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Diocese dde Assis

 

          Não é preciso dizer que vivemos dias de desencanto. Nem que práticas religiosas, muitas vezes, nos decepcionam, por não possuírem soluções ou respostas imediatas aos anseios de nossas preces. Mas como fica nossa fé, se, ao orarmos, dizemos: “fazei que apreciemos retamente todas as coisas… e gozemos sempre de sua consolação”? Esse é o grande pedido ao Espírito Santo presente na invocação que lhe fazemos como consolador dos aflitos. Então, como ficamos?

          A resposta aos nossos apelos espirituais é sempre uma experiência pessoal, particular. Só quem vive uma estreita intimidade com Deus pode testemunhar publicamente as ações e graças advindas dessa relação de fé e amor. Não há como generalizar uma intervenção divina quando a graça é uma bênção estritamente pessoal. O que para muitos soa como castigo, maldição, provação injusta e indevida, para outros é generosa oportunidade de santificação, purificação ou mesmo libertação de muitas angústias e sofrimentos do espírito, não do corpo. A mística humana é maior e mais autêntica quando livre de suas limitações físicas, meramente transitórias. Neste aspecto, o Consolador age com generosidade, quando seu dom cura as dores do corpo físico, para também agir como lenitivo para nossas dores espirituais, nossos conflitos existenciais.

          Os dons do Espírito Santo, numericamente, nos são apresentados como sendo sete, mas espiritualmente não têm limites. É bom sempre lembrar que no judaísmo sete significa a Perfeição. No cristianismo Jesus o multiplica por setenta, dando-nos a dimensão da misericórdia divina. “Não apenas sete, mas setenta vezes sete”. Uma graça infinitamente maior, uma bênção que extrapola e ultrapassa nossas limitações numéricas, quantitativas, matemáticas. A graça de Deus e sua ação entre nós é exponencialmente maior que nossas cobranças: “Ofereço tanto, mereço tanto mais!”.

          Dentre as muitas definições do que seja o Espírito Santo em nossas vidas está sempre sua ação, presente num Verbo como o próprio Cristo feito carne ou o próprio Deus desde o Princípio agindo nessa história de Amor, como força criadora do Universo. No princípio era o Verbo…E o Espírito de Deus pairava sobre tudo… E o Verbo se fez Carne… E o Verbo era Deus… Os paralelos entre a primeira e segunda criação (O velho e novo Adão), nos mostram a ação de Deus como divisor de águas na história humana, agindo sempre. Daí as definições que damos ao seu Espírito como Intercessor, Paráclito, Advogado, Mediador, Consolador, etc. Daí seus sete dons, as consequentes dádivas de sua generosidade à única criatura e ou criação feita à “imagem e semelhança” divinas. Semideuses, outros Cristos no mundo! Iguais em tudo, menos no pecado! Essa é nossa grande consolação quando contemplamos a desolação dum mundo em trevas, um Paraíso que um dia perdemos pela prepotência de nos julgarmos iguais a Deus. E nos esquecermos que a árvore da Ciência do Bem e do Mal era coisa sagrada, merecia nosso respeito. Foi essa utopia nossa grande derrota, a causa das nossas tribulações, limitações circunstanciais.

          Quando nos dermos conta de que sofremos neste mundo porque fizemos por merecer estaremos liquidando nossas dívidas com o Tribunal Divino. Então mereceremos as alegrias plenas da Consolação Celeste. Então poderemos dar graças e louvores sem a consciência de uma dívida que pensamos impagável. Jesus zerou essa conta. E ainda nos deixou os dividendos do seu Espírito Consolador, mas também Santificador. “Tudo posso naquele que me conforta” (Fil 4,13). Nada disso é utopia em nossas vidas!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

         

 

 




Diocese de Assis

 

          Ficar parado na expectativa de uma miragem, algo assombroso, inexplicável para os olhos, realmente, nunca seria uma atitude de fé. “Homens da Galileia, por que ficais aqui parados, olhando para o céu”? Essa atitude não combina com os ensinamentos cristãos. A fé vai além da contemplação, da adoração pura e simples. Exige ação. Exige disponibilidade e coragem para ir adiante, enfrentar o mundo, percorrer nossas Galileias e Samarias, sair da Jerusalém de pedras, dos templos que acalentam nossas almas, para encarar a realidade do mundo.

          Evangelizar, antes de mais nada, é sinônimo de doação plena, de martírio, testemunho que se dá a custo de sangue, da vida. Após sua paixão, morte e ressurreição, Jesus quis permanecer mais quarenta dias entre seus discípulos, apenas e tão somente para lhes reafirmar esse aspecto fundamental da missão que iria lhes confiar, tão logo lhes concedesse a unção do Espírito. Antes de sua Ascensão, sua entronização no Reino Definitivo, ministrou-lhes a catequese da revelação pentecostal. O clímax do mistério Pascal exigia o testemunho, a compreensão e aceitação plena da verdadeira teofania, aquela que revelava aos seus a divindade de Jesus em sua ascensão aos Céus, tal qual a manifestação divina de Deus no Egito, que se manifestava ao povo reinando sobre as nuvens. Jesus, em sua Ascensão, não supera um espaço acima do nosso, não atinge os limites da estratosfera terrena, nem ocupa um trono fora da nossa realidade, mas simplesmente volta para o plano existencial de Deus, o terceiro céu como diria São Paulo, um local invisível onde Deus habita, mas também um local visível para sua realidade divina. Ocupa o trono que sempre foi seu.

          Num primeiro momento, os apóstolos viam nesses mistérios a ação de forças fantasmagóricas. Temerosos, ocultavam-se entre as quatro paredes daquela sala num segundo andar de uma residência qualquer. A mesma sala onde Jesus penetrou estando portas e janelas fechadas. A mesma sala onde línguas de fogo iriam clarear suas mentes e corações para o desafio da evangelização sem temores. E Maria ali estava. O Cristo que conheceram tornou-se imagem real do Servo Sofredor do qual bem falou o profeta Isaias e cuja morte todos os demais profetas anunciaram. Também de Jonas, aquele que por três dias ficou prisioneiro no ventre de uma baleia e ressurgiu para anunciar um novo tempo, proclamar a liberdade de seu povo, como bem o fizera Jesus em seus últimos dias. Agora, ressurgia dos mortos e retomava seu discurso. Mas exigia mais: “Vós sereis testemunhas de tudo isso. Eu enviarei sobre vocês aquele que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto” (Lc 24,48-9).

          Fica bem claro nessa promessa: Não existe evangelização sem unção pentecostal. Não existe vida eclesial sem envio da força do alto. Não existe fé sem testemunho do Espírito. Não existe Igreja sem perseguição. Todos os fatos que culminaram e ou coroaram a Ascensão de Jesus ainda hoje são sinais concretos e bem visíveis da autenticidade da fé cristã, essa que atravessa milênios contrariando o submundo das portas infernais. O céu é nosso limite, alvo das almas sedentas de plenitude e verdadeira comunhão com Deus. Morada definitiva daqueles que contemplam as riquezas celestiais com os pés no chão de uma realidade assustadora. O mundo é cruel, mas nossa Jerusalém Celeste compensará tudo isso. Jesus subiu aos céus. “Eles o adoraram. Em seguida, voltaram para Jerusalém com grande alegria”. Nunca perderam a esperança de dias melhores!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 

 

 




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          Depois do susto sempre vem o alívio. Uma semana entre a vida e a morte, transferido de um hospital a outro, passando por várias UTIs, é sempre algo temeroso e assustador, para quem ainda se acha no direito de viver. Mas quem estabelece esse direito, senão aquele que nos traçou metas e destino, planos e obrigações, deveres a cumprir? “Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Jo 14, 27) – era esse o diagnóstico que contrariava a tecnologia dos gráficos radiológicos e me devolvia a esperança de voltar pros braços dos meus entes queridos. Então voltei.

          Mais uma vez renovado nos propósitos de continuar nessa missão, eis que a fragilidade e fugacidade dessa vida ganha nova dimensão. Não me importa o tempo que me resta, mas o quanto ainda me é possível realizar em vida. Não há limites para aqueles que se deixam guiar pelas palavras e promessas que hoje ecoam em nossos corações conturbados, feridos pela nossa prepotência e limitações físicas, com insuficiências que as lesões do tempo possam lhes ocasionar. “Não se perturbe o vosso coração”. Eis o segredo da saúde que nos falta. Saúde do corpo e da alma, que supera tudo, que esquece as próprias limitações, acreditando apenas nas promessas de um amor ilimitado: “Quem me ama guardará a minha Palavra e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada”.

          De quando em vez é bom confrontarmos nossas próprias limitações. Nenhum poder, status, posição privilegiada ou condição econômica nos diferencia quando o assunto é ameaça de morte. Dessa ninguém escapará, dia mais, dia menos. A pendenga maior é ignorarmos essa realidade e acharmos que esta só virá quando nos cansarmos dos prazeres, das volúpias, dos confortos e benesses que aqui pensamos possuir. Pura e ingênua falácia daqueles que ainda não compreenderam o sentido da própria existência. Nosso corpo quer conforto, prazeres, mas nossa alma anseia apenas pela Paz, plenitude do espírito. Aqui ficarão os sentidos que nos prendem à vida terrena, mas além desta encontraremos a plenitude da Paz, aquela da qual nos fala Jesus: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo” (Jo 14, 27). Isso nos basta e nos dá forças para encarar os desafios de nossas limitações físicas. Essa é a saúde que interessa ao cristão. O resto é resto…

          Seria ingrato se não me referisse aqui às inúmeras manifestações de carinho e solidariedade recebidas nesta semana. Provas de que a fraternidade e unidade cristã ainda são forças propulsoras do bem que nos une. Citar nomes é desnecessário. Mas citar a atualidade da Palavra, sim, pois esta é o mais precioso lenitivo nas nossas tribulações. Tudo o que o Filho diz vem do Pai e o Defensor, o Paráclito, o Consolador, nosso Conselheiro, Advogado e Mestre continua sua ação entre nós “na alegria e na dor”, na vida e na morte. Não tem porque desvalorizar o aconchego desse nosso lar terreno, mas também não podemos ignorar as alegrias perenes da casa do Pai. “Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.” (Jo 14,28). Se realmente acreditamos nisso tudo, valorizamos o mistério da nossa Fé, em especial aqueles que saltam aos olhos dos ensinamentos da Páscoa do Senhor, pois é através da cruz (paixão e morte), que o Espírito Consolador nos dá forças para vencer essas pequenas adversidades da vida terrena. Assim, mais uma vez, estou de volta.

          WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Diocese de Assis

Algumas pessoas, como diz o ditado, são “pau pra toda obra”: são arrojadas, têm iniciativas, colaboram, são prestativas, têm disposição, são dinâmicas, têm coragem, são zelosas, amáveis, sensíveis etc, etc, etc e tal. Giram a mil por hora e, ainda, “fazem uns bicos”.

Pessoas “pau pra toda obra” são poucas, mas, a maioria delas são mulheres. Justiça seja feita: ah, se não fossem as mulheres! O que seria dos homens, dos negócios, das casas, dos sonhos, dos insights, do amor, da intuição, da Igreja e, por que não, do mundo?

Mulher é “pau pra toda obra”. Em casa: lava, cozinha, passa, limpa, costura, faxina, cuida dos filhos e do marido, administra, compra, é despertador, é memória, etc. Fora de Casa: trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha. E, ainda, deve dispor de tempo para ser pai, professora, psicóloga, médica, eletricista, mecânica… e amiga,

Mulher: com quantos nomes se deveria chamá-la? Com que adjetivos se poderia qualificá-la? Com que diademas se poderia coroá-la? Com que adornos se deveria enfeitá-la?

Todos os trabalhadores são fundamentais para fazer funcionar todas as engrenagens da sociedade mundial. Sem o trabalho não existe vida. Alguns trabalhos são nobres e outros nem tão nobres assim; alguns rendem bons salários e outros, apenas uns trocos. Nem sempre o valor do trabalho coincide com a valorização do trabalhador.

Recentemente passamos pelo dia da Empregada doméstica: dia 27 de abril mas, não vi nenhuma menção a este dia. Ainda é tempo de lembrar!

São muitas as empregadas domésticas que ocupam postos de trabalho em muitas casas do Brasil.

O nome de empregada doméstica parece impor um estigma. A questão é que, tal designativo traz o peso da condição escravocrata, na qual estiveram subjugadas muitas mulheres negras, na casa de seus senhores e senhoras.

A condição das mulheres que trabalham em casa de família é, por vezes, muito ambígua: algumas tratadas como filhas e, outras, como verdadeiras escravas.

Secretária do Lar é, quem sabe, uma atenuante terminológica para minimizar o peso histórico de tal condição de trabalho.

Seja como for, sem o trabalho exaustivo de mulheres, jovens ou adultas, solteiras ou casadas a vida de muitos estaria mais conturbada, inclusive a minha, porque preciso dos préstimos de uma para pôr ordem em casa, enquanto estou cuidando das coisas do Senhor.

Por isso, é o Senhor quem diz a essas mulheres: “Tudo o que vocês fizerem façam de coração, como quem obedece o Senhor, e não aos homens. Fiquem certos de que receberão do Senhor a herança como recompensa. O Senhor, a quem vocês servem, é Cristo” (Cl 3,23-24).

ORAÇÃO: Nós vos louvamos, Senhor, e vos bendizemos porque destes ao homem e à mulher a inteligência e a força do trabalho, a criatividade e a vontade de realizar coisas sempre novas. Que o trabalho realizado pelas trabalhadoras do lar seja sempre reconhecido, valorizado e bem remunerado, uma vez que é de grande valor para as famílias. Que este trabalho, tão necessário, aperfeiçoe a vida humana e torne mais fraternos os seus relacionamentos. Que todos na casa, empregada e patrões, saibam se respeitar sempre, em espírito de colaboração, sem nunca distorcer ou destruir os vossos planos, ó Deus dos povos todos do universo. Assim Seja!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

Se tem uma coisa que fazemos sempre, é procurar! Procurar é uma de nossas maiores atividades porque, somos incompletos. Mas, as vezes, falta-nos clareza sobre como agregar valores de conversão, à nossa vida espiritual, enquanto procuramos. Não devemos almejar, apenas, a satisfação momentânea e circunstancial.

Eis o que nos diz São Jerônimo, século V, no comentário sobre o Eclesiastes.

Todo homem que recebe de Deus riquezas e bens para que possa sustentar-se, ter a sua porção e desfrutar do seu trabalho, considere isso dom de Deus. Desse modo, o homem não se preocupa demais com sua vida fugaz, porque Deus o mantém ocupado na alegria do coração” (Eclesiastes 5,18-19).

Em comparação com aquele que se sacia de suas posses nas trevas das preocupações e, com grande tédio da vida, acumula as coisas perecíveis, declara ser preferível aquele que desfruta coisas presentes. Este, pelo menos, sente-se feliz em usá-las; para aquele, porém, apenas o peso das inquietações. E diz porque é um dom de Deus poder gozar das riquezas. É porque não terá muito que pensar nos dias de sua vida.

Com efeito, Deus o ocupa com a alegria de seu coração: não terá tristeza, não se afligirá com pensamentos, levado pela alegria e o prazer das coisas diante de si. Contudo, melhor ainda é entender, com o Apóstolo, o alimento e a bebida espirituais, dados por Deus, e ver a bondade de todo seu esforço, porque com enorme trabalho e desejo vamos poder contemplar os bens verdadeiros.

É esta a nossa porção: alegrarmo-nos em nosso desejo e fadiga. Este é um bem, sem dúvida, mas até que Cristo, nossa vida, se manifeste, ainda não é a plenitude do bem.

Todo o trabalho do homem é para sua boca e, no entanto, seu espírito não se sacia. Qual é a vantagem do sábio sobre o insensato? Qual a do pobre, se não de saber como caminhar em face da vida? O fruto de todo trabalho dos homens neste mundo é consumido pela boca, mastigado e desce ao estômago para ser digerido. E por muito pouco tempo deleita o paladar, pois dá prazer somente enquanto está na boca.

Além disto, não se sacia a alma de quem comeu com o alimento. Primeiro, porque ele deseja comer de novo. Pois, quer o sábio, quer o tolo, não pode viver sem alimento, e a preocupação do pobre é sustentar seu mirrado corpo para não morrer à míngua. Segundo, porque a alma não encontra utilidade alguma na refeição do corpo, o alimento é comum ao sábio e ao ignorante, e o pobre vai aonde percebe haver recursos.

Apesar de tudo é preferível entender a expressão do autor do Eclesiastes que, instruído nas Escrituras celestes, concentra todo o trabalho em sua boca, e sua alma não se sacia por desejar sempre aprender. Nisso tem mais o sábio do que o insensato; porque, embora se sinta pobre (aquele pobre que o Evangelho declara feliz), caminha para alcançar a vida, seguindo pela estrada apertada e difícil que a ela conduz. É pobre de obras porém, sabe onde mora Cristo, a vida.

Finalmente, é preciso que o homem saiba que o futuro a Deus pertence, como diz o Eclesiastes 7,8-14: “Mais vale o fim de uma coisa do que o seu começo, e a paciência é melhor do que a pretensão. Não fique tão depressa com o espírito irritado, porque a irritação se abriga no peito dos insensatos. Não diga: ‘Por que os tempos passados eram melhores que os de hoje?’ Não é a sabedoria que faz você levantar essa questão. A sabedoria é boa como uma herança, e útil para aqueles que vêem o sol, pois à sombra da sabedoria se vive como se vive à sombra do dinheiro. Mas a sabedoria é mais vantajosa, porque faz viver quem a possui. Procure compreender a obra de Deus, porque ninguém endireita o que ele encurvou. Esteja alegre no dia feliz, e no dia da desgraça procure refletir, porque um e outro foram feitos por Deus, para que o homem nunca possa descobrir nada do seu próprio futuro.

 

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

 

Quem, nesta semana, viu a imagem de um Papa fragilizado, sendo quase carregado ao colo para se levantar de sua cátedra e depois utilizando-se de uma cadeira de rodas para se mobilizar, não imagina a força interior que move esse homem de Deus. Mesmo impossibilitado de uma locomoção natural, não desistiu de suas mobilizações em prol da Paz, em especial a preocupação que suscita a guerra Rússia-Ucrânia, estopim acesso de um possível terceiro conflito mundial. Papa Francisco, como pastor universal, tem se manifestado publicamente, expondo seu desejo de mediação e diálogo entre as partes.

“Falei com o patriarca Kirill, da Rússia, por 40 minutos, via zoom. Nos vinte primeiros minutos, com uma carta na mão, ele me leu todas as justificativas para a guerra. Eu escutei e disse a ele: eu não entendo nada disso. Meu irmão, não somos clérigos de estado, não podemos usar a linguagem da política, mas de Jesus. Somos pastores do mesmo povo santo de Deus. Para isso devemos buscar caminhos de paz, para acabar com o fogo das armas. O Patriarca não pode se transformar no coroinha de Putin” (Corriere della Serra, 03 de maio de 2022).

O profetismo dessas palavras chega aos nossos ouvidos na semana em que nosso calendário litúrgico nos apresenta a figura do Bom Pastor. “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem” (Jo 10,27). Na verdade, a voz profética da Igreja possui a força demolidora contra a falsidade do jogo político, esse que é capaz de mascarar uma razão por certo tempo, mas nunca o tempo todo. As justificativas de Putin desmoronam dia a dia e o apoio político que pensava possuir cai por terra com a simplicidade das palavras de Francisco: “O Patriarca não pode se transformar no coroinha de Putin”. A Igreja Ortodoxa, até então manipulada e cerceada por falsas justificativas, percebe aos poucos o ridículo público a que se expõe. “Não podemos usar a linguagem da política, mas de Jesus”, alerta Francisco.

O episódio ilustra bem a força do pastoreio cristão. Não é um fato isolado, que as circunstâncias do momento nos apresentam, mas uma verdade que a fé nos ensina desde sempre: o povo de Deus conhece a voz que o conduz, conhece a verdade que tentam lhe ocultar, sabe bem que guerra alguma lhe trará a paz que almejam, a vida que sonham para seus filhos. Nada lhes roubará a fé e a esperança de um mundo novo, uma vida digna, um governo justo, uma terra de promissão maior e melhor do que aquela que a soberania terrena pensa dominar. “Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai” (Jo 10,29).

Por maiores e mais horripilantes que sejam as consequências de uma guerra, jamais serão tão consoladoras quanto as palavras do Bom Pastor. Jesus continua sua ação libertadora neste mundo de trevas momentâneas, onde o jogo político do poder tenta mascarar a verdade que nos guia. A vida terrena é prenúncio da vida eterna. Como tal, devemos respeitá-la, promove-la em sua dignidade, conduzi-la sempre para os caminhos do aprisco do rebanho divino, onde Criador e criatura se tornam únicos, como “Eu e o Pai somos um”, como a verdade da nossa fé nos ensina. Francisco e Kirill conduzem rebanhos distintos, mas são pastores do mesmo povo santo de Deus, aquele que ainda caminha no deserto de nossas angústias e tribulações, sonhando com a Terra Prometida. Cuidado! Não sejamos coroinhas das nossas ambições terrenas. Só Jesus nos promete vida em abundância, eternidade em nossos sonhos de plenitude. Escutem a voz da verdade!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]




Diocese de Assis

A vida em comunidade é uma necessidade humana e de fé.  Pessoas maduras, equilibradas e felizes são formadas na “escola da comunidade”, em meio às alegrias, tristezas, perdas, ganhos, conflitos, desafios, dificuldades, vida e morte. É na vivência e convivência com o outro que nós encontramos o nosso próprio eixo porque, sozinho e isolado ninguém é capaz de nada!

Na contra-corrente da vida em comunidade está uma tendência diabólica ao individualismo que, enfraquece e, até mesmo, destrói as relações comunitárias. O individualismo é a perda de consciência e sensibilidade em relação ao outro. Para o individualista, o outro não existe, só ele existe. Por isso, radicaliza tudo com a medida do “eu”, do particular, do egoísmo…

A individualidade, ao contrário do individualismo, é um bem a ser sustentado porque, a valorização do indivíduo, de suas potencialidades, de suas qualidades, de seus talentos, de seu jeito de ser… é o ponto de partida fundamental, para que cada um seja feliz e ocupe o seu lugar no mundo, fazendo-o melhor.

Na bíblia, o livro dos Atos dos Apóstolos apresenta o ideal de vida comunitária baseado na individualidade inspirada pelo Espírito Santo e o individualismo. A individualidade inspirada pelo Espírito Santo faz a comunidade crescer em dons e carismas, em pregação e testemunho, em partilha e martírio, em diálogo e serviço. O individualismo, entretanto, gera intrigas, divisões, perseguições, cobiça, inveja, competição e todo tipo de mal.

A comunidade é constituída por indivíduos abertos e formados pelo Espírito Santo de Deus. Dentro desta visão podemos falar de pluralismo e de unidade na diversidade. O que cada um é não deve ser afirmado contra o outro mas, em relação ao outro. Porque o que eu sou se completa naquilo que o outro é. Eu preciso do outro da mesma forma que o outro precisa de mim. O outro e eu formamos um “nós”; somamos; formamos uma comunidade. A imagem paulina do Corpo Místico de Cristo (1 Cor 12 ou Rm 12) é a melhor ilustração do que estamos dizendo.

Cada pessoa vive numa comunidade concreta e com pessoas concretas, num tempo bastante específico. Cada um, por aquilo que é, está apto para construir a unidade na diversidade, para formar a comunidade; para instaurar o Reino de Deus.

É sempre muito difícil a obra da fé. É sempre muito custoso o trabalho comunitário: leva tempo; exige renúncias, troca de idéias, partilha e reuniões; aparecem dificuldades, conflitos, desentendimentos, brigas… Mas, é o trabalho comunitário, o que mais realiza uma pessoa porque, na comunidade, tudo o que acontece é fruto autêntico da nossa humanidade, sem maquiagem e sem véus. Os imaturos desistem e fogem porque não suportam enfrentar os outros e nem a si mesmos.

É preciso ter muita fé, paciência e perseverança para continuar na comunidade.

Em sua paróquia, certamente, existe uma longa caminhada de comunidade. Existe uma história de fé realizada por muitas pessoas, as vezes anônimas, mas reais; talvez já falecidas mas, imortais; quem sabe afastadas, por algum motivo, mas próxima o bastante para, quem sabe, voltar. São muitos os sujeitos da fé. Se você não conhece a sua paróquia pelas pessoas que nela vivem, não conhece nada. Muitas conquistas importantes foram feitas em nível pessoal e estrutural, mas, ainda há, muito por fazer, um longo caminho a percorrer e muito que aprender em termos de vida comunitária.

Quem acredita na comunidade não desiste nunca porque “Deus não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de força, de amor e de sabedoria” (2Tm 1,7).

 

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




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Deus criou o homem e a mulher à sua imagem: “Fizestes-os por um pouco menores do que os anjos” (Sl 8,6; H 2,7).  Deu-lhes a imortalidade, a verdade, a justiça…

O Concílio Vaticano II nos ensina:

“A razão principal da dignidade humana consiste na vocação do homem para a comunhão com Deus.  Já desde a sua origem, o homem é convidado para o diálogo com Deus. Pois o homem, se existe, é somente porque Deus o criou, e isto por amor. Por amor é sempre conservado. E não vive plenamente segundo a verdade, a não ser que reconheça livremente aquele amor e se entregue ao seu Criador”  (GS 19).

Mas o homem, em sua liberdade, pode refutar a grandeza que lhe foi conferida pelo desígnio de Deus; pode tentar realizar-se de acordo com um desígnio próprio, diferente do futuro que lhe é prometido por Deus; pode procurar garantir seu próprio futuro, como o fazem as nações pagãs, mediante a busca da riqueza, o apoio nas pessoas, a aliança com as potências estrangeiras, a posse das coisas sagradas. Deste modo ele cai em suas miséria. Não espera mais em Deus, mas segue as falsas esperanças

Deus, especialmente por meio dos profetas, não cessa de chamar todos à verdadeira esperança, que é Jesus, o único Salvador.

Em Jesus foi-nos dada a luz da verdade, a remissão dos pecados, a restauração da liberdade diante das forças do mal, uma nova capacidade de amar, a participação na natureza divina, a vitória sobre a morte por meio da ressurreição da carne, a vida eterna.

Jesus vem ao encontro da miséria humana!

Salvando-nos, fez de seu evangelho e de sua graça o princípio renovador do mundo e, sobretudo, do homem, em todos os âmbitos da vida deste: público,cultural, social, político e econômico.

Instaurar todas as coisas em Cristo para se obter a vida plena. Eis a chave e o desafio que corresponde ao homem que procura uma vida nova em Cristo.

Diante do Cristo, nosso Deus e nosso tudo, vale a pena investir empenhos e iniciativas para ser, junto com ele, fonte de esperança no jardim do mundo como escreve o poeta francês Charles Péguy: “É de se perguntar: como é possível que esta fonte de esperança jorre eternamente; eternamente jovem, fresca, viva… Deus disse: brava gente, isto não é, pois, tão difícil… Se fosse com água pura, que ela tivesse desejado criar fontes puras, não teria nunca encontrado o suficiente em toda a minha criação. Mas, é justamente com as águas ruins que se cria suas fontes de água pura. E é por isso que nunca lhe faltam. Mas, é também por isso que ela é a Esperança… E é o mais belo segredo que existe no jardim do mundo.”

Deus é amor! Por isso, nós acreditamos no amor!

O amor autêntico não é racional, não mede, não ergue barreiras, não calcula, não recorda as ofensas recebidas e não impõe condições.

Jesus age sempre por amor.  Da convivência da Trindade, ele nos trouxe uma mor imenso, infinito, divino, um amor que chega, como afirmam os santos padres da Igreja, até à loucura e coloca em crise os nosso padrões humanos.

Ao meditar sobre o amor. Especificamente sobre este amor de Cristo, o nosso coração se enche de felicidade e de paz. Quem dera, no fim de nossas vidas, Jesus nos receber como os menores dos trabalhadores de sua vinha. Cantaríamos, então, a sua misericórdia por toda a eternidade, perenemente admirados com as maravilhas que ele reserva para os seus eleitos.

Nada há de mais importante neste mundo que possa obscurecer a força de presença de Deus e, cuja força, se mostra não pela ostentação, mas, pela oblação.  Isto é, de fato, o poder maior, a beleza do serviço redentor e a limpidez da fonte das graças.

Derrama sobre nós o teu Espírito, oh, Deus e renova a face da terra!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS




Diocese de Assis

Um dos aspectos mais marcantes dos fatos que alardearam e comprovaram a ressurreição de Cristo está na incredulidade humana, em especial aquela representada pela incredulidade do amigo Tomé. Esse nos representa. Esse, de fato, age como qualquer humano em sua racionalidade imediata, que exige provas, quer ver, tocar, sentir… Estava longe dos fatos, ausente do clima eufórico que permeou o coração daqueles que se deixaram envolver pelos “últimos acontecimentos”, revelações e manifestações dos agraciados pela presença miraculosa de Jesus após sua paixão e morte. “Nós vimos o Senhor, Ele esteve entre nós, Ele vive”!

Ora, a reação daquele que chegou atrasado, que nada disso testemunhou, não poderia ser outra. “Só acredito vendo; só acredito se tocar suas feridas, sentir a profundidade dos pregos, o corte da lança em seu peito”. Isso ele viu, sentiu, chorou em sua agonia e dor. As feridas que os homens provocaram em Jesus, de certa forma, também foram provocadas e infringidas em seu próprio corpo. Solidário na dor daquele amigo injustiçado e impotente diante de suas fraquezas, Tomé nada pode fazer. Então fugiu acovardado. Ao retornar, para sua surpresa, o clima era outro. Havia alegria invés de tristeza. Havia uma esperança renovada, uma euforia inexplicável, um fato novo: Ele vive!

Então o amigo da hora tardia expõe sua incredulidade. E manifesta sua solidariedade, desejando tocar, sentir, acariciar as feridas do “bom Mestre” das profundas lições que ainda guardava em seu coração. Foi bom conhece-lo. Foi bom ouvir seus ensinamentos, seguir seus passos, viver com Ele uma experiência de profunda e incondicional amizade. “Já não vos chamo de servos, porém de amigos, porque revelei a vocês tudo aquilo que ouvi de meu Pai” (Jo 15,15). Como esquecer tão grande prova de amor, tão profundas revelações? Mas o mundo rejeitou essa amizade e condenou suas palavras num martírio de cruz jamais visto na face da terra pelas agruras e sofrimentos impingidos a um inocente. Testemunhou tudo isso com o coração partido, a alma dilacerada pela dor e sofrimento. Ouviu com clareza seu “Consumatum est”, seu brado final. E se afastou arrasado!

É fato que a dor da perda provoca descrédito, agride a esperança, cria desilusões. É fato também que a reação diante das decepções tem sempre uma exclamação de solidariedade e consternação. “Não é possível! Não acredito! Eu vi, senti sua dor, chorei a cada martelada, ouvi seu último suspiro!” Então o amigo enlutado só acredita se lhe for dada uma oportunidade de “tocar as feridas” do amigo injustiçado. Há aqui algo maior na dor de Tomé. Não é apenas questão de incredulidade, mas também de solidariedade diante dos fatos. Uma reação tipicamente humana, que deixa de lado, momentaneamente, a mística das “boas notícias” para encarar a realidade que nos cerca. Neste aspecto, a incredulidade de Tomé não chega a ser uma negação de fé, mas uma virtude dos que exigem maiores provas. Talvez a grande virtude da mística realista dos homens de Deus. Não condenemos essa fé que exige provas. Ela é maior do que a fé daqueles que tudo aceitam sem questionamentos, a fé “da Maria que vai com as outras”.

É bom aprimorar nossos conceitos, amadurecer nossa espiritualidade na fé que exige provas. Hoje, mais do que nunca, precisamos desse amadurecimento na fé. Mais do que nunca, o mundo nos questiona e exige provas. Mais do que nunca, Tomé, o amigo que chegou atrasado, diz ao mundo que para viver uma experiência com o Ressuscitado, é preciso também sentir a profundidade de suas feridas. E tocá-las com reverência e devoção, exclamando com alegria: “Meu Senhor e meu Deus”!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 

 




Diocese de Assis

Ainda estamos dentro da “oitava da páscoa”.  Convém, por isso, retomarmos alguns dos elementos mais importantes da fé pascal e suas conseqüências para a vida. Estamos falando do anúncio, do testemunho, da conversão, da adesão, do seguimento e dos sofrimentos por causa de Jesus.

Alguns textos bíblicos, como o dos Atos, nos colocam dentro do potencial da ressurreição e de como ela inspirou gestos, palavras, decisões, ideais, ações, e convicções de pessoas simples como os apóstolos.

Atos dos Apóstolos 4,1-12: “Pedro e João ainda estavam falando ao povo, quando chegaram os sacerdotes, o chefe da guarda do Templo e os saduceus. Estavam irritados porque os apóstolos ensinavam o povo e anunciavam que a ressurreição dos mortos tinha acontecido em Jesus.

Prenderam Pedro e João e os colocaram na prisão até o dia seguinte, porque já estava anoitecendo. Todavia, muitos daqueles que tinham ouvido o discurso acreditaram. E o número dos homens chegou a uns cinco mil.

No dia seguinte se reuniram em Jerusalém os chefes, os anciãos e os doutores da Lei. Aí estava o sumo sacerdote Anás e também Caifás, João Alexandre e todos os que pertenciam às famílias dos chefes dos sacerdotes.

Fizeram Pedro e João comparecer diante deles e os interrogavam: “Com que poder, ou em nome de quem, vocês fizeram isso?”

Então Pedro, cheio do Espírito Santo, falou para eles: “Chefes do povo e anciãos! Hoje estamos sendo interrogados em julgamento porque fizemos o bem a um enfermo e pelo modo com que ele foi curado. Pois fiquem sabendo todos vocês, e também todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré, – aquele que vocês crucificaram e que Deus ressuscitou dos mortos, – é pelo seu nome, e por nenhum outro, que este homem está curado diante de vocês. Jesus é a pedra que vocês, construtores, rejeitaram, que se tornou a pedra angular. Não existe salvação em nenhum outro, pois debaixo do céu não existe outro nome dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos.”

A fé cristã, antes de mais nada, está baseada num acontecimento único e irrepetível: a OBLAÇÃO (entrega) do Cristo. Ai é que se encontra o fundamento da ORIGEM e da MISSÃO da Igreja. Isto é: o MISTÉRIO da PAIXÃO, MORTE e RESSURREIÇÃO de CRISTO.

Quando professamos que CREMOS, estamos fazendo uma profunda declaração de autenticidade dos sinais que acompanham a fé e do projeto de amor de Deus cujo plano é de amor pleno.

DEUS se VOLTA para a humanidade e a ela dirige não apenas um discurso, mas, a SUA PALAVRA, o SEU CRISTO.

Neste sentido, tudo o que podemos descobrir pela fé é plenamente aplicável a qualquer esfera da nossa vida. A fé é luz completa; é irradiação do próprio Deus; é fonte de vida; é o grande sentido da existência. A fé é um ato de profunda confiança.

Confirmemos a fé praticando a justiça do Reino de Deus: Amor e Misericórdia!

Recebi uma mensagem que, serve para ilustrar o que estou dizendo com a justiça do Reino de Deus: “ (…) Há o amor que é mais forte do que a morte e há o amor que leva quem ama até a morte. Há o amor que não aceita meias medidas e há o amor que é sem medida. Há o amor que não se vende e há o amor que não se rende. Há o amor que não se cansa e há o amor que nunca descansa. Há o amor de quem sofre com quem sofre e há o amor de quem sofre  para que ninguém sofra. Há o amor que suporta a tudo, e há o amor que faz tudo o que Deus merece.”

Qualquer amor é admirável, mas, o amor de Cristo é PODER de irradiação da vida nova, da santificação, da humildade, da mansidão, da compaixão…

O amor de Cristo é o pleno cumprimento da justiça do Reino.

Vale a pena crer e investir nesse amor!

 

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS