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ESPAÇO ESPÍRITA

 

Ama e serve com Jesus.

Amar significa: compreender, esperar, perdoar, alegrar, consolar, reerguer.

Servir representa: impulsionar, doar, auxiliar, advertir, fortalecer.

O amor sem o serviço, muitas vezes, acaba se limitando a teoria vazia.

O serviço sem o amor, muitas vezes, pode descambar para a tarefa mercenária.
A soma do amor e do serviço resulta na verdadeira caridade.

Quem ama e serve, colhe para si os resultados da caridade que semeia, sentindo nascer em seu íntimo a árvore do progresso e da paz.

Quem foge ao amor e ao serviço, se ilude e perde tempo, retardando a felicidade que todos buscam.

Amemos e sirvamos, na certeza de que, em assim agindo, segundo nossa capacidade, estaremos fortalecendo nossos espíritos no exercício da caridade.

UM AMIGO

Extraído do livro “Diretrizes Espíritas” – Psicografia: Clayton Levy – Editora EMEUSE INTERMUNICIPAL DE ASSIS
ÓRGÃO DA UNIÃO DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS DO ESTADO DE SÃO PAULO




Diocese de Assis

 

Na perspectiva humana, valores monetários são inflados pela cotação diária de uma bolsa ilusória. Há um lastro a ser seguido, de acordo com os humores e oscilações do mercado. Seu peso e medida nunca são os mesmos, dependendo da ótica daqueles que regem ou administram os interesses financeiros dum mundo globalizado. São os donos da bolsa, os que ditam as regras! Um cofre com fundo falso…

Mas na perspectiva divina a realidade é outra. Nesta não existe ostentação, nem ilusões passageiras, nem moedas virtuais. Os valores são outros. Imaginem então a cena que se segue. “Jesus estava sentado no templo, diante do cofre de esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre” (Mc 12,41). Penso no quão triste era para Ele essa observação. Quanta decepção! Ali acontecia um desfile de exibicionistas diante de uma multidão que se dizia cumpridora das leis. Grandes quantias eram as provas cabais de uma proteção dos céus, que envaideciam os mais ricos, exatamente aqueles que gostavam “das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes”. Vaidade, pura vaidade!

Então, timidamente, eis que se aproxima uma pobre viúva. Envergonhada e cabisbaixa, deposita “duas pequenas moedas, que não valiam quase nada”, e se afasta com rapidez, temendo ser interpelada por alguém ou coisa assim.

De imediato, Jesus chama a si seus discípulos, apontando a mulher. “Estão vendo essa pobre coitada! Nesse templo, hoje, ela fez a maior de todas as ofertas, pois depositou de sua miséria, deu tudo o que tinha para sobreviver”!

Esse é o real valor de uma oferta. Dar não o que nos sobra, mas o que nos pode fazer falta, aquilo que julgamos essencial para nos manter vivos! Essa é a perspectiva com que Deus avalia nossos gestos de oferta diante de seus altares, a coragem de apresentar uma oferta maior do que nossos tesouros materiais, nossas ilusórias riquezas corroídas pela traça e ferrugem. O que temos não importa a Deus, mas o que somos, sim. Porque na integridade de uma alma sensível e disposta a agradar a Deus é que residem os maiores valores da essência humana. Esse é o dom maior, a verdadeira riqueza donde podemos tirar a maior das ofertas que os olhos misericordiosos de Jesus esperam de nós: dar da nossa pobreza, oferecer da nossa insignificância. Um gesto de amor capaz de agradar muito mais do que nossa prepotência de nos julgarmos donos do mundo, senhores do universo. Nada disso somos, nada disso temos. Ao contrário, se não nos abandonarmos plenamente nas mãos do Criador, para que Ele realize em nós seus projetos, em vão serão nossas conquistas terrenas. Insignificantes as nossas ofertas. Mais do que ofertar das “sobras”, precisamos ofertar nossas “misérias”.

Não se trata de uma simples inversão de valores num ato de oferta que fazemos diante de Deus. Se recebemos mais, se temos melhores condições para gestos concretos de doações, não podemos fugir dessa responsabilidade maior. Quem tem mais, deve sim ser mais generoso. Mas não está dando mais do que aquele que recebeu menos. Pois, na medida de Deus, o que conta não é o valor depositado, mas a generosidade do coração que doa. E, para este, não existe dinheiro que pague um gesto de amor. Quem recebeu mais não estará dando mais do que aquele que recebeu menos. A medida de Deus é a medida do coração que ama.

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Espaço Espírita

 

De uma feita, um Pai de Família pede-lhe, chorando, um óbolo, uma ajuda em dinheiro para enterrar o corpo de sua esposa, que desencarnara, deixando-lhe os filhos menores doentes e famintos.

Bezerra procura algo nos bolsos e nada encontra. Comove-se! E sua comoção era uma Prece!

E por intuição, desapegado das coisas materiais, tira do dedo o anel simbólico de Médico e o entrega ao Irmão necessitado, dizendo-lhe, com carinho e humildade:

– Venda-o e, com o dinheiro apurado, enterre o corpo de sua mulher e, depois, compre o de que precisa. Que Maria Santíssima o ajude e abençoe!

RAMIRO GAMA

Do livro “Lindos casos de Bezerra de Menezes” – Editora LAKE 

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A Black Friday e o preço psicológico do consumo desenfreado

A Black Friday está chegando e, cm ela, uma infinidade de ofertas, descontos e promessas de oportunidades únicas. Mas, como psicólogo, sinto que é importante refletir sobre o lado menos visível desta data: o impacto emocional e psicológico que o frenesi de consumo pode causar. Em vez de trazer apenas satisfação, a Black Friday, para muitos, transforma-se em uma fonte significativa de estresse e ansiedade.

O apelo comercial dessa época é poderoso. A publicidade se vale de estratégias que criam uma sensação de urgência: ou aproveitamos as ofertas, ou estamos “perdendo algo fundamental”. Essa pressão — somada à competição por produtos limitados e à ideia de que estamos diante de uma oportunidade irrepetível — coloca as pessoas em um estado de alta tensão, gerando ansiedade. A gestão financeira é outro fator crítico: o medo de gastar demais e prejudicar o orçamento familiar acompanha muitos consumidores que, muitas vezes, ficam entre o desejo de economizar e a necessidade de manter o equilíbrio financeiro.

As expectativas infladas são outra questão problemática. A Black Friday promete verdadeiras “pechinchas”, mas a realidade, muitas vezes, decepciona. Quando o consumidor não encontra o que esperava, a frustração se instala, muitas vezes acompanhada por um sentimento de arrependimento. Na tentativa de aliviar essa sensação, as pessoas acabam consumindo ainda mais, alimentando um ciclo que traz alívio imediato, mas pode deixar marcas emocionais duradouras, como culpa e até sofrimento psíquico.

Esse padrão de consumo impulsivo durante a Black Friday é preocupante e pode ser um sinal de alerta. Fiquemos atentos aos sintomas: estresse e ansiedade em níveis elevados, comportamentos impulsivos e até mesmo isolamento social podem indicar que a linha entre o prazer do consumo e o risco psicológico foi ultrapassada. Comportamentos assim, se mantidos, podem degradar a saúde mental e dificultar o controle das próprias finanças.

Então, o que fazer? A resposta está no equilíbrio e na consciência. Planejar as compras e estabelecer um orçamento realista são atitudes essenciais para reduzir o risco de escolhas impulsivas e danos financeiros. É preciso estar atento às táticas de marketing e saber identificar o que é, de fato, uma boa compra e o que não passa de um apelo emocional cuidadosamente arquitetado. E, acima de tudo, é importante priorizar o bem-estar emocional. Praticar o autocuidado e buscar atividades que promovam relaxamento pode ajudar a atravessar esse período sem cair nas armadilhas do consumo desenfreado.

Como psicólogo, reforço a importância de focar na qualidade das aquisições e não na quantidade. E, se o estresse se tornar excessivo, não hesite em buscar apoio. Família, amigos e profissionais da saúde mental estão aqui para ajudar. A Black Friday pode trazer boas oportunidades, mas que elas não venham ao custo da nossa paz e equilíbrio.

Thiago Lacerda, psicólogo e docente do curso de Psicologia da Estácio  

 




Reestruturação ou centralização? A nova PEC e o futuro da segurança no Brasil

 

Raquel Gallinati

Raphael Zanon da Silva

 

A recente Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública trouxe à tona discussões sobre a necessidade de fortalecer a estrutura de segurança do país. A proposta, que rebatiza a Polícia Rodoviária Federal como Polícia Ostensiva Federal e amplia as atribuições da Polícia Federal, visa enfrentar o crime organizado e proteger áreas de relevância nacional.

Contudo, ao mesmo tempo em que busca enfrentar a criminalidade, a PEC levanta questões cruciais sobre a centralização de funções de segurança no Ministério da Justiça.

Tais mudanças não estão livres de controvérsias. O sistema de segurança pública brasileiro já é amplamente regulado pela Constituição e por legislações infraconstitucionais que definem as atribuições das forças de segurança estaduais e federais. A introdução de uma emenda constitucional sem um embasamento técnico robusto e sem consulta pública ampla pode, ao invés de resolver, criar novos desafios.

Alterar o sistema de segurança de modo tão abrangente e sem estudos técnicos aprofundados, pode desconsiderar as causas estruturais da violência, resultando em soluções superficiais que não atacam os problemas centrais. Ao invés de introduzir mudanças que possam desestabilizar o equilíbrio das forças de segurança, o caminho responsável seria fortalecer as leis já existentes e focar em estratégias de combate à criminalidade que sejam bem fundamentadas.

A PEC propõe a criação de uma nova corporação federal de policiamento ostensivo, que operaria em rodovias, ferrovias e hidrovias, além de ampliar o escopo da Polícia Federal para incluir investigações de crimes ambientais e milícias privadas. Tais mudanças refletem uma tentativa do governo de adaptar as forças federais aos desafios impostos pelo crime organizado, cujas operações e redes de influência transcendem os limites estaduais e exigem uma resposta integrada.

Entretanto, ao centralizar essas atribuições no Ministério da Justiça, o governo pode sobrecarregar as forças federais e subestimar o papel vital das Polícias Civis estaduais, responsáveis pela atuação de Polícia Judiciária e pela investigação de crimes em nível local.

A estrutura das Polícias Civis é um fator crucial para a segurança pública, mas enfrenta há anos um déficit de investimentos e de efetivo. Apesar do avanço com o advento da nova Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis, o crescimento populacional e o aumento das taxas de criminalidade geraram uma demanda maior do que as Polícias Civis conseguem atender.

A PEC, ao focar nos órgãos federais, deixa de lado essa necessidade urgente de fortalecimento das forças estaduais, essenciais para conter o avanço do crime ainda em suas raízes. Polícias Civis mais estruturadas, com maior efetivo e remuneração adequada, são uma solução que demonstraria eficácia na prevenção de atividades criminosas que muitas vezes acabam por alimentar as organizações de maior escala.

Sem o fortalecimento das forças estaduais, bem como da elevação das Guardas Civis Metropolitanas no nível de Polícia Municipal, a segurança pública continuará comprometida, mesmo com uma atuação mais ampla da Polícia Federal.

Além disso, o Brasil precisa de políticas de segurança que reflitam as necessidades reais da população e considerem as peculiaridades regionais. Um sistema de segurança eficiente deve levar em conta as diferentes realidades locais e, por isso, soluções centralizadas e distantes da realidade tendem a ser limitadas em um país de proporções continentais e com desigualdades profundas. As particularidades locais precisam ser respeitadas, e as estratégias de segurança pública devem ser sensíveis a essas diferenças, para evitar respostas aleatórias que desconsideram a complexidade do cenário brasileiro.

Ademais, para além de reformas constitucionais, a segurança pública requer um compromisso a longo prazo com políticas que ataquem as causas sociais da criminalidade. Não se pode resolver o problema da violência e da criminalidade com mudanças pontuais ou meras reformas legais. É necessário, também, um investimento sólido e sustentável em educação, suporte familiar e políticas de desenvolvimento social. Este é um dos pontos centrais de críticas à PEC: uma política de segurança que realmente enfrente a criminalidade de forma duradoura deve considerar o impacto de políticas públicas que transcendam a repressão imediata e alcancem as raízes do problema, como o acesso a oportunidades e condições dignas de vida para toda a população.

A PEC da Segurança Pública representa, de fato, uma tentativa de reformular a atuação federal, mas deixa em aberto questões essenciais sobre a sustentabilidade dessas medidas sem um suporte robusto das forças estaduais e sem um investimento social consistente e eficaz. O combate ao crime organizado exige, além de um aparato federal estruturado, uma abordagem integrada que vá além das fronteiras das instituições policiais e abranja as causas sociais que alimentam o ciclo da criminalidade.

Portanto, a segurança pública no Brasil precisa ser vista pelo governante como um compromisso de longo prazo, no qual o fortalecimento das forças estaduais, o investimento em educação e o apoio social caminhem lado a lado com as medidas repressivas de combate ao crime.

 

Raphael Zanon da Silva é delegado de polícia do Estado de São Paulo e professor; Raquel Gallinati é secretária de Segurança Pública de Santos e diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil

 

 

 




ESPAÇO  ESPÍRITA

Amigos do coração:

Quando a doença nos visitar e sentirmos nossas forças combalirem, façamos uma pausa para meditar em Jesus e na sua vitória sobre a cruz, a fim de que o desalento não acabe por minar as forças que ainda nos restam.

O Mestre virá ao nosso encontro, e novamente escutaremos sua voz amiga repetindo o que dissera outrora: “Tenho-vos dito, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”.

BEZERRA DE MENEZES

Do livro “Recados do meu Coração” – Psicografia: José Carlos De Lucca

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O combate à indústria paralela de atestados médicos

A partir do próximo dia 5 de novembro, a indústria ilegal de atestados médicos deverá sofrer um impacto significativo. Nessa data, o Conselho Federal de Medicina (CFM) lançará sua nova plataforma digital, Atesta CFM, criada para centralizar, emitir e validar esse tipo de documento. Até então, a internet servia como um campo fértil e lucrativo para a proliferação de inúmeras falsificações.

A partir de 5 de março de 2025, o sistema passará a ser o caminho obrigatório em todo o Brasil. A plataforma integrará a emissão de atestados médicos com certificação digital, garantindo autenticidade e proteção contra fraudes.

De fato, a iniciativa do CFM vinha sendo estudada há tempos e se mostra fundamental. Hoje, basta caminhar pelo centro de São Paulo ou de outras capitais para encontrar representantes dessa indústria ilegal de venda de atestados. Na internet, em poucos cliques, é possível encontrar anúncios oferecendo atestados médicos falsos, disponíveis em minutos. Nada é feito em segredo: alguns desses anunciantes oferecem até um “cardápio” de opções fraudulentas, incluindo atestados, laudos médicos e receitas.

Para que o novo sistema de atestados do CFM realmente impacte o mercado criminoso, é essencial ampliar a vigilância e reforçar sanções contra quem utiliza esses documentos falsificados. As autoridades policiais precisam investir mais no combate a esse tipo de delito, que envolve consequências criminais como falsidade ideológica, falsificação de documento e uso de documento falso. Além disso, o trabalhador que apresenta um atestado falso para justificar faltas no trabalho pode ser demitido por justa causa, além de responder criminalmente.

Muitos desses operadores do mercado ilegal aceitam pagamento via PIX, o que deixa rastros que poderiam facilitar o rastreamento dos fraudadores, caso houvesse um esforço policial direcionado.

O sistema desenvolvido pelo CFM representa um passo importante no enfrentamento dessa indústria ilegal. Com tecnologia e maior controle na emissão de atestados, é possível frear essa verdadeira indústria de fraudes, que afeta a credibilidade médica, prejudica o ambiente profissional e onera a previdência social.

 

Claudia de Lucca Mano é advogada e consultora empresarial atuando desde 1999 na área de vigilância sanitária e assuntos regulatórios, fundadora da banca DLM e responsável pelo jurídico da associação Farmacann

 




Apelo aos eleitos de 2024: descubram o potencial do Turismo, da Hospedagem e da Alimentação Fora do Lar

 

O setor de Turismo, Hospedagem e Alimentação Fora do Lar no Brasil é um gigante adormecido à espera de ser despertado. No estado de São Paulo, com mais de 500 mil estabelecimentos que geram quase 1 milhão de empregos, este setor é o motor econômico vital que impulsiona o desenvolvimento regional e nacional. No entanto, também é uma seara que enfrenta desafios significativos, que precisam ser abordados com urgência, a fim de liberar todo o seu potencial.

Empresas do segmento em tela proporcionam oportunidades de emprego para brasileiros com uma ampla gama de habilidades e experiências, desde posições de entrada até cargos de gestão. A capacidade de gerar postos de trabalho e renda não pode ser subestimada, especialmente em tempos de recuperação econômica, quando a criação de oportunidades é crucial para a estabilidade social.

Apesar do enorme potencial para revitalizar áreas decadentes e criar novos polos de desenvolvimento, o setor enfrenta desafios: elevado endividamento, falta de mão de obra qualificada, burocracia regulatória excessiva e alta carga tributária sobre a folha de pagamento. Estamos falando de fatores que desestimulam novos investimentos e sufocam a inovação e o crescimento.

A Covid-19 também deixou cicatrizes profundas no segmento. Muitas empresas do meio ainda tentam se recuperar do impacto negativo das restrições sanitárias inerentes à pandemia da Covid-19, o que evidencia a necessidade de políticas públicas robustas e eficazes quanto ao assunto.

É crucial que os líderes eleitos nas eleições municipais de 2024, desta forma, estejam preparados para enfrentar esses obstáculos de frente. Neste contexto, a corrida às urnas, que chegou ao fim, oficialmente, no domingo (27/10), com o segundo turno, se apresenta como uma oportunidade de ouro. É imperativo, afinal, que os escolhidos pela população, no processo democrático, estejam comprometidos com o desenvolvimento e o apoio a essa seara da Economia.

Precisamos de líderes visionários que reconheçam a importância estratégica do Turismo, da Hospedagem e da Alimentação Fora do Lar para o crescimento econômico sustentável. Igualmente, que estejam dispostos a implementar políticas públicas que facilitem o ambiente dos negócios, melhorem a Segurança Pública e ofereçam incentivos adequados. E, não menos importante: que os governantes que cumprirão o mandato 2025/2028 possam transformar o setor, com impulso não apenas à economia local, mas, também, na melhoria da qualidade de vida de milhões de brasileiros.

O apoio governamental adequado pode liberar o potencial inexplorado das empresas deste segmento e, assim, gerar um efeito dominó de prosperidade em toda a sociedade. Turismo, Hospedagem e Alimentação, vale destacar, são mais do que pilares econômicos – o setor é oportunidade para um futuro melhor.

Somente com um compromisso firme, poderemos garantir um crescimento robusto e sustentável para o estado de São Paulo, indiscutivelmente pujante e com vocações diversas, bem como para o Brasil. Este é o momento de agir, de olhar para a frente com esperança e determinação, e de construir um Brasil mais próspero e inclusivo para todos.

 

Edson Pinto é diretor-executivo da Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp); presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes de Osasco, Alphaville e Região (SinHoRes); mestre em Direito, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC); e autor do livro “Lavagem de Capitais e Paraísos Fiscais” (Editora Atlas).

 




Espaço Espírita

 

Não reclames da Terra
Os seres que partiram…

Olha a planta que volta
Na semente a morrer.

Chora, de vez que o pranto
Purifica a visão.

No entanto, continua
Agindo para o bem.

Lágrima sem revolta
É orvalho da esperança

A morte é a própria vida
Numa nova edição.

EMMANUEL

       Extraído do livro “Tempo e Nós” – Editora Ideal – Psicografia: Francisco Cândido Xavier

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a letalidade policial: “bandido bom é bandido morto”?

Um estudo recente do Instituto Sou da Paz, baseado em dados oficiais da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, revela um aumento alarmante na letalidade policial, impactando desproporcionalmente a população negra. De acordo com o levantamento, entre janeiro e agosto de 2024, houve um aumento de 83% nas mortes de pessoas negras em ações policiais, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em contraste, o aumento para pessoas brancas foi de 59%, substancialmente menor. Entre as 441 mortes causadas por agentes de segurança em serviço nesse período — um aumento de 78% em relação ao ano anterior — 64% das vítimas eram negras (283 pessoas); 31% eram brancas (138 pessoas); e 5% não tiveram a raça/cor identificada (20 pessoas).

As áreas mais impactadas foram a capital São Paulo e a região da Baixada Santista. Na capital, o número de mortes aumentou de 76 para 118, enquanto na Baixada Santista (que inclui 22 cidades) o aumento foi de 54 para 109 mortes.

O aumento dramático na letalidade policial, especialmente entre a população negra, levanta questões cruciais sobre a possível influência de ideologias extremistas nas práticas de segurança pública. Esse cenário exige uma reflexão profunda sobre como discursos de ódio e narrativas discriminatórias podem se traduzir em políticas e ações que afetam desproporcionalmente grupos marginalizados.

Instada a se manifestar, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que as abordagens policiais seguem parâmetros técnicos e legais, com os agentes recebendo treinamento em direitos humanos e ações antirracistas. Além disso, a secretaria apontou que todos os casos são rigorosamente investigados.

Contudo, a realidade parece distante das declarações da Secretaria. A população carcerária brasileira reflete esse abismo: mais de 60% dos presos são negros ou pardos, evidenciando uma histórica tendência de maior abordagem e repressão policial sobre essa parcela da população.

A sociedade brasileira enfrenta o desafio de não apenas confrontar essas estatísticas alarmantes, mas também abordar as raízes ideológicas que podem estar alimentando essas tendências. Um debate amplo e inclusivo sobre segurança pública, direitos humanos e igualdade racial é essencial para reverter essa perigosa trajetória. O discurso de “bandido bom é bandido morto” não pode prosperar em um país como o Brasil, e é imperativo que discursos de ódio não vençam.

 

Marcelo Aith é advogado criminalista. Doutorando Estado de Derecho y Gobernanza Global pela Universidad de Salamanca – ESP. Mestre em Direito Penal pela PUC-SP. Latin Legum Magister (LL.M) em Direito Penal Econômico pelo Instituto Brasileiro de Ensino e Pesquisa – IDP. Especialista em Blanqueo de Capitales pela Universidad de Salamanca