1

Diocese de Assis

 

          A aviação ainda é uma façanha emergente: pouco mais de cem anos de existência. O dia 23 de outubro de 1906 foi um marco. Nesta data, Santos Dumont fez o voo inaugural do primeiro aparelho mais pesado do que o ar. Uma odisseia de sessenta metros, ao redor do maior símbolo da prepotência humana da época, a torre Eiffel. De lá para cá, muitas nuvens singraram nossos céus, muitos voos alçaram a genialidade humana, a intrepidez de seus sonhos e ambições. Pouco mais de cem anos sem que nossos voos e descobertas, a conquista da Lua e a sondagem das estrelas ainda não nos tenha revelado outras vidas nesse Universo. Os alegres e efusivos anos das grandes invenções, no início do século passado, voaram céleres com a sucessão de novos inventos que transformaram o mundo.

          Assustado com o rápido aprimoramento de sua obra, em função da primeira grande Guerra (1914/18), Santos Dumont aposentou seu gênero criativo. Transferiu-se para Petrópolis, onde realizou seu último grande investimento, uma casa super futurista para a época, à qual deu um nome próximo à realidade das fábulas – a Encantada – e ali se isolou do mundo. Escreveu então seu segundo livro, “O que eu vi, o que nós veremos”. Nele fazia diversas sugestões para o bom uso de seus inventos, mas não ocultava sua mágoa e decepção pelo uso militar que faziam do avião.

          Pobre alma! Numa última tentativa de recompor seus projetos, correu mundos e fundos divulgando apelos contra a “força aérea” que destruía vidas. Nessa luta, sentia-se uma “Águia Solitária” (nome do primeiro avião a atravessar o Atlântico), mas intensificava suas viagens usando seu prestígio para demover a alma humana de suas insanidades contra si própria. Nada obteve. Ao contrário, viu desenvolver-se com voraz intensidade o aparelho que sonhara para diminuir distâncias entre os homens. Não diminuía; aumentava em função da guerra, do morticínio que proporcionava.

          Inconformado, o “Pai da Aviação” volta em definitivo para o Brasil. Prestam-lhe uma nova homenagem, com o voo inaugural do hidroplano Santos Dumont, tripulado por seis pessoas. Diante de seus olhos comovidos, o pequeno aparelho sobe vertiginosamente e desce em parafuso, sepultando-se em definitivo nas estranhas do mar. Profundamente deprimido, o grande inventor aceita como sua a culpa por essas e outras mortes que viriam com o uso do seu invento.

          Isso tudo não encerra a biografia desse grande brasileiro. Extremamente debilitado, o já velho construtor “de sonhos” isola-se numa praia paulista donde “ouve falar” da revolução que ameaça a integridade brasileira (1932). Não se conforma com tamanha insanidade entre compatriotas. No dia 23 de julho daquele ano vê aviões militares cruzar o céu anil de sua pátria em direção a um navio ocupado por brasileiros paulistas. Era o alvo de bombardeio daqueles aviões! Desesperado, Santos Dumont se suicida.

          Paixão, vida e morte desse herói aqui estão. O que ele viu, já o sabemos. O que veremos nós? Toda e qualquer invenção humana tem sempre a mão e ação divina, pois que dele provem nossa sabedoria. De nada nos serve toda ciência, quando dela fazemos mal uso. Mecânica ou imaginariamente, Santos Dumont nos ensinou: podemos voar, podemos sonhar. Mesmo com tantas divergências entre nós, com tantos desarranjos dentro da nossa casa comum, podemos sonhar, podemos voar…

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Diocese de Assis

 

          O significado de um testemunho é algo um tanto quanto machista, discriminatório, quase pornográfico. Vem de testículo, já que exigia um gesto, quase um juramento, com a declaração pública de um fato acompanhada do ritual de “segurar” o testículo do juiz ou oponente e assim proclamar a verdade ou o fato posto em dúvidas. Só mais tarde é que se passou a usar a mão sobre a Bíblia e jurar dizer a verdade em questão. Ainda bem. Caso contrário, teríamos hoje muitas omissões e falsos testemunhos, apesar de sequer a barba ou bigode dos canastrões de outrora terem sido de alguma valia. A mentira continuou imperando, distorcendo a história e muitas de nossas campanhas eleitoreiras. Está em curso nos dias atuais.

          Mas a campanha que aqui pretendo abordar não tem nada dessas aberrações históricas. Surgiu há exatos 50 anos, quando o catolicismo universal renascia das catacumbas romanas, após um Concílio renovador a lançar novas luzes e ânimo sobre a tarefa evangelizadora da Igreja. Nesse ano jubilar, por sugestão do Papa Francisco, além da objetividade pura e simples de sua temática, a presente Campanha Missionária reafirma: “A Igreja é missão”, mas segue o lema: “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8). Simples e claro. A missão é tarefa única e exclusiva da Igreja que somos e, como tal, nosso testemunho é fundamento da fé que professamos. Sem este não existe aquela. Sem Igreja, nossa eclesialidade de nada valeria. Seria como o sino a badalar no vazio, sem retumbar seus sons e acordes maravilhosos. Uma guitarra sem energia, um clarim sem melodia, uma trombeta, uma tuba com gato dentro… A missão da Igreja é, sim, fazer barulho dentro e fora do homem adormecido, introspectivo em seu vazio, que olha para dentro de si mas só enxerga a si mesmo. Não encontra Deus em seu coração!

          Nesses 50 anos, tenho o orgulho de também celebrar um ano Jubilar, como membro de um grupo de leigos que um dia ousaram assumir essa identidade missionária dentro do catolicismo. O Meac, Missionários para Evangelização e Animação de Comunidades, nasceu com esse movimento renovador da Igreja e, desde então, vem construindo sua história aos trancos e barrancos, tentando mostrar aos cristãos leigos sua necessidade de testemunhar o Cristo sem “puxar” nada de ninguém, a não ser trazer para si a responsabilidade que nosso batismo e inserção cristã nos obriga a praticar. (Veja o site www.meac.com.br).  Nosso testemunho está em livro digital, onde o que se encontra é a simplicidade de vida de vários companheiros que viveram e vivem essa experiência missionária. Se você sentir esse chamado, entre em contacto, pois estamos necessitando, urgentemente, de sangue novo nessa tarefa evangelizadora, desafiadora, de ser Igreja realmente missionária.

          Não pense você que esta seja uma missão puramente clerical, religiosa. Já foi o tempo em que somente padres e freiras recebiam o mandato missionário como autoridade legitimamente constituída pelo múnus evangelizador da Igreja. Hoje, todos somos enviados. Mais do que nunca, o mundo necessita do testemunho e da presença eclesial como fonte de vida e esperança para todos. A omissão tem preço. Se o mundo se distancia das verdades de Cristo é porque nosso juramento batismal, nossa imersão nas águas da nossa fé, não provocou a purificação oferecida; ao contrário, contribuiu ainda mais para uma eventual condenação. Você, batizado, está em processo de cura das eventuais lepras que a vida sem Deus provoca no ser humano. Dez foram curados, um só voltou e agradeceu. E, detalhe, era um estrangeiro, alguém distante da comunidade que cercava a origem cristã. Será que aguardamos um missionário de outras terras para “dar glórias a Deus”?

          WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Diocese de Assis

 

Todo ser humano é um ser social e precisa do outro. A necessidade de andarmos juntos se mostra no fato de que os homens se associam em empresas, clubes, movimentos, família etc. Dizemos, com razão: a união faz a força. Isto se aplica também à dimensão religiosa da nossa vida. Também aqui devemos viver juntos e unir as forças. Você participa de algum movimento ou associação? Quais os motivos disto?

Durante a vida de Jesus, muitos o seguiram, atraídos por sua Palavra e por seu modo de viver. Diante de sua morte muitos fugiram, mas, depois da experiência da ressurreição, aqueles que permaneceram aqueles viveram e permaneceram, nele, saíram para anuncia-lo. A pregação era tão incisiva que, muitos aderiram a Cristo e pediram o Batismo.  Queriam seguir os passos de Cristo, mas não o faziam individualmente. Formavam comunidades de cristãos que, impulsionados pelo Espírito Santo, procuravam viver em união e fraternidade, em fé e oração. Estas comunidades se chamavam IGREJA. 

A palavra IGREJA vem do grego e significa ASSEMBLÉIA. Portanto, quando falamos aqui em IGREJA, não estamos nos referindo ao prédio onde os cristãos se reúnem, mas à comunidade das pessoas que querem seguir a Jesus Cristo.

Toda a primeira parte do livro dos Atos dos Apóstolos nos mostra como o Espírito Santo transformou em Igreja viva o pequeno grupo de apóstolos e discípulos que Jesus reunira a seu redor e deixara, na Terra, com uma grande missão. São Lucas nos fala sobre a vida comunitária, a vida de união fraterna que se notava na Igreja nascente.

É próprio da ação do Espírito Santo: UNIR, FAZER COMUNIDADE.

Indício disto, no Antigo Testamento, nós encontramos na conhecida narração da Torre de Babel, Gn 11,1-9. O texto mostra que, em toda Terra, havia uma só língua. Diante do pecado do orgulho dos homens, Deus confundiu-lhes a comunicação. Ninguém se entendia mais. Trata-se de uma narrativa simbólica. Ela quer nos ensinar que o pecado: orgulho, egoísmo… é a causa dos desentendimentos entre os homens. Pensando somente em si mesmos, não se comunicam uns com os outros.

Olhando para o Novo Testamento, Atos 2,5-11, vemos algo totalmente diferente daquilo que é plantado pelo egoísmo humano. Lucas mostra o efeito da ação do Espírito Santo. Quando Ele é dado à jovem Igreja, todos ouvem a sua própria língua. Isto quer dizer que o Espírito une e faz que todos se entendam, porque o Espírito é amor.

No Antigo Testamento há, ainda, outra narrativa interessante. O profeta Ezequiel narra uma visão que teve e na qual se vê que o Espírito de Deus quer dar vida a seu povo e construir essa vida em unidade e liberdade. Nesta passagem (Ez 37,1-14), vemos também que o Espírito do Senhor quer unir e dar vida.

Deus prometeu o Espírito ao povo do Antigo Testamento. Ele o deu ao povo da Nova Aliança, a Igreja. A ação do Espírito Santo tem efeitos profundos e duradouros como diz o livro dos Atos dos Apóstolos 2,22-27 e 4,32-35 e que podem ser resumidos em 4 pontos importantes: a) Estavam unidos na mesma fé, perseveravam na doutrina dos apóstolos; b) Eram solidários, vendiam o que tinham; não havia necessitados entre eles; c) Eles se uniam para a fração do pão – Eucaristia – e para rezar; d) Assim davam testemunho e atraíam muitos.

A grande lição que esta reflexão nos oferece é que: para ser Igreja é preciso que aprendamos a viver em comunidade. Eis a razão pela qual o Senhor nos chamou e fomos batizados. Sozinho, isolado ninguém é capaz de nada; a Igreja não é nada! 

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

“A Igreja vive continuamente do sacrifício redentor, e tem acesso a ele não só através duma lembrança cheia de fé, mas também com um contacto atual, porque este sacrifício volta a estar presente, perpetuando-se, sacramentalmente, em cada comunidade que o oferece pela mão do ministro consagrado.

Ao entregar à Igreja o seu sacrifício, Cristo quis também assumir o sacrifício espiritual da Igreja, chamada por sua vez a oferecer-se a si própria juntamente com o sacrifício de Cristo. Assim no-lo ensina o Concílio Vaticano II: « Pela participação no sacrifício eucarístico de Cristo, fonte e centro de toda a vida cristã, [os fiéis] oferecem a Deus a vítima divina e a si mesmos juntamente com ela” (Carta Encíclica Ecllesia de Eucharistia, nº 12 e 13, p. 17 e 19).

 

“Sem efusão de sangue não há remissão” (Hb 9,22b).

Dom Oscar Arnulfo Romero, assassinato a 24 de março de 1980, com um tiro no peito, por um “esquadrão da morte”, aos 63 anos quando celebrava a missa na capela de um hospital de San Salvador, El Salvador. A guerra civil salvadorenha foi nesse período, de 1980 a 1992.

Seu último sermão, gravado na maior clareza possível, naquele instante da Morte, foi um apelo de justiça e paz. E quando terminou a gravação, ouviram-se também na fita os tiros, que lhe arrebataram a vida terrena.

Ele mesmo, no entanto, profetizara: “Ressuscitarei em meio ao meu povo. Vivo dentro do povo”. Foi um exemplo na luta em defesa dos direitos humanos.

Em seus sermões dominicais, retransmitidos pelo radio, Dom Oscar Romero defendia os pobres, denunciava assassinatos, desmascarava os governantes corruptos e mentirosos. Romero foi indicado pelo parlamento britânico para o Prêmio Nobel da Paz de 1979. Perdeu o prêmio de Estocolmo para Madre Teresa de Calcutá.

Em todos os lugares, as comunidades recordarão as palavras que, poucos dias antes de ser morto, dissera Dom Romero: “Freqüentemente, tenho sido ameaçado. Como cristão, não creio em morte sem ressurreição. Se me matam, ressuscitarei no povo salvadorenho. (…) Como pastor, estou obrigado a dar a vida por aqueles que amo que são todos os salvadorenhos, até pelos que vão me assassinar. Ofereço a Deus o meu sangue pela redenção e pela ressurreição de El Salvador. O martírio é uma graça que não creio merecer. Mas, se Deus aceita o sacrifício da minha vida, que meu sangue seja semente de liberdade e o sinal de que, em breve, a esperança se tornará realidade…”

De fato, o seu sangue, derramado pelas balas assassinas, misturou-se, literalmente, ao vinho do cálice que ele sustentava para celebrar o memorial da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Ele não queria morrer, nem vivia uma espiritualidade baseada no sacrifício e na dor. Acreditava que o caminho para a intimidade com Deus passa pela solidariedade efetiva aos irmãos e irmãs, especialmente às pessoas mais carentes e oprimidas. Dizia que sem a prática da justiça e o compromisso pelos direitos humanos vividos por todos, a adoração a Deus é fantasia narcisista. Ora, El Salvador, menor país da América Central. tem 50% dos habitantes vivendo com menos de 10 dólares por mês. Desde 1932, militares, preparados pelo governo americano, dominam o país com mão de ferro.

As comunidades e o povo de El Salvador continuam resistindo. A ressurreição da qual falava Dom Romero já se manifesta no próprio milagre de sobreviver. Ele afirmava: “A glória de Deus é a vida dos pobres”.

Quase vinte anos depois, a memória deste profeta, carinhosamente conhecido pelas comunidades como “São Romero das Américas”, torna-se mais importante. 

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS 




Diocese de Assis

 

          Interessante observar na parábola do rico e o pobre, contada em Lucas, 16,10-31, que somente o pobre tem seu nome revelado, enquanto o rico permanece um ilustre desconhecido. É a única parábola em que Jesus cita um nome. Interessante também é a coincidência do nome, o mesmo do amigo ressuscitado por Jesus, Lázaro, que etimologicamente também significa aquele que sofre de lepras, morfético…Mesmo assim, Jesus o dignifica, colocando-o num patamar capaz de fazer inveja aos mais afortunados dessa vida. Olhando para os dias atuais, a parábola tem muito a nos ensinar.

          O conflito social é latente. Não exclui regime político, nem religioso. Sequer nações poderosas ou mesmo subdesenvolvidas. As diferenças de classes estão em qualquer sociedade humana. Mesmo assim, a fé cristã ainda prega a igualdade e a fraternidade como pilares de sustentação do mundo novo que sonhamos. Não se vá esperar a morte, o julgamento final, para se concluir que as desigualdades entre nós são fatores dos muitos conflitos que desestabilizam nossas relações pessoais. O rico da parábola percebeu tardiamente a desgraça que seu egoísmo lhe proporcionou na eternidade. Nosso problema é exatamente esse. Demoramos a enxergar a realidade do outro lado e, quando nos damos conta, clamamos por misericórdia, suplicando até mesmo a caridade dos lazarentos que um dia ignoramos ao redor de nossos pretensos palácios, nossa arrogância existencial. Os pedestais que construímos em vida tornar-se-ão os abismos a nos separar na realidade das graças celestiais. O que aqui plantamos, lá colheremos.

          São muitos os Lázaros ao nosso redor. Pagam o preço da nossa possível salvação, pois são eles os instrumentos que Deus enviou para nos ajudar na redenção humana e no nosso aprimoramento espiritual. Não podemos ignorá-los. Nem os condenar. Lázaros hoje caminham conosco numa mesma calçada, adentram nossas igrejas, prédios públicos ou áreas de lazer, à cata de nossas sobras. Integram movimentos sociais na esperança de mudanças. Gritam por igualdade em muitas de nossas ruas ou praças. Agitam suas bandeiras em passeatas ou entregam suas esperanças no uso de drogas e vícios que anestesiam suas dores e decepções. Lázaros também ocupam cargos políticos e religiosos, na tentativa de nos despertar. Lázaros estão nas trincheiras dos muitos conflitos entre povos e nações… sentem o cheiro mórbido da pólvora nos canhões e visualizam o clarão insano de nossas armas nucleares. Lázaro pode ser eu ou você, um dia…

          O perigo das riquezas é o pecado por omissão. Ou seja: não é o fator riqueza que condena, mas a negligência do rico com relação à pobreza que grassa ao redor de sua mesa, sua casa, suas posses… O rico da parábola, tardiamente, se deu conta dessa sua omissão. Desejou avisar aos seus, alertá-los quanto a esse perigo, mas já era tarde. Cada qual deveria prestar contas segundo o alerta que lhes fora dado em vida, pela lei, pelos profetas, pela palavra que lhes fora proclamada… A consciência dos deveres estava embutida em suas vidas pelo conhecimento da Palavra. E isto lhes era suficiente, se quisessem realmente agradar a Deus. Simplesmente cumprir seus desejos de solidariedade, fraternidade, responsabilidade social. Eis aqui o único e fatal perigo que o mau uso das riquezas é capaz de proporcionar. Quem faz de seus bens instrumentos de opressão e humilhação aos menos favorecidos despreza um privilégio que poucos conseguem: ser útil no processo de crescimento de muitos que rodeiam nossa vida, nosso trabalho, nossa profissão neste mundo.

          O crescimento das virtudes é a multiplicação das verdadeiras riquezas. Essas, necessariamente, não exaltam o nome do rico, mas dá-lhe dignidade na medida que dignifica os Lázaros que o cercam. Serão eles que exaltarão e revelarão esse nome na presença de Deus. Que o nosso seja um destes.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 

 

         




Diocese de Assis

Se tudo o que a gente faz tem conseqüências, da mesma forma, tudo o que nos é confiado, acarreta responsabilidade.

Quando olhamos para uma liderança, em qualquer extrato social, ela tem responsabilidade coletiva na realização da missão que lhe foi confiada, uma vez que, antes mesmo da expectativa que existe nas pessoas, em relação a essa liderança, existe uma confiança que foi depositada em seu serviço, quando lhe foi atribuído o referido encargo. Assim sendo, se alguém não quer arcar com a responsabilidade que pesa na  missão  recebida, ou deve renunciar ou nem receber o encargo. Mas, se recebeu, conscientemente, a missão estará sujeito a tudo o que este ofício tem de atribuição específica, no direito e no dever.

No mês da Bíblia estamos estudando o livro de Josué e, o subsídio de estudo deste mês, nos oferece a análise de duas lideranças, junto ao povo de Israel, nas lutas que envolvem a conquista da terra prometida. Trata-se da liderança de Josué (Js 1,1-9) e a liderança de Acã (Js 7,1-26).

Vamos aos fatos

Em Js 1,1-9, Josué e apresentado como alguém que dará continuidade à liderança de Moisés, frente ao povo, como servo, obediente aos mandamentos da Lei do Senhor. Isso fará dele uma figura exemplar.

O estudo indica que, não é possível identificar Josué com um “chefe militar, dado que a conquista da Terra Prometida e a sua distribuição para as tribos de Israel estão condicionadas à observância da Lei de Moisés. A fórmula ‘sê forte e corajoso’ tem a finalidade de introduzir uma exortação antes de uma batalha ou de uma campanha militar Somente em Js 1,7 temos uma advertência quanto à observância da Lei. Assim, a exortação ‘sê forte e corajoso’ não é para encorajá-lo a enfrentar os inimigos sobre o campo de batalha, mas para observar a Lei dada a Moisés.

Em Josué 7,1-26, é apresentado o segundo exemplo de liderança, encarnado na pessoa de Acã. A situação que envolve Acã é a postura, sem discernimento, em relação à Lei do Senhor.

O estudo indica que, “Israel estava avisado de que não poderia pegar absolutamente nada que pertencia aos povos dos territórios que eram derrotados, pois tudo deveria ser consagrado a Deus. Se alguém transgredisse as normas do Senhor, traria o extermínio a todo o acampamento. Acontece, porém, que Acã transgride essa norma e pega os bens de Jericó, atraindo para todo o povo a ira divina. De fato, ao declararem guerra contra Hai, um povo não numeroso, os israelitas são derrotados e ficam amedrontados, à semelhança dos inimigos nas batalhas anteriores (Js 2,25; 5,1). Diante da derrota, Josué suplica a Deus, “acusando-o” de ter abandonado o seu povo. Mas Deus se defende e informa a Josué que Israel violou a Alian ça, ao renegá-lo e ao roubar os despojos de Jericó que lhe pertenciam. Consequentemente, não adianta suplicar ajuda, mas, sim, é necessário eliminar da comunidade aquele que cometeu o delito. Acă confessa seu pecado, é executado por lapidação (apedrejamento) e enterrado no vale de Acor, que signifi ca “Vale de Desgraça”.

O mesmo estudo apresentado pelo subsídio traz as provocações do Papa Francisco que, na carta encíclica Fratelli tutti, dedica o capítulo V para refletir sobre “A melhor política”, que é vista como aquela que está a serviço do bem comum. Afirma que o verdadeiro político é aquele que coloca a “dignidade humana no centro”, e que o amor político se expressa no “reconhecer todo ser humano como um irmão ou uma irmã”. Ao terminar esse capítulo, o papa elenca as seguintes perguntas, destinadas aos líderes políticos: “Quanto amor coloquei no meu trabalho? Em que fiz progredir o povo? Que marcas deixei na vida da sociedade? Que laços reais construí? Que forças positivas desencadeei? Quanta paz social semeei?”.4 Que essas questões também possam ajudar-nos a avaliar nosso modo de exercer a liderança na comunidade, na pastoral, no trabalho; ou, até mesmo, que possamos confrontá-las com nosso comportamento com relação às pessoas que nos circundam.

PE. LIDERANÇA E RESPONSABILIDADE COLETIVA




Diocese de Assis

O livro de Josué está dentro do conjunto dos livros históricos. Aliás, esse livro é o primeiro na seqüência desses livros históricos. E, certamente, o motivo que faz jus a esse lugar é a importância das questões sobre a Terra, levantada pelos seus escritos e porque, também, Josué e considerado como profeta pois, Deus revelou a ele sua vontade, que deveria ser transmitida ao povo, do mesmo modo como fez com Moisés: “Depois da morte de Moisés, servo de Javé, Javé falou a Josué, filho de Nun, auxiliar de Moisés” (Js 1,1) e “Javé disse, então, a Josué: ‘Mande que os sacerdotes que levam a arca do testemunho subam do Jordão’.” (Js 4,15-16)

A questão da terra, no livro de Josué é tratada dentro de duas grandes abordagens: a entrada/tomada de posse terra (Js 1-12) e a sua distribuição entre as tribos (Js 13-22)

Para chegar na Terra Prometida, o Povo de Deus fez uma longa travessia pelo deserto. O povo segue impulsionado pela promessa, feita por Deus, de terra fecunda e descendência numerosa, aos patriarcas e matriarcas. Por outro lado e, ao mesmo tempo, levam, na vida, o peso de uma longa historia de escravidão no Egito e acreditando.

Em hebraico o nome de Josué significa “Deus Salva” ou “Que o Senhor salve”. Ora, o significado do nome de Josué tem tudo a ver com o sentido do seu chamado e sua missão, como líder do povo de Deus, indo à sua frente.

A entrada na terra de Canaã é o resultado da ação conjunta das tribos, sob a liderança de Josué. Mas, isso só se realiza porque Deus é presença fiel à sua promessa.

A realização da promessa acontece como um Dom Maior. Não se trata, apenas, de possuir um lugar para morar, trata-se de viver uma nova história à base de uma Aliança e viver como um povo que o Senhor conquistou por sua fidelidade.

O livro de Josué, nesse sentido, é a memória viva dos acontecimentos que dão conta de uma nova mentalidade que deverá perdurar para sempre, no coração do povo de Deus.

A Terra é um Dom que Deus prometeu e realiza sob o testemunho de Josué.

Essa visão e consciência vai ficando mais clara, a medida que o povo caminha, experimentando a fidelidade de Deus e tropeçando em suas próprias infidelidades. É no tempo do exílio que, a duras penas, o povo vai compreendendo a necessidade de obedecer a Lei porque, uma vez perdoado da infidelidade e levado de volta à terra de Israel, não vão experimentar mais a destruição. A terra é dom de Deus, mas, para permanecer nela, é preciso a fidelidade do povo à Aliança que Deus estabeleceu e sustenta com seu amor e fidelidade.

Além do dom da Terra, o livro de Josué tem uma outra temática: a importância de um bom líder, fiel à vontade de Deus capaz de estabelecer a unidade de todo o povo de Israel. Daí se entende que, Josué não é um guerreiro, nem tão pouco um conquistador: ele é alguém que cumpre as normas dadas por Deus. Na verdade as vitórias são de Deus que, também, é fiel às suas promessas.

A imagem guerreira de Deus e dos seus servos, na terra de Canaã visa colocar em relevo a seriedade do compromisso assumido com Deus, numa aliança bilateral. Deus estabeleceu um pacto com o povo, exigindo a fidelidade de ambos. Se o povo é fiel obterá as bênçãos e uma das bênçãos é, justamente, a eliminação dos inimigos.

“O que Javé tinha ordenado a Moisés, seu servo, também Moisés ordenou a Josué, e Josué cumpriu: não deixou de realizar nada do que Javé tinha ordenado a Moisés. Desse modo, Josué tomou essa terra toda: a região montanhosa, o Negueb, toda a terra de Gósen, a planície, a Arabá, a serra de Israel e sua planície, desde o monte Pelado, que sobe na direção de Seir, até Baal-Gad, no vale do Líbano, ao pé do monte Hermon” (Js 11,15-17).

 

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

 

          Não. Não há nada de errado com o título. O contrário da dependência é ser livre, soberano. Por isso, a maior e a melhor das aspirações da vida humana é sua independência, seu livre arbítrio que lhe proporciona escolhas, lhe permite opções entre acertos e desacertos, entre caminhos e descaminhos, entre amores verdadeiros e paixões efêmeras, entre a vida e a morte. Quem imagina e aceita impedimentos nas suas decisões pessoais, assim, sem mais nem menos? Qual povo, em sua história de ideais coletivos, não aspira à liberdade e ao direito de administrar suas próprias escolhas, para si e para os seus? Tudo isso sabemos de cor e salteado com nossos conceitos de soberania.

          Algo, porém, não exala bons fluidos nos quarteis de Abrantes. Na teoria, a prática é outra – dizem estes – mas ninguém, por mais impudico ou mal intencionado em suas ações politico-sociais, é capaz de apagar o DNA da liberdade humana, essa que mesmo tolhida e desrespeitada, permanece irretocável e inquebrantável em sua força de mobilização das massas. De nada lhes serve o jogo de artimanhas e falcatruas políticas, de distorções jurídicas, de contradições religiosas… A consciência popular é clarividente. Engana-se uma ou duas vezes, mas nunca para sempre… Um dia a casa cai. E cai em cima dos engenheiros do engodo, do oportunismo, da malversação dos fatos… Porque toda Verdade, além de soberana, também é independente. Não precisa de margens turbulentas ou plácidas para revelar sua face de amor e esperança sempre contida no rosto do povo. A imagem do cruzeiro sempre resplandece como sinal de vitória.

           Às vezes a linguagem enigmática de uma parábola restringe o fulgor de uma crítica, um alerta que se ouse fazer. Tal qual o presente. Estamos dependentes de um sistema, uma circunstância, um momento ou transição que seja, mas não estamos aprisionados. A maior e mais sagrada ferramenta de um povo soberano e seu poder de escrutínio, seu direito ao voto. Esse uma faca de dois gumes, pois dependendo da forma consciente de seu uso é que construiremos o futuro que sonhamos. Ou desdenhamos. O poder do voto é a espada alçada aos céus, no grito de uma liberdade realmente desejada, que nos sinaliza a vida ou a morte dos sonhos acalentados. O desastre é proporcional à consciência deste. Se a maioria tem conhecimento dessas ameaças, então temos a oportunidade de correção de rumos. Mas se apenas uma minoria se dá conta das trevas, dos furacões, maremotos e terremotos a rondar esplendidos e ingênuos berços, oremos: Salve, salve!

          Um voto é o sagrado direito da escolha. Não se cumpre esse dever como uma mera ação simbólica, mas direito de cidadania. Através desse direito o cidadão constrói sua própria dignidade, fazendo ecoar na pessoa do escolhido os direitos e deveres que toma para si próprio. Se a escolha for negligente, azar o seu. Arque você com sua irresponsabilidade. Mas se por trás de um voto consciente houver toda uma cadeia de valores sociais, comunitários e até convicções pessoais ou religiosas, com certeza, esse governo, essa liderança, esse escolhido para representá-lo terá a unção do sagrado, a autoridade do Soberano que nos conduz e governa sem dependermos de maiores tutelas. Sem bolsas, sem alforjes, sem esmolas…  Sem os grilhões da espada ou de qualquer jugo de morte. Porque o homem livre é aquele de dá um voto de confiança aos próprios sonhos e crenças. “A espada! A espada está afiada e polida” (Ez 21,14).  Depende de seu voto.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

         




Diocese de Assis

 

Josué era, ainda, jovem quando Deus o escolheu para uma grande missão: liderar o Povo de Deus, continuando a caminhada que, Moisés, iniciara saindo do Egito, em direção à terra prometida.

Que desafio!

Josué, certamente, se sentiu pequeno, fraco, desqualificado, incapaz, impotente e incompetente para uma missão tão difícil. Não era para menos. Quem era ele para continuar a obra de Moisés? Quem era ele para guiar o povo de Deus?

Mal sabia Josué que a competência da missão que Deus entrega nas mãos de uma pessoa, não depende de mais ninguém do que do próprio Deus que chama e envia.

Vamos recuperar o capítulo 1 do livro de Josué para vermos onde esta o sentido, a força, a motivação e a força para a missão

Contexto do Chamado de Josué

“Depois da morte de Moisés, servo de Javé, Javé falou a Josué, filho de Nun, auxiliar de Moisés: ‘Meu servo Moisés morreu. Agora levante-se e atravesse o rio Jordão, com todo este povo, para a terra que eu vou lhes dar. Todo lugar que a planta dos pés de vocês pisar, eu o dei a vocês, conforme prometi a Moisés. O território de vocês irá desde o deserto até o Líbano, e desde o grande rio Eufrates até o mar Mediterrâneo, no ocidente’.”

Promessas e Advertências de Deus para que se cumpra a missão

“Ninguém poderá resistir a você durante toda a sua vida. Assim como estive com Moisés, estarei também com você: nunca o abandonarei nem o deixarei desamparado.

Seja firme e corajoso, porque você fará esse povo herdar esta terra que jurei dar a seus antepassados. Apenas seja firme e corajoso, para cumprir toda a Lei que meu servo Moisés lhe ordenou. Não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, e você terá sucesso em todos os seus empreendimentos.

Que o livro dessa Lei esteja sempre em seus lábios: medite nele dia e noite, para agir de acordo com tudo o que nele está escrito. Desse modo, você será bem-sucedido em seus empreendimentos e sempre terá sucesso.

Sou eu que estou mandando que você seja firme e corajoso. Portanto, não tenha medo e não se acovarde, porque Javé seu Deus está com você aonde quer que você vá.”

Josué assume a missão como lhe confiou o Senhor

Então Josué ordenou aos oficiais do povo: “Passem pelo meio do acampamento e dêem esta ordem ao povo: ‘Abasteçam-se de víveres, porque dentro de três dias vocês atravessarão o rio Jordão para tomar posse da terra que Javé seu Deus lhes dá’”. Josué disse aos rubenitas, aos gaditas e à meia tribo de Manassés: “Lembrem-se do que lhes ordenou Moisés, servo de Javé: ‘Javé seu Deus concede repouso a vocês e lhes dá esta terra’. As mulheres, crianças e rebanhos de vocês ficarão na terra que Moisés lhes deu na Transjordânia.

Vocês, porém, todos os homens de guerra, atravessarão o Jordão bem armados, na frente de seus irmãos, para ajudá-los, até que Javé conceda descanso aos seus irmãos, da mesma forma que deu a vocês, e até que eles também tomem posse da terra que Javé seu Deus lhes dá. Então vocês poderão voltar para a terra que lhes pertence e tomar posse da terra que Moisés, servo de Javé, deu a vocês na Transjordânia, no lado oriental.”

A resposta do povo à missão de Josué

“Eles responderam a Josué: ‘Faremos tudo o que você nos ordenou e iremos para onde você mandar. Obedeceremos a você, da mesma forma que obedecíamos a Moisés. Basta que Javé esteja com você, assim como estava com Moisés. Quem se revoltar e não obedecer às suas ordens, sejam quais forem, será morto. Basta que você seja firme e corajoso’.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS

 

 




Diocese de Assis

Todos os anos, no mês de setembro, a Igreja chama a todos para voltar-se, com ênfase e especial zelo, para a Sagrada Escritura, estudando um texto ou um livro da Bíblia, para melhorar aspectos importantes do seguimento e da missão que recebemos.

No mês da Bíblia deste ano o livro de estudo é Josué. O Tema é tirado do próprio livro de Josué: “O Senhor teu deus está contigo por onde quer que andes” (Js 1,9).

Existe todo um trabalho em torno desta atividade que envolve o Brasil todo, criando uma dinâmica de participação, inclusive com a produção de subsídios, dentre os quais, um livro de estudo.

Na Introdução do Livro de estudo, fica esclarecido que: “O ‘Mês da Bíblia’ é uma atividade da Igreja do Brasil, iniciada em 1971, e pretende ser um tempo privilegiado para aprofundar o estudo de um livro ou uma temática bíblica. O tema do Mês da Bíblia de 2022 é o Livro de Josué e o lema é ‘O Senhor teu Deus está contigo por onde quer que andes’ (Js 1,9). Eles foram escolhidos pela Comissão Pastoral de Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e por outras instituições bíblicas, entre elas, o Serviço de Animação Bíblica (SAB/Paulinas).”

Na mesma introdução são apresentadas as motivações temáticas: “O motivo principal para a escolha do Livro de Josué é a comemoração dos 200 anos da “Independência do Brasil” (1822). Desse modo, desejamos que, ao estudar a entrada do povo hebreu na Terra Prometida e a distribuição da terra entre as tribos, conforme narra o Livro de Josué, possamos também refletir sobre a importância da terra em nossa história, alimentar a esperança e perceber em toda a trajetória do povo brasileiro a presença benevolente de Deus, que conduz a história.”

Aproveitando ainda das informações presentes na introdução do livro de estudo do mês da Bíblia, “O Livro de Josué, no Antigo Testamento (AT), dá início aos livros denominados históricos, sendo o primeiro na se quência dos escritos bíblicos após os livros que compõem o Pentateuco. Na Bíblia hebraica, isto é, no AT, esse livro está inserido no bloco dos chamados “profetas anteriores”, dado que Josué é considerado um profeta, pois Deus lhe revelou a sua vontade, que deveria ser transmitida ao povo (Js 1,1; 4,15-16), à semelhança de Moisés.”

O livro de Josué é uma viagem interessante para o centro da experiência do Povo de Deus que, liderado por um jovem imbuído do espírito de Moisés, precisa fazer escolhas de fidelidade, tendo em vista a Aliança do próprio Deus presente e atuante em seu meio.

“O tema central do Livro de Josué é a entrada do povo de Deus na Terra Prometida, após a longa travessia pelo deserto, em busca da libertação da escravidão do Egito (Ex-Dt) e do cumprimento das promessas feita aos patriarcas e matriarcas (Gn 12-50). A entrada na terra de Canaã é o resultado da ação conjunta das tribos sob a liderança de Josué. Porém, isso só será possível por causa da presença do Senhor e da fidelidade do povo aos seus mandamentos. Além da tomada de posse da terra (Js 1-12), temos a sua distribuição entre as tribos (Js 13-22).”

Vale a pena entrar nesse estudo e descobrir, em cada página do livro de Josué, a inquietante luta para manter a memória do Deus presente, numa história da libertação e numa caminhada que aponta para a construção de uma grande nação.

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS