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Diocese de Assis

Estamos chegando no final do ano e, quando chega este tempo, precisamos exercer escolhas, tomar decisões, fazer mudanças que correspondam ao horizonte de realização pessoal, profissional, familiar… Isso significa ter que parar, pensar, refletir, rezar para encaminhar tudo com maior poder de acerto. Nesse caso, é preciso planejar.

O QUE É PLANEJAR? Planejar é organizar a vida de uma pessoa ou instituição É implantar um processo de intervenção na realidade. É dar clareza e precisão à ação de uma pessoa, grupo, serviço ou instituição. É deixar de improvisar. É prever. É projetar o futuro. É pensar antes qual o melhor caminho para chegar ao objetivo.

O planejamento é um processo de tomada de decisões. É pensar ANTES, DURANTE e DEPOIS da ação. O planejamento é uma tomada de decisões para transformar a realidade em que se decidiu intervir. Quando não planejamos, improvisamos, sem perceber que outros estão planejando para nós e nos levam na conversa.  Quando as pessoas que planejam têm uma mística, uma opção de vida, uma raiz religiosa, o planejamento é uma força incomensurável de ação.

POR QUE PLANEJAR? Na medida em que queremos realizar alguma ação, precisamos esclarecer bem qual o motivo, ou quais os motivos que nos levam a realizar tal ação. Uma ação é considerada EFICIENTE quando é bem feita. Quando, além de eficiente, ela for também transformadora, será considerada EFICAZ.

Quando realizamos ações apenas eficientes, não estaremos contribuindo em nada para a transformação das estruturas injustas que nos rodeiam.

O primeiro motivo que nos leva a planejar é a necessidade de realizarmos ações EFICAZES, transformadoras. Nisto nós temos um compromisso a partir de nossa fé. Não podemos conviver com as injustiças gritantes que estão por aí. Os crescentes desafios que aparecem exigem de nós uma vida planejada.

Um segundo motivo importante que nos leva a planejar é a escassez de recursos. Quanto menos recursos tivermos, mais nossa ação precisa ser planejada.

Existe, ainda, um terceiro motivo que nos obriga a realizar ações planejadas. É a complexidade da ação! É a complexidade dos problemas. Quanto mais complexos forem os problemas ao nosso redor, mais precisamos planejar, pois, do contrário, a complexidade dos problemas vai nos absorvendo e, necessariamente, cairemos no ativismo. Esquecemo-nos do necessário e mergulhamos no urgente. Aliás, esta é uma tática do sistema dominante: tratar com superficialidade as coisas profundas e com profundidade as coisas superficiais.

PARA QUE PLANEJAR? Não basta que tenhamos claros os motivos que nos levam a realizar um planejamento. É profundamente importante que tenhamos claro também qual a finalidade das ações que vamos planejar. Aonde queremos chegar! O que pretendemos realizar. Para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve!

O planejamento não é solução mágica. Não resolve tudo e, principalmente, não funciona de forma instantânea. É um longo processo, no qual não apenas se trabalha, mas se aprende enquanto o trabalho se desenvolve. Não cobre deficiência de recursos, mas ajuda a aproveitar melhor os recursos que tivermos. Ajuda também a ver melhor a realidade, a detectar os problemas. É uma ferramenta e, como tal, não substitui os operários, mas permite que a obra ganhe qualidade e que eles possam contemplar com mais satisfação o progresso que realizam.

O ano 2023 está ai e, com ele, muitas possibilidades de realização pessoal e familiar. Quem não quiser mergulhar na frustração, por não ver as coisas se realizarem, deve se adiantar aos acontecimentos e a vida. Deve planejar.

Portanto, mãos-à-obra, há uma vida inteira para ser administrada e construída. Não deixe a vida te levar, leve-a; conduza-a. Sua hora é agora!

 

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

 

          Desde sempre, de quando em vez, Deus envia profetas ou santos para alertar seu povo. Mas, de todos os enviados até aqui, nenhum se compara à pessoa mística e curiosa do profeta João Batista, primo de Jesus. Figura realmente tosca e radical, com seus trajes que beiravam o ridículo (peles de animais e um cajado rude), com sua barba descuidada, seu olhar penetrante e sua voz possuidora do timbre de uma verdade cristalina, não era certamente uma pessoa que se aproximasse da normalidade e da sensatez das demais. Basta dizer que vivia no deserto e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre. Porém, dentro dessa radicalidade existia uma voz. E essa voz atraia multidões! Possuía o imã de um alerta geral, a coerência que levava à conversão, ao batismo em novas águas!

          Só essa análise já nos prova a importância de sua missão: preparar o povo para um novo tempo, um caminho reto, certeiro, em direção ao Cristo que vem!. Endireitar, reconstruir as estradas, apresentar o cordeiro de Deus!

          Até aqui, a figura do Batista se nos assemelha à de um demente, um louco qualquer que grita em público seus sonhos e demências da alma, que foge das razões da lógica para apregoar uma verdade não tão cristalina. Eis que chega o Messias! Eis que o machado da devastação, a ira divina, já está a postos sobre as raízes das semeaduras humanas, essas árvores da insanidade que dominam muitos dos nossos campos! Chega a hora da Verdade. Chega o momento das mudanças necessárias, da conversão radical que dará espaço ao batismo de fogo que nos traz a fé cristalina do Cristo que passa. João apela ao bom senso da purificação, mas reconhece ser este o mínimo. É preciso também deixar-se consumir na radicalidade do fogo, na imersão de um Espírito novo que só Cristo pode oferecer. “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3, 11). Só Ele tem o segredo da verdadeira fé, o “fogo que não se apaga”.

          Como vemos, o profetismo daquela voz a gritar no deserto ainda ecoa entre nós. Sua radicalidade ainda afeta nossos ouvidos e nos atrai com a mesma intensidade daquela época, pois que o mundo ainda não se deixou purificar na realidade de uma fé cristalina. Aqui reside o segredo do batismo de conversão. Nada superficial, porém estritamente transformador, radical. “Eu batizo com água, porém Ele batizará com fogo”. Equivale a dizer: “Eu purifico apenas o que nos contamina superficialmente, porém Ele abrasará nossos corações com a ardência de uma transformação interior, total, corpo e alma” …Penetrar nesse mistério é aceitar a verdadeira purificação que a fé cristã oferece ao mundo. É nessa atitude que reside a força de transformação derivada da fé cristã. Somos agentes de transformação do mundo. Somos, sim, vermes na insignificância de nossas fragilidades e pequenez, mas infinitamente mais poderosos no combate aos inimigos dessa fé.

          O comedor de gafanhotos encontrou forças na simplicidade de uma vida de contemplação e, com certeza, muita oração. Desde seu batismo no ventre materno, quando “pulou de alegria” ao sentir a presença de Jesus e Maria em sua “casa”, João Batista deixou-se conduzir pela vontade e planos divinos. Tornou-se o precursor, o preparador oficial da vinda do Messias. Reconheceu e apresentou ao povo o Cordeiro de Deus, aquele que “está com a pá na mão” para “limpar sua eira e recolher seu trigo no celeiro”. Sinta você também essa presença em sua vida. Pode pular de alegria, também!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]  

 




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As pessoas vivem procurando uma solução mágica para os seus problemas enquanto deveriam buscar uma direção para a própria vida. A questão é muito simples: é preciso tirar os olhos dos problemas e olhar para a vida. Não são os problemas ou as circunstâncias que precisam de “solução”, mas, é a vida que precisa de um sentido. Quando se vive à “caça” de “soluções”, um imediatismo absurdo toma conta do indivíduo levando-o a aceitar qualquer coisa que vem como “resposta”. Desse modo, perde-se tempo, gasta-se o coração, desgasta-se a esperança, compromete-se uma vida a troco de nada. É preciso fazer um caminho de conversão.

“Por que gastar dinheiro com coisa que não alimenta, e o salário com aquilo que não traz fartura? Ouçam-me com atenção, e comerão bem e saborearão pratos suculentos. Dêem ouvidos a mim, venham para mim, me escutem, que vocês viverão. Farei com vocês uma aliança definitiva, serei fiel à minha amizade com Davi. Fiz dele uma testemunha para os povos, um chefe que dá ordem aos povos. Procurem Javé enquanto ele se deixa encontrar; chamem por ele enquanto está perto. Que o ímpio deixe o seu caminho e o homem maldoso mude os seus projetos. Cada um volte para Javé e ele terá compaixão; volte para o nosso Deus, pois ele perdoa com generosidade” (Isaías 55,2-7).

ADVENTO E LITURGIA

Não raras vezes, modificamos o sentido das coisas, criando significados que não lhes correspondem. O Advento, por exemplo, na sua teologia e espiritualidade, não se reduz a uma comemoração da Encarnação como fato histórico; muito menos a uma preparação comercializada e consumista às festividades natalinas. O Advento não é apenas um tempo litúrgico, mas um modo de vida cristã que se caracteriza pela permanente conversão e constante vigilância. Por isso, é preciso saber o que se quer na vida para se ter a coragem de corrigir os desvios; converter-se.

SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO

O grande apelo de fé, para todos nós, no primeiro domingo do advento é a CONVERSÃO. A Palavra chave da Liturgia é: “Convertam-se, o Reino de Deus está próximo”. Mas, afinal de contas, o que é conversão?

Conversão não é a mesma coisa que mudança de religião. Existem pessoas que já mudaram de religião uma dúzia de vezes mas não mudaram de vida. Mudaram por fora, mas, não mudam por dentro.  Trocaram de casca como cobra, mas continuam com o mesmo veneno mortal. A Conversão está sempre acompanhada da fé.   Onde há fé, há sempre conversão e, onde há conversão frutifica a fé. Conversão é uma atitude de mudança, mas, não qualquer mudança.   É mudança de CRITÉRIOS; entenda-se por isso tudo aquilo que dirige e orienta a nossa vida.  É mudança de COSTUMES; entenda-se por isso todo hábito, atitude e procedimento que temos na vida.

A leituras bíblicas que serão usadas na meditação são as seguintes:

Isaías 11,1-10: “Nesse dia, a raiz de Jessé se erguerá como bandeira para os povos; para ela correrão as nações, e a sua moradia será gloriosa”

Salmo 71(72): “Que em seus dias floresça a justiça e muita paz até o fim das luas.”

Romanos 15,4-9: “O Deus da perseverança e da consolação conceda que vocês tenham os mesmos sentimentos uns com os outros, a exemplo de Jesus Cristo.”

Mateus 3,1-12: “Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia: “Convertam-se, porque o Reino do Céu está próximo.”

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




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ESTEJAM PREPARADOS

          Desde que a humanidade tomou consciência de sua fragilidade física e vida transitória, uma nova perspectiva assomou-se em seus projetos: estender ao máximo sua passagem por esse mundo! Assim, viver tornou-se uma constante batalha contra a morte. Não mais restando possibilidades de perpetuar-se em vida, eis que surge a possibilidade de perpetuar-se ao menos espiritualmente. Essa foi sua grande descoberta: a eternidade do espírito!

          Diante dessa tomada de consciência espiritual nasce a esperança de vida nova, condicionada às promessas e mandamentos divinos, que ao longo dos séculos foram reveladas por profetas e patriarcas do povo. O sofrimento, a escravidão e os abusos contra a integridade física dos mais fracos reforçaram a fé num Deus-libertador, o messias que esperaram durante séculos, aquele que derrotaria os pecados e as maledicências humanas, conduzindo seu povo para uma nova nação, um reino de paz, justiça e bonança até então sem igual neste mundo.

          No entanto, Aquele que veio adiou ainda mais esse momento: “Meu Reino não é desse mundo”. O discurso escatológico de Jesus foi como um balde de água fria sobre o sonho de muitos. Quando se dará esse dia, Senhor? Até quando suportaremos tanta dor, tanto sofrimento, tanta injustiça, desamor, ódio, desavenças? Quando virá salvar o seu povo? “A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé”, foi sua enigmática resposta. Ou seja, antes, deverá vir um novo dilúvio, uma derrocada geral sobre aqueles que ainda zombam de Deus e ignoram seus mandamentos, seus ensinamentos. Será preciso sufocar a arrogância e o ceticismo de grande maioria, para só então emergir das desgraças humanas a bandeira branca de nova vida sobre a face da terra. O ramo novo da vida renovada, trazida pela pomba branca da paz, será o selo definitivo do novo pacto de aliança entre Deus e os homens, cujo depositário fiel ainda é a nova arca da Aliança, sua Igreja, sua nova barca a navegar sobre as águas do dilúvio de imoralidades que afoga a fé de muitos.

          Não percam as esperanças. O aparente naufrágio que se abate sobre a espiritualidade humana, nos dias atuais, não foi diferente dos dias em que o Senhor “habitou entre nós” através do Cristo que se fez homem. Continua igual. Talvez por isso o tempo de Advento que nos propõe a Igreja seja esse momento santo de se renovar as esperanças por um mundo melhor. Um novo tempo! Ouçamos os clarins desse tempo, que ecoa nos corações contritos: “Dias melhores virão”!

          “Por isso, também vós ficai preparados!” (Mt 24,44). Ou seja: estejam atentos! Compreendam os sinais. Vigiem como sentinelas responsáveis, guardiões incansáveis, soldados em alerta… Orem, clamem aos céus pela misericórdia do Pai, sustentem os braços dos novos profetas que hoje bradam aos céus e gritam ao povo por mais rigor e coerência, mais virtudes e sensatez na vida de fé que dizem seguir. Não perca a esperança, povo de Deus! “Porque, na hora que menos pensais, o Filho do Homem virá”. Então, será Natal novamente. Então gritaremos “Hosanas”. Hosanas nas alturas, bendito é Aquele que vem! Hosanas ao Senhor!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




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Nosso Senhor, o Verbo de Deus, que primeiro atraiu os homens para serem servos de Deus, libertou em seguida os que lhe estavam submissos, como ele próprio disse a seus discípulos: Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai (Jo 15,15). A amizade de Deus concede a imortalidade aos que a obtêm.

No princípio, Deus formou Adão, não porque tivesse necessidade do homem, mas para ter alguém que pudesse receber os seus benefícios. De fato, não só antes de Adão, mas antes da criação, o Verbo glorificava seu Pai, permanecendo nele, e era também glorificado pelo Pai, como ele mesmo declara: ‘Pai, glorifica-me com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse’ (Jo 17,5).

Não foi também por necessitar do nosso serviço que Deus nos mandou segui-lo, mas para dar-nos a salvação. Pois seguir o Salvador é participar da salvação; e seguir a luz é receber a luz.

Quando os homens estão na luz, não são eles que a iluminam, mas são iluminados e tornam-se resplandecentes por ela. Nada.lhe proporcionam, mas dela recebem o benefício e a iluminação.

Do mesmo modo, o serviço que prestamos a Deus nada acrescenta a Deus, porque ele não precisa do serviço dos homens. Mas aos que o seguem e servem, Deus concede a vida, a incorruptibilidade e a glória eterna. Ele dá seus benefícios aos que o servem precisamente porque o servem e aos que o seguem precisamente porque o seguem; mas não recebe deles nenhum benefício, porque é rico, perfeito e de nada precisa.

Se Deus requer o serviço dos homens é porque, sendo bom e misericordioso, deseja conceder os seus dons aos que perseveram no seu serviço. Com efeito, Deus de nada precisa, mas o homem é que precisa da comunhão com Deus.

É esta, pois, a glória do homem: perseverar e permanecer no serviço de Deus. Por esse motivo dizia o Senhor a seus discípulos: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (Jo 15,16), dando assim a entender que não eram eles que o glorificavam seguindo-o, mas, por terem seguido o Filho de Deus, eram por ele glorificados. E disse ainda: “Quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória” (Jo 17,24).

A realização humana não acontece senão por relação próxima com o Senhor que se próximo de todos. Por isso, São Tiago tem uma trecho de sua carta que nos coloca frente a frente com essa determinação, seja para o sucesso, seja para o fracasso: depende de nós. Diz São Tiago em 4,1-10 de sua carta:

De onde surgem os conflitos e competições que existem entre vocês? Não vêm exatamente dos prazeres que guerreiam nos seus membros? Vocês cobiçam, e não possuem; então matam. Vocês têm inveja, e não conseguem nada; então lutam e fazem guerra. Vocês não recebem, porque não pedem; e vocês pedem, mas não recebem, porque pedem mal, com intenção de gastarem em seus prazeres. Idólatras! Vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo é inimigo de Deus. Ou vocês acham que é à toa que a Escritura diz: “Deus reclama com ciúme o espírito que ele fez habitar em nós”? Mas ele dá uma graça maior. É por isso que a Escritura diz: “Deus resiste aos soberbos, e aos humildes dá a sua graça.” Portanto, sejam submissos a Deus; resistam ao diabo, e este fugirá de vocês. Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês. Pecadores, purifiquem as mãos! Indecisos, purifiquem o coração! Reconheçam a própria miséria, cubram-se de luto e chorem! Que o riso de vocês se transforme em luto, e a alegria em tristeza! Humilhem-se diante do Senhor, e ele os elevará.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS 




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          Diante de mais uma conferência internacional sobre o clima, desta feita no Egito, região desértica por onde passa o maior rio do mundo, estamos chegamos ao final de mais um ano litúrgico, quando a Igreja nos apresenta o mais enigmático dos Evangelhos de Cristo. Enigmática a mensagem ou as circunstâncias? Não à toa, nosso Brasil também vive seu histórico momento de mudanças e cenário de guerra, destruições antagônicas. Dono da maior floresta do mundo e observado como o grande pulmão desse planeta com ares de terra arrasada, dividido em um caos político-social sem precedentes em sua história, eis que também aqui se presencia uma espécie de destruição de nossa Jerusalém terrena.

          O fato histórico é que nos anos setenta depois de Cristo a cidade de Jerusalém tornou-se uma terra arrasada, com a invasão do exército romano para conter uma revolta judaica. Não ficou pedra sobre pedra, como predissera Jesus: “Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que essas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim” (Lc 21,9). De fato, a profecia se cumpriu e, ironicamente, do belo e portentoso templo restou apenas uma parede, um muro, hoje denominado o Muro das Lamentações! Sintomático esse desastre histórico-religioso. “Essa será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé”. Essa ainda hoje é a grande herança da fé judaico-cristã, que desde então tem no espólio de uma era de glórias terrenas a grande referência de sua predileção divina. Restou-lhes tão somente lamentar uma soberania perdida!

          Nada diferente dos dias atuais. Ainda somos donos de riquezas infindas, de templos simbólicos de graças naturais e ou cívicas capazes de fazer inveja a muitos. Ainda possuímos raízes de uma fé inquebrantável e transformadora, capaz de ressurgir das cinzas e dos assustadores túmulos que a humanidade constrói para si própria, à medida que ações devastadoras de morte e destruição se sobrepõem à fé e esperança dos que buscam novo sentido para a vida ou simplesmente lutam pela sobrevivência. Essa fé está posta contra os muros do egoísmo e do hedonismo que toma conta. “Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos”, já previa o Cristo. E concluía: “É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!” E ponto.

          Então não há motivo para temer eventual destruição de uma Jerusalém terrena. Sobra-nos a Jerusalém-celeste, a cidade do alto onde impera a harmonia e a plenitude das graças e glórias celestiais. Nisso acreditamos como povo eleito de Deus. No entanto, nem por isso vamos cruzar os braços e permitir que a mão destrutiva das ambições humanas recaia sobre o paraíso terreno que aqui temos. O exército de Tito foi capaz de saquear e arrasar apenas um símbolo transitório da fé humana, o Templo, mas nenhum exército das forças que nos governam hoje será capaz de destruir o Templo de Deus que ainda somos. Atentem para essa verdade os filhos diletos da fé cristã, que ainda temem eventuais saques ou destruições hipotéticas contra sua Igreja ou família. Nosso Inimigo é forte, mas nosso Deus é maior! A terra arrasada que hoje contemplamos ainda possui o brilho de um Sol radiante e um céu azul donde fluem as chuvas de graças e bênçãos que nos revitalizam constantemente. “Destruam esse templo e eu o reconstruirei em três dias”, disse Jesus.

          WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 




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Este artigo do Creio que professamos na missa, expressa a profundidade de fé na Igreja como Obra de Deus. Podemos dizer, com os escritores da antiguidade que, na face da Igreja resplandece a Luz do Cristo! Ainda mais, a Igreja é o lugar onde floresce o Espírito. Crer que a Igreja é santa e católica, e que ela é una e apostólica é inseparável da fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

Significado de Igreja. A palavra ‘Igreja’ significa ‘convocação’. Designa a assembléia daqueles que a Palavra de Deus convoca para formarem o Povo de Deus e que, alimentados pelo Corpo de Cristo, se tornam Corpo de Cristo. A Igreja é, ao mesmo tempo, visível e espiritual, sociedade hierárquica e Corpo Místico de Cristo. Ela é una, formada de um elemento humano e um elemento divino. Somente a fé pode acolher este mistério. A Igreja é no mundo presente o sacramento da salvação, o sinal e o instrumento da Comunhão de Deus e dos homens.

Todos os homens são chamados a fazer parte do Povo de Deus, a fim de que, em Cristo, os homens constituam uma só família e um só Povo de Deus. É pela fé e pelo Batismo que se ingressa no Povo de Deus.

Os atributos da Igreja. A Igreja é UNA: tem um só Senhor, confessa uma só fé, nasce de um só Batismo, forma um só Corpo, vivificado por um só Espírito, em vista de uma única esperança.

A Igreja é SANTA: o Deus Santíssimo é seu autor; Cristo, seu Esposo, se entregou por ela para santificá-la; o Espírito de santidade a vivifica. Embora congregue pecadores, ela é imaculada.

A Igreja é CATÓLICA: anuncia a totalidade da fé; traz em si e administra a plenitude dos meios de salvação; é enviada a todos os povos; dirige-se a todos os homens; abarca todos os tempos; é missionária.

A Igreja é APOSTÓLICA: está construída sobre fundamentos duradouros: os doze Apóstolos do Cordeiro (Ap 21,14); ela é indestrutível; é infalivelmente mantida na verdade: Cristo a governa através de Pedro e dos demais apóstolos, presentes nos seus sucessores, o Papa e o colégio dos Bispos (fonte: Catecismo da Igreja Católica, nos 777-780; 802-820; 866-870).

Organização institucional da Igreja. A Igreja precisa e tem uma organização temporal, como instituição, que lhe permite realizar os trabalhos e alcançar as pessoas nos lugares mais distantes e nas situações mais peculiares de suas vidas. Desta organização nascem as figuras jurídico-canônicas que mantêm toda a sua estrutura estável e em funcionamento.

Encontramos, portanto, a Igreja organizada em arquidiocese, diocese e paróquia. Em cada uma destas instâncias de organização existe uma instância de governo. Para a arquidiocese existe o arcebispo. Para a diocese existe o bispo e, em situações próprias, o bispo auxiliar, o bispo coadjutor e o vigário geral. Finalmente, para a paróquia existe o pároco e, também em situações próprias, o vigário paroquial e o administrador paroquial.

Organização hierárquica da Igreja. Hierarquia significa a ordem de serviço estabelecida segundo algumas funções e encargos. Só é possível entender o que é hierarquia na Igreja, dentro na noção de ministério.

O próprio Cristo é a fonte do ministério na Igreja. Instituiu-a, deu-lhe autoridade e missão, orientação e finalidade. Para apascentar e aumentar sempre o Povo de Deus, o Cristo Senhor instituiu, na sua Igreja, uma variedade de ministérios que tendem ao bem de todo o Corpo.

São revestidos pelo Sacramento da Ordem, todos aqueles que devem servir a Igreja como um ‘Outro Cristo’. Desde os Doze Apóstolos até o momento presente, a Hierarquia Católica se forma dentro do mesmo princípio-poder de ligar e desligar, que foi dado a Pedro. Em outras palavras, cumpre-lhes a missão de ensinar, santificar e governar.

A Hierarquia Católica é formada em três graus: Diácono, Presbítero e Bispo. Todo o restante são títulos: monsenhor, cardeal, cônego…

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




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          Eis que Papa Francisco descobriu o mais estranho subtítulo para se definir uma nova característica política: o amor. É possível esse sentimento no mundo político, em meio a tantos disparates e oportunismo, a tamanhas distorções e jogos de interesse, às mais torpes manipulações e guerras grupais, pessoais, sociais? Será possível falar de amor no meio político? O Papa diz que sim. A partir da metade do quinto capítulo da encíclica Fratelli Tutti, Francisco vira o jogo das muitas definições e conceitos da vida política partidária, para nos falar de amor… Amor político, vejam só!

          Muitos já torcem o nariz, fazem micos, ironizam… Então o pescador teima em sua sagacidade, que bem conhece “águas mais profundas”. “Reconhecer todo o ser humano como um irmão ou uma irmã e procurar uma amizade social que integre a todos não são meras utopias. Exigem a decisão e a capacidade de encontrar os percursos eficazes, que assegurem a sua real possibilidade (180)”. Essa definição social parece longe do mundo político dos nossos dias. O governo do povo passa, por primeiro, pelo governo do indivíduo, da pessoa que faz parte dum meio. “Cada um é plenamente pessoa quando pertence a um povo e, vice-versa, não há um verdadeiro povo sem referência ao rosto de cada pessoa. Povo e pessoa são termos correlativos (182)”. Aqui entra o relacionamento humano, seus sonhos, suas lutas, conquistas e fracassos, sentimentos e ambições, tudo enfim que constrói uma vida alicerçada no mais puro dos embriões que vivifica a alma humana: o amor.

          Trata-se de uma força interior de permanente construção dos melhores sonhos humanos. Aqui entra a atividade do amor político, para modificar as estruturas de desigualdade e injustiça sociais. “Alguém ajuda um idoso a atravessar um rio, e isto é caridade primorosa; mas o político constrói-lhe uma ponte, e isto também é caridade. É caridade se alguém ajuda outra pessoa fornecendo-lhe comida, mas o político cria-lhe um emprego, exercendo uma forma sublime de caridade que enobrece a sua ação política (186)”.

          “As maiores preocupações dum político não deveriam ser as causadas por uma descida nas sondagens, mas por não encontrar uma solução eficaz para ‘o número da exclusão social e econômica, com suas tristes consequências de tráfico de seres humanos, tráfico de órgãos e tecidos humanos, exploração sexual de meninos e meninas, trabalho escravo, incluindo a prostituição, tráfico de drogas e de armas, terrorismo e criminalidade internacional organizada’ (188)”. Não se trata de simples discussão teológica-social, que desperta em muitos críticas e acusações de estar a Igreja se ocupando com assuntos que não lhe dizem respeito. Seria a degradação humana um tema fora dos contextos evangélicos? Um bom político sabe que não e por isso busca também nos princípios do amor e da caridade cristãs uma fonte de inspiração para suas ações. “Ao mesmo tempo que realiza esta atividade incansável, cada político permanece um ser humano, chamado a viver o amor nas suas relações interpessoais diárias (193)”.

          Nada aqui foge dos princípios de um bom administrador. Aquele que exerce seu mandato com a coerência de ações voltadas para o bem comum – e nunca para si próprio – demonstra amor pelo povo que representa. “Na política há lugar também para amar com ternura (194)”. Bem como em todos os setores da comunidade humana, porque amar é a vocação primeira do ser político que somos. “Por outro lado, é grande nobreza ser capaz de desencadear processos cujos frutos serão colhidos por outros, com a esperança colocada na força secreta do bem que semeia (196)”. O que se pergunta um político? O Papa responde: Ao refletir sobre o próprio passado, a pergunta será: ‘Quantos me aprovaram, quantos votaram em mim, quantos tiveram uma imagem positiva de mim’ As perguntas, talvez dolorosas, serão: ‘Quanto amor coloquei no meu trabalho? Em que fiz progredir o povo? Que marcas deixei na vida da sociedade? Que laços construí? Que forças positivas desencadeei? Quanta paz social semeei? Que produzi no lugar que me foi confiado?’ (199)”.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

Republicação oportuna




Diocese de Assis

 

Dentro, ainda, do Programa Missionário Nacional, oportunamente lançado em 2019 para o quadriênio 2019 a 2023, destacamos alguns elementos da missão que incidem em nossa identidade Cristã.

Diz o documento:

No Batismo, somos enviados como cooperadores da missão de Deus no mundo, de acordo com os carismas recebidos do Espírito Santo e confirmados pela Igreja. Somos missionários, por tanto, somos missão. Sendo assim, “não podemos ficar tranqüilos em espera passiva em nossos templos, mas é urgente ir em todas as direções para proclamar que o mal e a morte não têm a última pala vra, que o amor é mais forte, que fomos libertos e salvos pela vitória pascal do Senhor da história, que Ele nos convoca em Igreja, e quer multiplicar o número de seus discípulos na construção do seu Reino em nosso Continente!” (DAp, n. 548).

Acreditamos na força da Páscoa de Jesus e “desejamos assumir, a cada dia, as alegrias e esperanças, as angústias e tristezas do povo brasileiro, especialmente das populações das periferias urbanas e das zonas rurais – sem terra, sem teto, sem pão, sem saúde lesadas em seus direitos”. Tais direitos já foram garantidos na Constituição Brasileira.

A Igreja é sempre chamada a estar em saída, mesmo quando dificuldades e desafios tentam impedi-la. “A Igreja ‘em saída é a comunidade de discípulos missionários que ‘primeireiam’, que se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam. Primeireiam – desculpai o neologismo, tomam a iniciativa! A comunidade missionária experimenta que o Senhor tomou a iniciativa, prece deu-a no amor (1Jo 4,10), e, por isso, ela sabe ir à frente, sabe to mar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos” (EG, n. 24).

Conforme a reflexão no Sínodo dos Bispos, em 2012, que teve como tema: A “Nova Evangelização para a transmissão da fé crista (EG, n. 14), foram destacados três âmbitos da missão evangelizadora:

  1. a) Incendiar o coração dos fiéis que já participam da comunidade para que cresçam na fé e no discipulado missionário (pastoral ordinária);
  2. b) Cuidar das pessoas batizadas que não participam da vida da comunidade para que redescubram a pessoa e a missão de Jesus, tendo como caminho o processo de iniciação à vida cristã;
  3. c) Cuidar daqueles que não conhecem Jesus Cristo, mas que trazem no coração o desejo de se encontrar com Ele. Isso se traduz no envio de discípulos missionários ad gentes, para além-fronteiras.

As palavras de Jesus: “Ide, pois, e fazei discípulos todos os povos” (Mt 28,19), definem o que deve ser a missão ad gentes no contexto sociocultural desses povos, pela presença e testemunho do serviço, do diálogo acolhedor e respeitoso e do anúncio da fé em Jesus Cristo. Para a sua concretização, não pode faltar o envio além -fronteiras de discípulos missionários devidamente preparados. A Conferência de Puebla reforça esse aspecto da missão ad gentes destacando: “A Evangelização há de estender-se a todos os povos; por isso, a sua dinâmica procura a universalidade do gênero humano” (DPb, n. 362).

A espiritualidade que deve nos alimentar é a do seguimento à pessoa de Jesus Cristo. Por espiritualidade, entende-se uma vida animada pelo Espírito. O encontro com Jesus é decisivo: “Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, dessa forma, o rumo decisivo” (DCE, n. 1).

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

As POM, Pontifícias Obras Missionárias, encarregadas de Articular, motivar e mobilizar o Povo de Deus para outubro, o mês missionário, nos propõe, neste ano, através da Campanha Missionária, a reflexão e oração em torno do tema: A Igreja é Missão. O tema faz parte de uma tríade que começou em 2020, com o tema: “A vida é missão” e, 2021, “Jesus Cristo é Missão”.

O Programa Missionário Nacional, oportunamente lançado em 2019 para o quadriênio 2019 a 2023, traz algumas reflexões muito oportunas que eu quero compartilhar.

A natureza missionária da Igreja

“Peregrinando, a Igreja é missionária por própria natureza, já que, segundo o desígnio de Deus Pai, origina-se da missão do Filho e da missão do Espírito Santo” (AG, n. 2). Com essa afirmação, o Concilio Vaticano II recuperou a concepção teológica da natureza missionária da Igreja. Deus é missão; seu amor fontal misericordioso quer comunicar-se ao mundo. Esse amor é o movimento da própria Trindade. O Filho é o revelador do amor misericordioso do Pai ao mundo e quer levar tudo ao Pai. O Espírito Santo, na sua missão trinitária, plenifica a obra do Pai e do Filho e movimenta a história para que tudo seja um com o Pai.

A Igreja surge do Filho, por obra do Espírito Santo, para participar dessa missão como “sacramento universal ou sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano” (LG, n. 1). “A intimidade da Igreja com Jesus é uma intimidade itinerante, e a comunhão ‘reveste essencialmente a forma de comunhão missionária” (EG, n. 23). A missão assim compreendida não é algo optativo, uma atividade da Igreja entre outras, mas a sua própria natureza. A Igreja é missão! “A ação missionária é o paradigma de toda a obra da Igreja” (EG, n. 15).

A missão é maior do que qualquer metodologia pastoral, movimento ou atividade. Ela revela a própria essência de Deus que tem uma Igreja vocacionada a ser testemunha de Cristo na história “A missão chama a Igreja para servir ao propósito de Deus no mundo, A Igreja não possui uma missão, mas a missão possui uma Igreja”,” Os discípulos missionários, enviados por uma Igreja local ou por uma instituição, devem estar em comunhão com quem os enviou e com a Igreja que acolhe.

“Embora exija a participação e a responsabilidade pessoal, a missão é sempre tarefa eclesial, de cunho comunitário. Não é propriedade particular restrita a alguém ou a um grupo. (…) Uma Igreja Sinodal valoriza os diversos níveis, favorecendo a participação de to dos e promovendo uma ‘salutar descentralização”. “Uma centralização excessiva, em vez de ajudar, complica a vida da Igreja e sua dinâmica missionária” (EG, n. 32).

Pelo Batismo e demais Sacramentos de iniciação à vida cristã, somos inseridos no corpo de Cristo para sermos os seus discípulos missionários, testemunhas de Jesus Cristo na vida eclesial e nos diferentes setores da sociedade. O Papa Francisco tem falado da dimensão existencial da missão: “Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo” (EG, n. 273). A vida se torna uma missão. Ser discípulo missionário está além de cumprir tarefas ou fazer coisas. Está na ordem do ser. É existencial, identidade, essência e não se reduz a algumas horas do dia: “A missão no coração do uma parte da minha vida, ou ornamento que posso pôr de lado; não povo não é um apêndice ou um momento entre tantos outros da minha vida. É algo que não posso arrancar do meu ser, se não me quero destruir” (EG, n. 273). Na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate (GeE), o Papa, usando as palavras de Xavier Zubiri, chega a afirmar: “Não é que a vida tenha uma missão, mas a vida é uma missão” (GeE, n. 27). É uma realidade de vida em que os batizados se deixam envolver pela presença de Deus e a transmitem para o mundo.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS