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Com número recorde de participantes, XXVI Marcha é encerrada com a leitura da carta municipalista

 

 

A maior mobilização municipalista do mundo em número de autoridades foi encerrada nesta quinta-feira (22), com a leitura da Carta da XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. O ato foi conduzido pelo presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, e pelo consultor Hugo Lembeck. A edição deste ano teve recorde de público, com mais de 14 mil municipalistas que se reuniram na capital federal nesta semana. O documento com as demandas e as contribuições debatidas no evento foi entregue ao secretário Especial de Assuntos Federativos da Presidência da República, José Hilário Marques, que deve repassar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com o tema “Autonomia municipal: a força que transforma o Brasil”, a XXVI Marcha teve importantes compromissos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em relação a pautas estruturantes dos Municípios, com destaque para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023, PEC da Sustentabilidade Fiscal, elaborada pela CNM e que traz impacto de quase R$ 700 bilhões aos Municípios.

“Quero neste momento passar a carta para o Hilário, que vai levar essas questões para o governo federal. A carta está bem caracterizada e mostra o posicionamento do nosso movimento municipalista”, disse o presidente da CNM ao entregar o documento. Em seguida, o representante do governo federal congratulou a Confederação pela realização da maior edição da Marcha da história e endossou o apoio do Executivo à PEC 66/2023. “Venho aqui dizer que o governo federal apoia a PEC 66/2023. Parabenizo a CNM não só pelos números alcançados na Marcha, com recorde público neste ano, mas também por ela ter sido tão bem acolhida em Brasília”, disse o representante do governo federal.

Presença de autoridades

Mais uma vez, o evento foi a oportunidade de debater as demandas municipais com as principais autoridades do país que marcaram presença na Marcha. A cerimônia de abertura contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do vice-presidente, Geraldo Alckmin; do presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre; do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta; e de 25 ministros de Estado, bem como deputados, senadores e outras autoridades. Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado; de Minas Gerais, Romeu Zema; de Pernambuco, Raquel Lyra; e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também participaram.

Parlamentares, ministros e líderes nacionais de partidos políticos voltaram na sequência da programação para debater a pauta prioritária no Legislativo em painéis destinados ao Congresso Nacional e às discussões das necessidades dos Municípios em áreas essenciais da gestão local. O ex-presidente da Câmara e relator da proposta de ampliação da isenção do Imposto de Renda, Arthur Lira (PP -AL), atualizou os gestores sobre o Projeto de Lei (PL) 1.087/2025.

No Judiciário, a CNM se reuniu com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso, para tratar das ações referentes à distribuição dos royalties de petróleo. O   ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, trouxe orientações aos participantes em um painel que teve como destaque a importância da governança pública. Na programação paralela, os gestores foram direcionados em relação a assuntos fundamentais da gestão local em 50 arenas temáticas.

 

Eis a íntegra da Carta da XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.

 

Carta da XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios 

Com a presença recorde de participantes, mais de 14 mil municipalistas se reuniram na XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios entre os dias 19 e 22 de maio de 2025. Com o tema “Autonomia municipal: a força que transforma o Brasil”, o evento teve importantes compromissos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em relação a pautas estruturantes dos Municípios, com destaque para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023 – PEC da Sustentabilidade Fiscal, elaborada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e que traz impacto superior a R$ 700 bilhões aos Municípios. 

Na solenidade de abertura, alertamos para o crítico cenário fiscal vivenciado pelos gestores locais, os impactos dos programas federais na folha e na previdência, os entraves na liberação de emendas e pedimos apoio na aprovação da PEC 66. Na cerimônia, tivemos a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do vice-presidente, Geraldo Alckmin; do presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre; do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta; e de 25 ministros de Estado, bem como deputados, senadores e outras autoridades. Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado; de Minas Gerais, Romeu Zema; de Pernambuco, Raquel Lyra; e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também participaram. 

Em ato importante para o movimento, assinamos junto ao presidente da República e à ministra da Gestão e da Inovação uma portaria que autoriza a venda, com dispensa de licitação, à Confederação do terreno onde fica a sede da nossa entidade, a casa dos municipalistas em Brasília. O Executivo ainda declarou apoio à PEC 66/2023, anunciou recursos para uma nova fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções e falou da intenção de lançar nova etapa do Programa Mais Acesso a Especialistas (Pmae). 

Reforçamos a necessidade de aprovação das três emendas apresentadas pela CNM na PEC da Sustentabilidade Fiscal, que tratam da ampliação da Reforma da Previdência da União aos Municípios; de um novo modelo de pagamento de precatórios, abrangendo mais Entes locais; e da alteração do indexador da dívida previdenciária, da Selic para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O relator do texto na comissão especial, deputado Baleia Rossi, confirmou que dará celeridade nos trabalhos que analisam o tema e oficializou apoio aos pleitos da Confederação. 

Além do compromisso com nossas pautas pelos presidentes das duas Casas, presidentes de partidos, deputados e senadores apoiaram a aprovação rápida da PEC. Também nos reunimos no Salão Verde e, em seguida, acompanhamos as entidades estaduais de Municípios em uma série de reuniões com as bancadas de seus Estados. Encaminhamento para outra medida que preocupa os Municípios foi dado pelo relator do Projeto de Lei (PL) 1.087/2025 e ex-presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, o qual garantiu que a isenção do Imposto de Renda para os contribuintes que ganham até R$ 5 mil por mês será necessariamente acompanhada de compensação a Estados e Municípios. 

Milhares de gestores municipais também se reuniram em nosso Plenário para defender o cumprimento da Constituição Federal e da Lei Complementar (LC) 214/2025 nas eleições do Conselho Superior do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (CGIBS). Alertamos para os impactos do atraso nas eleições para definir os representantes municipais e reforçamos os esforços empreendidos para garantir uma Reforma Tributária que contemple as demandas e a autonomia dos Municípios. Também articulamos para que seja rejeitada emenda apresentada ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/2024, que traz inúmeras inconstitucionalidades e busca alterar as regras no meio do jogo e acolher interesses que não os da maioria da população brasileira. 

No Judiciário, nos reunimos com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso, para tratar das ações referentes à distribuição dos royalties de petróleo. Apontamos que, desde a suspensão da Lei 12.734/2012, em 2013, os Municípios já perderam mais de R$ 111 bilhões. Pedimos que seja estabelecido um cronograma de reuniões junto ao Núcleo de Solução de Conflitos (Nusol). Ele se comprometeu a dialogar com a ministra Cármen Lúcia, relatora das ações, e, tão logo haja encaminhamento por parte da magistrada, colocar a ação em análise no Nusol. 

O Movimento Mulheres Municipalistas (MMM) falou dos avanços registrados desde a sua criação e alertou para a necessidade de fortalecer o envolvimento na luta para garantir maior presença feminina nos cargos de chefia dos poderes. Também fez forte apelo contra o feminicídio, inclusive com a instalação de um banco vermelho gigante, símbolo da luta, na praça municipalista da Marcha. 

Ocorreu o já tradicional diálogo com o Poder Legislativo municipal, em que os vereadores trouxeram as suas propostas e opiniões acerca dos rumos do movimento, além de encontros com vice-prefeitos e consórcios. Durante a Marcha, ainda realizamos 50 arenas técnicas para discutir assuntos fundamentais às gestões locais em áreas como educação, saúde, assistência social, defesa civil, finanças, inovação, turismo, desenvolvimento rural, planejamento urbano, entre outros, apresentando seus relatos ao final da Marcha. 

Fechamos essa Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios demonstrando que nosso trabalho tem por objetivo melhorar a vida da população e que é a partir da união de nosso movimento que construiremos um Brasil mais forte e igualitário. 

Brasília, 22 de maio de 2025 

Paulo Ziulkoski 

Presidente da CNM

 

 




XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios ocorre de 19 a 22 de maio com público recorde

 

Nos dias 19 a 22 de maio, a capital federal receberá prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários municipais para participar da XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Promovida anualmente pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), a Marcha é o maior ato político da América Latina, e ocorre no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. Mais de 11 mil gestores já se inscreveram e há previsão de recorde de público neste ano.

Com o tema Autonomia Municipal: a Força que Transforma o Brasil, a sessão solene de abertura acontece no dia 20 de maio, às 9 horas. É neste momento que o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, vai apresentar as demandas municipalistas às autoridades, como o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, além de ministros de Estado e outras autoridades. Durante o discurso, Ziulkoski vai frisar a importância da cooperação entre todos os entes federados para que os Municípios possam fazer frente às demandas.

Os gestores também darão voz às principais pautas do movimento. Entre essas, a Proposta de Emenda à Constituição 66/2023 (PEC da Sustentabilidade Fiscal), medida que visa a mitigar os impactos negativos causados pela questão previdenciária nos Municípios. A Reforma Tributária, com debate sobre o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (CGIBS), também terá destaque. Ainda integram a programação principal temas como Federalismo Climático, Financiamento da Educação e da Saúde, Imposto de Renda e outros projetos em debate no Congresso. Na programação paralela, o evento terá 47 arenas técnicas sobre temas da gestão.

Coletiva de imprensa

No dia 19 de maio, às 11 horas, o presidente da CNM concede uma coletiva de imprensa para apresentar estudos com dados inéditos que vão pautar as ações do movimento municipalista na Marcha. O encontro ocorre de maneira híbrida, na sede da CNM, em Brasília, e por meio do Zoom, com inscrição prévia.

Faça a sua aqui: https://bit.ly/3YKjxsA

Credenciamento de imprensa

Já o credenciamento de imprensa para cobertura da Marcha ocorre presencialmente, no CICB, a partir das 10h do dia 19 de maio, sendo exclusivo para repórteres, repórteres fotográficos acompanhados do jornalista e cinegrafistas de jornais televisivos. Para solicitação, é necessária apresentação de credencial do veículo de comunicação e documento de identificação profissional. A homologação dos profissionais de imprensa fica a critério da Confederação.

Confira a programação completa: https://marcha.cnm.org.br/programacao




TRE-SP mantém decisão que cassou mandato de vereador de Paraguaçu Paulista por fraude à cota de gênero

 

 

 

Na sessão de julgamento desta quinta-feira (8), o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), em votação unânime, manteve decisão do juízo da 12ª Zona Eleitoral que reconheceu a fraude no registro de candidatura das vereadoras e vereadores do Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Paraguaçu Paulista nas Eleições 2024. Com a decisão, foi cassado o único vereador eleito, Rodrigo Almeida Domiciano de Andrade, e foram declarados inelegíveis a candidata fictícia, Rosilei Meireles de Araújo, e o presidente do partido, Valdinei da Fonseca, por oito anos a partir do pleito de 2024.

Segundo a decisão de primeira instância, os critérios adotados pela jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a caracterização da fraude à cota de gênero estão presentes no processo: votação zerada da candidata Rosilei Meireles de Araújo, prestação de contas sem movimentação financeira relevante e ausência de atos efetivos de campanha.

O relator do processo, juiz Regis de Castilho, confirmou a presença dos critérios. “A súmula 73 do TSE acaba preenchida no que tange aos requisitos que foram enumerados. Não houve de fato uma campanha mínima que possa ser considerada e não houve votos.” O magistrado ainda afirmou a participação de Valdinei da Fonseca, presidente do partido, ao promover o registro fictício de Rosilei. “No que tange à alegação de que teria havido abuso de poder político por fraude, não há como deixar de também colher o presidente do partido, na medida em que se tem como conclusão inarredável que tenha havido a fraude e dela participou o presidente.”

A candidata Rosilei e o presidente do partido tiveram declarada a inelegibilidade pelo período de oito anos a contar da eleição municipal de 2024, enquanto o vereador eleito, Rodrigo Almeida Domiciano de Andrade, teve o mandato cassado. O Tribunal decidiu também pela cassação do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) do PDT e anulação dos 1.624 votos (7,6% dos votos válidos) recebidos pelo partido. Haverá recontagem dos votos para vereador, com novo cálculo do quociente eleitoral e partidário.

A 12ª Zona Eleitoral, responsável pela cidade de Paraguaçu Paulista, será comunicada da decisão para que designe data para realização da retotalização do resultado da eleição. Com a retotalização, serão excluídos os votos recebidos pelo partido e um vereador será eleito para ocupar a vaga aberta com a cassação.

Cabe recurso ao TSE.

 




Deputada quer beneficiários avisados individualmente pela Previdência sobre golpe do INSS e restituição

 

 

A deputada federal Rosana Valle (PL-SP) quer que os beneficiários do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) sejam notificados individualmente pelo Ministério da Previdência sobre as fraudes ocorridas entre 2019 e 2024 e que desviaram R$ 6,3 bilhões de pelo menos 4 milhões de pessoas no Brasil, entre aposentados e pensionistas. O requerimento protocolado nesse domingo (4/5) exige que o novo chefe da pasta, Wolney Queiroz, execute medidas emergênciais para informar cada um dos beneficiários sobre os descontos sindicais, para que possam, inclusive, ser cancelados, caso não tenham sido autorizados. A comunicação deve partir do INSS seja por telefone, e-mail, carta-registrada, ou busca ativa.

No entendimento da parlamentar do PL-SP, a medida é necessária e urgente, tendo em vista que o público lesado pelo esquema, muitas das vezes, não tem acesso à Internet ou habilidade com a Tecnologia, ou condições de deslocamento para buscar pessoalmente informações mais precisas. Desde que o golpe foi descoberto, o governo federal se prontificou a, tão somente, disponibilizar um canal on-line para sanar dúvidas face ao tema:

“O coitado do aposentado e do pensionista é quem devem correr atrás do prejuízo? Isso está errado! A obrigação é do INSS, do governo Lula (presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva-PT). É preciso que seja adotada uma estratégia de comunicação individualizada. Muitos desses cidadãos enfrentam barreiras tecnológicas, não acessam regularmente os bancos digitais e, mesmo quando o fazem, têm dificuldade de compreender o significado das informações lançadas nos extratos”, complementa a liberal.

Rosana defende que o contato direto é essencial para garantir o direito ao esclarecimento, prevenir abusos e assegurar que nenhum beneficiário seja penalizado injustamente por medidas tomadas sem seu conhecimento.

O requerimento protocolado junto ao Ministério da Previdência Social reforça que a posse de um novo chefe da pasta representa “oportunidade crucial para o fortalecimento institucional do INSS” e a adoção de medidas que garantam maior transparência, eficiência na gestão dos recursos e a proteção dos direitos dos segurados.

Site

Neste contexto, a congressista do PL também sugere a criação de um site que divulgue as medidas adotadas pelo INSS para informar e diminuir os impactos do esquema bilionário sobre os aposentados, como a quantidade total de casos solucionados:

“O INSS é obrigado a avisar se houve desconto indevido, quais foram os valores e tirar dúvidas – inclusive sobre a restituição – de milhões de idosos e de pensionistas que estão indignados com mais esse esquema corrupto num governo petista”, reitera Rosana, que é deputada federal em segundo mandato e presidente da Executiva Estadual do PL Mulher de São Paulo,

Caso

Na semana passada, a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) fizeram uma operação em 13 estados e no Distrito Federal contra fraudes no INSS. Segundo as investigações, as entidades investigadas cobravam mensalidades de aposentados e pensionistas, sem autorização.

Em meio ao escândalo, o então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão na sexta-feira (2/5). Para o lugar do pedetista, Lula nomeou o número dois da pasta. O INSS também teve o comando trocado pelo governo federal com a entrada de Gilberto Waller Júnior.

 




Deputada propõe o triplo de folgas para o trabalhador que doar sangue

 

A deputada federal Rosana Valle (PL-SP) quer o triplo de folgas no ano para trabalhadores que doarem sangue. De autoria da liberal, o texto 1.862/2025 altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e garante o direito a uma ausência justificada por ano para cada doação realizada, com o limite máximo de três doações no período de 12 meses.

Protocolada na quinta-feira (25/4) na Câmara dos Deputados, em Brasília-DF, a matéria também contempla a doação de plaquetas. Neste caso, registrados na CLT terão um dia de folga a cada dois meses.

A ideia de Rosana é reconhecer a relevância social da doação de sangue, valorizar o gesto solidário e propor uma compensação a mais ao trabalhador brasileiro que se dispõe a contribuir com hemocentros de todo o País.

A congressista lembra que é recorrente a defasagem nos estoques em várias regiões do Brasil, o que prejudica o atendimento a chamados de urgência e de emergência para a transfusão, incluindo casos de risco de morte:

“Nos últimos anos, diversos hemocentros enfrentaram situações críticas de desabastecimento. O da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, por exemplo, chegou a operar com menos de 30% do estoque ideal em períodos de férias e em feriados prolongados. Já o hemocentro da Fundação Pró-Sangue, também de São Paulo, teve armazenamento abaixo de 22% para os tipos O e B. O ajuste é urgente”.

Dados do Ministério da Saúde revelam que, até 2022, apenas 1,4% da população se enquadrava como doadora regular de sangue no Brasil, o que representa 14 pessoas a cada mil habitantes, com um total de 3,1 milhões de doações de sangue por ano no Sistema Único de Saúde (SUS).

Embora esteja dentro do parâmetro mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – de 1% a 3% -, a taxa ainda é insuficiente para atender à demanda crescente por transfusões no País. Desta forma, no entendimento de Rosana, é necessária a adoção de políticas públicas, como o projeto de lei de sua autoria, que incentivem a doação regular e garantam a estabilidade dos estoques ao longo do ano:

“Ao permitir a ausência no trabalho por um dia a cada quatro meses para doação de sangue e a cada 60 dias para doação de plaquetas, criamos estímulos concretos. Vale lembrar que, cada doação pode salvar até quatro vidas”, detalha a deputada federal em segundo mandato e presidente de Executiva Estadual do PL Mulher de São Paulo.

Rosana ainda defende que, a exigência de comprovação por declaração emitida pelo hemocentro garante controle e evita abusos, mantendo o equilíbrio entre o benefício social e a rotina das empresas:

“Este projeto é de grande relevância social; contribui diretamente para salvar vidas, fortalece a cultura da solidariedade e oferece segurança jurídica, tanto ao trabalhador quanto ao empregador”.

Uma vez protocolado, o projeto de lei 1.862/2025 tramitará pelas Comissões Temáticas da Câmara dos Deputados, e caso seja necessário, irá a Plenário.

 




Parlamentares destinam R$ 3 milhões em recursos a instituições da cidade

A deputada Dani Alonso (estadual) e Capitão Augusto (federal) estiveram em Assis nesta sexta-feira (25) e anunciaram a destinação de mais de R$ 3 milhões em recursos de emendas parlamentares a instituições do município. Eles foram recebidos prefeita Telma Spera, secretários municipais, assessores e os vereadores Gerson Alves e Carlinhos Zé Gotinha, responsáveis pelas solicitações das verbas.

A agenda começou com reunião às 9h30 da manhã no gabinete da prefeita e seguiu com visitas à Santa Casa, à Escola Municipal Coraly Júlia, à Casa das Crianças e à futura sede dos deputados na cidade.

Segundo Gerson Alves, “são recursos importantes para as instituições que ajudam no desenvolvimento da cidade e dos locais que serão contemplados”. Já Carlinhos Zé Gotinha acrescentou: “encaminhamos várias demandas e há 15 dias estivemos na ALESP, onde a deputada nos atendeu prontamente”.

Ainda de acordo com os vereadores, durante a visita, os deputados também sinalizaram com o envio de novos recursos para a reforma do Terminal Rodoviário.

Dani Alonso afirmou: “Estar aqui em Assis é um privilégio. A cidade é prioridade no nosso mandato. Nos sentimos em casa e temos o prazer de destinar esses recursos para entidades tão importantes”.

Capitão Augusto completou: “Tenho certeza de que isso trará muitos frutos positivos para Assis. Este mandato da prefeita Telma será um divisor de águas para o município. Estaremos juntos em grandes projetos”.




Relator do PLDO, Zarattini defende crescimento econômico e social do país

 

 

O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), vice-líder do governo Lula no Congresso Nacional e relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO 2026) na Comissão Mista de Orçamento (CMO), participou na última quarta-feira (23) do Painel de Referência da Auditoria Operacional promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O encontro discutiu os mecanismos de despesas públicas e o financiamento por meio de recursos extraorçamentários.
Durante o painel, Zarattini destacou que o principal desafio do PLDO é garantir espaço fiscal para uma política de crescimento econômico e social. “Precisamos encontrar alternativas dentro do orçamento para alavancar o crescimento, porque é disso que o Brasil precisa neste momento”, afirmou.
Zarattini propôs a adaptação da legislação para permitir que fundos públicos sejam utilizados com transparência no desenvolvimento social e econômico. “Precisamos discutir como usar os fundos públicos, de forma legal e transparente,  para ampliar os investimentos em saúde, educação e habitação. Não podemos ignorar que mais de 10 milhões de famílias ainda vivem em favelas em situação precária. Isso é inadmissível”, disse.
O painel contou com a presença do ministro Bruno Dantas, presidente do TCU; do ministro presidente do TCU, Vital do Rêgo; do ministro vice- presidente do TCU, Jorge Oliveira; do ministro do TCU, Augusto Nardes; do senador Efraim Filho, presidente da CMO; do deputado Isnaldo Bulhões, relator da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2026; do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; além de representantes do Ministério da Fazenda, do Ministério do Planejamento, da Caixa Econômica Federal e do Banco Central.

 




MILITANTES TUCANOS SE MOBILIZAM CONTRA A EXTINÇÃO DO PSDB

 

 

Filiados tucanos estão se mobilizando nacionalmente em favor da preservação do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) no cenário político nacional. Eles vêm se reunindo em um grupo chamado “Movimento Contra a Extinção do PSDB”, que teve origem em janeiro passado a partir de um núcleo de filiados de algumas zonais da cidade de São Paulo-SP, quando lançaram um manifesto e um abaixo-assinado aberto à militância. Hoje o Movimento conta com a participação de filiados de várias regiões do Brasil.

A direção nacional do PSDB está promovendo nos últimos meses conversações com representantes de outras legendas partidárias com o objetivo de superar a chamada “cláusula de desempenho” nas próximas eleições de 2026 por meio da possível união de partidos.

Já é consenso entre a militância tucana que a incorporação do PSDB a outra legenda resultaria no desaparecimento do partido incorporado.

Por outro lado, no que se refere à fusão, tem havido um enorme mal-entendido dentro do PSDB sobre se essa medida ocasionaria ou não o fim do partido fundido.

Em posição contrária ao entendimento da direção nacional tucana, a qual tem manifestado que o Partido, fundindo-se com outro partido, não seria extinto, o Movimento está convicto de que isso resultaria sim na extinção do PSDB, inevitavelmente.

Uma das ideias aventadas pela cúpula tucana é fundir a legenda com o Podemos ou, mais recentemente, com o Republicanos, ou mesmo fundir com as duas.

Marconi Perillo e Aécio Neves, presidentes, respectivamente, do partido em âmbito nacional e do instituto partidário de formação política, na mesma linha dos dois únicos governadores tucanos, Eduardo Leite (RS) e Eduardo Riedel (MS), vêm repetidamente negando que a fusão levaria à extinção do PSDB, argumentando que “a história, o legado, o programa, os valores e os princípios do Partido estariam preservados”.

O Movimento considera que esse raciocínio não corresponde à verdade.

De acordo com esse grupo de filiados, haveria apenas uma maneira de o PSDB não ser extinto: mantendo-se intacto o nome da legenda, o número, o manifesto originário e o tucano como símbolo, além de manter-se resguardada a história, o legado, o programa na sua essência original, os valores e os princípios tucanos, tendo em vista que tais elementos são intrinsecamente inseparáveis do PSDB. A integridade do PSDB, segundo o Movimento, é a garantia de que esses elementos não seriam dissolvidos com o passar do tempo em um eventual novo partido.

De outra forma, a fim de que o Partido consiga atender às exigências da atual legislação eleitoral no que diz respeito à superação da cláusula de desempenho, o Movimento considera legítimo que o PSDB promova federação com um ou mais partidos desde que esses partidos se aproximem da linha ideológica tucana. O grupo também considera legítimo que o PSDB eventualmente incorpore algum outro partido.

Nestas duas últimas hipóteses, o PSDB não perderia sua identidade, ao contrário da fusão com outra legenda ou da incorporação a outro partido, conforme já mencionado.

Mario Covas Neto, filho de um dos maiores referenciais tucanos, o ex-governador Mario Covas, e Evandro Losacco, fundador do Partido, são dois dos representantes do Movimento.

Contatos:

Mário Covas Neto (Porta-Voz): 11 94781-1727

Evandro Losacco (Porta-Voz): 11 97471-5785

Márcia Scaranello: 11 99970-2347

Paulo Lourenço: 11 94522-6586

Leoni Soares: 11 98115-8444

Harold Thau: 11 99633-4166

Felipe Varella: 61 99984-2957




Propaganda partidária estadual volta a ser exibida nesta quarta-feira

 

 

 

A propaganda partidária estadual no rádio e na TV será retomada nesta quarta-feira (19), com a veiculação de cinco inserções do partido Rede Sustentabilidade. A agremiação, que será a primeira a exibir a propaganda em 2025, também veiculará inserções na sexta-feira (21).

De acordo com a Resolução TSE nº 23.679/2022, que regula a propaganda partidária gratuita no rádio e na TV, as inserções têm 30 segundos cada, sendo veiculadas, entre 19h30 e 22h30, no intervalo da programação das emissoras. As mídias com os arquivos de vídeo e áudio devem ser entregues às emissoras por iniciativa e sob responsabilidade das direções partidárias, em conformidade com as orientações legais.

As inserções estaduais vão ao ar às segundas, quartas e sextas. As nacionais, às terças, quintas e sábados. Os partidos devem difundir na propaganda partidária os seus programas, mensagens aos filiados sobre eventos e congressos, divulgar posições sobre temas discutidos pela sociedade, incentivar a filiação partidária, esclarecer o papel dos partidos na democracia brasileira e promover a participação política das mulheres, dos jovens e dos negros. Pelo menos 30% do tempo total das inserções devem ser obrigatoriamente destinados à difusão da participação política das mulheres.

As datas são distribuídas conforme a ordem de entrada dos requerimentos dos partidos políticos. Os pedidos dos órgãos nacionais são apreciados pelo TSE, e os regionais, pelos TREs. Ao todo, 19 partidos fizeram a solicitação ao Tribunal paulista para o calendário de 2025.

Confira o calendário de distribuição dos blocos de propaganda partidária estadual em 2025.

O acesso à propaganda partidária é obtido ao se atingir a cláusula de desempenho estabelecida na Emenda Constitucional nº 97/2017. Para a legislatura seguinte às eleições de 2022, é necessário ter obtido no mínimo 2% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados em pelo menos um terço das unidades da Federação, com no mínimo 1% dos votos válidos, em cada uma, ou o partido ou federação partidária ter elegido não menos que 11 deputados federais em pelo menos um terço das unidades da Federação.

Em ano não eleitoral, como o de 2025, a propaganda partidária deve ser exibida ao longo de todo o período. Já em ano eleitoral, só é transmitida no primeiro semestre. Conforme a legislação, a propaganda partidária não pode ser utilizada para promoção de candidaturas.




Justiça cassa o mandato da deputada Carla Zambelli (PL)

 

Nesta quinta-feira (30), o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) concluiu o julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra Carla Zambelli (PL) e cassou seu diploma de deputada federal, por maioria de votos (5×2). A decisão, que também a tornou inelegível por oito anos a partir do pleito de 2022, reconheceu o uso indevido dos meios de comunicação e a prática de abuso de poder político. A ação foi proposta pela também deputada federal Sâmia Bomfim (Psol), alegando que Zambelli divulgou informações inverídicas sobre o processo eleitoral de 2022.

O julgamento do caso começou em 13 de dezembro do ano passado, quando o relator do processo, desembargador José Antonio Encinas Manfré, votou pela cassação do diploma e pela inelegibilidade da deputada. No mesmo dia, o desembargador Cotrim Guimarães e o juiz Claudio Langroiva acompanharam o relator, bem como o presidente do TRE-SP, desembargador Silmar Fernandes, que também vota nas ações que importem cassação de registro, anulação geral de eleições, perda de diploma ou mandato eletivo (artigo 24, II, do Regimento Interno do TRE-SP). No entanto, o julgamento foi suspenso devido ao pedido de vistas da juíza Maria Cláudia Bedotti.

Iniciando a divergência, a juíza Maria Claudia Bedotti entendeu não caracterizados o abuso de poder político e o uso indevido dos meios de comunicação social e votou pela improcedência da ação. Segundo ela, no que toca ao abuso de poder, não há provas de que os vídeos publicados pela deputada e mencionados no processo foram suficientes para comprometer a lisura das eleições e a igualdade entre os candidatos. Já em relação ao uso indevido dos meios de comunicação social, a magistrada se baseou no entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no sentido de que “é essencial que se analise o número de programas veiculados, o período da veiculação, o teor deles e outras circunstâncias relevantes que evidencie a gravidade da conduta”. O juiz Régis de Castilho acompanhou a decisão, enquanto o juiz Rogério Cury seguiu o entendimento do relator.

Segundo o voto vencedor, proferido pelo desembargador Encinas Manfré, relator do processo, a parlamentar fez publicações para provocar o descrédito do sistema eleitoral e a disseminação de fatos inverídicos. O magistrado citou algumas publicações feitas nas redes da parlamentar em 2022, com ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao sistema eleitoral brasileiro, a exemplo da falsa notícia de manipulação das urnas eletrônicas em Itapeva, no interior do estado, durante a cerimônia de carga e lacração do pleito de 2022.

Para o desembargador, as veiculações não foram mera transposição de notícias, mas configuraram “abuso da liberdade de expressão e ato de evidente má-fé”. “Não é demasiado se reconhecer que as condutas da representada alcançaram repercussão e gravidade aptas a influenciar na vontade livre e consciente do eleitor e em prejuízo da isonomia da disputa eleitoral. Portanto, realidades justificadoras da cassação do diploma de deputada federal e da declaração de inelegibilidade, sanções a ela impostas por prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, em conformidade ao artigo 22, inciso XIV, da Lei Complementar nº 64/1990”, argumentou.

A decisão seguiu o parecer da Procuradoria Regional Eleitoral, que se manifestou pela procedência da Aije.

Cabe recurso ao TSE.