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Diocese de Assis

 

          Depois do susto sempre vem o alívio. Uma semana entre a vida e a morte, transferido de um hospital a outro, passando por várias UTIs, é sempre algo temeroso e assustador, para quem ainda se acha no direito de viver. Mas quem estabelece esse direito, senão aquele que nos traçou metas e destino, planos e obrigações, deveres a cumprir? “Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Jo 14, 27) – era esse o diagnóstico que contrariava a tecnologia dos gráficos radiológicos e me devolvia a esperança de voltar pros braços dos meus entes queridos. Então voltei.

          Mais uma vez renovado nos propósitos de continuar nessa missão, eis que a fragilidade e fugacidade dessa vida ganha nova dimensão. Não me importa o tempo que me resta, mas o quanto ainda me é possível realizar em vida. Não há limites para aqueles que se deixam guiar pelas palavras e promessas que hoje ecoam em nossos corações conturbados, feridos pela nossa prepotência e limitações físicas, com insuficiências que as lesões do tempo possam lhes ocasionar. “Não se perturbe o vosso coração”. Eis o segredo da saúde que nos falta. Saúde do corpo e da alma, que supera tudo, que esquece as próprias limitações, acreditando apenas nas promessas de um amor ilimitado: “Quem me ama guardará a minha Palavra e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada”.

          De quando em vez é bom confrontarmos nossas próprias limitações. Nenhum poder, status, posição privilegiada ou condição econômica nos diferencia quando o assunto é ameaça de morte. Dessa ninguém escapará, dia mais, dia menos. A pendenga maior é ignorarmos essa realidade e acharmos que esta só virá quando nos cansarmos dos prazeres, das volúpias, dos confortos e benesses que aqui pensamos possuir. Pura e ingênua falácia daqueles que ainda não compreenderam o sentido da própria existência. Nosso corpo quer conforto, prazeres, mas nossa alma anseia apenas pela Paz, plenitude do espírito. Aqui ficarão os sentidos que nos prendem à vida terrena, mas além desta encontraremos a plenitude da Paz, aquela da qual nos fala Jesus: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo” (Jo 14, 27). Isso nos basta e nos dá forças para encarar os desafios de nossas limitações físicas. Essa é a saúde que interessa ao cristão. O resto é resto…

          Seria ingrato se não me referisse aqui às inúmeras manifestações de carinho e solidariedade recebidas nesta semana. Provas de que a fraternidade e unidade cristã ainda são forças propulsoras do bem que nos une. Citar nomes é desnecessário. Mas citar a atualidade da Palavra, sim, pois esta é o mais precioso lenitivo nas nossas tribulações. Tudo o que o Filho diz vem do Pai e o Defensor, o Paráclito, o Consolador, nosso Conselheiro, Advogado e Mestre continua sua ação entre nós “na alegria e na dor”, na vida e na morte. Não tem porque desvalorizar o aconchego desse nosso lar terreno, mas também não podemos ignorar as alegrias perenes da casa do Pai. “Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.” (Jo 14,28). Se realmente acreditamos nisso tudo, valorizamos o mistério da nossa Fé, em especial aqueles que saltam aos olhos dos ensinamentos da Páscoa do Senhor, pois é através da cruz (paixão e morte), que o Espírito Consolador nos dá forças para vencer essas pequenas adversidades da vida terrena. Assim, mais uma vez, estou de volta.

          WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Diocese de Assis

Algumas pessoas, como diz o ditado, são “pau pra toda obra”: são arrojadas, têm iniciativas, colaboram, são prestativas, têm disposição, são dinâmicas, têm coragem, são zelosas, amáveis, sensíveis etc, etc, etc e tal. Giram a mil por hora e, ainda, “fazem uns bicos”.

Pessoas “pau pra toda obra” são poucas, mas, a maioria delas são mulheres. Justiça seja feita: ah, se não fossem as mulheres! O que seria dos homens, dos negócios, das casas, dos sonhos, dos insights, do amor, da intuição, da Igreja e, por que não, do mundo?

Mulher é “pau pra toda obra”. Em casa: lava, cozinha, passa, limpa, costura, faxina, cuida dos filhos e do marido, administra, compra, é despertador, é memória, etc. Fora de Casa: trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha. E, ainda, deve dispor de tempo para ser pai, professora, psicóloga, médica, eletricista, mecânica… e amiga,

Mulher: com quantos nomes se deveria chamá-la? Com que adjetivos se poderia qualificá-la? Com que diademas se poderia coroá-la? Com que adornos se deveria enfeitá-la?

Todos os trabalhadores são fundamentais para fazer funcionar todas as engrenagens da sociedade mundial. Sem o trabalho não existe vida. Alguns trabalhos são nobres e outros nem tão nobres assim; alguns rendem bons salários e outros, apenas uns trocos. Nem sempre o valor do trabalho coincide com a valorização do trabalhador.

Recentemente passamos pelo dia da Empregada doméstica: dia 27 de abril mas, não vi nenhuma menção a este dia. Ainda é tempo de lembrar!

São muitas as empregadas domésticas que ocupam postos de trabalho em muitas casas do Brasil.

O nome de empregada doméstica parece impor um estigma. A questão é que, tal designativo traz o peso da condição escravocrata, na qual estiveram subjugadas muitas mulheres negras, na casa de seus senhores e senhoras.

A condição das mulheres que trabalham em casa de família é, por vezes, muito ambígua: algumas tratadas como filhas e, outras, como verdadeiras escravas.

Secretária do Lar é, quem sabe, uma atenuante terminológica para minimizar o peso histórico de tal condição de trabalho.

Seja como for, sem o trabalho exaustivo de mulheres, jovens ou adultas, solteiras ou casadas a vida de muitos estaria mais conturbada, inclusive a minha, porque preciso dos préstimos de uma para pôr ordem em casa, enquanto estou cuidando das coisas do Senhor.

Por isso, é o Senhor quem diz a essas mulheres: “Tudo o que vocês fizerem façam de coração, como quem obedece o Senhor, e não aos homens. Fiquem certos de que receberão do Senhor a herança como recompensa. O Senhor, a quem vocês servem, é Cristo” (Cl 3,23-24).

ORAÇÃO: Nós vos louvamos, Senhor, e vos bendizemos porque destes ao homem e à mulher a inteligência e a força do trabalho, a criatividade e a vontade de realizar coisas sempre novas. Que o trabalho realizado pelas trabalhadoras do lar seja sempre reconhecido, valorizado e bem remunerado, uma vez que é de grande valor para as famílias. Que este trabalho, tão necessário, aperfeiçoe a vida humana e torne mais fraternos os seus relacionamentos. Que todos na casa, empregada e patrões, saibam se respeitar sempre, em espírito de colaboração, sem nunca distorcer ou destruir os vossos planos, ó Deus dos povos todos do universo. Assim Seja!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

Se tem uma coisa que fazemos sempre, é procurar! Procurar é uma de nossas maiores atividades porque, somos incompletos. Mas, as vezes, falta-nos clareza sobre como agregar valores de conversão, à nossa vida espiritual, enquanto procuramos. Não devemos almejar, apenas, a satisfação momentânea e circunstancial.

Eis o que nos diz São Jerônimo, século V, no comentário sobre o Eclesiastes.

Todo homem que recebe de Deus riquezas e bens para que possa sustentar-se, ter a sua porção e desfrutar do seu trabalho, considere isso dom de Deus. Desse modo, o homem não se preocupa demais com sua vida fugaz, porque Deus o mantém ocupado na alegria do coração” (Eclesiastes 5,18-19).

Em comparação com aquele que se sacia de suas posses nas trevas das preocupações e, com grande tédio da vida, acumula as coisas perecíveis, declara ser preferível aquele que desfruta coisas presentes. Este, pelo menos, sente-se feliz em usá-las; para aquele, porém, apenas o peso das inquietações. E diz porque é um dom de Deus poder gozar das riquezas. É porque não terá muito que pensar nos dias de sua vida.

Com efeito, Deus o ocupa com a alegria de seu coração: não terá tristeza, não se afligirá com pensamentos, levado pela alegria e o prazer das coisas diante de si. Contudo, melhor ainda é entender, com o Apóstolo, o alimento e a bebida espirituais, dados por Deus, e ver a bondade de todo seu esforço, porque com enorme trabalho e desejo vamos poder contemplar os bens verdadeiros.

É esta a nossa porção: alegrarmo-nos em nosso desejo e fadiga. Este é um bem, sem dúvida, mas até que Cristo, nossa vida, se manifeste, ainda não é a plenitude do bem.

Todo o trabalho do homem é para sua boca e, no entanto, seu espírito não se sacia. Qual é a vantagem do sábio sobre o insensato? Qual a do pobre, se não de saber como caminhar em face da vida? O fruto de todo trabalho dos homens neste mundo é consumido pela boca, mastigado e desce ao estômago para ser digerido. E por muito pouco tempo deleita o paladar, pois dá prazer somente enquanto está na boca.

Além disto, não se sacia a alma de quem comeu com o alimento. Primeiro, porque ele deseja comer de novo. Pois, quer o sábio, quer o tolo, não pode viver sem alimento, e a preocupação do pobre é sustentar seu mirrado corpo para não morrer à míngua. Segundo, porque a alma não encontra utilidade alguma na refeição do corpo, o alimento é comum ao sábio e ao ignorante, e o pobre vai aonde percebe haver recursos.

Apesar de tudo é preferível entender a expressão do autor do Eclesiastes que, instruído nas Escrituras celestes, concentra todo o trabalho em sua boca, e sua alma não se sacia por desejar sempre aprender. Nisso tem mais o sábio do que o insensato; porque, embora se sinta pobre (aquele pobre que o Evangelho declara feliz), caminha para alcançar a vida, seguindo pela estrada apertada e difícil que a ela conduz. É pobre de obras porém, sabe onde mora Cristo, a vida.

Finalmente, é preciso que o homem saiba que o futuro a Deus pertence, como diz o Eclesiastes 7,8-14: “Mais vale o fim de uma coisa do que o seu começo, e a paciência é melhor do que a pretensão. Não fique tão depressa com o espírito irritado, porque a irritação se abriga no peito dos insensatos. Não diga: ‘Por que os tempos passados eram melhores que os de hoje?’ Não é a sabedoria que faz você levantar essa questão. A sabedoria é boa como uma herança, e útil para aqueles que vêem o sol, pois à sombra da sabedoria se vive como se vive à sombra do dinheiro. Mas a sabedoria é mais vantajosa, porque faz viver quem a possui. Procure compreender a obra de Deus, porque ninguém endireita o que ele encurvou. Esteja alegre no dia feliz, e no dia da desgraça procure refletir, porque um e outro foram feitos por Deus, para que o homem nunca possa descobrir nada do seu próprio futuro.

 

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

A vida em comunidade é uma necessidade humana e de fé.  Pessoas maduras, equilibradas e felizes são formadas na “escola da comunidade”, em meio às alegrias, tristezas, perdas, ganhos, conflitos, desafios, dificuldades, vida e morte. É na vivência e convivência com o outro que nós encontramos o nosso próprio eixo porque, sozinho e isolado ninguém é capaz de nada!

Na contra-corrente da vida em comunidade está uma tendência diabólica ao individualismo que, enfraquece e, até mesmo, destrói as relações comunitárias. O individualismo é a perda de consciência e sensibilidade em relação ao outro. Para o individualista, o outro não existe, só ele existe. Por isso, radicaliza tudo com a medida do “eu”, do particular, do egoísmo…

A individualidade, ao contrário do individualismo, é um bem a ser sustentado porque, a valorização do indivíduo, de suas potencialidades, de suas qualidades, de seus talentos, de seu jeito de ser… é o ponto de partida fundamental, para que cada um seja feliz e ocupe o seu lugar no mundo, fazendo-o melhor.

Na bíblia, o livro dos Atos dos Apóstolos apresenta o ideal de vida comunitária baseado na individualidade inspirada pelo Espírito Santo e o individualismo. A individualidade inspirada pelo Espírito Santo faz a comunidade crescer em dons e carismas, em pregação e testemunho, em partilha e martírio, em diálogo e serviço. O individualismo, entretanto, gera intrigas, divisões, perseguições, cobiça, inveja, competição e todo tipo de mal.

A comunidade é constituída por indivíduos abertos e formados pelo Espírito Santo de Deus. Dentro desta visão podemos falar de pluralismo e de unidade na diversidade. O que cada um é não deve ser afirmado contra o outro mas, em relação ao outro. Porque o que eu sou se completa naquilo que o outro é. Eu preciso do outro da mesma forma que o outro precisa de mim. O outro e eu formamos um “nós”; somamos; formamos uma comunidade. A imagem paulina do Corpo Místico de Cristo (1 Cor 12 ou Rm 12) é a melhor ilustração do que estamos dizendo.

Cada pessoa vive numa comunidade concreta e com pessoas concretas, num tempo bastante específico. Cada um, por aquilo que é, está apto para construir a unidade na diversidade, para formar a comunidade; para instaurar o Reino de Deus.

É sempre muito difícil a obra da fé. É sempre muito custoso o trabalho comunitário: leva tempo; exige renúncias, troca de idéias, partilha e reuniões; aparecem dificuldades, conflitos, desentendimentos, brigas… Mas, é o trabalho comunitário, o que mais realiza uma pessoa porque, na comunidade, tudo o que acontece é fruto autêntico da nossa humanidade, sem maquiagem e sem véus. Os imaturos desistem e fogem porque não suportam enfrentar os outros e nem a si mesmos.

É preciso ter muita fé, paciência e perseverança para continuar na comunidade.

Em sua paróquia, certamente, existe uma longa caminhada de comunidade. Existe uma história de fé realizada por muitas pessoas, as vezes anônimas, mas reais; talvez já falecidas mas, imortais; quem sabe afastadas, por algum motivo, mas próxima o bastante para, quem sabe, voltar. São muitos os sujeitos da fé. Se você não conhece a sua paróquia pelas pessoas que nela vivem, não conhece nada. Muitas conquistas importantes foram feitas em nível pessoal e estrutural, mas, ainda há, muito por fazer, um longo caminho a percorrer e muito que aprender em termos de vida comunitária.

Quem acredita na comunidade não desiste nunca porque “Deus não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de força, de amor e de sabedoria” (2Tm 1,7).

 

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

Não só milagrosa, mas também impetuosa. Milagrosa pela intervenção do Senhor Ressuscitado, “de pé na margem”, enquanto um cansado e desiludido grupo de pescadores depunha suas redes depois de uma noite inteira sem nada pescar. A simples sugestão de se lançar a rede mais à direita da barca e o milagre imediato provoca o reconhecimento do mestre. “É o Senhor!” Então Pedro se veste rapidamente e se joga ao mar em direção ao mestre. Aqui a pesca se torna impetuosa, seguindo as ações do velho Simão. Senão, vejamos…

Para Cristo, a naturalidade do milagre – já previsto por Ele ao se aproximar daquele grupo de pescadores frustrados – estava não no fato de fazer surgir tão grande número de peixes em frágeis redes que não se romperam (153 é o número exato), mas nas ações que se seguiram. “Logo que pisaram na terra viram brasas acesas…” (Jo 21,9). Não era uma simples casualidade, mas uma referência bem clara ao desejo de Cristo em seu ministério: “Vim trazer fogo e como gostaria que este já estivesse aceso”. Simbolicamente, Jesus realizava ali o rito da consagração ministerial, fazendo brotar no coração daqueles discípulos o fogo do amor à tarefa que estendia a eles. Não mais simples pescadores de peixes, mas de almas!

Então Pedro, o impetuoso de sempre, vai ao barco e arrasta a rede para a praia, trazendo os peixes para mais próximo das brasas. É hora de se alimentar, se banquetear com Jesus. Este se aproximou, tomou o pão, partiu-o e serviu a todos. O mesmo fez com o peixe, símbolo de si próprio através dos séculos e símbolo do próprio cristianismo em seu início, que salvou muitos dos cristãos perseguidos. Para se identificarem entre si, usavam de um risco em meia lua numa superfície qualquer. Se alguém o completasse em sentido côncavo ter-se-ia a imagem de um peixe e assim se davam a conhecer secretamente. Porém, o episódio mais significativo dessa pesca vem a seguir.

“Depois de comerem”, depois de estarem bem alimentados e saciados da presença miraculosa de Cristo, este surpreende a Pedro com três incisivas perguntas: “Simão, Filho de João, tu me amas?”. Três vezes, por que? Porque, da tríplice negação de Pedro durante o processo de condenação de seu mestre, Jesus agora quer ouvir uma tríplice declaração de amor. A resposta foi sempre a mesma: “Apascenta as minhas ovelhas”. O primado de Pedro nasce aqui, aos pés do ressuscitado, purificado pelo arrependimento de um líder humano e frágil, mas que recebia agora o oficio do pastoreio, o ministério da continuidade de uma missão renovada à luz da ressurreição. “Ainda que todos te abandonem, eu nunca te abandonarei”, havia dito o velho Pedro pouco antes da condenação de seu mestre. Agora, purificado de suas fraquezas, confessa: “Senhor tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo”. Mesmo ciente de suas fraquezas, Pedro conhecia a força do Amor que tinha dentro de si. A ponte entre a fraqueza humana e o amor incondicional revestido pela misericórdia divina, é a força do pontificado da Igreja, aqui representado pela liderança de Pedro, o pescador impetuoso, o pescador dos sete mares.

O milagre dessa pesca não é seu resultado assombroso, numérico apenas. Quem ainda mede o sucesso da vida eclesial pelo número de seguidores na Igreja, nada entendeu até aqui. Jesus continua a nos dizer: “Vinde comer”. Vinde se alimentar aos pés daquele que não só oferece os peixes, mas também indica as águas mais profundas, sugere novas tentativas, dá funções, coordena ações, para que sua Igreja, sob o primado dos sucessores daquele pescador turrão, impetuoso, continue glorificando a Deus. “Segue-me” foi a última ordem de Cristo a Pedro. E a seus sucessores também!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Diocese de Assis

 

Deus criou o homem e a mulher à sua imagem: “Fizestes-os por um pouco menores do que os anjos” (Sl 8,6; H 2,7).  Deu-lhes a imortalidade, a verdade, a justiça…

O Concílio Vaticano II nos ensina:

“A razão principal da dignidade humana consiste na vocação do homem para a comunhão com Deus.  Já desde a sua origem, o homem é convidado para o diálogo com Deus. Pois o homem, se existe, é somente porque Deus o criou, e isto por amor. Por amor é sempre conservado. E não vive plenamente segundo a verdade, a não ser que reconheça livremente aquele amor e se entregue ao seu Criador”  (GS 19).

Mas o homem, em sua liberdade, pode refutar a grandeza que lhe foi conferida pelo desígnio de Deus; pode tentar realizar-se de acordo com um desígnio próprio, diferente do futuro que lhe é prometido por Deus; pode procurar garantir seu próprio futuro, como o fazem as nações pagãs, mediante a busca da riqueza, o apoio nas pessoas, a aliança com as potências estrangeiras, a posse das coisas sagradas. Deste modo ele cai em suas miséria. Não espera mais em Deus, mas segue as falsas esperanças

Deus, especialmente por meio dos profetas, não cessa de chamar todos à verdadeira esperança, que é Jesus, o único Salvador.

Em Jesus foi-nos dada a luz da verdade, a remissão dos pecados, a restauração da liberdade diante das forças do mal, uma nova capacidade de amar, a participação na natureza divina, a vitória sobre a morte por meio da ressurreição da carne, a vida eterna.

Jesus vem ao encontro da miséria humana!

Salvando-nos, fez de seu evangelho e de sua graça o princípio renovador do mundo e, sobretudo, do homem, em todos os âmbitos da vida deste: público,cultural, social, político e econômico.

Instaurar todas as coisas em Cristo para se obter a vida plena. Eis a chave e o desafio que corresponde ao homem que procura uma vida nova em Cristo.

Diante do Cristo, nosso Deus e nosso tudo, vale a pena investir empenhos e iniciativas para ser, junto com ele, fonte de esperança no jardim do mundo como escreve o poeta francês Charles Péguy: “É de se perguntar: como é possível que esta fonte de esperança jorre eternamente; eternamente jovem, fresca, viva… Deus disse: brava gente, isto não é, pois, tão difícil… Se fosse com água pura, que ela tivesse desejado criar fontes puras, não teria nunca encontrado o suficiente em toda a minha criação. Mas, é justamente com as águas ruins que se cria suas fontes de água pura. E é por isso que nunca lhe faltam. Mas, é também por isso que ela é a Esperança… E é o mais belo segredo que existe no jardim do mundo.”

Deus é amor! Por isso, nós acreditamos no amor!

O amor autêntico não é racional, não mede, não ergue barreiras, não calcula, não recorda as ofensas recebidas e não impõe condições.

Jesus age sempre por amor.  Da convivência da Trindade, ele nos trouxe uma mor imenso, infinito, divino, um amor que chega, como afirmam os santos padres da Igreja, até à loucura e coloca em crise os nosso padrões humanos.

Ao meditar sobre o amor. Especificamente sobre este amor de Cristo, o nosso coração se enche de felicidade e de paz. Quem dera, no fim de nossas vidas, Jesus nos receber como os menores dos trabalhadores de sua vinha. Cantaríamos, então, a sua misericórdia por toda a eternidade, perenemente admirados com as maravilhas que ele reserva para os seus eleitos.

Nada há de mais importante neste mundo que possa obscurecer a força de presença de Deus e, cuja força, se mostra não pela ostentação, mas, pela oblação.  Isto é, de fato, o poder maior, a beleza do serviço redentor e a limpidez da fonte das graças.

Derrama sobre nós o teu Espírito, oh, Deus e renova a face da terra!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

Ainda estamos dentro da “oitava da páscoa”.  Convém, por isso, retomarmos alguns dos elementos mais importantes da fé pascal e suas conseqüências para a vida. Estamos falando do anúncio, do testemunho, da conversão, da adesão, do seguimento e dos sofrimentos por causa de Jesus.

Alguns textos bíblicos, como o dos Atos, nos colocam dentro do potencial da ressurreição e de como ela inspirou gestos, palavras, decisões, ideais, ações, e convicções de pessoas simples como os apóstolos.

Atos dos Apóstolos 4,1-12: “Pedro e João ainda estavam falando ao povo, quando chegaram os sacerdotes, o chefe da guarda do Templo e os saduceus. Estavam irritados porque os apóstolos ensinavam o povo e anunciavam que a ressurreição dos mortos tinha acontecido em Jesus.

Prenderam Pedro e João e os colocaram na prisão até o dia seguinte, porque já estava anoitecendo. Todavia, muitos daqueles que tinham ouvido o discurso acreditaram. E o número dos homens chegou a uns cinco mil.

No dia seguinte se reuniram em Jerusalém os chefes, os anciãos e os doutores da Lei. Aí estava o sumo sacerdote Anás e também Caifás, João Alexandre e todos os que pertenciam às famílias dos chefes dos sacerdotes.

Fizeram Pedro e João comparecer diante deles e os interrogavam: “Com que poder, ou em nome de quem, vocês fizeram isso?”

Então Pedro, cheio do Espírito Santo, falou para eles: “Chefes do povo e anciãos! Hoje estamos sendo interrogados em julgamento porque fizemos o bem a um enfermo e pelo modo com que ele foi curado. Pois fiquem sabendo todos vocês, e também todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré, – aquele que vocês crucificaram e que Deus ressuscitou dos mortos, – é pelo seu nome, e por nenhum outro, que este homem está curado diante de vocês. Jesus é a pedra que vocês, construtores, rejeitaram, que se tornou a pedra angular. Não existe salvação em nenhum outro, pois debaixo do céu não existe outro nome dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos.”

A fé cristã, antes de mais nada, está baseada num acontecimento único e irrepetível: a OBLAÇÃO (entrega) do Cristo. Ai é que se encontra o fundamento da ORIGEM e da MISSÃO da Igreja. Isto é: o MISTÉRIO da PAIXÃO, MORTE e RESSURREIÇÃO de CRISTO.

Quando professamos que CREMOS, estamos fazendo uma profunda declaração de autenticidade dos sinais que acompanham a fé e do projeto de amor de Deus cujo plano é de amor pleno.

DEUS se VOLTA para a humanidade e a ela dirige não apenas um discurso, mas, a SUA PALAVRA, o SEU CRISTO.

Neste sentido, tudo o que podemos descobrir pela fé é plenamente aplicável a qualquer esfera da nossa vida. A fé é luz completa; é irradiação do próprio Deus; é fonte de vida; é o grande sentido da existência. A fé é um ato de profunda confiança.

Confirmemos a fé praticando a justiça do Reino de Deus: Amor e Misericórdia!

Recebi uma mensagem que, serve para ilustrar o que estou dizendo com a justiça do Reino de Deus: “ (…) Há o amor que é mais forte do que a morte e há o amor que leva quem ama até a morte. Há o amor que não aceita meias medidas e há o amor que é sem medida. Há o amor que não se vende e há o amor que não se rende. Há o amor que não se cansa e há o amor que nunca descansa. Há o amor de quem sofre com quem sofre e há o amor de quem sofre  para que ninguém sofra. Há o amor que suporta a tudo, e há o amor que faz tudo o que Deus merece.”

Qualquer amor é admirável, mas, o amor de Cristo é PODER de irradiação da vida nova, da santificação, da humildade, da mansidão, da compaixão…

O amor de Cristo é o pleno cumprimento da justiça do Reino.

Vale a pena crer e investir nesse amor!

 

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS 




Diocese de Assis

 

Educar para o Humanismo Solidário e construir a Civilização do Amor são planos de ação que a Igreja já estabelece após a pandemia e as situações de guerra; “É necessário promover a cultura do diálogo, globalizar a esperança, buscar uma verdadeira inclusão, criar redes de cooperação” (240) registra o TB da CF2022. Como mãe, a Igreja lança seu olhar para dias melhores. “A pandemia nos possibilitou a redescoberta da compaixão e da misericórdia de Deus (…) O horizonte quaresmal nos ajudou a pensar em boas práticas de misericórdia no cenário educacional” (246-247).

Como vemos, mesmo em situações aparentemente caóticas, o magistério da Igreja aponta caminhos de esperança renovada. “Fomos obrigados a nos repensar para alcançar o povo, para continuar próximos às pessoas. A renovação de nossa ação pastoral, adotando as celebrações litúrgicas por via digital, não basta. A Tecnologia moderna nos desafia a buscar novas formas de vivermos a fé e a caridade em nossas Comunidades Eclesiais Missionárias (Ceclemis) (252). Aponta um caminho novo, através da ação missionária eclesial, popular, pessoal… Uma nova missão que nasce das bases!

Então deixa-nos um registro consolador, o apelo do Papa: “Também gostaria de convidá-los a pensar no ‘depois’, porque esta tempestade vai acabar e suas sérias consequências já estão sendo sentidas (…) Quero que pensemos no projeto de desenvolvimento humano integral que ansiamos, focado no protagonismo dos povos em toda a sua diversidade…” (253). E nos recorda um trocadilho “sem dicotomias”: educar é evangelizar e evangelizar é educar.

O texto então nos apresenta uma extensa lista de ações, que vão desde a formação de professores, a política, o ensino religioso e em especial a ação pastoral no interior das comunidades eclesiais missionárias, pelo visto uma nova aposta de florescimento da fé através da evangelização. Mas nem só de projetos vive o mundo. É necessário exemplos, praticidade, resultados. Isso a vida eclesial tem de sobra. Isso a fé exemplifica com a própria história que aqui se escreve com a vida da Igreja e a coerência de seus seguidores. “Nesse sentido, na conclusão desse Texto-Base, recordamos algumas belas exortações do Papa Francisco nesta catequese: “E Jesus ia crescendo em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52) (278).

Voltamos às origens. A família é nossa primeira e escola. É a fonte de toda e qualquer sabedoria que o lastro da graça divina possa oferecer a um ser humano. “Juntamente com Maria, José cuidava de Jesus, antes de tudo, a partir deste ponto de vista, ou seja, criou-o, preocupando-se, a fim de que não lhe faltasse o necessário para um desenvolvimento sadio” (279) Cuidou de educa-lo para a vida. O segundo aspecto foi a dimensão religiosa. “Diz a Escritura que o princípio da sabedoria é o temor do Senhor. Temor não tanto no sentido de medo, mas de respeito sagrado, de adoração e de obediência à sua vontade, que procura sempre o nosso bem” (280). Por fim, o crescimento do menino Jesus também tinha a dimensão da graça. “Crescer em idade, crescer em sabedoria, crescer em graça: este é o trabalho que José levou a cabo em relação a Jesus: fazê-lo crescer nestas três dimensões, ajuda-lo a crescer” (…) “José educou Jesus primariamente com o exemplo: o exemplo de um homem justo (Mt 1,19), que se deixa sempre guiar pela fé, e sabe que a salvação não deriva da observância da lei, mas da graça de Deus, do seu amor e da sua fidelidade” (281).

Depois dessa, tenhamos todos uma Boa Páscoa, passagem para uma vida nova na escola da vida!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Diocese de Assis

 

          Para muitos, a educação religiosa caducou. Não há mais espaço para ela no mundo atual, onde impera a realidade da matéria e seus apêndices seculares, sem Deus, sem utopias, sem as arestas da fé, seja esta de tradição milenar ou mesmo origem tribal. O “Ide, pois, e fazei discípulos”, não mais encontra eco na realidade tangível e cruenta do homem moderno. Será mesmo? Tenho certeza que não. A fé está em plena e gloriosa ascensão. “Hoje, mais do que nunca, educar na fé significa fazer que alguém se ponha, não apenas em contato, mas em comunhão, em intimidade com Jesus Cristo, como afirmou São João Paulo II e como insiste o recente Diretório para a Catequese” (192). Educar, pois, na fé, também é uma ferramenta de evolução que traz muitos progressos e benefícios para os dias atuais.

Quando o coração humano se esvazia de seus dilemas para se deixar transbordar pelas maravilhas de suas conquistas e evoluções tecnológicas, há um hiato de revelação que o faz pensar na sua transcendência, na sua origem divina. Esse “transbordamento” é a alegria das revelações de fé, experimentada pelos discípulos e evangelistas e divulgadas por eles em seu apostolado sem limites. Lucas, por exemplo, se deixou “transbordar” em seus escritos. Outros em suas pregações. “Percebe-se a importância de ter alguém para transmitir seja oralmente seja por escrito a boa-nova. Pessoas que, acreditando em tudo o que tinham visto e ouvido, anunciam e testemunham a outros com alegria e entusiasmo” (193). Nesse discernimento pedagógico dos primeiros mestres do cristianismo está a raiz da ação missionária que sempre impulsionou a Igreja no mundo. E que chegou até nós.

O que urge praticarmos na ação evangelizadora é a pedagogia do diálogo. Não há como expandir uma ideia, uma prática, uma crença qualquer sem nos abrirmos para o outro, sem a expansão do diálogo, da troca de ideias, da comunhão fraterna. Cristão fechado em si mesmo nada aprendeu do seu mestre e nada irá ensinar ao outro. “A disposição de Jesus em ouvir os pedidos, os relatos de dor e sofrimento, as perguntas, é sinal de uma pedagogia em que o ensino está associado inteiramente ao reconhecimento do outro como pessoa capaz de compreender e de agir iluminado por uma nova luz” (204). Em Veritatis Gaudium Papa Francisco nos lembra que na ação missionária deve existir “o diálogo sem reservas: não como mera atitude tática, mas como a exigência intrínseca para fazer experiência comunitária da alegria da Verdade e aprofundar o seu significado e implicações praticas”.

Educar na fé é também educar para o belo, o bom e o verdadeiro. O Criador, num hiato de seu tempo eterno, no hoje, ontem e sempre de seu existir, um dia contemplou sua obra com seus olhos amorosos e “viu que tudo era bom”, que tudo era belo. “Diante da beleza, o ser humano se sente encantado. Tudo o que é belo tem a força de atrair e suscitar estupor e maravilhamento” (210). A vida é uma contínua revelação do belo. Santo Agostinho dizia: “Ora, toda obra da natureza, seja ela a última, a ínfima, é digna de elogio em comparação ao nada”. Ao nada que somos diante de Deus. “A educação, tarefa da família, das instituições educativas e de toda a sociedade, poderá enriquecer-se de maneira notável se se abrir ao sentido do belo, do verdadeiro e do bom” (213). O nada que pensamos ser torna-se tudo diante de Deus, razão de sua obra.

O belo foi ofuscado pela prepotência humana. A criatura quis usurpar o senhorio de Deus. O pecado desprezou o Paraíso. Todavia, em Jesus Cristo, restauramos nossa capacidade de vencer todo tipo de mal, o pecado e a morte. “Bela é a obra do universo criado. Mais belo ainda deve ser seu Autor” (216).

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 




Diocese de Assis

A mística da educação tem como primeiro passo a alfabetização, ou seja, o discernimento da leitura, a desmistificação da palavra. “E o discernimento se pratica com outra escuta, dessa vez, da Palavra de Deus” (CF 2022- 139). Não há como fugir da revelação proclamada: “E o Verbo se fez carne!”. Aqui a educação, dia mais, dia menos, tende sempre a revelar o mistério maior da existência humana, bem presente nas palavras bíblicas. À Igreja compete propagar sua fé através da escuta, do discernimento e da ação missionária. “Eis o caminho que a Campanha da Fraternidade nos apresenta este ano” (141).

“O Evangelho revela como Jesus atraia pessoas, grupos e a multidão sobretudo pelo seu modo de ensinar” (144). Falava com sabedoria e ensinava com amor. Essa pedagogia cristã está em falta no mercado. Ensina-se muito mais pela força dos sistemas políticos, dos movimentos ou conceitos sociais, pelo ativismo de grupos, pelas necessidades de mercado do que pelo discernimento ético, moral e religioso caracterizado na escola de Cristo. “Ele não ensina apenas com palavras. Seu ensinamento também é relacional, se dá pela proximidade e desperta o discernimento em seus interlocutores” (150). Enfim, o ministério autêntico passa pelo esvaziamento das tendências grupais, com vistas ao bem comum. Isso Jesus nos ensinou com a vida.

O discernimento primeiro que aqui se busca parte da visão integral das carências humanas. Dentre elas o crescimento intelectual sem peias manipuladoras, que fazem a cabeça de nossos jovens e direcionam suas vidas para caminhos diversos da Verdade libertadora. A pedagogia atual poda suas raízes de construtora da dignidade humana quando tenta reduzir sua atividade à construção de “modelos ou tipos ideológicos” (174), conforme as tendências ou interesses político-sociais do momento. “Educar para o humanismo solidário implica, também, trabalhar por uma verdadeira inclusão” (177). Não se improvisa uma educação na base das tendências de setores ou grupos, nem generalizando esse processo com uma massificação cultural, “Melhor é buscar as referências seguras de uma saudável antropologia cristã” (177).

Nesta entra a questão familiar. O exemplo vem daquele lar da Nazaré, onde um menino cresceu “em sabedoria, idade e graça diante de Deus” (Lc 2,52). “Assim, a convivência familiar se torna o lugar do maior aprendizado que toca o profundo do nosso ser” (181). A escola é um direito constitucional, que obriga instituições governamentais a assegurarem esse direito, mas “a formação moral (dos filhos) nunca a podem delegar totalmente” (182). À família compete definir os caminhos da educação de seus filhos, não ao Estado. “Assim, é necessária a garantia da coexistência de diferentes propostas educativas, entre as quais a cristã, de forma a garantir o direito das famílias de optarem por uma educação em continuidade com seus valores, pois os filhos não podem ser obrigados a frequentarem aulas que estejam em desacordo com a fé” (188). Esse é um grande ponto de desacordo curricular nos dias de hoje, ao qual se deve maiores considerações e entendimentos.

Igreja e Estado não se mesclam em seus ideais, sabemos disso! Há muitos pontos divergentes. Nem por isso a família cristã vai fazer vistas grossas à manipulação agnóstica em curso na grade curricular das escolas modernas. Há um Pacto Educativo Global que aponta os compromissos de respeito entre as partes. “Ao mesmo tempo, servem como critérios para uma aprofundada revisão da identidade cristã da educação nas famílias e nas instituições de ensino, nomeadamente as católicas” (191), considera o Texto-base dessa CF.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]