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Lula sanciona lei que limita o uso de celulares nas escolas: “Ato de coragem, de cidadania e de respeito ao futuro deste país”

 

 

 

Presidente Lula e ministro Camilo Santana (Educação) durante a cerimônia de sanção do Projeto de Lei n° 4.932/2024, que dispõe sobre a utilização, por estudantes, de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais nos estabelecimentos públicos e privados de ensino da educação básica – Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira, 13 de janeiro, o Projeto de Lei nº 4.932/2024, que restringe a utilização, por estudantes, de aparelhos eletrônicos portáteis, como celulares, nos estabelecimentos públicos e privados de educação básica durante as aulas, recreios e intervalos. A medida visa proteger a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes.
“Essa sanção que eu vou fazer significa o reconhecimento do trabalho de todas as pessoas sérias que cuidam da educação, de todas as pessoas que querem cuidar das crianças e dos adolescentes deste país. Isso aqui foi um ato de coragem, de cidadania e um ato de respeito ao futuro deste país. Portanto, é com muito orgulho que eu vou sancionar a lei”

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República
Lula parabenizou a aprovação do projeto pelo Congresso. Ele lembrou que alguns países já fizeram o mesmo e os resultados foram positivos. “O que vocês fizeram nesse ato de coragem foi falar o seguinte: nós vamos cuidar das nossas crianças, vamos evitar mutilamento, que as crianças possam voltar a brincar, possam voltar a interagir entre si, e eu acho que isso é muito importante”, disse.

A nova legislação permite exceções apenas para fins pedagógicos ou didáticos, desde que acompanhadas por professores, ou para estudantes que necessitem de acessibilidade. O objetivo é garantir que os dispositivos móveis sejam utilizados de forma equilibrada e benéfica para o aprendizado dos estudantes, evitando os riscos associados ao uso indiscriminado.

EVIDÊNCIAS — O ministro da Educação, Camilo Santana, pontuou que as regras começam a valer já para este ano letivo de 2025. Ele apresentou uma série de dados que mostram como essa lei pode ajudar a melhorar o desempenho dos estudantes nas escolas. “O último Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), de 2022, mostrou um dado interessante. O questionário foi aplicado para estudantes brasileiros e revelou que 80% deles afirmaram que se distraem e têm dificuldade de se concentrar nas aulas de matemática por conta do celular. Então nós temos evidências científicas, de estudos, de pesquisa mostrando a preocupação com o uso desses celulares e desses equipamentos”, destacou.

Entre os riscos revelados por estudos sobre o uso excessivo de telas e acesso precoce a redes sociais por crianças e adolescentes estão a exposição a conteúdos perigosos e o impacto negativo na saúde mental e física.

CONSCIENTIZAÇÃO — A lei também determina que as redes de ensino e escolas desenvolvam estratégias para abordar o tema do sofrimento psíquico e da saúde mental dos estudantes. Isso inclui alertar sobre os riscos do uso imoderado de aparelhos e do acesso a conteúdos impróprios, além de oferecer treinamentos, capacitação e espaços de escuta e acolhimento para detectar situações de sofrimento psíquico.
“Nós já estamos construindo os guias e orientações para as redes, como elas devem implementar a medida e quais são os processos que precisam acompanhar. Claro que as redes têm autonomia para construir os mecanismos que elas vão fazer em cada escola. A gente vai procurar também, através de guias e de discursos, orientar professores, diretores de escola, secretários e também promover o engajamento das famílias”

Camilo Santana
Ministro da Educação

USO PEDAGÓGICO — A nova lei complementa outras políticas voltadas para o uso de tecnologias da informação e comunicação na educação, como a Política de Inovação Educação Conectada (PIEC) e a Política Nacional de Educação Digital (PNED). Essas iniciativas visam fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais e garantir um componente curricular de educação digital.

O professor de História Gabriel Feitosa, de 33 anos, avalia que a proibição vai aumentar a capacidade de concentração e o desempenho acadêmico dos alunos, além de ser importante do ponto de vista emocional dos jovens, que lidam com a ansiedade e problemas de autoestima, potencializados pelo uso desequilibrado de aparelhos eletrônicos. O docente também vê alternativas para integrar a tecnologia de forma construtiva ao ambiente escolar, sem que isso prejudique o aprendizado.

“Os professores podem integrar a tecnologia, por exemplo, das ciências humanas e da natureza, por meio da pesquisa. Então, o professor tem que conduzir e criar oportunidades de pesquisa guiada, fundamentada, ensinar os alunos a procurar boas fontes de pesquisa, bons recursos. E também como formas de apresentação de produtos educacionais. Antigamente, a gente fazia cartazes. Passamos a fazer as apresentações de slides, mas existem muitas outras ferramentas: vídeos, sites, galerias digitais e oportunidades interativas”, elencou Feitosa.

CONTRIBUIÇÃO — Mãe de Luca, 8 anos, e Caio, 10, a produtora de eventos Luana Pereira Macedo Siqueira acredita que a lei vai contribuir para criar um ambiente mais propício à concentração e ao desenvolvimento acadêmico. Ela percebe que o uso do celular impacta o desempenho dos seus filhos. “As crianças passam a usar gírias e termos incorretos, a ansiedade aumenta, e há uma pressa constante, já que, na tela, o que mais chama atenção são vídeos curtos e dinâmicos. Isso dificulta o foco em atividades mais longas e importantes, como os estudos”, disse.

Luana aponta que, para que a medida seja eficaz, “é necessário um trabalho constante de conscientização com os alunos e suas famílias, mostrando, por meio de exemplos claros e comunicados didáticos, como o uso indevido do celular prejudica a aprendizagem e aumenta os riscos de distração e ansiedade”.

Luana Siqueira e o filho Caio, 10 anos: lei vai contribuir para um ambiente mais propício à concentração e ao desenvolvimento acadêmico. Foto: Reprodução/Instagram

 

APRENDIZADO — Vitor Fonseca, estudante de 16 anos do segundo ano do Ensino Médio, considera que a proibição do uso de aparelhos eletrônicos nas escolas vai potencializar tanto o seu aprendizado quanto o de seus colegas. “Eu percebo que o uso do celular é uma questão porque, mesmo quando você está concentrado, acho que mais por um tique corporal, como a gente já está muito acostumado a usar o celular o tempo inteiro, a gente pega, olha, entra em alguma coisa e isso acaba afetando a concentração. No geral, eu percebo que atrapalha as pessoas, sim. E, às vezes, me atrapalha também”, afirmou o aluno.

OPORTUNIDADES — A nova lei era aguardada pelos educadores, segundo Luciana Paiva, vice-diretora do Centro Educacional 619 Samambaia, no Distrito Federal. “Agora, poderemos propor mais atividades pedagógicas utilizando metodologias ativas, com a certeza de que os estudantes irão participar de forma protagonista, sem distrações pelo uso do celular. Além disso, temos a certeza de que haverá mais interação ‘humana’ nas ações propostas em sala de aula. O diálogo tão necessário para a formação dos jovens poderá ser retomado no ambiente escolar”, declarou Luciana.




Volta às aulas e compra de material escolar: que direitos têm o consumidor?

 

 

 

 

Apesar das férias escolares, o mês de janeiro movimenta escolas, estudantes e suas famílias em busca do material que deverá ser utilizado ao longo do ano, desde lápis, caneta e borracha até cadernos, mochilas e outros itens. Estabelecimentos como papelarias e lojas especializadas aproveitam para renovar o estoque, oferecer kits e promoções e vender materiais tradicionais e outras novidades. Entretanto, a advogada especialista em direito do consumidor, Larissa Nishimura, do Escritório Batistute Advogados, alerta para os direitos que o consumidor tem nessa época do ano.

“O consumidor precisa ficar atento não apenas em relação aos abusos que possivelmente possam ser cometidos pelos estabelecimentos comerciais, mas, também, ponderar sobre os materiais escolares solicitados pelas escolas”, afirma Larissa. De acordo com ela, as instituições não podem exigir materiais que sejam de uso coletivo, seja para os alunos seja para a escola, nem obrigar os pais ou responsáveis a comprarem os materiais em um determinado local. “Inclusive, algumas escolas vendem um item ou outro, mas os pais ou responsáveis não devem ser obrigados ou induzidos a comprarem o material na escola ou qualquer loja indicada, com exceção de uniforme e materiais didáticos produzidos pela própria escola, como apostilas, por exemplo, que devem ser previstos em contrato.”

Da mesma maneira, os estudantes precisam ser livres para escolherem ainda as marcas dos produtos que irão comprar e utilizar ao longo do ano. “A gente sabe que algumas marcas são melhores que as outras, mas a lista de material não deve indicar a marca porque nem todos os alunos têm condições financeiras de comprar um produto melhor e mais caro que o outro. Não deve haver essa diferenciação”, alerta Larissa. A advogada ressalta ainda que as escolas devem solicitar a quantidade prevista a ser utilizada, nada a mais que possivelmente acabe sobrando no fim do ano. “Se, ao longo do ano, for necessário, aí sim a escola solicita completar o material que acabou.”

Na era das compras online, continua valendo o direito do arrependimento, ou seja, se os pais ou responsáveis compraram um material escolar através do site de uma loja, poderão desistir da compra no prazo de sete dias, contados a partir do recebimento do produto. “O material comprado poderá ser devolvido nesse prazo, com frete pago pela loja vendedora”, ressalta a especialista. Se houver problemas, o consumidor poderá acionar os órgãos de proteção e defesa do consumidor ou, em casos mais sérios, procurar um advogado de confiança.

 



Volta às aulas: como auxiliar as crianças no retorno? 

 

Fonte: Freepik
A volta às aulas é um momento imerso em expectativas, uma vez que famílias, crianças e equipes escolares encontram-se em novos desafios. Em relação às crianças pequenas, este momento pede mais do que apenas ajustes logísticos: é necessário envolvê-las com empatia e acolhimento. Para algumas famílias, a experiência não é inédita, pois os pequenos já conheceram o ambiente escolar. No entanto, em todos os casos, é fundamental destacar a importância do retorno, que simboliza a conexão da criança com uma nova rotina, um elo que visa integrar e despertar aspectos essenciais para o seu desenvolvimento e aprendizagem.

Com o retorno às atividades escolares, as crianças vivenciam de forma mais intensa o convívio com seus pares e com os adultos que fazem parte do cotidiano escolar. De acordo a assessora pedagógica da plataforma Amplia, Vanessa Chagas, as trocas e interações sociais, mediadas pelos estímulos que o ambiente escolar pode oferecer, têm um impacto profundo no desenvolvimento emocional e social das crianças pequenas, além de promoverem habilidades como a linguagem oral, a autonomia, a cooperação, o trabalho em equipe e a empatia.

Ademais, a escola se configura como um espaço vibrante e repleto de possibilidades. Exemplo disso é o ato de brincar, que é um direito fundamental de aprendizagem, ligado ao universo lúdico da criança. “Por meio da brincadeira, a criança estabelece suas primeiras conexões com o mundo, reconfigura pensamentos, desenvolve potencialidades e reinterpreta a realidade ao seu redor”, afirma Vanessa.

A assessora também destaca que as atividades lúdicas devem ser constantes no cotidiano escolar e não apenas um recurso temporário no período de acolhimento dos alunos. Além disso, é interessante organizar o espaço com contextos investigativos que despertem o interesse das crianças. “Manter materiais como livros de histórias ao alcance de suas mãos, promover brincadeiras ao ar livre, incentivar a exploração de diferentes materiais, propor jogos adequados a cada faixa etária e fomentar espaços de fala e escuta, como rodas de conversa e de leitura, são formas de preparar o ambiente e potencializar as oportunidades de aprendizagem”, explica.

Assim, o retorno às aulas não se limita à adaptação das crianças ao espaço escolar. É também um momento precioso para que o educador conheça melhor seu grupo e cada criança individualmente. Vanessa aponta que o profissional de educação pode criar situações simples, com técnicas que ajudem as crianças a se perceberem, a reconhecerem o que gostam, a se descobrirem e a se relacionarem com o outro. Esse processo estimula o autoconhecimento e a expressão de sentimentos e emoções.

Segundo a assessora pedagógica, pensar em um retorno cuidadoso e acolhedor é essencial, não apenas para as crianças pequenas, mas também para as famílias. “As equipes escolares devem cultivar um espaço onde o diálogo seja constante, a escuta ativa seja praticada diariamente e a validação de sentimentos se torne uma ferramenta poderosa para que todos se sintam seguros e criem vínculos positivos, que se estenderão no decorrer do ano letivo”, conclui a especialista.




Divulgadas as notas do Enem. Saiba como conferir

 

 

Notas do Enem abrem portas para o ensino superior em centenas de instituições

 

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram nesta segunda-feira, 13 de janeiro, os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Confira abaixo como acessar a nota e acompanhe os prazos para ingresso no ensino superior via Sisu, Prouni e Fies. O resultado no Enem é a principal porta para ingresso em universidades no Brasil e em instituições de Portugal, além de programas governamentais de financiamento e apoio ao estudante.

INSCRIÇÕES EM ALTA – Em 2024, foram registradas 4,32 milhões de inscrições e 73,5% de presença, um crescimento expressivo em relação a 2023 (3,93 milhões de inscrições) e sobre 2022 (3,47 milhões).

GOV.BR – Para conferir a nota, é necessário entrar no endereço enem.inep.gov.br/participante, inserir o CPF e a senha e clicar em avançar. Se não lembrar da senha, há um campo para recuperá-la.

Conheça os programas que usam as notas do Enem:SISU
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é um sistema eletrônico gerido pelo MEC para as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil. O sistema executa a seleção dos estudantes com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) até o limite da oferta das vagas, por curso e modalidade de concorrência, de acordo com as escolhas dos candidatos inscritos e do perfil socioeconômico para a Lei de Cotas.

Inscrições: 17 a 21 de janeiro
Chamada regular: 26 de janeiro
Matrícula ou registro acadêmico: 27 a 31 de janeiro
Manifestação de interesse na lista de espera: 26 a 31 de janeiro

FIES

O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), do Ministério da Educação, tem como objetivo conceder financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, ofertados por instituições privadas que participam do programa. O Fies Social destina-se ao atendimento das necessidades de estudantes de baixa renda. Essa versão tem o objetivo principal de oferecer melhores condições para a obtenção do Fies, como reserva de 50% das vagas, em cada edição dos processos seletivos e a concessão de até 100% de financiamento dos encargos educacionais para inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Inscrições: 4 a 7 de fevereiro
Resultados: 18 de fevereiro
Início da convocação da lista de espera: 25 de fevereiro

ProUni
O Programa Universidade Para Todos (Prouni) oferta bolsas de estudo, integrais e parciais (50% do valor da mensalidade do curso), em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de educação superior privadas. O público-alvo do programa é o estudante sem diploma de nível superior.
Inscrições: 24 a 28 de janeiro
Primeira chamada: 26 de janeiro
Segunda chamada: 26 de março
Manifestação de interesse na lista de espera: 26 e 27 de março

PORTUGAL – Os resultados individuais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) podem ser usados no processo seletivos de instituições de educação portuguesas. As universidades, institutos politécnicos e escolas superiores têm acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que garante acesso facilitado às notas dos estudantes interessados em cursos de graduação em Portugal. Cada instituição define as regras e os pesos para uso das notas.

ENEM – O Exame Nacional do Ensino Médio, instituído em 1998, avalia o desempenho dos estudantes ao término da educação básica. Em 2009, o exame aperfeiçoou a metodologia e passou a ser usado como mecanismo de acesso à educação superior. Tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil. Os resultados possibilitam, ainda, o desenvolvimento de estudos e indicadores educacionais e são usados por instituições de ensino públicas ou privadas como critério único ou complementar dos processos seletivos.

QUEM PODE FAZER – Qualquer pessoa que já concluiu o ensino médio ou está concluindo a etapa pode fazer o Enem. Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem participar como “treineiros” e seus resultados no exame servem para autoavaliação de conhecimentos.

APLICAÇÃO – A aplicação ocorre em dois dias. A Política de Acessibilidade e Inclusão do Inep garante atendimento especializado e tratamento pelo nome social, além de diversos recursos de acessibilidade. Há também uma aplicação para pessoas privadas de liberdade. Os participantes fazem provas de quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias, que ao todo somam 180 questões objetivas. Os participantes também são avaliados por meio de uma redação, que exige o desenvolvimento de texto dissertativo-argumentativo a partir de uma situação-problema.

 




Escola da Inclusão da SEDPcD abre inscrições para curso de Introdução à Libras com aulas gravadas nesta quarta

 

 

 

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) abre inscrições nesta quarta-feira (15) para o curso “Introdução à Libras”. Com 1,5 mil vagas disponíveis, as aulas on-line são parte da Escola da Inclusão, um ambiente virtual dedicado à promoção e disseminação do conhecimento sobre a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade. A iniciativa é resultado da parceria entre a SEDPcD e a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp).

Os alunos inscritos terão acesso às aulas gravadas, ministradas por professores surdos com formação específica na área. Ao término do curso, os participantes receberão certificado de conclusão.

O formulário de inscrição estará disponível no site da SEDPcD na quarta (15), às 10h.

Escola da Inclusão

Diante da missão de proporcionar um ambiente educacional acessível e acolhedor para pessoas com e sem deficiência, a escola busca capacitar indivíduos para que se tornem agentes de mudança em suas comunidades. O objetivo da Escola da Inclusão é formar cidadãos comprometidos com as causas das pessoas com deficiência, como acessibilidade comunicacional, empregabilidade e liderança. Criada em 2024, a escola é projetada em ambiente virtual exclusivo da Univesp para garantir a participação plena de pessoas com deficiências físicas, auditivas, visuais e intelectuais.

 




Universidades estaduais de São Paulo lançam disciplina de inclusão e acessibilidade inédita no país

 

 

O Governo de São Paulo, por meio da articulação da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), e em parceria com quatro universidades estaduais, vinculadas à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI), anuncia a criação da “Disciplina Paulista de Acessibilidade e Inclusão”. Iniciativa inédita no país foi concretizada durante reunião realizada na sede da SEDPcD, no fim de 2024. A disciplina terá 8 mil vagas por semestre, totalizando 16 mil vagas por ano.

Voltada à formação de estudantes universitários de todos os cursos, a nova disciplina será oferecida de forma optativa aos alunos da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) e está disponível a partir do primeiro semestre de 2025.

“Essa disciplina é mais uma parceria da SEDPcD com as universidades paulistas, reafirmando nosso compromisso com a inclusão e a acessibilidade. No ano passado, avançamos com a assinatura de editais de pesquisa de tecnologia assistiva, com 52 projetos, e o lançamento de três Centros de Ciência para o Desenvolvimento em Tecnologia Assistiva. Agora, damos mais um passo importante ao integrar esses temas na formação de nossos futuros profissionais, promovendo uma sociedade mais acessível e equitativa”, destaca o secretário dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa.

A matéria trará conteúdos essenciais para promover uma educação mais acessível e inclusiva. Entre os principais temas, estão a análise de barreiras físicas, atitudinais, tecnológicas e pedagógicas, além do estudo dos direitos das pessoas com deficiência e da importância da cultura inclusiva. Os estudantes também terão acesso a conceitos sobre tecnologia assistiva e desenho universal para a aprendizagem, práticas pedagógicas voltadas à diversidade, e discussões filosóficas e éticas sobre inclusão. A disciplina reforça a importância da acessibilidade, incentivando uma visão integrada e prática em diversos contextos sociais e educacionais.

A Disciplina Paulista de Acessibilidade e Inclusão tem como objetivo capacitar os estudantes universitários a compreenderem e promoverem a inclusão em diversos contextos sociais e educacionais. Por meio de uma abordagem ampla e interdisciplinar, a disciplina busca sensibilizar futuros profissionais para a importância de eliminar barreiras, garantir os direitos das pessoas com deficiência e fomentar uma cultura que valorize a diversidade humana. Além disso, visa preparar os alunos para aplicar conceitos de acessibilidade, tecnologia assistiva e desenho universal em suas áreas de atuação, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

“A acessibilidade e a inclusão não são privilégios. São direitos. E, com a Disciplina Paulista de Acessibilidade e Inclusão, damos um importante passo para garantir que esses direitos sejam plenamente respeitados e incorporados em todos os setores da nossa sociedade”, enfatiza Marcos da Costa.

O conteúdo estará disponível na plataforma digital da Univesp, oferecendo flexibilidade e acessibilidade aos estudantes das quatro universidades estaduais paulistas. A plataforma permitirá que os alunos acessem o curso de qualquer lugar, promovendo uma experiência de aprendizado inclusiva e alinhada aos princípios de equidade e universalidade. A carga horária abordará conteúdos amplos sobre o universo da inclusão e acessibilidade.

A ação surge como parte de iniciativas da pasta estadual em parceria com as universidades que visam incentivar a formação de profissionais preparados para atender as pessoas com deficiência, que só no estado de SP somam mais de 3.3 milhões de pessoas (dados do Observatório dos Direitos da Pessoa com Deficiência).




Férias da criançada: 12 brincadeiras para famílias e filhos reforçarem a conexão e o aprendizado durante o recesso escolar

 

 

 

Período das férias escolares pode ser uma boa oportunidade para desligar das telas. Foto: Divulgação/Escola Bilíngue Aubrick.

São Paulo, 07 de janeiro de 2024 – Com as férias escolares, muitos pais e responsáveis buscam maneiras criativas e educativas para entreter os filhos e crianças em casa e fora dela. Mais do que ocupar o tempo, o brincar tem papel essencial no desenvolvimento infantil, fortalecendo laços afetivos e promovendo habilidades cognitivas, sociais e emocionais.

Na opinião da coordenadora pedagógica do Brazilian International School – BIS, Beatriz Martins, nada substitui as memórias criadas em família. “Brincar em família é mais do que uma atividade. É uma linguagem de amor, conexão e aprendizado, onde os laços se fortalecem e as memórias se eternizam. Essas memórias nos acompanham para o resto da vida. E hoje, com uma geração tecnológica, é importante pensar fora da telinha, de maneira a transformar a tecnologia em aliada nos momentos lúdicos”, destaca a educadora.

O brincar é essencial não apenas para as crianças, mas também para os adultos, pois resgata momentos de união e descanso em meio ao cotidiano corrido. “Aproveitar a casa, brincar com os próprios brinquedos e ficar com a família é divertido e extremamente necessário diante do cotidiano cronometrado em que vivemos”, opina a coordenadora pedagógica de relacionamentos da Escola Internacional de Alphaville, Erika Scarparo Abreu.

Ideias de brincadeiras simples e acessíveis garantem momentos de diversão e aprendizado em família, criando memórias que serão levadas para toda a vida. A coordenadora da Escola Bilíngue Aubrick, Renata Alonso, enfatiza a importância de atividades ao ar livre. “Brincadeiras na natureza criam uma ligação emocional com o meio ambiente, promovendo o respeito e a empatia pelos seres vivos, fortalecendo aprendizados relacionados à educação ambiental”, completa.

Desde estimular a criatividade até desenvolver competências como cooperação e resolução de problemas, o brincar proporciona experiências que vão além da diversão. A seguir, as docentes elencaram sugestões de brincadeiras simples para tornar o período das férias mais especial.

  1. CAÇA AO TESOURO TEMÁTICA

Passo a passo: Os pais podem esconder pequenos “tesouros” pela casa, como brinquedos, doces ou objetos interessantes. Devem criar pistas que levem de um ponto ao outro. A cada pista encontrada, a criança segue para o próximo lugar até encontrar o tesouro final. Escolher temas como “exploradores da floresta” ou “piratas” torna a experiência mais imersiva e divertida para a criança.
Explicação pedagógica: Essa atividade trabalha a coordenação motora, o pensamento lógico e a habilidade de resolver problemas, ativando áreas do córtex pré-frontal. A caça ao tesouro também fortalece o vínculo familiar, pois a criança participa de uma brincadeira elaborada pelos pais.

  1. HORA DA HISTÓRIA INTERATIVA

Passo a passo: Escolha um livro de história ou invente uma narrativa onde todos possam participar. Cada membro da família pode dar ideias para criar personagens e decidir o rumo da história. Alternativamente, um tablet ou celular pode ser usado para criar animações simples ou desenhos digitais que acompanham a narrativa. Usar uma “caixa de fantasia” com acessórios simples para cada personagem pode enriquecer a brincadeira e incentivar o envolvimento.
Explicação pedagógica: Atividade trabalha o desenvolvimento da linguagem, imaginação e a expressão emocional, ativando o hemisfério esquerdo do cérebro para a lógica e o direito para a criatividade. Além disso, estreita a conexão emocional entre pais e filhos, criando memórias afetivas.

  1. DESAFIO DAS ADIVINHAÇÕES EM FAMÍLIA

Passo a passo: Cada pessoa escolhe um tema (como animais, lugares, objetos) e faz adivinhações para que os outros descubram. Para tornar a atividade mais interativa, os pais podem criar dicas em cartões ou até usar um aplicativo de adivinhações que envolva gestos ou mímica. As crianças podem sugerir ideias para adivinhações, o que promove o protagonismo e a autoconfiança.
Explicação pedagógica: Adivinhações estimulam o raciocínio lógico, a memória e a linguagem verbal, ativando o córtex pré-frontal e temporal. Também incentivam a cooperação, pois todos se ajudam a encontrar a resposta certa, fortalecendo o senso de união e diversão em família.

  1. OFICINA DE TECNOLOGIA E CRIAÇÃO (STOP MOTION)

Passo a passo: Com um aplicativo de stop motion (técnica de animação quadro-a-quadro) gratuito, os pais podem ajudar as crianças a criar uma animação com brinquedos, bonecos ou objetos da casa. A cada pequena movimentação dos itens, a criança registra uma fotografia, e ao final o app junta todas as fotos em um vídeo animado. Deixe que a criança escolha o tema e conte sua própria história, promovendo o pensamento autoral e a autoconfiança.
Explicação pedagógica: Essa brincadeira desenvolve habilidades de planejamento e paciência, ativando áreas de organização no cérebro, e incentiva o pensamento criativo. Trabalhar com tecnologia e ver o processo de criação em tempo real fortalece a curiosidade e a independência.

  1. LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS CASEIRO (EXPERIÊNCIA COM ÁGUA E CORES)

Passo a passo: Encha copos com água e adicione algumas gotas de corante alimentar de diferentes cores. Use papel-toalha para conectar os copos, e a água colorida irá “caminhar” de um copo a outro, misturando-se em cores novas. Pergunte à criança o que ela acha que vai acontecer antes de começar o experimento, promovendo a elaboração de hipóteses e o espírito investigativo.
Explicação pedagógica: Ensina conceitos de capilaridade e mistura de cores, ativando o córtex visual e áreas associadas ao processamento da curiosidade científica. Promove a observação e o interesse pela ciência, além de incentivar o uso de habilidades práticas.

  1. CAÇA AO TESOURO NATURAL

Passo a passo: Prepare uma lista com itens da natureza para as crianças encontrarem, como folhas de diferentes formas, pedras coloridas, flores específicas, galhos, sementes etc. As crianças podem buscar os itens na natureza (em um parque, jardim ou até em uma área de mato) e trazer para casa, marcando os itens encontrados. Ao final, pode-se conversar sobre os objetos encontrados, suas características e funções no ecossistema.
Explicação pedagógica: Estimula o desenvolvimento cognitivo e científico a partir da curiosidade sobre o ambiente natural e os seres vivos, além de ajudar a criança a reconhecer diferentes formas de vida e seus papéis no ecossistema. A interação direta com a natureza favorece o desenvolvimento de empatia, conexão emocional e respeito pelo meio ambiente. Desenvolve ainda as habilidades de observação e a percepção sensorial.

Interação com a natureza favorece o desenvolvimento de empatia, conexão emocional e respeito pelo meio ambiente. Foto: Divulgação/Brazilian International School.

  1. OBSERVAÇÃO DE PÁSSAROS

Passo a passo: Pegue binóculos e um caderno para anotações. Junte as crianças em um local adequado para observação de aves, como um jardim, parque ou floresta. A criança pode observar os pássaros, anotar suas características (como cor, tamanho, comportamento) e tentar identificar as espécies com a ajuda de um guia de aves (físico ou digital). É possível fazer um jogo de “quem vê primeiro” ou premiar quem encontrar mais espécies durante a atividade. Essa brincadeira pode ser realizada em grupo, promovendo interação entre as crianças, ou individualmente, favorecendo o autoconhecimento e a expressão pessoal.
Explicação pedagógica: A observação de pássaros exige concentração e paciência, habilidades importantes para o desenvolvimento cognitivo. Aprender sobre a biodiversidade, as diferentes espécies de aves e suas funções no ecossistema pode estimular na criança uma ligação emocional com a natureza, despertando o interesse pela preservação de espécies.

  1. PINTURA COM ELEMENTOS NATURAIS

Passo a passo: Reúna diferentes elementos da natureza, como folhas, flores, pedras e galhos. Usando tinta, os pais podem ajudar as crianças a imprimir texturas e padrões com esses elementos, como criar “selos” com folhas ou pintar com galhos para criar efeitos texturizados. Também pode-se utilizar a natureza para fazer os pincéis (usando galhos ou flores) e criar pinturas mais orgânicas.
Explicação pedagógica: Estimula a imaginação e expressão, permitindo que as crianças experimentem novas técnicas artísticas utilizando materiais naturais. A manipulação de elementos naturais e pincéis improvisados ajuda a desenvolver a coordenação motora fina. A conexão com o ambiente natural ajuda as crianças a entenderem e apreciarem a beleza e as texturas do mundo ao seu redor.

  1. “HORA DO CONTO” NA NATUREZA

Passo a passo: Leve as crianças para um ambiente natural, como um parque, bosque ou jardim, e faça uma sessão de contação de histórias ao ar livre, relacionadas à natureza. Pode-se contar histórias sobre animais, plantas, aventuras na floresta ou mitos e lendas sobre o mundo natural. Após a história, incentive as crianças a desenharem ou representarem o que mais gostaram da narrativa.
Explicação pedagógica: A contação de histórias estimula a imaginação, o desenvolvimento linguístico, a linguagem e a compreensão verbal. Ao ouvir histórias relacionadas à natureza, as crianças desenvolvem empatia e ligação emocional pelos seres vivos e pelo meio ambiente. Contar histórias ao ar livre ainda reforça a conexão das crianças com o ambiente natural, criando um contexto positivo e emocionalmente enriquecedor.

  1. CAFÉ DA MANHÃ TEMÁTICO EM FAMÍLIA

Passo a passo: Convide as crianças para planejar um café da manhã temático. Escolham juntos um tema, como “praia”, “floresta” ou “super-heróis”. Decidam os itens do cardápio e montem a lista de compras, se necessário. No dia do café, envolva as crianças na preparação: decorar a mesa com objetos que tenham em casa (como folhas e flores para o tema floresta) ou criar desenhos para enfeitar o ambiente. Durante a refeição, incentivem a imaginação, como fingir que estão em um piquenique na floresta ou em um café de super-heróis.
Explicação pedagógica: Essa atividade promove a autonomia, a criatividade e o senso de pertencimento, ao permitir que as crianças colaborem no planejamento e execução. Também estimula habilidades como organização, comunicação e imaginação, além de criar um momento significativo de convivência familiar.

  1. RESGATE DAS BRINCADEIRAS TRADICIONAIS

Passo a passo: Converse com as crianças sobre brincadeiras que você ou outros familiares costumavam brincar na infância, como “amarelinha”, “esconde-esconde” ou “passa anel”. Escolham juntos uma ou mais brincadeiras e adaptem ao espaço disponível em casa ou no quintal. Por exemplo, use fita adesiva no chão para desenhar a amarelinha se não tiver um espaço ao ar livre. Explique as regras e incentive a participação de todos os membros da família para tornar a atividade mais dinâmica.
Explicação pedagógica: Essas brincadeiras valorizam a cultura brasileira e promovem a conexão intergeracional. Estimulam a coordenação motora, o raciocínio e a socialização, além de reforçar a importância de momentos simples e compartilhados, longe das telas.

Resgate de brincadeiras tradicionais valorizam a cultura brasileira e promovem a conexão intergeracional. Foto: Divulgação/Escola Internacional de Alphaville.

 

  1. CRIAÇÃO DE UM LIVRO DE MEMÓRIAS DAS FÉRIAS

Passo a passo: Durante as férias, incentive as crianças a registrar momentos especiais em um caderno ou folhas de papel. Elas podem desenhar, escrever histórias, colar fotos, ingressos de passeios ou folhas coletadas em caminhadas. No final das férias, dediquem um tempo para organizar as páginas, criando uma capa personalizada para o “Livro de Memórias”. Se possível, incluam relatos ou desenhos de outros membros da família sobre os momentos compartilhados.
Explicação pedagógica: A construção de um livro de memórias trabalha a organização de ideias, expressão artística e a valorização de vivências. Estimula habilidades cognitivas, como a narração e a criatividade, além de fortalecer os laços familiares e criar uma lembrança afetiva para o futuro.
Fontes: Sugestões 1, 2, 3, 4 e 5: Beatriz Martins, do Brazilian International School; sugestões 6, 7, 8 e 9: Renata Alonso, da Escola Bilíngue Aubrick; sugestões 10, 11 e 12: Erika Scarparo Abreu, da Escola Internacional de Alphaville.




Fies terá mais de 112 mil novas vagas em 2025 e 50% delas serão para inscritos no CadÚnico

Os processos seletivos serão divididos em duas etapas: 67.301 vagas serão ofertadas no primeiro semestre e 44.867, no segundo semestre – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), vai ofertar 112.168 novas vagas para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em 2025. A medida foi regulamentada pela Resolução CG-Fies nº 61/2024, publicada na terça-feira, 31 de dezembro, pelo Comitê Gestor do Fundo de Financiamento Estudantil (CG-Fies). Com o lançamento do Fies Social, 50% das vagas serão reservadas para candidatos em situação de vulnerabilidade econômica, devidamente inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e com renda familiar per capita de até meio salário mínimo.

Os processos seletivos serão divididos em duas etapas: 67.301 vagas serão ofertadas no primeiro semestre e 44.867, no segundo semestre. A resolução também antecipa a oferta de vagas semelhantes para os anos de 2026 e 2027, conforme previsto no Plano Trienal do Fies.

“Vamos garantir novas vagas para o Fies em 2025, permitindo que jovens de baixa renda financiem cursos de graduação em instituições privadas de ensino superior no país. O governo do presidente Lula está investindo mais de R$ 774 milhões no Fies, um programa que abre portas para milhares de brasileiras e brasileiros terem uma educação de qualidade”, afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana. O recurso será revertido para o Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies), assegurando a sustentabilidade do programa e o financiamento dos estudantes.

INCLUSÃO EDUCACIONAL — A presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fernanda Pacobahyba, destacou o impacto da medida: “O Fies é uma ferramenta transformadora, que promove a inclusão educacional e abre portas para o futuro de milhares de jovens. Com essas vagas, reforçamos o compromisso de garantir acesso ao ensino superior de qualidade em nosso país”.

FIES — O Fundo de Financiamento Estudantil é um programa do Governo Federal que foi instituído pela Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001. O objetivo é conceder financiamento a estudantes de cursos de graduação em instituições de educação superior privadas aderentes ao programa e com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Desde 2018, o Fies possibilita juros zero a quem mais precisa e uma escala de financiamento que varia conforme a renda familiar do candidato.

FIES SOCIAL — Cumprindo o compromisso de garantir maior oferta para pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, em 2024 o MEC lançou o Fies Social. Ele reserva 50% das vagas a candidatos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e com renda familiar per capita de até meio salário mínimo. Essa nova modalidade permite financiamento de até 100% dos encargos educacionais, além de reservar cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. No primeiro semestre de 2024, 39.419 estudantes migraram do Fies para o Fies Social.

CG-FIES – O Comitê Gestor do Fies é composto por representantes do FNDE e dos ministérios da Educação; da Fazenda; do Planejamento; da Integração e do Desenvolvimento Regional; e da Casa Civil da Presidência da República. A função principal do CG-Fies é formular políticas de financiamento estudantil, definir critérios de oferta de vagas e supervisionar a execução do Fies, assegurando que o programa alcance seus objetivos de inclusão e desenvolvimento educacional.




SP amplia acesso ao ensino superior com 30 mil vagas do Provão Paulista e aumento de 58% nas inscrições do Enem

 

 
Com 15.390 vagas em 2024, o Provão Paulista Seriado chega ao segundo ano oferecendo oportunidades inéditas em universidades e faculdades estaduais para estudantes da rede pública — total de mais de 30 mil vagas abertas pelo “vestibular paulista”. A iniciativa é inédita, pela primeira vez na história uma gestão paulista cria o acesso direto de alunos da rede pública ao ensino superior. O Governo de SP também registrou aumento expressivo da participação dos estudantes da 3ª série do Ensino Médio no Enem: de 191 mil inscritos em 2023 para 302,3 mil em 2024, o que equivale a 80% dos estudantes que estão concluindo essa etapa de ensino.

Para 2025, estão em disputa pelo Provão Paulista 1.500 vagas para a Universidade de São Paulo (USP), 934 para a Universidade Estadual Paulista (Unesp), 325 para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), 10.000 para as Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs) e 2.631 para a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp).

Além da implantação do Provão, que permite aos estudantes trilhar o caminho da universidade por meio da realização das avaliações nas três séries do Ensino Médio — somatórias para a etapa final e classificação para as universidades —, a Educação estabeleceu nestes dois anos uma série de ações para apoiar os estudantes na preparação para o Provão, Enem e vestibulares, como a ampliação das aulas de matemática e língua portuguesa no currículo, implantação de ferramentas de leitura e redação e do aplicativo Prepara SP, criado pelo Me Salva.

Em 2024, o número de exercícios feitos pelos estudantes do Ensino Médio na ferramenta de cursinho pré-vestibular quase dobrou, passando de 8,6 milhões de questões respondidas em 2023 para 16,9 milhões até o início de dezembro de 2024.

‘A melhor coisa que aconteceu na minha vida’

Ex-aluna da Escola Estadual Professor Baltazar de Godoy Moreira, da cidade de Marília, Maria Eduarda Bartholomeu de Souza, 19 anos, mora em Bauru e é uma das alunas de medicina da USP aprovadas na primeira edição do Provão Paulista. “Posso continuar a dizer que foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Todos os meus amigos pensam exatamente igual a mim sobre o Provão. Eu nunca imaginei que pudesse ter algum projeto, algum vestibular específico para a escola pública que teria mudado tanto a realidade de tanta gente”, afirma.

Maria Eduarda está entre os criadores do projeto Ascender, que une universitários aprovados na USP Bauru por meio do Provão Paulista e tem como objetivo atrair mais estudantes do Ensino Médio da rede pública de ensino para a melhor universidade do Brasil e da América Latina. Neste ano, eles visitaram escolas de Bauru e pretendem expandir as atividades no ano que vem.

Fotos : Marcelo S. Camargo / Governo do Estado SP
Gêmeas na Faculdade de Direito da USP

A USP é a melhor faculdade de direito do país e, por conta do Provão Paulista, os pais das gêmeas Larissa e Luana Alves Rolim Souza, que sonhavam em fazer o curso inspiradas pela mãe, que foi estudar quando elas estavam entrando na adolescência, viram as filhas sair de Itariri, no Vale do Ribeira, para morar em São Paulo e estudar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco.

Luana foi a primeira das gêmeas aprovadas na Universidade São Francisco, na primeira chamada do Provão Paulista em 25 de janeiro de 2024. A irmã Larissa foi aprovada primeiro para direito na USP de Ribeirão Preto e na segunda chamada para a São Francisco, em São Paulo. Hoje elas moram juntas no bairro da Bela Vista e voltam a Itariri duas vezes ao mês para visitar a família.

“O Provão Paulista traz a sensação de orgulho e vitória, porque ele dá a chance de alunos da escola pública entrarem na USP, em um curso que geralmente é cursado por estudantes que tiveram privilégios desproporcionais em comparação com os alunos da rede estadual e que a avaliação mostra que esse espaço também é dos alunos da escola pública”, afirma Larissa.

Luana diz que se sente muito feliz de ter a irmã com ela todos os dias, apesar de estarem em salas separadas. “Antes de a Larissa ser aprovada na SanFran, eu disse aos meus pais que teria muita saudade dela, porque somos muito ligadas, e sentia uma certa insegurança de me mudar para São Paulo sozinha.”

Para ela, o Provão Paulista significa “oportunidade e chance para todos os alunos terem acesso a uma experiência que é tirada das pessoas, dos alunos da escola pública”. “Desejo que a iniciativa perdure e garanta acesso dos alunos da rede pública às melhores universidades do estado pelas próximas gerações, porque traz um enriquecimento e oportunidade de trabalho no futuro desses estudantes.”

O resultado do Provão Paulista e a primeira chamada para os futuros universitários estão previstos para o dia 20 de janeiro de 2025.




Prova do Vestibular das Fatecs será aplicada em 12 de janeiro

 

Novidade para o dia de avaliações é a implementação da identificação dos candidatos por biometria digital e facial (Foto: Roberto Sungi)

A prova do processo seletivo das Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs) será aplicada no dia 12 de janeiro, às 13 horas. O candidato terá cinco horas para fazer a avaliação que dá acesso às vagas do primeiro semestre de 2025. A partir das 17 horas do dia 3 de janeiro, o local de prova ficará disponível para consulta, pelo site vestibular.fatec.sp.gov.br.

No dia do exame, os portões dos locais de prova serão abertos ao meio-dia e fechados às 13 horas, pontualmente. Comum a todos os cursos, a prova contará com uma redação e 54 questões objetivas, cada uma com cinco alternativas.

A redação vale 100 pontos e avaliará a capacidade de desenvolver e organizar as ideias. O texto deve ser dissertativo ou narrativo, na modalidade culta da língua portuguesa.

Já as questões objetivas são divididas da seguinte forma:

  • 40 questões sobre o núcleo comum do Ensino Médio, com 5 questões para cada disciplina: Matemática, Português, Física, Química, Biologia, História, Geografia e Inglês.
  • 5 questões de raciocínio lógico.
  • 9 questões multidisciplinares, que articularão conhecimentos das disciplinas do Ensino Médio para a solução de situações-problema.

Exame

Para o dia de prova, o candidato deve prestar atenção às seguintes orientações:

  • Conferir o endereço do local de prova e o número de inscrição no processo seletivo, além de chegar com uma hora de antecedência onde fará o exame;
  • Levar um documento de identidade original com foto, caneta preta ou azul, lápis e borracha;
  • Permanecer na sala até, no mínimo, às 15h30. Após esse horário será permitido levar o caderno de questões.

Neste Vestibular das Fatecs, a novidade para o dia de avaliações é a implementação da identificação por biometria digital e facial, somada à apresentação do documento de identidade. A etapa faz parte dos processos adotados para garantir segurança e lisura na aplicação do exame pela banca organizadora, o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan).

Na internet é possível consultar a Portaria e o Manual do Candidato, que detalham as normas do Vestibular das Fatecs.