. Deus continua trabalhando, com as próprias mãos. Agora, não para criar originalidades; elas já existem, estão ai, e, são completas. Embora deterioradas, exploradas e mal tratadas por nós.

Agora, o trabalho de Deus se concentra na restauração do homem…

A melhor obra de Deus precisa de ajustes diários e permanentes; precisa de obediência e correção; precisa de disciplina e conversão; precisa de virtude e direção; precisa de recomeço e perdão; precisa de amor e comunhão; precisa de santidade e libertação; precisa de fé e salvação; precisa de vida nova e ressurreição.

O que teria acontecido com a melhor obra de Deus?

Por que toda a originalidade das coisas permanecem completas e a do ser humano não? Por que é preciso ajustes diários e permanentes? Teria Deus falhado em alguma coisa?

Nada de errado na criação do ser humano.

Tudo está de acordo com o plano original da criação: a melhor obra do Deus Criador estará, sempre, em suas mãos. Quem foi feito à imagem e semelhança do Criador e, recebeu do seu Espírito, precisa de retoques permanentes em vista desta verdade.

Isso não fere, em nada, a liberdade que o próprio Deus Criador imprimiu na consciência e garantiu na essência humana. Pelo contrário é em vista desta liberdade, sempre ameaçada pelo pecado que, o Deus criador recria, incessantemente. Assim nos lembra São Paulo na carta aos Gálatas: “Cristo nos libertou para que sejamos verdadeiramente livres. Portanto, sejam firmes e não se submetam de novo ao jugo da escravidão” (Gl 5,1).

São Propósitos do Criador:

Jeremias 18,1-6: “Palavra que Javé dirigiu a Jeremias: ‘Levante-se e desça até a casa do oleiro; aí eu comunicarei minha palavra a você’. Desci até a casa do oleiro e o encontrei fazendo um objeto no torno. O objeto que ele estava fazendo se deformou, mas ele aproveitou o barro e fez outro objeto, conforme lhe pareceu melhor. Então veio a mim a palavra de Javé: Por acaso será que não posso fazer com vocês, ó casa de Israel, da mesma forma como agiu esse oleiro? – oráculo de Javé. Como barro nas mãos do oleiro, assim estão vocês em minhas mãos, ó casa de Israel.”

Isaías 49,14-16: “Sião dizia: ‘Javé me abandonou, o Senhor me esqueceu!’ Mas pode a mãe se esquecer do seu nenê, pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas? Ainda que ela se esqueça, eu não me esquecerei de você. Veja! Eu tatuei você na palma da minha mão; suas muralhas estão sempre diante de mim.”

Isaías 44,2-5: “Assim diz Javé, que o fez, que o formou no ventre e o auxilia: Não tenha medo, meu servo Jacó, meu querido, meu escolhido. Vou derramar água no chão seco e córregos na terra seca; vou derramar meu espírito sobre seus filhos e a minha bênção sobre seus descendentes. Crescerão como planta junto à fonte, como árvores na beira dos córregos. Um vai dizer: ‘Eu pertenço a Javé’. Outro se chamará com o nome de Jacó; outro ainda escreverá na palma da mão: ‘De Javé’. E como sobrenome tomará o nome de Israel.”

Porque tudo é de Deus, Ele cuida!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS