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Voz rouca: entenda as causas, cuidados e sinais de alerta

 

Dra. Cristiane Romano

A rouquidão é um sintoma que muitos experimentam em algum momento da vida, mas sua persistência ou frequência pode ser um sinal de alerta. Segundo a Dra. Cristiane Romano, fonoaudióloga e especialista em voz, é importante entender as causas da rouquidão, quando ela é considerada normal e quando pode indicar um problema mais sério.

A rouquidão ocorre quando há uma alteração na qualidade da voz, resultando em sons mais ásperos, fracos ou abafados. As causas podem variar amplamente, desde fatores temporários, como gritos em uma festa ou resfriados, até condições mais preocupantes, como lesões nas pregas vocais, refluxo gastroesofágico e até mesmo doenças mais graves, como câncer de laringe.

“É comum que algumas pessoas fiquem roucas de vez em quando, especialmente após usar a voz de forma intensa. Porém, é importante ficar atento. Se a rouquidão persistir por mais de duas semanas, pode ser hora de consultar um especialista”, alerta a Dra. Cristiane Romano. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que a rouquidão, quando associada a outros sinais, pode ser um indicador de condições mais graves, segundo o INCA o câncer de laringe é o terceiro tumor mais prevalente na região da cabeça e pescoço e dentre as principais causas da doença estão do uso de cigarros e bebidas alcoólicas. (https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/laringe)

Embora a rouquidão ocasional possa ser realmente normal, existem cuidados que podem ajudar a evitar o problema e a minimizar o desconforto quando ele surge:

  1. Hidratação: mantenha-se bem hidratado, bebendo bastante água ao longo do dia. A hidratação é fundamental para lubrificar as pregas vocais.
  2. Evitar o uso excessivo da voz: modere a conversa em ambientes barulhentos e evite gritar. Dê pausas à sua voz durante atividades prolongadas de fala.
  3. Alimentação saudável: evite alimentos que possam irritar a garganta, como alimentos muito condimentados e aqueles que desencadeiam refluxo, como cafeína e bebidas alcoólicas.
  4. Exercícios de aquecimento vocal: antes de atividades que demandem o uso intenso da voz, como palestras ou apresentações, faça exercícios de aquecimento vocal, estes sempre indicados e/ou acompanhados por um profissional.
  5. Descanso vocal: após o uso intenso da voz, permita que suas pregas vocais descansem, evitando falar desnecessariamente.

A comunicação clara sobre a sua saúde vocal é importante. “Prevenir problemas na voz significa também preservar a qualidade da comunicação e a saúde emocional dos indivíduos. Uma voz saudável é essencial para a vida pessoal e profissional”, afirma a Dra. Cristiane.

“Ficar atento à sua saúde vocal e buscar orientação profissional quando necessário pode fazer toda a diferença na qualidade da sua voz e, consequentemente, na sua qualidade de vida. Se você ou alguém que conhece está enfrentando problemas persistentes, não hesite em procurar ajuda especializada. A informação é uma ferramenta poderosa que pode ajudar a transformar a percepção sobre a saúde vocal e promover práticas que garantam bem-estar e qualidade na comunicação”, conclui a Dra. Cristiane.

 



Descubra como a síndrome do final de ano pode afetar sua saúde mental

 

Muitas pessoas enfrentam a chamada síndrome do final de ano, fenômeno psicológico que traz à tona sentimentos de ansiedade e insatisfação. Segundo a psiquiatra e professora do IDOMED, Andreia Galastri, a síndrome está relacionada à sensação de fechamento de um ciclo, em que os indivíduos reavaliam suas metas e realizações. “As pessoas lembram das metas não cumpridas e começam a se martirizar com isso”.

Durante essa época, a pressão para limpar a casa, organizar compromissos e presentear amigos e familiares pode se acumular, levando a um aumento da ansiedade. “Em vez de relaxar e curtir cada festa, a pessoa acaba ficando mais preocupada e estressada”, afirma a especialista. Esse estresse é intensificado por obrigações sociais, e a necessidade de apresentar uma imagem positiva para os outros.

Além disso, para aqueles que enfrentam problemas familiares ou lutos, o final do ano pode ser especialmente difícil. “Datas comemorativas ressaltam ausências e podem reviver sentimentos de tristeza e carência”, alerta Andreia Galastri. A pressão para manter relações sociais e lidar com conflitos familiares pode gerar um desgaste emocional significativo.

Para lidar com a síndrome do final de ano, a psiquiatra sugere que as pessoas adotem uma abordagem mais leve e consciente. “O que se deve fazer é o que deveria ser praticado durante todo o ano: cuidar de si, estabelecer limites e priorizar o bem-estar”, conclui. É fundamental reconhecer que a autocobrança excessiva e as comparações sociais podem tirar o prazer das celebrações. Portanto, encontrar um equilíbrio pode ser a chave para um final de ano mais tranquilo e gratificante.

Para a psicóloga e professora do curso de Psicologia da Estácio, Jocely Burda, os conflitos familiares nessa época podem ser desencadeados por uma série de fatores – desde expectativas irreais até a sobrecarga de compromissos e cobranças externas. Segundo ela, os conflitos frequentemente surgem por conta das altas expectativas em relação aos bons momentos durante as festas. “A expectativa de que tudo será perfeito – na decoração, na comida, nos presentes – pode gerar frustração, principalmente quando a realidade não corresponde ao ideal”, explica. Além disso, as diferenças individuais, muitas vezes não respeitadas, e as cobranças familiares podem intensificar os desconfortos.

A psicóloga destaca que, em alguns casos, se o simples ato de participar de uma reunião de família traz lembranças desagradáveis e aflora sentimentos não resolvidos, a melhor opção pode ser evitar o evento. “Cada um deve avaliar sua própria dor e as consequências de sua decisão. Situações mal resolvidas sempre voltam à tona”, afirma. Para aqueles que decidirem participar, Jocely recomenda que o foco seja evitar confrontos e ser mais humilde. “Este não é o momento de querer ter razão. Falar sobre as dificuldades antes das festas pode ajudar a reduzir o estresse e as tensões”, orienta.

Para minimizar os impactos negativos, a psicóloga sugere um exercício de autoconhecimento e realismo nas expectativas. “Quanto menos expectativa, melhor. Isso ajuda a evitar grandes frustrações, especialmente quando se tenta cumprir todas as metas de fim de ano que não foram alcançadas”. Além disso, as tensões geradas pelo excesso de compromissos e gastos financeiros podem ser aliviadas ao dividir as responsabilidades entre os membros da família. “Dividir tarefas e despesas é uma dica de ouro para que ninguém fique sobrecarregado”.

Outro ponto importante levantado por Jocely é a divergência de opiniões sobre a organização e os detalhes das festas. Quando os desejos familiares entram em choque, ela sugere que haja uma pessoa responsável pela coordenação do evento, alguém que possa centralizar as decisões e envolver os demais membros de forma equilibrada. “Uma comissão de organização ou até mesmo uma votação para decidir aspectos importantes das festas, como o local, a comida e a troca de presentes, pode ser uma maneira eficaz de evitar conflitos”, explica. A divisão das tarefas de preparação entre os convidados também é fundamental para garantir que ninguém se sinta sobrecarregado, evitando a sensação de falta de tempo.

Dicas para um ambiente saudável e harmonioso

Para garantir um clima mais tranquilo durante as festas de final de ano, Jocely recomenda algumas estratégias práticas:

  • Compartilhe tarefas. Todos devem se sentir parte do evento;
  • Converse com seus familiares antes de tomar decisões sobre o que será feito, ajustando as expectativas para que todos se sintam à vontade;
  • Evite o abuso de álcool, pois o consumo excessivo pode resultar em atitudes impulsivas e desastrosas;
  • Mantenha o foco no perdão e busque atividades que tragam alegria e descontração; e
  • Reserve um tempo para atividades que promovam o bem-estar, como contato com a natureza e práticas que tragam equilíbrio emocional”, sugere a psicóloga.



MPF pede condenação do Cremesp por atuação indevida contra médicos que realizaram aborto legal em São Paulo


O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública para que o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) seja condenado a indenizar em R$ 500 mil os danos morais coletivos decorrentes de condutas irregulares contra a realização do aborto legal na rede pública de saúde.

De acordo com o MPF, o Cremesp abriu procedimentos disciplinares indevidos contra médicos que efetuaram o procedimento em grávidas com idade gestacional superior a 20 semanas no hospital municipal Vila Nova Cachoeirinha, na capital paulista. Os casos referiam-se a gestações originadas de estupro, nos quais a legislação prevê a possibilidade do aborto, independentemente do tempo de gravidez.




Ministério da Saúde distribui 305 mil doses de vacina contra a Covid-19 para São Paulo

O envio faz parte de um total de 1,5 milhão de doses que serão distribuídas para todo o país. A meta é entregar 5 milhões de doses até dezembro, com a inclusão de gestantes e idosos no calendário nacional de vacinação

Nesta semana, todos os estados e o Distrito Federal receberão cerca de 1,5 milhão de doses da vacina contra a Covid-19, com entregas previstas até terça-feira (10). Esse lote faz parte de um total superior a 8 milhões de doses adquiridas para garantir o abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) por até seis meses. A previsão é entregar 5 milhões de doses até o final de dezembro. Inicialmente, São Paulo receberá cerca de 305 mil doses.

As vacinas foram adquiridas em pregão de 69 milhões de doses, concluído neste semestre, garantindo abastecimento por dois anos. As entregas serão feitas de forma parcelada pelos fabricantes, conforme a adesão da população, com as vacinas mais atualizadas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e seguindo a recomendação mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS).

As 1,5 milhão de doses distribuídas são da vacina da Serum, que chega pela primeira vez aos estados. Estudos de fase 3 mostraram segurança e eficácia de 90% contra casos sintomáticos em adultos, além de vantagens como maior prazo de validade, transporte e conservação simples (2°C a 8°C).

A vacina da Zalika Farmacêutica, já usada nos EUA e Reino Unido, será aplicada no Brasil em pessoas a partir de 12 anos, faixa etária aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Crianças abaixo dessa idade continuarão recebendo a vacina de RNA mensageiro da Pfizer.

Economia significativa

Considerando os preços praticados na aquisição anterior de vacinas para Covid-19, a nova compra gerou economia de R$ 1,05 bilhão, com redução de 26% no preço unitário, um dos menores preços do mundo. Enquanto os EUA já pagaram até US$ 30 por dose, o Brasil adquiriu por US$ 7.

O pregão foi promovido por Ata de Registro de Preços (ARP), modalidade recomendada prioritariamente pela Advogado-Geral da União (AGU) para compras públicas, por permitir concorrência, economia de tempo e recursos, flexibilidade para realizar aquisições parceladas, garantia de preço fixo durante a vigência da ata, maior transparência e segurança jurídica. Vale ressaltar, ainda, que o contrato prevê a troca de doses em situações específicas.

Novidades da vacinação contra Covid-19

O Ministério da Saúde também enviou um documento aos estados que orienta a estratégia de vacinação contra a Covid-19, inclusive como as novas vacinas devem ser aplicadas.

Agora, assim como a vacinação de crianças, a vacinação contra Covid-19 agora integra o calendário nacional para gestantes e idosos. Gestantes receberão uma dose por gestação, e idosos, uma dose a cada seis meses. Essa atualização reflete o compromisso do Ministério da Saúde com a proteção da população brasileira.

Os demais grupos prioritários serão considerados vacinação de grupos especiais, realizada periodicamente em qualquer sala de vacina.

Os grupos especiais recebem uma dose periódica, sendo a cada 6 meses para imunocomprometidos e a cada ano para os demais grupos.




Saiba quando a solução é chorar

 

 

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Chorar é visto na maioria das vezes como um sinal de fraqueza, mas engana-se quem pensa assim. As lágrimas produzidas pelas glândulas lacrimais são responsáveis pela hidratação, nutrição e proteção dos olhos. Quando uma pessoa chora, a lágrima lubrifica a região ocular, protegendo-a de poeiras e bactérias, além de manter a visão mais nítida, auxiliando no combate a alergias.

“Quando um agente infeccioso entra nos olhos, a primeira reação do corpo é lacrimejar, pois as lágrimas conseguem expelir a bactéria presente e limpar o olho afetado, evitando assim complicações que possam surgir. Além disso, é possível eliminar toxinas durante o choro, visto que nas lágrimas contém uma enzima chamada lisozima, responsável por combater micro-organismos prejudiciais à saúde ocular”, explica o médico Dr. Fernando Ramalho, especialista em cirurgia refrativa no Oftalmos – Hospital de Olhos, em Santa Catarina.

Tipos de lágrimas

O especialista do Oftalmos explica que existem três tipos de lágrimas e cada uma tem uma função diferente no nosso organismo. A primeira são as basais, produzidas rotineiramente em pequenas quantidades para a lubrificação da córnea. Com o intuito de proteger os olhos, a segunda condição são as lágrimas reflexas, que são resultados da irritação ocular provocada por partículas estranhas ou substâncias irritantes, como cebola e spray de pimenta. A última e mais conhecida são as lágrimas emocionais: conhecidas como choro, essas são provocadas por emoções, nas quais contêm hormônios do estresse para nos livrarmos dele, sendo na maioria das vezes uma solução terapêutica.

Prevenção de doenças oculares

A lágrima ajuda na prevenção e no combate a doenças oculares. O Dr. Fernando Ramalho elucida alguns problemas que podem ser evitados com o choro:

  • Olho seco: Uma condição que ocorre quando há insuficiência de lágrimas. O choro aumenta a quantidade de lágrimas que ajudam a lubrificar os olhos, evitando a síndrome do olho seco.
  • Córnea: As lágrimas ajudam na manutenção da superfície da córnea saudável e hidratada, evitando danos na córnea, estrutura localizada na parte anterior do globo ocular.
  • Irritação ocular: Mencionado anteriormente, o choro ajuda na remoção de partículas estranhas, reduzindo a inflamação ocular.

 

 




Como cuidar das varizes e aproveitar o verão sem abrir mão das festas

 

 
O fim de ano chegou, trazendo festas, férias e dias mais quentes. É o momento de usar roupas leves, caminhar ao ar livre e aproveitar o melhor da estação. Mas, se você sente suas pernas cansadas, pesadas ou incomodadas, é importante prestar atenção. Muitas vezes, esses sinais podem estar relacionados à saúde das suas veias. O calor do verão, somado a períodos prolongados em pé ou sentado, pode intensificar os sintomas de varizes e vasinhos. Por isso, cuidar de você agora pode trazer mais leveza e conforto para aproveitar tudo o que a estação tem a oferecer.

Dicas práticas para o verão:

  • Movimente-se regularmente: Caminhe sempre que possível para melhorar a circulação.
  • Hidrate-se bem: Beber água ajuda a aliviar inchaço e mantém as veias saudáveis.
  • Use proteção solar: Caso tenha vasinhos ou varizes, o cuidado com a pele é essencial para prevenir manchas.

Além dessas dicas, iniciar um cuidado mais profundo nesta época do ano pode ser um grande passo para o bem-estar. Hoje, existem soluções modernas, práticas e acessíveis que não exigem repouso ou mudanças na rotina.

Fonte: Dr. Eduardo Toledo de Aguiar, Professor Livre Docente em Cirurgia Vascular – FMUSP, Diretor Médico da Spaço Vascular, Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.




Cuidados simples podem ajudar a reduzir incidência de câncer de pele

São Paulo, dezembro de 2024 – O câncer de pele é o tipo de tumor mais comum no Brasil, correspondendo a cerca de 30% dos diagnósticos de neoplasia no país e estão previstos mais de 220 mil novos casos da doença para 2025, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). O aumento do número de casos é impulsionado por fatores como exposição excessiva ao sol e falta de adesão às medidas preventivas.

A doença é classificada em dois tipos principais: melanoma e não melanoma. Enquanto o melanoma, menos frequente, apresenta maior gravidade devido ao risco de metástase, o câncer de pele não melanoma é mais comum e possui menor taxa de mortalidade.

Pedro Moraes, oncologista do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, ressalta que a conscientização sobre a prevenção e a realização de consultas dermatológicas regulares são fundamentais para combater a doença. “Embora iniciativas como Dezembro Laranja reforcem a importância dos cuidados com a pele, ainda enfrentamos barreiras culturais, como a busca por bronzeados intensos, que dificultam uma prevenção mais eficaz”, comenta o especialista.

Entre as principais formas de prevenção estão evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, usar de chapéus, roupas leves e óculos escuros, e utilizar protetor solar com FPS adequado – pele clara, FPS 50+; pele morena clara, FPS 30+; pele negra, FPS 15-30. É importante reaplicar o protetor a cada duas horas e após contato com água ou suor.

Além disso, a observação de sinais como feridas que não cicatrizam, lesões de bordas irregulares ou crescimento rápido, e sinais que apresentam características como assimetria e evolução devem motivar a procura imediata por um especialista.

No caso do melanoma, tecnologias como a dermatoscopia têm sido cruciais para identificar lesões suspeitas em fases iniciais, enquanto avanços em imunoterapia têm melhorado significativamente a sobrevida de pacientes com quadros mais avançados. “O diagnóstico precoce é essencial para salvar vidas, especialmente porque o atraso no início do tratamento ainda é um desafio entre pessoas com menor acesso a serviços de saúde”, destaca Pedro Moraes.

O tratamento adequado também é fundamental para conter o avanço da doença. Um levantamento da epharma, empresa pioneira no programa de benefícios em medicamentos (PBM), demonstrou crescimento nas vendas de medicamentos para câncer de pele entre os meses de janeiro e setembro dos últimos dois anos. No período pós-pandemia, o aumento foi de 90,2% de 2022 para 2023 e de 90,7% de 2023 para 2024, considerando os primeiros nove meses dos respectivos anos. Já a economia gerada nas vendas de medicamentos via PBM teve incremento de 96,5% entre janeiro e setembro de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado.

“Campanhas de conscientização sobre câncer de pele têm estimulado a população a buscar, cada vez mais, avaliação médica para diagnóstico precoce e, consequentemente, tratamentos mais eficazes. No período de janeiro a setembro deste ano, tivemos crescimento de 95% no número de beneficiários para tratamento de câncer de pele em nossos programas corporativos. Isso reflete como as pessoas estão dando mais atenção à saúde e como nossos programas têm contribuído para ampliar o acesso aos tratamentos”, explica Wilson Oliveira Junior, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da epharma.

O tratamento varia conforme o tipo e o estágio do câncer, incluindo ressecção cirúrgica para lesões localizadas; terapia fotodinâmica para lesões superficiais; radioterapia para casos não operáveis ou complementares à cirurgia; imunoterapia e terapia-alvo, principalmente para melanoma avançado; quimioterapia em situações específicas; e medicamentos.

O câncer de pele é mais prevalente em pessoas acima de 50 anos, embora casos em jovens estejam crescendo. O envelhecimento cutâneo, acúmulo de danos solares ao longo dos anos e fatores como pele clara, histórico familiar e exposição frequente a raios UV são determinantes. Em idosos, a menor regeneração celular também pode contribuir para maior vulnerabilidade.

 




Dezembro Vermelho: entenda a importância da prevenção e do tratamento contra o HIV/aids

Neste mês, celebra-se o Dezembro Vermelho, uma campanha dedicada à conscientização sobre o HIV/aids. Nos últimos dez anos, a mortalidade pela doença no Brasil caiu 25,5%, graças ao aumento no acesso a medicamentos e testes rápidos, segundo a Unaids Brasil. Contudo, o Ministério da Saúde alerta que, em 2023, cerca de 8% das pessoas diagnosticadas não iniciaram o tratamento, essencial para controlar o vírus e prevenir a transmissão.

Embora ainda não exista cura, o acompanhamento médico regular e o uso contínuo de medicamentos permitem que a pessoa com HIV tenha uma vida normal. Para o infectologista Gabriel Hypólito, da Hapvida NotreDame Intermédica, interromper o tratamento pode resultar no agravamento da condição e no risco de doenças oportunistas. “O tratamento é efetivo. Mas precisa ser contínuo, com comprimidos que devem ser tomados diariamente. Com o tratamento e acompanhamento médico, a pessoa leva uma vida normal”, frisa Hypólito.

A rede de apoio, como a família e amigos, também é essencial para o sucesso do tratamento, além de exercer importante papel no enfrentamento aos estigmas, aos preconceitos e à desinformação. “O apoio familiar é importante para o paciente ter forças e manter o tratamento ao longo do tempo e viver de maneira mais leve. A Hapvida NotreDame Intermédica também oferece rede de apoio ao paciente para o diagnóstico e tratamento, inclusive atendimento psicológico”, completa.

O HIV/aids, apesar de grave, pode ser controlado com o acompanhamento adequado, frisa o infectologista. A prevenção continua sendo crucial. Os preservativos durante as relações sexuais e os medicamentos como a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) são estratégias eficazes contra a infecção, além da importância do diagnóstico precoce.

Sobre a Hapvida NotreDame Intermédica

Com 79 anos de experiência a partir das aquisições durante sua história no país, a Hapvida NotreDame Intermédica é hoje a maior empresa de saúde e odontologia da América Latina.  A companhia, que possui mais de 69 mil colaboradores, atende quase 16 milhões de beneficiários de saúde e odontologia, tem à disposição a maior rede própria de atendimento com um sistema integrado que conecta as unidades das cinco regiões do país.

Todo o aparato foi construído a partir de uma visão abrangente e integrada, voltada ao cuidado da saúde por meio de 85 hospitais, 77 prontos atendimentos, 341 clínicas médicas e 291 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.




Pesquisa do IBGE indica que há brasileiros pisando no esgoto, enquanto acesso à internet supera os 90%

Pesquisa divulgada ontem (04.12) pelo IBGE mostrou, entre outros dados, que 92,9% dos brasileiros têm acesso à internet, mas apenas 66,1% contam com saneamento básico.

Os números não surpreenderam quem acompanha o setor. Christianne Dias, diretora-executiva da ABCON SINDCON, associação nacional das operadoras de saneamento, comenta: “Há pessoas pisando no esgoto, enquanto muitos têm dois celulares. Enquanto falamos de inteligência artificial, uma grande parte dos brasileiros não têm acesso ao básico, à água e esgoto tratados. Por isso, o saneamento pode ser considerado o maior retrato da pobreza e da desigualdade no país.”

A pesquisa com indicadores sociais do IBGE mostra ainda que o Norte (27,9%) e o Nordeste (46,3%) são as regiões com menor acesso ao saneamento. O Piauí é o estado com menor índice de acesso: apenas 12% da população tem água por rede geral e esgotamento por rede coletora. Em outubro, o governo do estado promoveu um leilão para conceder os serviços de água e esgoto em 222 municípios, com vistas a alcançar a universalização dos serviços.

Para Christianne Dias, da ABCON SINDCON, a concorrência e a parceria entre o poder público e a iniciativa privada são o caminho para eliminar essa desigualdade observada hoje no saneamento.

“O marco legal do setor trouxe a segurança jurídica para atrair investimentos no setor. É importante agora que esses investimentos sejam acelerados. Existe um prazo para universalização dos serviços. Em nove anos, conforme diz o marco legal, o Brasil precisa ter água e esgoto para todos. Estamos avançando, mas ainda muito longe dessa meta. Por enquanto, o saneamento é uma realidade distante para muitos, em contraste com outros avanços”, finaliza a diretora da associação.

 




Especialista explica quando utilizar as compressas frias e quentes

 

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A aplicação de panos úmidos, quente ou frio, é uma prática comum no tratamento de dores e lesões. Cada tipo de compressa possui finalidades específicas e, se utilizada de forma inadequada, pode ser ineficaz na situação. Portanto, compreender essas distinções e aplicá-las corretamente é fundamental para assegurar uma boa recuperação e prevenir complicações.

As compressas frias são recomendadas para o tratamento de torções, distensões e hematomas após a ocorrência da lesão. Por outro lado, as compressas quentes são úteis para aliviar dores decorrentes de espasmos musculares, rigidez e dores articulares.

“Elas representam uma das formas de tratamento mais simples e acessíveis que temos no nosso cotidiano. Compressas frias, que não se limitam apenas ao uso de gelo, são geralmente indicadas para casos mais agudos. Já as quentes, também são recomendadas para lesões crônicas ou mais antigas, onde há uma necessidade maior de relaxamento muscular e alívio da rigidez na área afetada” , afirma Luana Sousa, professora de Fisioterapia da UNINASSAU Graças.

É importante evitar a aplicação de compressas frias em caso de sinais de má circulação ou problemas cardíacos. Da mesma forma, nunca use as quentes em lesões agudas, infecções ou regiões com inflamação significativa, pois isso pode agravar a situação. “Os panos úmidos costumam ser a primeira alternativa a ser utilizada em casa quando surge qualquer tipo de dor. Se, após a aplicação da compressa, não houver uma melhora, a orientação é buscar uma unidade de pronto atendimento para que o médico possa realizar uma avaliação mais aprofundada”, pontua.