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Crise sanitária e surto de viroses alertam para gestão mais eficiente da saúde em regiões litorâneas durante o verão

 

 

Crise sanitária, surto de virose e gastroenterite e longas filas de espera – que podem chegar até 5 horas – em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) em regiões litorâneas de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. O aumento repentino da população flutuante, formada por turistas que visitam estas regiões, é sempre esperado. No entanto, o preparo para o atendimento em saúde, mais uma vez, não correspondeu às expectativas dos gestores municipais e da população.

Isso porque neste início de 2025, além de um grande número de turistas nos municípios litorâneos – em Florianópolis, por exemplo, a população é de cerca de 576 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a expectativa da prefeitura é de que a cidade receba mais de 2 milhões de pessoas até março – também houve o surto de virose, causado pelo norovírus.

No litoral de São Paulo, a cidade de Guarujá foi a mais afetada com o surto, ultrapassou 2 mil casos de viroses em menos de 16 dias. Em algumas unidades de saúde do município, o tempo de espera para atendimento chegou a 4 horas.

Já no litoral do Paraná, nos nove primeiros dias de 2025, foram registrados 2.311 atendimentos na região litorânea, segundo a Monitorização das Doenças Diarreicas Agudas (MDDA) da Secretaria de Estado da Saúde. O número é superior ao registrado no ano passado, quando foram 654 casos do mesmo período.

As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde não sabem precisar os motivos para o aumento no número de casos, mas afirmam que o fenômeno já era esperado por conta do calor intenso e do fluxo de turistas.

População flutuante x atendimento de saúde no litoral

O Dr Caio Ferreira Jorge, Head de Operações do Grupo Hygea, especializado em gestão de saúde pública e privada no Brasil, explica que para obter eficiência nos atendimentos – especialmente neste período do ano, reduzindo o tempo de espera, gastos e melhorando a efetividade, – o gestor de saúde precisa ampliar equipes para estruturar uma triagem rápida dos usuários, classificando os casos conforme gravidade e direcionando para o atendimento adequado.

“Ter um espaço físico exclusivo para o atendimento do usuário evita a superlotação de outras unidades de saúde”, completa.

Segundo ele, a maioria dos municípios apresenta dificuldades no atendimento à população nesta época do ano devido ao aumento súbito populacional, limitações de estrutura e de planejamento, mesmo com repasse de verbas por parte dos governos estaduais.

Entre as estratégias que podem ser adotadas para este período estão o reforço nas campanhas de promoção à educação em saúde, orientações sobre como fazer o uso correto dos equipamentos de saúde, reorganização do fluxo de atendimento dos casos de baixa complexidades para unidades de baixo fluxo de atendimento, desafogando os pronto-socorros e melhor utilizando a própria estrutura, ampliação temporária e treinamento das equipes de saúde e acesso a telemedicina.

“Antecipar a compra de insumos e distribuição de medicamentos também é fundamental, tendo em vista que nessa época do ano a logística fica prejudicada e o desabastecimento das unidades de saúde tornam o atendimento crítico. Por fim, contar com o apoio da iniciativa privada, reduzindo gastos e ampliando o acesso aos usuários. Desta forma as cidades poderão garantir um verão mais tranquilo e com assistência médica adequada”, completa o Dr.Caio.

Tendências na gestão em saúde para 2025

Para 2025, os novos modelos de gestão trazem uma visão empresarial para a saúde pública, trazendo bons resultados sem extrapolar o planejamento orçamentário. “A participação da iniciativa privada e a terceirização de setores da saúde pública tem trazido inúmeros benefícios à população, garantindo mais agilidade e exclusividades na prestação do serviço”, explica Caio.

Ele conta ainda que a inclusão de tecnologias como plataformas desenvolvidas de acordo com a necessidade de cada unidade de pronto-atendimento – tanto para a gestão quanto para a assistência primária – tem feito total diferença, em diferentes regiões do Brasil.

“O uso destas tecnologias permite criar um protocolo de atendimento personalizado, avaliando o perfil dos pacientes que mais frequentam as unidades de saúde como, por exemplo, os doentes crônicos. Isso possibilita análises críticas dos modelos de trabalho, nas ações assistenciais, otimização dos custos e da gestão de pessoas. A inovação do modelo gestão de saúde não é mais uma opção, e sim o único caminho para se ter eficiência e qualidade na gestão pública da saúde no país”, finaliza.

Sobre o Grupo Hygea

O Grupo Hygea opera em três áreas principais da saúde: saúde primária, que inclui unidades básicas e postos de saúde; saúde secundária, com unidades de pronto atendimento; e saúde terciária, que envolve hospitais. Com um portfólio de mais de 15 mil médicos, o grupo gerencia mensalmente cerca de 200 mil horas de plantão, resultando em 10 milhões de atendimentos por ano.




Janeiro Roxo: ARTESP apoia a campanha de incentivo ao diagnóstico precoce da Hanseníase

 

São Paulo, 15 de janeiro de 2025 – A ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo e as concessionárias que integram o Programa de Concessões Rodoviárias do Estado, apoiam a Campanha Nacional Janeiro Roxo – que visa conscientizar sobre o diagnóstico precoce da Hanseníase.

Durante o mês de janeiro, serão exibidas mensagens nos Painéis de Mensagens Variáveis (PMVs) das rodovias concedidas em prol da campanha “Todos contra a Hanseníase”. O objetivo é alertar aos motoristas e usuários sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, que é transmitida pelo bacilo Mycobacterium leprae e afeta os nervos e é transmissível.

O Brasil é o 2º país com maior número de casos, perdendo para a Índia. Além do desafio de conscientizar a população sobre o diagnóstico precoce, há ainda o preconceito em torno da doença. Muitas pessoas acreditam que quem estiver infectado e já fazendo o tratamento, transmita o vírus ainda.

Um dos fatores que a campanha traz é quebrar preconceitos sobre a doença, que ainda tira crianças da escola, afasta pacientes do convívio familiar e social e tira trabalhadores de seus empregos – preconceito injustificável porque em tratamento o paciente deixa de transmitir o bacilo de Hansen a seus contatos.

Apesar de ser um dos países que mais diagnosticam a doença, a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) vem alertando autoridades brasileiras e estrangeiras para os milhares de casos sem diagnóstico e tratamento, uma endemia oculta. Segundo o Boletim Epidemiológico da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2023, foram mais de 22 mil novos casos diagnosticados no Brasil,o que representa um aumento de 4% em comparação ao ano de 2022.




Dez milhões de brasileiros têm algum grau de surdez; saiba como identificar os sinais iniciais

 

Segundo uma pesquisa recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 5% da população brasileira apresenta alguma deficiência auditiva, o que corresponde a cerca de 10 milhões de habitantes. Destes, 2,7 milhões têm surdez profunda, ou seja, não escutam nada.

Mas como detectar os sinais iniciais de perda auditiva? Para o médico Paulo Mendes Junior, especialista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior do segmento na América Latina, um dos sintomas iniciais é não entender o que os outros falam. “Existe uma dificuldade de compreender as falas. As pessoas conversam ouvindo e lendo os lábios, é um sistema complexo”, afirma.

Existem várias causas para a perda de audição, e um exame chamado otoscopia detecta se a perda existe ou se é algo comum, como acúmulo de cera no ouvido. Problemas como congestão nasal podem causar também a surdez e uma audiometria consegue mapear o que está acontecendo.

A audiometria consegue identificar se existe uma dificuldade real de escutar, se atinge os dois ouvidos, qual a frequência de perda auditiva. “Normalmente se perde a audição nos tons agudos, onde a pessoa escuta, mas não entende o que é falado”, conta.

Dependendo da perda auditiva, dois procedimentos podem ser feitos, como uma cirurgia em casos de otoesclerose, ou, se for acúmulo de secreção (como nos casos do nariz que vai para o ouvido), uma limpeza já é eficaz. “O aparelho de audição é recomendado em diversos casos, mas não caracteriza uma surdez total. Lembrando que um longo período sem tratar a perda auditiva pode ocasionar em problemas cognitivos, e até mesmo complicar o dia a dia ao não ouvir um celular, uma buzina, enfim, traz transtornos para a rotina da pessoa”, diz.

Hoje, os aparelhos estão muito modernos, alguns até se conectam ao celular, com diversas opções de tamanho. “Não é mais como antigamente em que os modelos geravam até um desconforto. Eles estão cada vez mais compactos, tecnológicos e eficientes”, avalia Paulo Mendes Junior.

 




Santa Casa prorroga inscrições para residência médica em Cardiologia

A Santa Casa, por meio da sua Comissão de Residência Médica, prorrogou as inscrições para o programa de residência médica em Cardiologia de 2025, que agora são recebidas até 19 de janeiro pelo site www.santacasadeassis.org.br.

Credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM/MEC), o programa oferece 1 vaga para Cardiologia (com duração de 2 anos, exigindo residência prévia em Clínica Médica).

Podem se inscrever médicos formados no Brasil por faculdades reconhecidas pelo MEC, assim como estrangeiros ou formados no exterior com diplomas revalidados no Brasil.

O processo seletivo terá prova objetiva e análise curricular e será conduzido pela Comissão de Residência Médica da Santa Casa de Assis.

Mais informações no site www.santacasadeassis.org.br

 




Mortes decorrentes de dengue superam os óbitos por Covid-19 em 2024

 

De acordo com dados do Ministério da Saúde, no ano passado, o número de óbitos causados pela dengue superou o índice de mortes por Covid-19. O levantamento indicou que houve 6.041 óbitos registrados pela doença transmitida pelo Aedes Aegypti, enquanto 5.960 foram por SARS-CoV-2. 

Em decorrência das altas temperaturas e fortes chuvas, que causam o acúmulo de água em superfícies como vasos de planta, pneus e lixeiras, o verão é a estação do ano mais propícia para que as fêmeas coloquem ovos e multipliquem os mosquitos. O Aedes Aegypti, além de transmitir a dengue, também causa o Chikungunya e a Zika, doenças que possuem sintomas parecidos e que também precisam de cuidados.

Para Marcelo Bechara, clínico geral, cirurgião e especialista em medicina integrativa, a dengue é uma doença que requer atenção. “São comuns sintomas como febre a partir de 39º graus, dores no corpo e nas articulações, atrás do olhos, erupções cutâneas na pele, náuseas e vômitos. E, apesar de muitas pessoas se automedicarem, é necessário acompanhamento médico, pois  o agravamento da doença pode levar ao óbito”, explica Bechara, que atualmente mantém uma clínica em Praia Grande.




Burnout em alta: como identificar os sinais e saber a hora de buscar ajuda profissional

 

O início de um novo ano costuma ser um convite à reflexão sobre objetivos, desafios e escolhas para os próximos meses, incluindo a trajetória profissional. Em um mercado de trabalho que frequentemente exige alta performance, o esgotamento físico e emocional pode ser um sinal de alerta de que algo não está indo bem.

A Síndrome de Burnout, caracterizada por exaustão extrema, estresse crônico e esgotamento físico relacionados ao trabalho, é um fenômeno em ascensão. O Brasil ocupa o segundo lugar em índices globais de burnout, atrás apenas do Japão, segundo a International Stress Management Association (ISMA-BR). Dados da organização revelam, ainda, que 72% dos brasileiros enfrentam estresse no ambiente profissional.

No Brasil, a partir desse ano, o transtorno passa a ser oficialmente reconhecido como uma doença ocupacional pela Classificação Internacional de Doenças, com o CID-11. Antes da nova classificação, a síndrome era tratada de forma genérica, o que dificultava diagnósticos e tratamentos precisos.

“É preciso se atentar aos sinais. Os principais são cansaço excessivo, baixo desempenho, alteração do apetite, insônia e isolamento social, assim como sinais físicos como dores musculares e pressão alta”, afirma Renata Correia da Fonseca, psicóloga da UBS Jardim Aracati, gerenciada pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.

A profissional explica que sobrecarga de tarefas, um ambiente extremamente competitivo, a falta de suporte emocional, assim como desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional, são apenas alguns dos fatores que podem desencadear a doença.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do Ministério da Previdência Social, divulgou que, em 2023, 421 pessoas foram afastadas do trabalho por burnout, o maior número dos últimos dez anos no país.

“É importante saber diferenciar o transtorno de outros com sintomas parecidos, como ansiedade e depressão. O burnout está relacionado à sobrecarga no trabalho e desequilíbrio entre a vida profissional e pessoal, já a ansiedade e a depressão podem ter diferentes motivações e são tratadas com terapia, exercício físico e cuidados medicamentosos. O burnout, no entanto, além dessas estratégias de cuidado exige a mudança do ambiente de trabalho e equilíbrio”, aponta Renata.

Se a incerteza desse início de ano é sobre a necessidade de uma mudança de emprego, a especialista sugere que existem indícios que podem esclarecer essa questão. “A gente sabe que chegou a hora de buscar novas oportunidades quando estamos desmotivados com as tarefas atuais, estagnados na carreira, estressados e com um sentimento persistente de frustração”.

Terapia como melhor amiga

O papel do psicólogo para enfrentar o burnout é de suma importância, pois o profissional pode ajudar na identificação da síndrome, orientar a desenvolver formas de enfrentamento e auxiliar em como lidar com os sentimentos.

No país, é possível ter acesso à terapia a partir do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita.   O CEJAM, que administra algumas unidades em parceria com o poder público, possui uma linha de cuidado dedicada exclusivamente à saúde mental. Essa iniciativa tem um impacto significativo no atendimento oferecido nos três níveis de assistência à saúde.

A partir desse olhar, a equipe de atenção primária possui a expertise necessária para avaliar cada caso individualmente e determinar o ponto mais adequado da rede de saúde para acompanhar o paciente, levando em consideração suas necessidades específicas.

“Em casos de burnout, se alguém precisa de ajuda, deve procurar a equipe da unidade básica de saúde mais próxima. Entre os profissionais disponíveis estão psicólogos que podem avaliar o caso e determinar se o paciente pode ser acompanhado pela equipe da UBS ou se necessita de apoio especializado em saúde mental”, complementa Laina Ramos, uma das gerentes responsáveis pela linha.

Caso seja necessário tratamento mais especializado, o paciente pode ser encaminhado para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS Adulto, para indivíduos maiores de 18 anos). Em situações de crises extremas, o atendimento segue pela Rede de Urgência e Emergência, com as Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) ou Pronto Socorros de Psiquiatria.

Crises agudas são caracterizadas por sintomas intensos, alto grau de sofrimento e potencial risco à vida do indivíduo. Pensamentos persistentes de morte com planejamento, crises de ansiedade com alterações cardíacas e respiratórias significativas, ou prostração severa com alterações importantes na alimentação, sono e higiene são alguns exemplos dessas situações.

Outros aliados tão importantes quanto o auxílio psicológico

Além da terapia, outras estratégias podem auxiliar no bem-estar de pessoas com burnout. A prática de atividades físicas para a liberação de endorfinas, a escrita sobre sentimentos para ressignificar e compreender melhor os eventos vividos, a higiene do sono para reduzir o estresse e melhorar a cognição, assim como uma rede de apoio e a realização de atividades prazerosas, são medidas eficazes.

 

Sobre o CEJAM   

O CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com o poder público no gerenciamento de serviços e programas de saúde em São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Itu, Santos, São Roque, Ferraz de Vasconcelos, Pariquera-Açu, Itapevi, Peruíbe e São José dos Campos.

A organização faz parte do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (IBROSS), e tem a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde.

O CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.

No ano de 2025, a organização lança a campanha “365 novos dias de saúde, inovação e solidariedade”, reforçando seu compromisso com os princípios de ESG (Ambiental, Social e Governança).

Siga o CEJAM nas redes sociais (@cejamoficial) e acompanhe os conteúdos divulgados no site da instituição.




Presidente edita Medida Provisória que cria apoio financeiro à pessoa com deficiência causada pelo vírus Zika

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma Medida Provisória que institui o apoio financeiro à pessoa com deficiência decorrente de síndrome congênita causada pela infecção da genitora pelo vírus Zika durante a gestação (SCZ). O ato foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira, 9 de janeiro.

Terá direito ao apoio financeiro a pessoa nascida entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2024 com deficiência decorrente da SCZ. O auxílio será concedido em parcela única no valor de R$ 60 mil e não é acumulável com qualquer indenização da mesma natureza concedida por decisão judicial, ressalvado o direito de opção.

A medida busca amenizar os impactos advindos da síndrome, proporcionando recursos financeiros às pessoas com deficiência advinda do contágio de sua genitora com o vírus Zika, tendo em vista a necessidade de atenção intensiva no cotidiano dessas pessoas.

SINTOMAS — A síndrome compreende um conjunto de anomalias congênitas que podem incluir alterações visuais, auditivas e neuropsicomotoras que ocorrem em indivíduos (embriões ou fetos) expostos à infecção pelo vírus Zika durante a gestação. Tais alterações podem variar quanto à sua severidade, sendo que quanto mais cedo a infecção ocorre na gestação, mais graves tendem a ser esses sinais e sintomas.

PARÂMETROS — Os critérios para realização do requerimento do apoio financeiro serão definidos em ato conjunto do Ministério da Previdência Social e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sendo obrigatória a constatação da relação entre a síndrome congênita e a contaminação da genitora pelo vírus Zika durante a gestação e ainda a constatação da deficiência do requerente.

OBSERVAÇÃO — O pagamento do apoio financeiro não será considerado para fins de cálculo de renda mínima necessária à permanência no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), elegibilidade do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da transferência de renda do Bolsa Família.

COMPLEMENTO — Para as pessoas contempladas pela Lei 13.985/2020, o apoio previsto na Medida Provisória será concedido como complemento à pensão mensal e vitalícia já assegurada, de um salário mínimo para crianças com SCZ, nascidas entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2019. (Foto: internet).




Presidente sanciona lei que torna exame para Fibrodisplasia Ossificante obrigatório para recém-nascidos

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 15.094, que torna obrigatória a realização do exame clínico para identificar malformações dos dedos grandes dos pés típicas na Fibrodisplasia Ossificante Progressiva (FOP) em recém-nascidos. O exame físico deverá ser realizado nas consultas de rotina das redes pública e privada, com cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi publicada nesta quinta-feira, 9 de janeiro, no Diário Oficial da União.

A FOP, também conhecida como Miosite Ossificante Progressiva, é uma doença rara, de causa genética, com incidência de uma em cada dois milhões de pessoas. Atualmente, estima-se que cerca de 4 mil pessoas no mundo convivem com o problema. A FOP é uma doença incurável e que leva à formação óssea fora do esqueleto (ossos extra esqueléticos ou heterotópicos) afetando tendões e ligamentos, entre outras partes do corpo, o que limita os movimentos das pessoas.

O processo de ossificação geralmente é perceptível na primeira infância (0 a 5 anos), afetando os movimentos de pescoço, ombros e membros. Os pacientes podem ter dificuldade para respirar, abrir a boca e até para se alimentar. Pessoas com FOP nascem com o dedo maior do pé (hálux) malformado bilateralmente, sendo que aproximadamente 50% também têm polegares malformados. Esse é um sinal importante para a doença e especialmente útil no exame do recém-nascido.

Outros sinais congênitos incluem má formação da parte superior da coluna vertebral (vértebras cervicais) e um colo do fêmur anormalmente curto e grosso. A FOP não tem cura, os cuidados multiprofissionais e alguns medicamentos são oferecidos de forma integral e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e podem amenizar os sinais, sintomas e inflamações.

ASSISTÊNCIA – Por ser doença rara, a assistência especializada para as crianças/adolescentes com diagnóstico de FOP é realizada em hospitais-escola ou universitários, com tratamento terapêutico ou reabilitador, conforme a necessidade de cada caso, incluindo os Centros Especializados em Reabilitação, presentes em todos os estados. O tratamento atual é baseado no uso de corticoides e anti-inflamatórios na fase aguda da doença, a fim de limitar o processo inflamatório.

 




Centro de Operações de Emergência monitora arboviroses em São Paulo

Para ampliar o monitoramento das arboviroses, orientando a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e ao controle de vetores, o Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (9), a instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses. O planejamento e a resposta coordenada serão realizados em constante diálogo com estados, municípios, pesquisadores, instituições científicas e outros ministérios. São Paulo registrou 6.579 casos prováveis de dengue na primeira semana epidemiológica de 2025. No mesmo período de 2024, foram registrados 7.201 casos.

Outra resposta do Brasil para o controle das arboviroses é o lançamento do Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika. A finalidade é garantir uma preparação adequada para conter o avanço da doença. O novo plano revisa e amplia a versão anterior, publicada em 2022, e busca reforçar as estratégias de prevenção, preparação e resposta às epidemias de arboviroses. O documento apresenta orientações para elaboração de planos regionalizados, estaduais e municipais, que levem em consideração os cenários específicos do contexto epidemiológico e dos arranjos socioambientais, incorporando experiências e iniciativas locais e regionais.

Ação constante para controle das arboviroses

Desde 2023, o Ministério da Saúde está em constante monitoramento e alerta quanto ao cenário epidemiológico no país, coordenando uma série de ações para o controle das arboviroses em todo o território nacional.

A ampliação do uso de tecnologias de controle do vetor tem sido uma das principais apostas do Ministério da Saúde. Entre as ações destacam-se:

  • Expansão do método Wolbachia, de 3 para 40 cidades até 2025;
  • Implantação de insetos estéreis em aldeias indígenas;
  • Borrifação residual intradomiciliar (BRI-Aedes) em áreas de grande circulação de pessoas, como creches, escolas e asilos;
  • Estações disseminadoras de larvicidas, com previsão de implantação de 150 mil unidades na primeira fase do projeto;
  • Uso de Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI) para monitorar e controlar a disseminação do mosquito;
  • No Distrito Federal, estão sendo instaladas cerca de 3 mil Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) na região do Sol Nascente, com expansão prevista para outras áreas periféricas do país.

Ano passado, para conter o aumento dos casos durante o período sazonal 2024/2025, o Ministério da Saúde reservou investimento de R$ 1,5 bilhão em uma estratégia que inclui uso dessas novas tecnologias, intensificação de campanhas educativas e outras medidas estratégicas. A pasta também reforçou a colaboração tripartite com governos estaduais e municipais.

Ainda como parte das ações para conter os impactos das arboviroses, o Ministério da Saúde realizou, em dezembro, o Dia D de Mobilização contra a Dengue, uma iniciativa nacional que uniu Governo Federal, estados, municípios e a população no controle da doença. A ação buscou conscientizar a sociedade sobre a importância de medidas simples para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da doença.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Nísia Trindade lançaram o Plano de Ação 2024/2025 para reduzir os impactos das arboviroses no Brasil. Desde setembro de 2024, estão em implementação seis eixos de ação definidos pelo documento, elaborado em parceria com instituições públicas, privadas e organizações sociais.

As iniciativas incluem:

  • Prevenção e vigilância;
  • Organização da rede assistencial com qualificação de profissionais para diagnóstico e tratamento;
  • Mobilização e comunicação comunitária, considerando que 75% dos focos do mosquito transmissor estão dentro das residências;
  • Recomposição dos estoques de inseticidas no início da gestão, em 2023. Atualmente, 100% dos estados estão abastecidos;
  • Distribuição de mais de 3 milhões de testes para detecção de dengue e outras arboviroses.

A aquisição de 9,5 milhões de doses da vacina contra a dengue para 2025 também foi firmada, como estratégia complementar. Ainda não há doses disponíveis em larga escala, pela limitação de produção do laboratório fabricante, sendo a eliminação dos focos do mosquito a estratégia principal. Até o momento, 5,5 milhões de doses já foram enviadas aos estados e ao Distrito Federal.

O Ministério da Saúde reforça que a principal medida é a eliminação dos criadouros do mosquito. Daí a importância de receber os Agentes de Combate a Endemias e Agentes Comunitários de Saúde, que vão ajudar a encontrar e eliminar possíveis criadouros.

Cenário epidemiológico nacional

Em 2024, o Brasil registrou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil óbitos, segundo o painel de atualização de casos de arboviroses do Ministério da Saúde.

Até a quarta-feira (8), foram notificados 10,1 mil casos prováveis e 10 óbitos estão em investigação em 2025. Do total de casos, 50% estão concentrados nos estados de São Paulo e Minas Gerais, enquanto a região Sudeste responde por 61,8% das ocorrências.




Ministério da Saúde monitora provável aumento de casos de dengue em São Paulo em 2025

São Paulo está entre os seis estados com possibilidade de aumento na incidência nos casos de dengue em 2025. Segundo modelagens do InfoDengue, também se espera maior incidência no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná, que serão acompanhados de perto. Esses estados apresentam sinais de aumento nas infecções, mas todas as regiões contarão com o apoio do Ministério da Saúde para o controle da doença.

Até o momento, São Paulo registrou 7,3 mil casos e 14 mortes em investigação relacionadas à dengue. O principal fator que justifica o aumento previsto é a continuidade do fenômeno El Niño, que pode intensificar condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Nesta quinta-feira (9), o Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses. O COE será responsável pelo planejamento de ações para antecipar o período sazonal da dengue, adequar as redes de saúde, prevenir casos e mortes e reforçar as medidas preventivas. Além disso, o centro vai coordenar as respostas a situações críticas em constante diálogo com estados, municípios, pesquisadores, instituições científicas e outros ministérios.

Como parte das medidas de controle, também foi lançado o Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika. O objetivo é garantir uma preparação adequada para conter o avanço das doenças. O documento traz orientações para a elaboração de planos regionais, estaduais e municipais, levando em conta as especificidades do contexto epidemiológico e dos arranjos socioambientais, além de incorporar experiências e iniciativas locais e regionais.

A pasta também tem coordenado diversas ações em todo o território nacional para o controle das arboviroses. Entre as principais iniciativas estão:

  • • A ampliação do uso de tecnologias de controle do vetor, destacando-se:
  • • Expansão do método Wolbachia, de 3 para 40 cidades até 2025;
  • • Implantação de insetos estéreis em aldeias indígenas;
  • • Borrifação residual intradomiciliar (BRI-Aedes) em áreas de grande circulação, como creches, escolas e asilos;
  • • Instalação de 150 mil Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) na primeira fase do projeto;
  • • Uso de Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI) para monitoramento e controle da disseminação do mosquito;
  • • No Distrito Federal, estão sendo instaladas cerca de 3 mil EDLs na região do Sol Nascente, com expansão prevista para outras áreas periféricas.

Além disso, o Ministério da Saúde destinou R$ 1,5 bilhão para a implementação dessas tecnologias e a intensificação das campanhas educativas.

Cenário epidemiológico nacional 

De acordo com os dados Painel de Monitoramento de Arboviroses, em 2024, o Brasil registrou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil óbitos. Até a quinta-feira (9), foram notificados 16,3 mil casos prováveis e 16 óbitos estão sob investigação em 2025. Do total de pacientes 75,4% estão concentrados na região Sudeste.