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Diocese de Assis

Se tudo o que a gente faz tem conseqüências, da mesma forma, tudo o que nos é confiado, acarreta responsabilidade.

Quando olhamos para uma liderança, em qualquer extrato social, ela tem responsabilidade coletiva na realização da missão que lhe foi confiada, uma vez que, antes mesmo da expectativa que existe nas pessoas, em relação a essa liderança, existe uma confiança que foi depositada em seu serviço, quando lhe foi atribuído o referido encargo. Assim sendo, se alguém não quer arcar com a responsabilidade que pesa na  missão  recebida, ou deve renunciar ou nem receber o encargo. Mas, se recebeu, conscientemente, a missão estará sujeito a tudo o que este ofício tem de atribuição específica, no direito e no dever.

No mês da Bíblia estamos estudando o livro de Josué e, o subsídio de estudo deste mês, nos oferece a análise de duas lideranças, junto ao povo de Israel, nas lutas que envolvem a conquista da terra prometida. Trata-se da liderança de Josué (Js 1,1-9) e a liderança de Acã (Js 7,1-26).

Vamos aos fatos

Em Js 1,1-9, Josué e apresentado como alguém que dará continuidade à liderança de Moisés, frente ao povo, como servo, obediente aos mandamentos da Lei do Senhor. Isso fará dele uma figura exemplar.

O estudo indica que, não é possível identificar Josué com um “chefe militar, dado que a conquista da Terra Prometida e a sua distribuição para as tribos de Israel estão condicionadas à observância da Lei de Moisés. A fórmula ‘sê forte e corajoso’ tem a finalidade de introduzir uma exortação antes de uma batalha ou de uma campanha militar Somente em Js 1,7 temos uma advertência quanto à observância da Lei. Assim, a exortação ‘sê forte e corajoso’ não é para encorajá-lo a enfrentar os inimigos sobre o campo de batalha, mas para observar a Lei dada a Moisés.

Em Josué 7,1-26, é apresentado o segundo exemplo de liderança, encarnado na pessoa de Acã. A situação que envolve Acã é a postura, sem discernimento, em relação à Lei do Senhor.

O estudo indica que, “Israel estava avisado de que não poderia pegar absolutamente nada que pertencia aos povos dos territórios que eram derrotados, pois tudo deveria ser consagrado a Deus. Se alguém transgredisse as normas do Senhor, traria o extermínio a todo o acampamento. Acontece, porém, que Acã transgride essa norma e pega os bens de Jericó, atraindo para todo o povo a ira divina. De fato, ao declararem guerra contra Hai, um povo não numeroso, os israelitas são derrotados e ficam amedrontados, à semelhança dos inimigos nas batalhas anteriores (Js 2,25; 5,1). Diante da derrota, Josué suplica a Deus, “acusando-o” de ter abandonado o seu povo. Mas Deus se defende e informa a Josué que Israel violou a Alian ça, ao renegá-lo e ao roubar os despojos de Jericó que lhe pertenciam. Consequentemente, não adianta suplicar ajuda, mas, sim, é necessário eliminar da comunidade aquele que cometeu o delito. Acă confessa seu pecado, é executado por lapidação (apedrejamento) e enterrado no vale de Acor, que signifi ca “Vale de Desgraça”.

O mesmo estudo apresentado pelo subsídio traz as provocações do Papa Francisco que, na carta encíclica Fratelli tutti, dedica o capítulo V para refletir sobre “A melhor política”, que é vista como aquela que está a serviço do bem comum. Afirma que o verdadeiro político é aquele que coloca a “dignidade humana no centro”, e que o amor político se expressa no “reconhecer todo ser humano como um irmão ou uma irmã”. Ao terminar esse capítulo, o papa elenca as seguintes perguntas, destinadas aos líderes políticos: “Quanto amor coloquei no meu trabalho? Em que fiz progredir o povo? Que marcas deixei na vida da sociedade? Que laços reais construí? Que forças positivas desencadeei? Quanta paz social semeei?”.4 Que essas questões também possam ajudar-nos a avaliar nosso modo de exercer a liderança na comunidade, na pastoral, no trabalho; ou, até mesmo, que possamos confrontá-las com nosso comportamento com relação às pessoas que nos circundam.

PE. LIDERANÇA E RESPONSABILIDADE COLETIVA




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O livro de Josué está dentro do conjunto dos livros históricos. Aliás, esse livro é o primeiro na seqüência desses livros históricos. E, certamente, o motivo que faz jus a esse lugar é a importância das questões sobre a Terra, levantada pelos seus escritos e porque, também, Josué e considerado como profeta pois, Deus revelou a ele sua vontade, que deveria ser transmitida ao povo, do mesmo modo como fez com Moisés: “Depois da morte de Moisés, servo de Javé, Javé falou a Josué, filho de Nun, auxiliar de Moisés” (Js 1,1) e “Javé disse, então, a Josué: ‘Mande que os sacerdotes que levam a arca do testemunho subam do Jordão’.” (Js 4,15-16)

A questão da terra, no livro de Josué é tratada dentro de duas grandes abordagens: a entrada/tomada de posse terra (Js 1-12) e a sua distribuição entre as tribos (Js 13-22)

Para chegar na Terra Prometida, o Povo de Deus fez uma longa travessia pelo deserto. O povo segue impulsionado pela promessa, feita por Deus, de terra fecunda e descendência numerosa, aos patriarcas e matriarcas. Por outro lado e, ao mesmo tempo, levam, na vida, o peso de uma longa historia de escravidão no Egito e acreditando.

Em hebraico o nome de Josué significa “Deus Salva” ou “Que o Senhor salve”. Ora, o significado do nome de Josué tem tudo a ver com o sentido do seu chamado e sua missão, como líder do povo de Deus, indo à sua frente.

A entrada na terra de Canaã é o resultado da ação conjunta das tribos, sob a liderança de Josué. Mas, isso só se realiza porque Deus é presença fiel à sua promessa.

A realização da promessa acontece como um Dom Maior. Não se trata, apenas, de possuir um lugar para morar, trata-se de viver uma nova história à base de uma Aliança e viver como um povo que o Senhor conquistou por sua fidelidade.

O livro de Josué, nesse sentido, é a memória viva dos acontecimentos que dão conta de uma nova mentalidade que deverá perdurar para sempre, no coração do povo de Deus.

A Terra é um Dom que Deus prometeu e realiza sob o testemunho de Josué.

Essa visão e consciência vai ficando mais clara, a medida que o povo caminha, experimentando a fidelidade de Deus e tropeçando em suas próprias infidelidades. É no tempo do exílio que, a duras penas, o povo vai compreendendo a necessidade de obedecer a Lei porque, uma vez perdoado da infidelidade e levado de volta à terra de Israel, não vão experimentar mais a destruição. A terra é dom de Deus, mas, para permanecer nela, é preciso a fidelidade do povo à Aliança que Deus estabeleceu e sustenta com seu amor e fidelidade.

Além do dom da Terra, o livro de Josué tem uma outra temática: a importância de um bom líder, fiel à vontade de Deus capaz de estabelecer a unidade de todo o povo de Israel. Daí se entende que, Josué não é um guerreiro, nem tão pouco um conquistador: ele é alguém que cumpre as normas dadas por Deus. Na verdade as vitórias são de Deus que, também, é fiel às suas promessas.

A imagem guerreira de Deus e dos seus servos, na terra de Canaã visa colocar em relevo a seriedade do compromisso assumido com Deus, numa aliança bilateral. Deus estabeleceu um pacto com o povo, exigindo a fidelidade de ambos. Se o povo é fiel obterá as bênçãos e uma das bênçãos é, justamente, a eliminação dos inimigos.

“O que Javé tinha ordenado a Moisés, seu servo, também Moisés ordenou a Josué, e Josué cumpriu: não deixou de realizar nada do que Javé tinha ordenado a Moisés. Desse modo, Josué tomou essa terra toda: a região montanhosa, o Negueb, toda a terra de Gósen, a planície, a Arabá, a serra de Israel e sua planície, desde o monte Pelado, que sobe na direção de Seir, até Baal-Gad, no vale do Líbano, ao pé do monte Hermon” (Js 11,15-17).

 

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




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          Não. Não há nada de errado com o título. O contrário da dependência é ser livre, soberano. Por isso, a maior e a melhor das aspirações da vida humana é sua independência, seu livre arbítrio que lhe proporciona escolhas, lhe permite opções entre acertos e desacertos, entre caminhos e descaminhos, entre amores verdadeiros e paixões efêmeras, entre a vida e a morte. Quem imagina e aceita impedimentos nas suas decisões pessoais, assim, sem mais nem menos? Qual povo, em sua história de ideais coletivos, não aspira à liberdade e ao direito de administrar suas próprias escolhas, para si e para os seus? Tudo isso sabemos de cor e salteado com nossos conceitos de soberania.

          Algo, porém, não exala bons fluidos nos quarteis de Abrantes. Na teoria, a prática é outra – dizem estes – mas ninguém, por mais impudico ou mal intencionado em suas ações politico-sociais, é capaz de apagar o DNA da liberdade humana, essa que mesmo tolhida e desrespeitada, permanece irretocável e inquebrantável em sua força de mobilização das massas. De nada lhes serve o jogo de artimanhas e falcatruas políticas, de distorções jurídicas, de contradições religiosas… A consciência popular é clarividente. Engana-se uma ou duas vezes, mas nunca para sempre… Um dia a casa cai. E cai em cima dos engenheiros do engodo, do oportunismo, da malversação dos fatos… Porque toda Verdade, além de soberana, também é independente. Não precisa de margens turbulentas ou plácidas para revelar sua face de amor e esperança sempre contida no rosto do povo. A imagem do cruzeiro sempre resplandece como sinal de vitória.

           Às vezes a linguagem enigmática de uma parábola restringe o fulgor de uma crítica, um alerta que se ouse fazer. Tal qual o presente. Estamos dependentes de um sistema, uma circunstância, um momento ou transição que seja, mas não estamos aprisionados. A maior e mais sagrada ferramenta de um povo soberano e seu poder de escrutínio, seu direito ao voto. Esse uma faca de dois gumes, pois dependendo da forma consciente de seu uso é que construiremos o futuro que sonhamos. Ou desdenhamos. O poder do voto é a espada alçada aos céus, no grito de uma liberdade realmente desejada, que nos sinaliza a vida ou a morte dos sonhos acalentados. O desastre é proporcional à consciência deste. Se a maioria tem conhecimento dessas ameaças, então temos a oportunidade de correção de rumos. Mas se apenas uma minoria se dá conta das trevas, dos furacões, maremotos e terremotos a rondar esplendidos e ingênuos berços, oremos: Salve, salve!

          Um voto é o sagrado direito da escolha. Não se cumpre esse dever como uma mera ação simbólica, mas direito de cidadania. Através desse direito o cidadão constrói sua própria dignidade, fazendo ecoar na pessoa do escolhido os direitos e deveres que toma para si próprio. Se a escolha for negligente, azar o seu. Arque você com sua irresponsabilidade. Mas se por trás de um voto consciente houver toda uma cadeia de valores sociais, comunitários e até convicções pessoais ou religiosas, com certeza, esse governo, essa liderança, esse escolhido para representá-lo terá a unção do sagrado, a autoridade do Soberano que nos conduz e governa sem dependermos de maiores tutelas. Sem bolsas, sem alforjes, sem esmolas…  Sem os grilhões da espada ou de qualquer jugo de morte. Porque o homem livre é aquele de dá um voto de confiança aos próprios sonhos e crenças. “A espada! A espada está afiada e polida” (Ez 21,14).  Depende de seu voto.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

         




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Josué era, ainda, jovem quando Deus o escolheu para uma grande missão: liderar o Povo de Deus, continuando a caminhada que, Moisés, iniciara saindo do Egito, em direção à terra prometida.

Que desafio!

Josué, certamente, se sentiu pequeno, fraco, desqualificado, incapaz, impotente e incompetente para uma missão tão difícil. Não era para menos. Quem era ele para continuar a obra de Moisés? Quem era ele para guiar o povo de Deus?

Mal sabia Josué que a competência da missão que Deus entrega nas mãos de uma pessoa, não depende de mais ninguém do que do próprio Deus que chama e envia.

Vamos recuperar o capítulo 1 do livro de Josué para vermos onde esta o sentido, a força, a motivação e a força para a missão

Contexto do Chamado de Josué

“Depois da morte de Moisés, servo de Javé, Javé falou a Josué, filho de Nun, auxiliar de Moisés: ‘Meu servo Moisés morreu. Agora levante-se e atravesse o rio Jordão, com todo este povo, para a terra que eu vou lhes dar. Todo lugar que a planta dos pés de vocês pisar, eu o dei a vocês, conforme prometi a Moisés. O território de vocês irá desde o deserto até o Líbano, e desde o grande rio Eufrates até o mar Mediterrâneo, no ocidente’.”

Promessas e Advertências de Deus para que se cumpra a missão

“Ninguém poderá resistir a você durante toda a sua vida. Assim como estive com Moisés, estarei também com você: nunca o abandonarei nem o deixarei desamparado.

Seja firme e corajoso, porque você fará esse povo herdar esta terra que jurei dar a seus antepassados. Apenas seja firme e corajoso, para cumprir toda a Lei que meu servo Moisés lhe ordenou. Não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, e você terá sucesso em todos os seus empreendimentos.

Que o livro dessa Lei esteja sempre em seus lábios: medite nele dia e noite, para agir de acordo com tudo o que nele está escrito. Desse modo, você será bem-sucedido em seus empreendimentos e sempre terá sucesso.

Sou eu que estou mandando que você seja firme e corajoso. Portanto, não tenha medo e não se acovarde, porque Javé seu Deus está com você aonde quer que você vá.”

Josué assume a missão como lhe confiou o Senhor

Então Josué ordenou aos oficiais do povo: “Passem pelo meio do acampamento e dêem esta ordem ao povo: ‘Abasteçam-se de víveres, porque dentro de três dias vocês atravessarão o rio Jordão para tomar posse da terra que Javé seu Deus lhes dá’”. Josué disse aos rubenitas, aos gaditas e à meia tribo de Manassés: “Lembrem-se do que lhes ordenou Moisés, servo de Javé: ‘Javé seu Deus concede repouso a vocês e lhes dá esta terra’. As mulheres, crianças e rebanhos de vocês ficarão na terra que Moisés lhes deu na Transjordânia.

Vocês, porém, todos os homens de guerra, atravessarão o Jordão bem armados, na frente de seus irmãos, para ajudá-los, até que Javé conceda descanso aos seus irmãos, da mesma forma que deu a vocês, e até que eles também tomem posse da terra que Javé seu Deus lhes dá. Então vocês poderão voltar para a terra que lhes pertence e tomar posse da terra que Moisés, servo de Javé, deu a vocês na Transjordânia, no lado oriental.”

A resposta do povo à missão de Josué

“Eles responderam a Josué: ‘Faremos tudo o que você nos ordenou e iremos para onde você mandar. Obedeceremos a você, da mesma forma que obedecíamos a Moisés. Basta que Javé esteja com você, assim como estava com Moisés. Quem se revoltar e não obedecer às suas ordens, sejam quais forem, será morto. Basta que você seja firme e corajoso’.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS

 

 




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Todos os anos, no mês de setembro, a Igreja chama a todos para voltar-se, com ênfase e especial zelo, para a Sagrada Escritura, estudando um texto ou um livro da Bíblia, para melhorar aspectos importantes do seguimento e da missão que recebemos.

No mês da Bíblia deste ano o livro de estudo é Josué. O Tema é tirado do próprio livro de Josué: “O Senhor teu deus está contigo por onde quer que andes” (Js 1,9).

Existe todo um trabalho em torno desta atividade que envolve o Brasil todo, criando uma dinâmica de participação, inclusive com a produção de subsídios, dentre os quais, um livro de estudo.

Na Introdução do Livro de estudo, fica esclarecido que: “O ‘Mês da Bíblia’ é uma atividade da Igreja do Brasil, iniciada em 1971, e pretende ser um tempo privilegiado para aprofundar o estudo de um livro ou uma temática bíblica. O tema do Mês da Bíblia de 2022 é o Livro de Josué e o lema é ‘O Senhor teu Deus está contigo por onde quer que andes’ (Js 1,9). Eles foram escolhidos pela Comissão Pastoral de Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e por outras instituições bíblicas, entre elas, o Serviço de Animação Bíblica (SAB/Paulinas).”

Na mesma introdução são apresentadas as motivações temáticas: “O motivo principal para a escolha do Livro de Josué é a comemoração dos 200 anos da “Independência do Brasil” (1822). Desse modo, desejamos que, ao estudar a entrada do povo hebreu na Terra Prometida e a distribuição da terra entre as tribos, conforme narra o Livro de Josué, possamos também refletir sobre a importância da terra em nossa história, alimentar a esperança e perceber em toda a trajetória do povo brasileiro a presença benevolente de Deus, que conduz a história.”

Aproveitando ainda das informações presentes na introdução do livro de estudo do mês da Bíblia, “O Livro de Josué, no Antigo Testamento (AT), dá início aos livros denominados históricos, sendo o primeiro na se quência dos escritos bíblicos após os livros que compõem o Pentateuco. Na Bíblia hebraica, isto é, no AT, esse livro está inserido no bloco dos chamados “profetas anteriores”, dado que Josué é considerado um profeta, pois Deus lhe revelou a sua vontade, que deveria ser transmitida ao povo (Js 1,1; 4,15-16), à semelhança de Moisés.”

O livro de Josué é uma viagem interessante para o centro da experiência do Povo de Deus que, liderado por um jovem imbuído do espírito de Moisés, precisa fazer escolhas de fidelidade, tendo em vista a Aliança do próprio Deus presente e atuante em seu meio.

“O tema central do Livro de Josué é a entrada do povo de Deus na Terra Prometida, após a longa travessia pelo deserto, em busca da libertação da escravidão do Egito (Ex-Dt) e do cumprimento das promessas feita aos patriarcas e matriarcas (Gn 12-50). A entrada na terra de Canaã é o resultado da ação conjunta das tribos sob a liderança de Josué. Porém, isso só será possível por causa da presença do Senhor e da fidelidade do povo aos seus mandamentos. Além da tomada de posse da terra (Js 1-12), temos a sua distribuição entre as tribos (Js 13-22).”

Vale a pena entrar nesse estudo e descobrir, em cada página do livro de Josué, a inquietante luta para manter a memória do Deus presente, numa história da libertação e numa caminhada que aponta para a construção de uma grande nação.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS 

 




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          Nada é mais odioso e socialmente incômodo às relações humanas do que a presença de um coração empedernido, insensível, indiferente, petrificado. Quem o possui não merece respeito, mas temor. A pessoa assim descrita certamente tem em seu currículo um histórico de mando e desmando, posturas autoritárias, características ditatoriais. Imaginem esse coração pulsando num peito de um líder, um governante, um imperador! Imaginem essa pessoa pública conduzindo uma nação, tentando impor suas vontades, suas ideias e ideários políticos, seus tentáculos de ordem social completamente avessos aos interesses e necessidades populares. Um coração desse naipe jamais conduziria um povo à santa e sonhada liberdade.

          Pois imaginem que, ironicamente, para comemorar nossa bicentenária independência, trouxemos de Portugal o coração petrificado de D. Pedro, aquele que um dia fez ecoar entre nós seu brado de “Independência ou Morte”! Nada é mais sintomático e oportunamente sádico, tétrico, fúnebre que esse mórbido símbolo da nossa independência. Aquele coração que um dia pulsou de amor pelo seu povo, que rasgou seus laços familiares e pátrios com a terra-mãe, essa que nos governou por séculos e nos ensinou os primeiros passos como civilização douta e culta, que nos deixou a língua como identidade de um povo unido em seus ideais… aquele coração não merecia ser incomodado em seu silencio no exílio que sofreu! Não. Nem na violação de sua urna sepulcral! Nem no desrespeito por tudo que sonhou de bom para nosso país. Não tínhamos esse direito!

          Se hoje podemos contemplar os contornos daquele coração enrijecido pelo formol da história, lembremo-nos que estamos diante de um músculo que um dia foi carne e sangue, que ajudou a construir nossa história de liberdade e nos fez sonhar com ela ao romper seus laços com a tirania, a escravidão, a exploração injusta contra nossa soberania mais que merecida. Agora, decorridos duzentos anos, pouco temos a comemorar se considerarmos os passos ainda inseguros dessa república de contradições. Um país de contrastes não somente territorialmente, mas também social. Os sonhos de liberdade continuam sonhos. Nossa soberania campeia. “Desafia o nosso peito a própria morte”. Então esse coração petrificado, do peito de Pedro, o Imperador insubordinado, inquieto e rebelde à sua monarquia anárquica, torna-se símbolo de nossas comemorações cívicas. Não poderia ser mais irônico no momento!

          Esse é nosso reino! Uma nação não se constrói com símbolos, nem desenterra seu passado para aviltar uma soberania ainda imberbe e insegura. Ao contrário, o reino que buscamos é outro, bem diferente dos cenários mórbidos que hoje contemplamos. Deixemos de lado a imagem tétrica desse coração enrijecido no formol de muitos interesses escusos. Lembremo-nos de nossa origem, como Terra da Santa Cruz, da mesma cruz que melhor representa nossos anseios de liberdade! Um dia, como povo religioso e cristão que ainda somos, haveremos de contemplar esse símbolo com mais amor e respeito. É dessa cruz que fluem nossos sonhos de um novo Reino, pois ali sucumbiu um coração verdadeiramente amoroso, que derramou seu sangue pelo seu povo. O banquete desse novo Reino ainda nos aguarda. “Vinde, benditos do meu Pai”. Não é hora de velar o passado. Mas de convidar nosso povo a celebrar sua liberdade, com mais igualdade e respeito entre nós. “Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir” (Lc 14,14). Então poderemos cantar nosso Hino com o coração nas mãos…

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Diocese de Assis

Além da teologia da vocação, cabe também aqui uma referência à eclesiologia, uma vez que o serviço às vocações está intimamente relacionado com a vida da Igreja, com a experiência eclesial de cada diocese e com os conceitos eclesiológicos presentes na mente dos que fazem a animação vocacional.

Convém começar com um olhar sobre a Igreja dos nossos dias, uma vez que a análise do texto de Lucas, vista um pouco antes, se conclui com a apresentação dos vocacionados de Jesus, chamados a “pescar” em outra barca, a barca da comunidade cristã.

Toda animação vocacional feita a partir da experiência da Igreja “Povo de Deus” (cf. LG, 9-17), deve ter a audácia de propor um seguimento de Jesus que seja, de fato, permanente escola onde se aprende que toda vocação é sempre uma vida “diaconal”: “Eu estou no meio de vocês como quem está servindo” (Lc 22,27).

Do mesmo modo, não podemos esquecer que a preocupação com as vocações deve ser de toda a comunidade cristã (OT, 2). Por isso, com muita desenvoltura e coragem, precisamos insistir no princípio de “que todos somos animadores vocacionais”, ou seja, responsáveis uns pela vocação dos outros. Cada pessoa batizada tem a responsabilidade de viver bem o chamado, mas também de contribuir para que as demais tenham condições de responder ao chamamento divino para ser gente e para seguir Jesus.

Outro dado eclesiológico fundamental é o que mostra a comunidade eclesial, como “a mediadora da vocação e o lugar de sua manifestação”. A nossa resposta vocacional precisa colaborar para que tenhamos, de fato, uma Igreja que seja espaço de ação do Espírito que quer suscitar as vocações do Pai, no seguimento de Jesus. Isso quer dizer que não é suficiente qualquer jeito de Igreja. Existe um modelo, ou se quisermos, um cenário de Igreja, que é o lugar do apelo, do chamamento divino. Os subsídios vocacionais devem contemplar essas exigências, evitando as propostas tentadoras de certo marketing religioso.

Não podemos oferecer aos cristãos de hoje apenas uma experiência do sagrado. Precisamos propor uma autêntica espiritualidade, capaz de lhes dar ânimo e coragem para continuar firmes na missão, mesmo diante dos inúmeros desafios que aparecem. Não é possível seguir Jesus Cristo nos tempos atuais sem experimentarmos quotidianamente a graça de Deus e sem o esforço para permanecermos coerentes com as exigências do discipulado. No âmbito da animação vocacional isso é ainda mais evidente. Os animadores vocacionais serão capazes de comunicar o chamado divino na medida em que forem pessoas profundamente marcadas pelo amor da Trindade (cf. 1Jo 1,1-4) e pela compaixão para com a humanidade (1Jo 4,19-21). Por sua vez, os vocacionados e vocacionadas saberão responder com prontidão ao chamamento divino quando tiverem experimentado o “mistério de Deus” (2.º CIV, 7).

Estes aspectos da teologia e da eclesiologia, se bem trabalhados na animação vocacional, irão contribuir para deixar bem claro que o povo eleito de Deus é um só. Na Igreja, embora nem todos os cristãos caminhem pela mesma via, pela mesma vocação específica, todos temos a mesma e única dignidade e igualdade no que diz respeito à nossa identidade de discípulos e discípulas de Jesus e à nossa missão de evangelizar (cf. LG, 32). Essa mesma e igual dignidade nasce do mesmo e único chamado: a vocação à santidade, à plenitude da vida cristã que vem do batismo (cf. LG, 40).

Sem um serviço de animação vocacional na igreja, corremos o risco de perder o elo entre a vocação, o serviço missionário e o batismo que nos coloca, todos juntos, na mesma atitude de escuta e resposta.

Somos todos vocacionados fazendo da Igreja, no mundo, uma atenta seguidora dos passos daquele que chama e envia à missão que é dele.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

A resposta ao chamado de Deus está ligado à escuta da sua Palavra. Responde bem ao chamado de Deus quem ouve bem! Ora, qual é o melhor lugar para se ouvir o chamado de Deus senão a comunidade? Qual é a melhor resposta ao chamado de Deus senão o serviço alegre e generoso?

A realização vocacional e o serviço às vocações está intimamente relacionado com a vida da Igreja. Convém olhar, então, para Igreja dos nossos dias. O que está acontecendo dentro da comunidade eclesial?

O Primeiro Congresso Vocacional do Brasil (Itaici – 1999), dentro de uma interpretação realista, fez a “fotografia” do interior da nossa Igreja e percebeu as mudanças profundas e rápidas pela qual passava a nossa Igreja naquele momento.

Com essa percepção, os animadores e animadoras vocacionais, presentes em Itaici, foram capazes de avaliar as diversas expressões de Igreja que se manifestavam naquela ocasião, concluindo que: estas diferentes formas de concretizar o SER Igreja têm influências significativas nas motivações que levam as pessoas “a assumir e viver a fé e a vocação”.

O grande desafio, diante disso é: colaborar eficazmente para a construção de “uma Igreja, onde todos os aspectos essenciais para a sua vida e para a sua missão, no meio da humanidade, sejam bem integrados”.

O modo como devemos motivar as pessoas para responderem positivamente ao chamado é faze-las enxergar a Igreja como um povo de servidores, dentro do pluralismo das vocações, ministérios e carismas”. Porém, tal perspectiva não é possível quando um único cenário de Igreja tende a se impor. A Igreja é diversidade!

No processo de discernimento, é necessário ajudar os vocacionados a olharem para “a decisão vocacional como um serviço aos irmãos e não como ascensão social ou busca de uma posição privilegiada na sociedade e na Igreja”.

            A radicalidade da resposta de um vocacionado, feita a partir da experiência da Igreja “Povo de Deus” (cf. LG, 9-17), é a de viver um seguimento de Jesus que seja, de fato, permanente escola onde se aprende que toda vocação é sempre uma vida “diaconal”: “Eu estou no meio de vocês como quem está servindo” (Lc 22,27).

A Igreja toda, a começar pelos consagrados, deve ser servidora do evangelho!

A preocupação com as vocações deve ser de toda a comunidade cristã. O princípio é este: “todos somos animadores vocacionais”; somos responsáveis uns pela vocação dos outros. Cada pessoa batizada tem a responsabilidade de viver bem o chamado e, também, de contribuir para que as demais tenham condições de responder ao chamamento divino para ser gente e para seguir Jesus.

            A comunidade eclesial é “mediadora da vocação e o lugar de sua manifestação”. A nossa resposta vocacional precisa colaborar para que tenhamos, de fato, uma Igreja que seja espaço de ação do Espírito que quer suscitar as vocações do Pai, no seguimento de Jesus. Isso quer dizer que não é suficiente qualquer jeito de Igreja. Existe um modelo, ou se quisermos, um cenário de Igreja, que é o lugar do apelo, do chamamento divino.

Não podemos oferecer aos cristãos de hoje apenas uma experiência do sagrado. Precisamos propor uma autêntica espiritualidade, capaz de lhes dar ânimo e coragem para continuar firmes na missão, mesmo diante dos inúmeros desafios que aparecem. Não é possível seguir Jesus Cristo nos tempos atuais sem experimentarmos quotidianamente a graça de Deus e sem o esforço para permanecermos coerentes com as exigências do discipulado.

É isso o que significa pensar a vocação como Igreja!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

 

          Não pense você que tudo o que alcançou na vida seja mérito pessoal. Talvez tenha um pouco dos esforços que fez para alcança-los, mas sem a graça das concessões celestiais, a permissão das fontes divinas, você nada teria. Nem nada seria. Na realidade, tudo o que temos e somos procede do Pai. Nesta proporção é que seremos julgados e cobrados um dia, quando a prestação de contas inevitável, mas pessoal, cara a cara, olho no olho, nos será exigida tim-tim por tim-tim. “A quem muito foi dado, muito será pedido, a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!” (Lc 12, 48).

          Assim sendo, penso no peso de carregar muitos dons e não os multiplicar. Um ícone da televisão brasileira, Jô Soares, nos deixou nessa semana. Homem multiverso, criador incansável e produtor sem limites, foi de fato um exemplo de pessoa multiplicadora dos dons recebidos. Tinha também sua fé. Nos anos setenta passou pelo MEAC – grupo missionário formado por leigos católicos do meio artístico – quando assumiu sua fé como ministro da Eucaristia. Era devoto de Santa Terezinha e tinha em sua casa uma capela dedicada à santa.  Um dia, perguntado sobre o que mais temia em vida, respondeu: “Tenho medo de parar de produzir”. Desse lado místico do grande artista poucos irão falar, mas seus dons e talentos não cansarão de exaltar. Então é isso; o que fica é o que produzimos em vida.

          O detalhe primeiro é de que esse peso da balança será igual para todos. Talvez nossa tecnologia tenha feito nos esquecer do valor desse peso, outrora denominado “fiel”, o fiel da balança. Era um peso proporcional à mercadoria que oferecíamos. Da mesma forma será proporcional ao produto que um dia ofereceremos ao Pai, lembrando que, quer queira ou não, diante dele seremos os fiéis, isto é, ser-nos-á exigida a fidelidade aos bens recebidos em vida. Crentes ou ateus, seguidores ou alheios aos ensinamentos do Mestre, a pergunta crucial será sempre a mesma: “Você foi um administrador fiel dos bens que recebeu”?

          Nessa hora não adianta improvisar. O espírito de vigilância e serviço está presente em todo ser humano, mas é a fé que irá dosar suas conquistas. “A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera” (Hb 11,1), ensinava o apóstolo ao relembrar seus antepassados e as muitas conquistas que obtiveram em vida. É preciso estar atento a essa realidade. Concomitantemente, é preciso descruzar os braços, partir para a ação, buscar sem cessar. Fé exige obras; fé é serviço. De nada adianta termos em mãos os instrumentos de trabalho para grandes realizações na vida, se o comodismo, a inércia, a preguiça nos impedem maiores conquistas. Nada cai do céu gratuitamente. Vigiai, pois, e orai. Aqui a oração ganha o sentido da ação, do trabalho constante que um homem de fé desenvolve para nunca decepcionar seu patrão, aquele que conduz e governa suas ações.

          Como vemos, tudo é questão de mérito pessoal. O ponto de vista de um nunca será o mesmo do outro, mas o final da história, sim. Essa é igual para todos. Então seremos julgados de acordo com os bens que nos foram confiados e o bom uso ou não que deles fizemos. Essa é a nossa realidade. Nada nos pertence, mas tudo o que nos cerca foi nos dado pelo Senhor da Casa, o dono de tudo o que pensamos possuir. Na realidade, apenas pensamos. Porque o que nos sobra é proporcionalmente igual ao que somos. Nada!

          “Tenho medo de parar de produzir”, disse Jô.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 

 

           




Diocese de Assis

A existência humana mistura fé e vida.  É difícil compreender um homem que não tenha fé. Mesmo os mais incrédulos ou ateus buscam “algo” em que se sustentar. FÉ e VIDA são duas faces da mesma existência. LOGO, a nossa existência, no que diz respeito à experiência de vida e de fé, se realiza como um CHAMADO.

CHAMADOS À VIDA

Primeira Constatação: Estou vivo. É só olhar para si mesmo e sentir todo o seu corpo: cabeça, tronco e membros… dar-se conta de si.

Precisamos aprofundar o Sentido e o Valor da Vida como Chamado. Nossa vida tem sentido, por isso vale a pena viver. Enquanto estou vivendo estou dando uma resposta ao chamado que Deus me fez.

Segunda Constatação: Minha origem. Há uma história que faz referência à minha vida, que me situa desde o nascimento até a morte: Que tal fazer a sua biografia? (em dupla: fazer sua biografia – pais, irmãos, lugar de nascimento…).

A vida deve ser encarada, portanto, como um Dom, um presente de Deus. Somos como uma tríade: Deus, meus pais e eu. Deus me chamou pelo nome e me quis; meus pais me geraram e eu estou aqui. Somos da raça de Deus. É preciso que, ao longo da vida nos reconciliemos com a nossa existência.

Terceira Constatação: Foi Deus quem me chamou à vida; não sou obra do acaso! Sou único, irrepetível, indivisível. Somos obras perfeitas, amadas e queridas. Vamos recorrer a alguns textos bíblicos: Gn 1,26-28; Is 43,1-7; 44,21; Jr 1,4-8.

Precisamos “voltar” ao útero para muitos necessários recomeços. Contemplar a vida nos seus primórdios, na sua gênese, na sua matriz primordial. Precisamos recuperar as raízes humanas da nossa existência para dar mais visibilidade à nossa fé.

CHAMADOS À NOVA VIDA

Primeira Constatação: Ele me mantêm vivo. O Deus que nos criou e nos chamou à vida, também nos mantém nele, com ele e por ele. “Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim. E esta vida que agora vivo, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. Portanto, não torno inútil a graça de Deus, porque, se a justiça vem através da Lei, então Cristo morreu em vão” (Gálatas 2,20-21).

Segunda Constatação: Eu nasci de novo. Como se não tivesse bastado um nascimento, Deus nos deu um segundo: o batismo. “Jesus respondeu: ‘Eu garanto a você: se alguém não nasce do alto, não poderá ver o Reino de Deus.’ Nicodemos disse: ‘Como é que um homem pode nascer de novo, se já é velho? Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe e nascer?’   5 Jesus respondeu: ‘Eu garanto a você: ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nasce da água e do Espírito’.” (João 3,3-5).

Terceira Constatação: Foi Deus quem me chamou ao novo nascimento. Ele me quis e me fez conhecedor e me revestiu das coisas novas. “De fato, vocês foram despojados do homem velho e de suas ações, e se revestiram do homem novo que, através do conhecimento, vai se renovando à imagem do seu Criador. E aí já não há grego nem judeu, circunciso ou incircunciso, estrangeiro ou bárbaro, escravo ou livre, mas apenas Cristo, que é tudo em todos” (Colossenses 3,9-11).

Precisamos “voltar” à pia Batismal para nos colocar diante dos sinais da vida nova: a água, o óleo nossos pais, nossos padrinhos, a igreja, o padre e o ‘eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’ que apontam para o Criador e Renovador da vida.

ENVIADOS PARA A MISSÃO

  1. Um só Espírito Muitos Pentecostes: Atos 2,1-13; 4,23-31; 10,44-48; 19,1-7
  2. Um novo Pentecostes na Igreja: o Pentecostes “pessoal” que abre as comportas dos dons à pessoa; o Pentecostes “eclesial” que revela o chamado à unidade sempre no mesmo e único espírito.
  3. A Missão é de Deus; ele é que chama e envia: Envia os DOZE. Jesus chamou: Mt 10,1-4; preparou: Mt 5,1-16; 10,26-11,1; enviou: Mt 10,5-33.

Envia-NOS: Jesus nos chamou, nos preparou, nos enviou. Ef 1,3-5; O Batismo e a Missão de Jesus: Mt 3,1-4; Mc 1,9-11; Lc 3,21-22; Jo 3,1-8;  O Batismo e a Missão da Igreja: Mt 28,16ss.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS