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Saúde intensifica campanha contra dengue, zika e chikungunya em São Paulo

Foco está na conscientização sobre os sintomas das doenças e na busca por atendimento nas Unidades Básicas de Saúde. Etapa inicial da campanha alertou sobre a importância de eliminar criadouros

O Ministério da Saúde lançou a segunda fase da campanha nacional de conscientização e mobilização para o controle da denguezika e chikungunya. Desde quarta-feira (27), os canais digitais da pasta começaram a veicular a nova etapa da iniciativa, que terá duração até 28 de dezembro. Agora o foco está nos sintomas das doenças, com o slogan “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, zika e chikungunya é agora”, incentivando a população a procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ao identificar sinais como manchas vermelhas no corpo, febre, dores de cabeça e dores atrás dos olhos.

A campanha é parte de um esforço maior do governo federal para reforçar a vigilância e a prevenção das arboviroses, especialmente no período chuvoso. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o governo tem trabalhado para reduzir os casos e óbitos causados por essas doenças. “Estamos unindo esforços para proteger a população durante o período mais crítico. Diagnóstico precoce, prevenção e assistência médica são nossas prioridades”, destacou a ministra.

A etapa inicial da campanha, lançada em 18 de outubro, já alertava a população sobre a importância de eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti com o slogan “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora”.

Além da conscientização, o Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação contra a dengue como estratégia preventiva, embora a disponibilidade de doses ainda dependa do fornecimento pelos fabricantes.

Plano Nacional contra Arboviroses

Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Nísia Trindade anunciaram o Plano de Ação 2024/2025 para reduzir os impactos das arboviroses, com um investimento de R$ 1,5 bilhão. A iniciativa busca diminuir os números de casos e mortes causados por dengue, chikungunya, zika e oropouche, especialmente durante o próximo período sazonal.

Até o dia 27 de novembro, o Brasil registrou 6.578.123 casos prováveis de dengue em 2024. Em 2023, o número foi de 4.079.108 casos. Em relação ao zika, no mesmo período de 2024, foram registrados 6.415 casos prováveis, enquanto em 2023 houve 7.786 casos. Para a chikungunya, até esta data em 2024, foram contabilizados 263.552 casos prováveis, em comparação com 167.741 casos no mesmo período de 2023.




Ciclo de palestras Novembro Azul é realizado pela Unimed Assis

 

 

Outubro e novembro são meses importantes de conscientização sobre a saúde do homem e da mulher. Com isso, a Unimed Assis realizou um ciclo de palestras e ações sobre cuidados com a saúde nas empresas beneficiárias de plano de saúde Unimed, ação que integra o programa de Medicina Preventiva “Controle Empresarial”.

Em novembro, as palestras aplicadas foram:

06/11 – Leveros (Assis) – ministrada pela médica Dra. Eduarda Conte Boutros, com o tema “Outubro Rosa e Novembro Azul – Cuidados e Prevenção”.

08/11 – Usina Zilor Energia e Alimentos (Quatá) – ministrada pelo enfermeiro Juliano Muller, com o tema “Autocuidado e prevenção do câncer de próstata”.

13/11 – Casa di Conti – (Cândido Mota) – ministrada pelo médico urologista Dr. João Paulo Souto Grando, com o tema “Importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata”.

21/11 – Biorigin e Indústria. (Quatá) –  ministrada pelo enfermeiro Juliano Muller, com o tema “Autocuidado e prevenção do câncer de próstata”.

26/11 – Supermercados Avenida (Assis) – ministrada pela médica Dra. Eduarda Conte Boutros, com o tema “Saúde do homem e prevenção do câncer de próstata”.

Durante as palestras, foram apresentadas valiosas dicas de saúde, com orientações sobre hábitos saudáveis que podem contribuir para a prevenção de diversos tipos de câncer. O objetivo dessas ações é promover a saúde e o bem-estar, incentivando os colaboradores a se cuidarem e a procurarem apoio médico quando necessário.

As palestras fazem parte do programa Controle Empresarial, desenvolvido pela Medicina Preventiva da Unimed Assis que tem como objetivo acompanhar e monitorar o perfil de saúde dos colaboradores das empresas que possuem plano de saúde Unimed Assis, oferecendo exames físicos e laboratoriais baseados na avaliação individual de cada colaborador, além de orientações sobre mudança de hábitos e promoção da qualidade de vida.

A enfermeira Juliana Pires, responsável pela Medicina Preventiva, enfatiza que os meses de conscientização Outubro Rosa e Novembro Azul são essenciais para reforçar a importância do autocuidado, com foco na prevenção do câncer de mama e de próstata. “As campanhas são uma oportunidade crucial para educar a população sobre a importância dos exames preventivos e da adoção de hábitos saudáveis.

Além das campanhas de conscientização, é fundamental organizar eventos e atividades educativas durante esses meses para envolver as pessoas, estimular a participação nos exames de rastreamento e, principalmente, ajudar a quebrar tabus relacionados à saúde”. Para ela, a conscientização sobre a saúde da mulher e do homem deve ser um esforço contínuo, não limitado a datas comemorativas.

De acordo com Juliano Muller, enfermeiro da unidade de atendimento de Quatá, na ocasião, foi discutida a importância da prevenção do câncer de próstata, abordando seus principais sinais e sintomas, além dos fatores de risco envolvidos. O objetivo central dessa palestra foi conscientizar os homens sobre a relevância do autocuidado e da atenção à saúde, para garantir uma vida longa e saudável.

Por fim, ambos destacam a importância dessas campanhas de sensibilização para que as pessoas se sintam mais seguras e informadas sobre os cuidados preventivos, que podem, de fato, salvar vidas. Para conhecer mais sobre os programas de Medicina Preventiva da Unimed Assis, acesse: www.unimedassis.com.br/medicina-preventiva .

 

 




Dia Internacional das Pessoas com Deficiência: conheça 5 alicerces de uma sociedade inclusiva

 

São Paulo, 02 de dezembro de 2024 – No Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, comemorado em 03 de dezembro, a AACD levanta o debate para a construção de uma sociedade mais inclusiva em que todos os membros têm acesso à educação, emprego e outros direitos fundamentais. Com mais de 70 anos de atuação, a instituição é referência nacional em ortopedia e na reabilitação de pessoas com deficiência física.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022, o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência, o que corresponde a 8,9% da população. É importante compreender os mecanismos que colaboram para autonomia, acessibilidade e inclusão desta comunidade. A AACD destaca os 5 principais, abaixo:

  1. Saúde
    É primordial que todas as pessoas com deficiência tenham acesso a um processo de reabilitação de excelência. Além de um direito garantido em lei, é o ponto de partida para que possam exercer sua cidadania de forma plena;
  2. Infraestrutura
    Calçadas bem pavimentadas e sem obstáculos, rampas de acesso em locais públicos e privados são essenciais. Além do transporte público adaptado com veículos acessíveis, elevadores funcionais e banheiros públicos adaptados com espaço para cadeirantes;
  3. Comportamento
    O capacitismo é um tipo de discriminação que trata a pessoa com deficiência como incapaz ou inferior. É importante utilizar o termo “pessoa com deficiência” e evitar expressões ou atitudes preconceituosas que reduzam a pessoa à sua deficiência;
  4. Educação
    Estruturas escolares adaptadas com rampas e carteiras ajustáveis, além da capacitação de professores e orientação dos demais alunos para lidar com a diversidade são necessários. Ações que garantam a inclusão desde os primeiros anos de ensino, assim como apoio para acesso ao ensino superior e mercado de trabalho também são bons exemplos;
  5. Oportunidade
    Programas de capacitação para profissionais com deficiência, assim como ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos fazem a diferença. Flexibilidade na jornada de trabalho, com possibilidade de trabalho remoto, e conscientização dos colaboradores sobre a importância da inclusão são ótimas práticas.

Sobre a AACD

A AACD é referência em ortopedia e na reabilitação de pessoas com deficiência física. Com infraestrutura completa, equipe multidisciplinar, corpo clínico especializado e mais de 70 anos de expertise, a instituição é composta por um Hospital Ortopédico, sete Centros de Reabilitação e cinco Oficinas para entrega de serviços e produtos ortopédicos sob medida. Dos cerca de 800 mil atendimentos anuais, 80% são feitos via Sistema Único de Saúde (SUS), contudo a tabela de repasse é deficitária. Assim, os valores provenientes de atendimentos privados (convênio ou particular) e arrecadados pela área de captação de recursos são fundamentais na viabilização de um serviço de saúde qualificado e construção de uma sociedade mais inclusiva para que os pacientes possam exercer plenamente a sua cidadania com acesso à educação, emprego e outros direitos essenciais.

Atualmente, a AACD possui unidades próprias localizadas em São Paulo, Mogi das Cruzes e Osasco (SP), Recife (PE), Porto Alegre (RS) e Uberlândia (MG). Também conta com a Cooperação Técnica, que leva o padrão de excelência da Instituição, através de entidades parceiras, para Salvador e Jequié (BA), São José do Rio Preto (SP), Poços de Caldas (MG), Curitiba e Maringá (PR) e Maceió (AL). Saiba mais no site.




Consumo e iogurtes e lactobacilos reforça o efeito da imunoterapia em pacientes oncológicos, diz especialista  

 

 

Dentro do intestino humano, abriga-se um verdadeiro ecossistema composto por aproximadamente 300 trilhões de bactérias, a maioria delas benéficas para a saúde. Essas bactérias, conhecidas como microbiota intestinal, desempenham um papel fundamental no fortalecimento do sistema imunológico e, cada vez mais, têm se mostrado essenciais no tratamento do câncer.

Segundo o professor de Oncologia do Centro Universitário São Camilo, Fábio Cruz, pesquisas recentes reforçam que melhorar a microbiota intestinal por meio do consumo de iogurtes e lactobacilos pode otimizar o efeito da imunoterapia em pacientes oncológicos. “O entendimento da interação entre a microbiota intestinal e a terapia contra o câncer é crucial para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas mais eficazes”, afirma.

Além de aumentar a produção de serotonina, proporcionando uma sensação de bem-estar, as bactérias intestinais também podem amplificar a resposta imunológica do corpo, tornando-o mais eficiente no combate às células cancerígenas. “Estudos apontam que mudanças na dieta, favorecendo o consumo de alimentos ricos em probióticos, como iogurtes e lactobacilos, podem melhorar a atuação das medicações, especialmente no tratamento do câncer”, explica o professor Fábio.

E as novidades não param por aí. Existem pesquisas em andamento sobre o transplante de lactobacilos do intestino para pessoas com câncer em uso da imunoterapia. Essa técnica, conhecida como transplante fecal, tem o potencial de modular a microbiota intestinal de forma ainda mais eficaz, otimizando os resultados do tratamento. Os estudos obtidos apontam que a combinação de transplantes de microbiomas fecais e imunoterapia para o tratamento de pacientes com câncer obtiveram resultados positivos. O transplante é feito por meio da coleta de dejetos de um doador saudável, filtragem em laboratório e implantação desse material no intestino do paciente em tratamento, para favorecer a resposta à imunoterapia. “Esse tipo de tratamento para o câncer será aplicado em médio prazo, e enquanto ele ainda não é disponibilizado em grande escala, temos que nos conscientizar de que a forma como nos alimentamos tem uma relação direta com o tipo de doença que vamos desenvolver. Alguns alimentos, como os embutidos e o açúcar, podem favorecer o surgimento de câncer, enquanto outros, como os probióticos, podem ajudar a combatê-lo”, ensina o especialista.

Portanto, cuidar da microbiota intestinal, por meio de uma alimentação saudável e do consumo de probióticos, pode ser uma aliada oculta e poderosa no combate ao câncer.




Câncer de Pele Melanoma: Sintomas, Causas, Prevenção e Tratamento

 

O melanoma, uma das formas mais agressivas de câncer de pele, surge a partir da transformação maligna dos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele. Apesar de representar apenas 5% dos cânceres de pele, o melanoma é responsável por cerca de 80% das mortes associadas a esses tumores, destacando a importância do diagnóstico precoce e da prevenção.

O que é melanoma e como identificá-lo?

Segundo a dermatologista Dra. Carolina Marçon, o melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, incluindo áreas que não são regularmente expostas ao sol, como a planta dos pés e o couro cabeludo. “Os sintomas mais comuns incluem manchas ou pintas de coloração irregular, assimetria, bordas mal definidas e mudança de cor, tamanho ou espessura. O uso da regra ABCDE é uma ferramenta valiosa para identificar sinais suspeitos: A de assimetria, B de bordas irregulares, C de cores variadas, D de diâmetro maior que 6 mm e E de evolução”, explica a especialista.

Causas e fatores de risco

O melanoma é frequentemente associado à exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV), seja por meio da luz solar ou do uso de câmaras de bronzeamento artificial. A Dra. Carolina destaca outros fatores de risco: “Histórico familiar de melanoma, pele clara, presença de muitas pintas ou nevos atípicos e episódios prévios de queimaduras solares aumentam significativamente a probabilidade de desenvolver o câncer”.

Prevenção: Como reduzir os riscos?

A prevenção é essencial para reduzir a incidência de melanoma. A dermatologista enfatiza medidas simples, mas eficazes, como o uso diário de protetor solar com FPS 30 ou superior, evitar a exposição solar entre 10h e 16h, e usar roupas, chapéus e óculos de sol para proteger a pele. “Evitar o uso de câmaras de bronzeamento é crucial, pois elas emitem radiação UV em níveis muitas vezes superiores aos do sol”, alerta a médica. Além disso, realizar autoexames regulares da pele e consultas dermatológicas anuais são passos importantes para identificar alterações precoces.

Tratamento e perspectivas

O tratamento do melanoma varia conforme o estágio do tumor. “Nos estágios iniciais, a remoção cirúrgica é altamente eficaz e pode ser curativa. Já em casos mais avançados, pode ser necessário recorrer à imunoterapia, terapia-alvo ou radioterapia”, explica Dra. Carolina. A especialista também reforça a importância da conscientização: “O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. Por isso, não hesite em procurar um dermatologista ao notar qualquer alteração suspeita na pele”.

A importância da conscientização

O melanoma é uma condição grave, mas com conhecimento e práticas preventivas, muitas vidas podem ser salvas. A campanha de conscientização, especialmente durante meses como dezembro (Dezembro Laranja), ressalta a relevância da educação sobre o câncer de pele.

Para mais informações e agendamentos, procure um dermatologista de confiança. Sua pele merece cuidado e atenção constantes.

Dra. Carolina Marçon




Estudo revela por que pacientes com lipedema têm dificuldade em ganhar massa muscular

 

 

Mulheres com diferentes níveis de lipedema

São Paulo, 29 de novembro de 2024 – Um estudo conduzido por um grupo de especialistas holandeses lança luz sobre um tema ainda pouco explorado: as barreiras enfrentadas por mulheres com lipedema para ganhar massa muscular. A pesquisa compara a força muscular em pacientes com lipedema e com obesidade, utilizando os resultados para ajudar a distinguir entre uma e outra.

 

Mulheres com níveis diferentes de lipedema
O lipedema, condição crônica que afeta predominantemente mulheres, é caracterizado pelo acúmulo desproporcional de gordura em áreas como pernas e quadris, acompanhado de dor e inflamação. Embora os esforços terapêuticos geralmente se concentrem no manejo da gordura localizada nestas regiões e dos sintomas de dor, o estudo destaca a dificuldade no fortalecimento muscular, essencial para a mobilidade e a funcionalidade.

O estudo foi realizado no Centro Holandês de Especialização em Medicina Linfovascular, em Drachten, e incluiu 44 mulheres com 18 anos ou mais, diagnosticadas com lipedema e com obesidade. Foram incluídas 22 mulheres com uma doença e 22 mulheres com a outra condição. Nenhuma intervenção foi realizada como parte do estudo.

A conclusão é que as mulheres com lipedema apresentam fraqueza muscular nos quadríceps. Esta descoberta fornece um novo critério para diferenciar o lipedema da obesidade. “Agora cabe a nós, profissionais de saúde, aplicarmos técnicas para reverter este quadro”, diz um dos principais especialistas no tratamento clínico da doença no país, o cirurgião vascular Dr. Vitor Cervantes Gornati.

Além disso, os fatores como inflamação crônica, desequilíbrios hormonais e limitações físicas são grandes obstáculos no processo de ganho muscular para quem vive com lipedema. “Nosso objetivo é compreender como essas variáveis interagem e criar intervenções mais eficazes, tanto no âmbito do treinamento físico quanto da nutrição para melhorar esta parte”, afirma o Dr. Vitor.

Os músculos são importantes para a melhora estética, metabólica, funcional e proteção de articulações, por isso a recomendação é que estratégias específicas devem ser sempre buscadas pelas mulheres que sofrem com o lipedema.

 




Gravidez aos 40: entenda a idade dos óvulos, lista de exames e recursos para reprodução humana

Com o protagonismo feminino em diversas áreas, muitas mulheres optam por adiar a maternidade para depois dos 40 anos. Subiu 65,7% o número de mulheres que decidiram engravidar após essa idade na última década, enquanto a faixa dos 30 a 39 anos registrou aumento de 19,7%, de acordo com o IBGE. Bruno Ramalho, especialista em reprodução humana e docente no Centro Universitário de Brasília (CEUB), explica como o avanço da medicina pode auxiliar quem opta pela gestação em idade avançada.

A mulher já nasce com todos os seus óvulos, que vão envelhecendo com o passar do tempo. Assim, conforme explica o professor, no momento da ovulação, o óvulo selecionado sempre terá a idade da mulher que o ovulou. Até que, um dia, o estoque de óvulos acabará, quando vem a menopausa. “O envelhecimento dos óvulos impacta a fertilidade, pois os óvulos vão perdendo sua capacidade de serem fecundados e de gerar embriões com o número correto de cromossomos.”

Ramalho alerta que, em idades avançadas, podem ser mais frequentes as anomalias cromossômicas na prole, como aneuploidias, aborto espontâneo e óbito fetal. “As chances de conceber um bebê com alguma aneuploidia são estimadas em 1 entre 385 aos 30 anos, 1 entre 192 aos 35 e 1 entre 66 aos 40. Perceba que, em uma década, a chance aumenta 5 vezes”. Apesar dos riscos, os exames recomendados antes de uma gravidez após os 40 são semelhantes aos de mulheres mais jovens.

Mesmo que a gravidez natural seja possível em várias idades, o período para avaliar a infertilidade deve ser reduzido em alguns casos para não desperdiçar “um tempo precioso”, explica Ramalho. Embora não existam protocolos específicos para quem quer engravidar em diferentes faixas etárias, o especialista detalha: “O que muda é o período de espera antes de investigar. Para mulheres com menos de 35 anos, o recomendado é tentar por um ano antes de procurar avaliação. Entre 35 e 39 anos, o tempo reduz para seis meses. A partir dos 40, a investigação deve ser imediata”.

Técnica de reprodução humana

Para mulheres acima dos 40, Bruno garante que fertilização in vitro (FIV) é o tratamento com maior probabilidade de sucesso e pode ser considerada a análise genética pré-implantação para detectar aneuploidias nos embriões. “O uso da técnica deve ser individualizado, mesclando aspectos clínicos e expectativas das pessoas envolvidas”.

O professor indica às mulheres buscar acompanhamento e suporte médico adequados, mantendo o equilíbrio entre os avanços técnicos e as expectativas das futuras mães. “Hoje, a fertilização in vitro é a técnica com maior chance de levar ao bebê em casa. Isso vale para qualquer idade, mas, novamente, quanto mais jovem, maior a chance de o tratamento dar certo”, considera.

 

 




Depressão pós-parto tem consequências para a gestante e o bebê

 

 

O British Medical Journal (BMJ) publicou um estudo que sugeriu que uma única dose de um medicamento anestésico, que vem sendo utilizado para tratar depressão que não responde aos medicamentos tradicionais, reduz o risco do problema no puerpério. O estudo apontou também que mulheres são duas vezes mais propensas a ter depressão do que os homens. Das mulheres gestantes, 20% apresentam depressão no pós-parto (DPP), e quando as gestantes realizam cesariana os índices sobem para 30%.

As pesquisas recentes trazem evidências de que o anestésico cetamina está promovendo o tratamento da depressão pós-parto, de forma rápida e robusta, com uma única dose de aplicação. Segundo o médico anestesista Leonardo Boni, o anestésico pode também ser aplicado acima de uma dose, caso seja necessário. Mas, na maioria dos casos são necessárias mais de uma infusão para obtermos melhores resultados. “A cetamina age em áreas do cérebro que outros fármacos tradicionais não agem, permitindo, assim, uma resposta medicamentosa que os outros medicamentos não possuem”, explica. Ainda de acordo com Dr. Leonardo, “o anestésico potencializa a ação dos outros fármacos para depressão quando usados juntos e potencializa a ação da psicoterapia, principalmente a psicoterapia cognitiva comportamental”, conclui.

Toda vez que uma gestante apresentar alguns sintomas como por exemplo, transtorno de humor, início de insegurança, medo, tristeza, crises de choro, irritabilidade intensa, perda da autoestima, perda de vontade de tomar banho, perda de fazer o que gosta, início de insônia, início de desânimo intenso, medidas devem ser tomadas, com urgência, para prevenir a depressão no pós-parto e todas as consequências que ela causa.

Até 2030, com 29% de nascimentos previstos para serem cesáreas, em que o índice de depressão pós-parto aumenta, um tratamento que solucione os sofrimentos das gestantes com depressão pós-parto é extremamente necessário. “O tratamento com a cetamina vai ajudar as mulheres que sofrem com a depressão pós-parto, e os familiares”, pontua Dr. Leonardo Boni.




Frente Parlamentar promove seminário sobre doenças crônicas de pele

 

Na manhã desta quinta-feira, (28), a Frente Parlamentar do Estado de São Paulo em Defesa das Pessoas com Psoríase e Outras Doenças Crônicas de Pele, presidida pelo deputado Mauro Bragato, realizou um importante seminário no Auditório Teotonio Vilela da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP). O evento, que contou com o apoio da Psoríase Brasil, reafirmou o compromisso do Legislativo em buscar avanços para os pacientes com doenças de pele no estado.

A reunião marcou a avaliação das atividades desenvolvidas ao longo de 2024 e trouxe como pauta a preparação de um novo Seminário de Doenças Crônicas de Pele, fortalecendo as discussões sobre políticas públicas voltadas ao diagnóstico precoce, tratamentos eficazes e melhoria na qualidade de vida dos pacientes.

O deputado Mauro Bragato conduziu os debates ao lado de Gladis Lima, presidente da Psoríase Brasil, e dos especialistas Dra. Aline Okita e Dr. Wagner Galvão, membros do Comitê Científico da Psoríase Brasil. O evento também contou com a participação da Dra. Jade Cury, atual vice-presidente e presidente eleita para o próximo mandato da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo, que trouxe reflexões sobre os desafios e avanços na dermatologia. Além disso, Sônia Freire, Coordenadora do Grupo de Doenças Crônicas Não Transmissíveis do Estado de São Paulo, apresentou dados atualizados e propostas para o aprimoramento das políticas públicas no setor.

Durante o seminário, Gladis Lima destacou a importância de envolver o poder público no debate sobre doenças crônicas de pele: “Inicialmente, a gente quer atingir realmente o poder público. Nosso foco é mostrar o quanto essas doenças impactam na vida do paciente com psoríase e dermatite atópica. Isso faz com que seja pauta para chamar atenção. Nós somos a voz desses pacientes, que precisam ser ouvidos.”

O deputado Mauro Bragato reforçou a necessidade de ações estratégicas para ampliar a conscientização e o suporte aos pacientes: “É necessário educar, divulgar e informar. Esse é o início de tudo para lidar com doenças crônicas de pele. Não se trata apenas de medicamentos, mas de conscientização para que os pacientes enfrentem a doença de forma correta.”

Entre os temas abordados, destacaram-se os desdobramentos do 3º Simpósio de Doenças Crônicas de Pele, realizado em agosto, que reforçou a necessidade de implementar políticas públicas que assegurem um diagnóstico preciso e ágil para encurtar a jornada dos pacientes, acesso contínuo a terapias eficazes, especialmente para doenças como psoríase, dermatite atópica e hidradenite supurativa, e a ampliação de serviços médicos especializados para melhorar o suporte aos pacientes em todo o estado. O seminário reafirmou o papel estratégico da Frente Parlamentar no avanço dos debates e na construção de soluções para atender às demandas de milhares de pacientes em São Paulo.
A próxima reunião está prevista para ser realizada em fevereiro de 2025.

 




Controle do diabetes avança com novas abordagens e acompanhamento contínuo

 

 

Novembro também é o mês marcado pela prevenção e cuidado com o diabetes. A doença, que atinge quase 7% da população brasileira (13 milhões de habitantes), de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, exige além de um tratamento adequado, com o uso de medicamentos, mudança de hábitos e uma vida equilibrada para evitar complicações.

Caracterizada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose e garante energia para o organismo, o diabetes pode causar o aumento da glicemia, e as altas taxas, levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, pode levar à morte. Neste cenário, o acompanhamento frequente por parte dos profissionais de saúde torna-se fundamental e um fator vital para que os pacientes não abandonem o tratamento.

É isso que oferece o programa Farmaclin, das Farmácias Nissei, de acordo com a líder farmacêutica Priscila Ramos. Ao procurar um dos profissionais nas lojas da rede, o paciente tem acesso ao esclarecimento da prescrição (receita) e tratamento definido pelo médico. “Acompanhamos as taxas de controle dos índices glicêmicos e disponibilizamos a realização de exames de rastreabilidade, como Hemoglobina Glicada e Glicemia”, enumera.

Mudanças de rotina exigem preparo emocional

Além das questões de saúde física, a saúde mental dos pacientes que realizam tratamentos contra o diabetes deve ser levada em consideração. Priscila lembra que são inúmeras as dificuldades ligadas à adesão ao tratamento.

“Falamos desde a negação da condição de doente, até o sofrimento e revolta devido às restrições impostas pela alimentação, atividade física e medicamentos”, explica. “A abordagem educativa do acompanhamento não deve se restringir apenas à transmissão de conhecimentos, mas englobar todos os aspectos emocionais, sociais e culturais que influenciam no seguimento do tratamento”, completa.

Estilo de vida saudável

O acompanhamento incentiva o paciente a fazer as mudanças necessárias no estilo de vida. Entre elas, Priscila destaca a prática de atividade física como a mais importante no controle glicêmico. “Exercícios aeróbicos, como caminhadas, ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina, tolerância à glicose e diminuem a glicemia sanguínea no indivíduo diabético”, exemplifica.

Somado a isso, manter o peso controlado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo são fatores importantes na sua manutenção da saúde. A farmacêutica indica, ainda, manter uma alimentação saudável, com o consumo de frutas e verduras e redução do sal, açúcar e gorduras.

Tratamentos mais comuns

Os principais medicamentos utilizados no tratamento da diabetes são a insulina e fármacos orais, conta a farmacêutica. “A insulina é utilizada para o tratamento da diabetes tipo 1, variedade em que o organismo não é capaz de produzi-la por si só. Neste caso, há necessidade de aplicação diária”, alerta.

Os medicamentos orais utilizados para tratar a diabetes tipo 2 variam em relação ao grau de necessidade de cada pessoa. Trata-se de substâncias que impedem a digestão e absorção de carboidratos no intestino e/ou estimulam a produção de insulina. Priscila lembra que a doença geralmente vem acompanhada de outros problemas de saúde, que também precisam ser tratados, como obesidade, sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados e hipertensão.