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Espaço Espírita

 

            “Tornou, pois, a entrar Pilatos no pretório, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus? Respondeu-lhe Jesus: O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, certo que os meus ministros haviam de pelejar para que eu não fosse entregue aos judeus; mas por agora o meu Reino não é daqui. Disse-lhe então Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu o dizes, que eu sou rei. Eu não nasci nem vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade; todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.” (João, 18:33-37)

Por estas palavras, Jesus se refere claramente à vida futura, que ele apresenta, em todas as circunstâncias, como o fim a que se destina a humanidade, e como devendo ser o objeto das principais preocupações do homem sobre a Terra. Todas as suas máximas se referem a esse grande princípio. Sem a vida futura, com efeito, a maior parte dos seus preceitos de moral não teriam nenhuma razão de ser. É por isso que os que não creem na vida futura, pensando que ele apenas falava da vida presente, não os compreendem ou os acham pueris.

Esse dogma pode ser considerado, portanto, como o ponto central do ensinamento do Cristo. Eis porque está colocado entre os primeiros, pois deve ser a meta de todos os homens. Só ele pode justificar os absurdos da vida terrestre e harmonizar-se com a justiça de Deus.

Extraído do livro “O Evangelho segundo o Espiritismo” – Allan Kardec – Cap II – Meu reino não é deste mundo

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Espaço Espírita

 

Lembre-se de que as outras pessoas são diferentes e, por isso mesmo, guardam maneiras próprias de agir.

Esclarecer à base de entendimento fraterno, sim, polemicar, não.

Antagonizar sistematicamente é um processo exato de angariar aversões.

Você pode claramente discordar sem ofender, desde que fale apreciando os direitos do opositor.

Afaste as palavras agressivas do seu vocabulário.

Tanto quanto nos acontece, os outros querem ser eles mesmos na desincumbência dos compromissos que assumem.

Existem inúmeros meios de auxiliar sem ferir.

Geralmente, nunca se discute com estranhos e sim com as pessoas queridas; visto isso, valeria a pena atormentar aqueles com quem nos cabe viver em paz?

Aprendamos a ceder em qualquer problema secundário, para sermos fiéis às realidades essenciais.

Se alguém diz que a pedra é madeira, é justo se lhe acate o modo de crer, mas se alguém toma a pedra ou a madeira para ferir a outrem, é importante argumentar quanto à impropriedade do gesto insano.

ANDRÉ LUIZ

Extraído do livro “Sinal Verde”

 Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora CEC

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A Lei de Deus permite:

– que desfrutemos tantas posses, quantas sejamos capazes de reter honestamente, mas espera estejamos agindo com elas, em benefício dos outros;   que tenhamos tanta cultura, quanto os recursos da  própria inteligência no-lo permitam, mas espera nos empenhemos a convertê-la em realização no bem de todos;

– que sejamos felizes, mas espera busquemos fazer a felicidade dos semelhantes;

– que sejamos amados, mas espera nos transformemos em amor para os nossos irmãos;

– que solucionemos as nossas necessidades, mas espera que não venhamos a prejudicar ninguém, no campo dos deveres em que nos achamos comprometidos;

– que sejamos desculpados em nossas faltas, mas espera perdoemos sem condições as ofensas que se nos façam;

– que usufruamos os bens do Universo, mas espera nos mostremos prontos a reparti-los sempre que necessário;

– que se pense ou fale mal de nós, tanto quanto se queira nos círculos de nossa convivência, mas espera nos devotemos a guardar a consciência tranquila;

– que erremos, em nossa condição de almas imperfeitas ainda, mas espera que na base de nossos fracassos permaneça brilhando a luz da boa intenção.

Enfim, a Lei de Deus permite sejamos quem somos, mas nos apoia ou desapoia, abate ou exalta, corrige ou favorece pelo que somos, através do que fazemos de nós, porque Deus não cogita daquilo que parece, mas daquilo que é.

ALBINO TEIXEIRA

Extraído do livro “Caminho Espírita” – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora IDE

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Espaço Espírita

 Não permitas que pensamentos infelizes criem raízes em tua mente.

A vida não se resume aos problemas que defrontas neste momento.

Acima deles, sorriem para ti inúmeras oportunidades de progresso espiritual.

Basta que confies em Deus e faças o melhor ao teu alcance.

Por isso, aprende a selecionar os pensamentos que te visitam, como quem separa as sementes sadias para cultivar o solo da alma.

Confiando e agindo no Bem, encontrarás forças para que floresçam em ti a harmonia e a saúde, o amor e a luz.

SCHEILLA

  Do livro “A Mensagem do Dia” – Psicografia: Clayton LevyEditora Allan Kardec

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Em todos os tempos, a ideia da morte sempre esteve ligada a conceitos variados.

Enquanto no velho Oriente morrer significava libertar-se, no Ocidente a morte recebeu a vestimenta de dor e perda.

Seja qual for a bagagem cultural que reúnas, procura encarar a morte física como fenômeno natural, que não anula a vida.

Os entes queridos que te precedem na grande viagem permanecem ligados à tuas ondas mentais.

Se choras em desespero, lamentando a aparente perda, tuas lágrimas chegam aos teus afetos como chuva de ácido a lhes perturbar a paz.

Se perdes o ânimo de continuar vivendo, porque quem mais amavas partiu antes de ti, não conseguirás aliviar a quem amas do peso de ver-te na dor.

Por enquanto, o fenômeno da separação do espírito ainda não é bem compreendido pela maior parte das pessoas.

Lembra, porém, que na lei da espiritualidade não há separação definitiva.

Os reencontros são marcados, assim como as momentâneas partidas.

Se a morte chamou um ente querido, abençoa-o e continua vivendo, com vontade, servindo e amando.

Depois, compreenderás tudo.

Recorda que o próprio Cristo, depois da cruz, voltou, em espírito, a demonstrar que a vida não cessa com a morte do corpo.

E, naquele instante solene, Ele, uma vez mais, recomendou aos seus discípulos amor e serviço para a implantação do Reino de Deus.

UM AMIGO

         Extraído do livro “Diretrizes Espíritas” – Psicografia: Clayton B. Levy – Editora EME

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“A paz vos deixo, a minha paz vos dou; não vo­la dou como o mundo a dá.”                 

JESUS (João, 14:27)

 

É indispensável não confundir a paz do mundo com a paz do Cristo.

A calma do plano inferior pode não passar de estacionamento.

A serenidade das esferas mais altas significa trabalho divino, a caminho da Luz Imortal.

O mundo consegue proporcionar muitos acordos e arranjos nesse terreno, mas somente o Senhor pode outorgar ao espírito a paz verdadeira.

Nos círculos da carne, a paz das nações costuma representar o silêncio provisório das baionetas; a dos abastados inconscientes é a preguiça improdutiva e incapaz; a dos que se revoltam, no quadro de lutas necessárias, é a manifestação do desespero doentio; a dos ociosos sistemáticos, é a fuga ao trabalho; a dos arbitrários, é a satisfação dos próprios caprichos; a dos vaidosos, é o aplauso da ignorância; a dos vingativos, é a destruição dos adversários; a dos maus, é a vitória da crueldade; a dos negociantes sagazes, é a exploração inferior; a dos que se agarram às sensações de baixo teor, é a viciação dos sentidos; a dos comilões, é o repasto opulento do estômago, embora haja fome espiritual no coração.

Há muitos ímpios, caluniadores, criminosos e indiferentes que desfrutam a paz do mundo. Sentem-se triunfantes, venturosos e dominadores no século. A ignorância endinheirada, a vaidade bem vestida e a preguiça inteligente sempre dirão que seguem muito bem.

Não te esqueças, contudo, de que a paz do mundo pode ser, muitas vezes, o sono enfermiço da alma.

Busca, desse modo, aquela paz do Senhor, paz que excede o entendimento, por nascida e cultivada, portas a dentro do espírito, no campo da consciência e no santuário do coração.

EMMANUEL

Do livro: “Vinha de Luz” – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora FEB

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Espaço Espírita

 

Por mais que o mal ameace, persevera servindo ao bem.

Desespero ante às situações difíceis não te conduzirá à melhor solução.

Se as circunstâncias em que te encontras interferem na tua paz, segue amando e servindo para que a vitória não tarde a chegar.

Se as pessoas com as quais convives não te compreendem, aceita-as assim como são, lembrando que também tens pontos de vista que necessitam do entendimento alheio.

Se o teu grupo familiar apresenta problemas de difícil solução, persevera servindo e amando, para que o amor e o serviço convertam o cadinho de hoje na ventura de amanhã.

Se a enfermidade bate à tua porta, compreende-a sem revolta, lançando mão dos recursos ao teu alcance para recuperar a saúde física, mas, também, trabalhando no sentido de alcançar mais luz por dentro, com a prova que ora experimentas.

Ninguém combate as sombras com escuridão; não se apaga incêndio com gasolina; não se alivia um irmão impondo-lhe a agressão.

Por mais que a dificuldade de hoje persista, persevera no bem que já és capaz de fazer.

Assim, mais cedo do que possas imaginar, a solução aparecerá, coroando de bênçãos teu esforço para a elevação de todos.

Em qualquer tempo e em todo o lugar, a paz que desejamos resultará sempre do esforço que fizermos para alcançá-la, compreendendo e amando, esquecendo e servindo, para, enfim, chegarmos à felicidade imperecível, onde o mal não tem acesso.

UM AMIGO

         Extraído do livro “Diretrizes Espíritas” – Psicografia: Clayton B. Levy – Editora EME

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            Na didática de Deus, o mal não é recebido com a ênfase que caracteriza muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo.

Por isso, a condenação não entra em linha de conta nas manifestações da Misericórdia Divina.

Nada de anátemas, gritos, baldões ou pragas. A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.

A propósito, meditemos.

O Senhor corrige:

– A ignorância: com a instrução;

– O ódio: com o amor;

– A necessidade: com o socorro;

– O desequilíbrio: com o reajuste;

– A ferida: com o bálsamo;

– A dor: com o sedativo;

– A doença: com o remédio;

– A sombra: com a luz;

– A fome: com o alimento;

– O fogo: com a água;

– A ofensa: com o perdão;

– O desânimo: com a esperança;

– A maldição: com a benção.

Somente nós, as criaturas humanas por vezes, acreditamos que um golpe seja capaz de sanar outro golpe.

Simples ilusão.  O mal não suprime o mal.

Em razão disso, Jesus nos recomenda amar os inimigos e nos adverte de que a única energia suscetível de remover o mal e extingui-lo é e será sempre a força suprema do bem.

BEZERRA DE MENEZES

 

Do livro “Brilhe vossa luz” – Editora IDE – Psicografia: Francisco Cândido Xavier

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Quando a morte chega com sua bagagem de mistérios, traz junto divergências e indagações. Afinal, quando os olhos se fecham para a luz, o coração silencia e a respiração cessa, terá morrido junto a essência humana?
Materialistas negam a continuação da vida. Mas os espiritualistas dizem que sim, a vida prossegue além da sepultura. E eles têm razão. Há vida depois da morte. Vida plena, pujante, encantadora. Prova disso?
As evidências estão ao alcance de todos os que querem vê-las. Basta olhar o rosto de um ser querido que faleceu e veremos claramente que falta algo: a alma já não mais está ali. O Espírito deixou o corpo feito de nervos, sangue, ossos e músculos… elevou-se para regiões diferentes, misteriosas, onde as Leis que prevalecem são as criadas por Deus. Como acreditar que somos um amontoado de células, se dentro de nós agita-se um universo de pensamentos e sensações?
Não. Nós não morreremos junto com o corpo. O organismo voltará à natureza, restituiremos à Terra os elementos que recebemos mas o Espírito jamais terá fim. Viveremos para sempre, em dimensões diferentes desta. Somos imortais. O sopro que nos anima não se apaga ao toque da morte.
Prova disso está nas mensagens de renovação que vemos em toda parte.
Ou você nunca notou as flores delicadas que nascem sobre as sepulturas? É a mensagem silenciosa da natureza, anunciando a continuidade da vida.
Para aquele que buscou viver com ética e amor, a morte é apenas o fim de um ciclo. A volta para casa com a consciência pacificada, o coração em festa, o homem de bem fecha os olhos do corpo físico e abre os olhos da alma. Do outro lado da vida, a multidão de seres amados o aguarda; pais, irmãos, filhos, avós, amigos…não importa. Os parentes e amigos que morreram antes de nós estarão lá para abraços calorosos, beijos de saudade, lágrimas de alegria, sorrisos de reencontro.
Nesse dia, as lágrimas podem regar o solo dos túmulos e até respingar nas flores, mas haverá felicidade para o que se foi em paz. Ele vai descobrir um mundo novo, há muito esquecido. Descobrirá que é amado e experimentará um amor poderoso e contagiante: o Amor de Deus.
Depois daquele momento em que os olhos se fecharem no corpo material, uma voz ecoará na alma que acaba de deixar a Terra, dizendo suave: “Vem, seja bem-vindo de volta ao teu verdadeiro lar. ”

A morte tem merecido considerações de toda ordem ao longo da estadia do homem sobre a Terra. É fenômeno orgânico inevitável porque a Lei Divina prescreve que tudo quanto nasce, morre.
A morte não é pois o fim, mas o momento de um novo recomeço.

Bruno Henrique de Sirius




Espaço Espírita

 

“Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.”

JESUS (Lucas, 6:36)

 

INDULGÊNCIA

Procura ser indulgente com tudo que se relacione com os erros e imperfeições do próximo, sem te deteres em detectar culpados ou movimentar teias de acusações.

A indulgência para com os erros e falhas alheias mostra que continuamos acreditando no indivíduo, porquanto, ninguém garante que, no futuro, não sejamos nós os necessitados da indulgência do próximo.

Busca, em todas as circunstâncias, motivos para auxiliá-lo a erguer-se novamente, demonstrando a importância de se ter alguém ao lado, que solidari

za-se com ele, a fim de que, encorajado pelo apoio recebido, ele encontre mais força para recuperar-se e trabalhar-se intimamente, na eliminação de suas imperfeições.

Quando se é indulgente, conseguem-se cativar com mais facilidade as criaturas, removendo as barreiras da autodefesa, montadas por todos quantos foram flagrados em erros e que, por remorsos da consciência, normalmente atacam como uma forma psicológica de defesa.

Por isso, a indulgência reveste-se de compaixão e misericórdia, agindo como um poderoso lenitivo, que vai balsamizando a criatura até torná-la sensível ao auxílio que se apresenta diante dela.

Quem foi flagrado em erro, mesmo que o não demonstre, já se encontra atingido pelo remorso íntimo, desenvolvendo um processo de reflexão onde o arrependimento naturalmente ocorrerá, para acontecer a posterior reparação. E isto provoca muitas aflições no interior das criaturas, sendo desnecessária a presença de acusador externo, por já existir, internamente, a presença de um implacável juiz chamado “consciência”.

Portanto, procura ser indulgente com os que erram, auxiliando-os na própria recuperação.

ALBINO DA SANTA CRUZ

Extraído do livro “Semanário das Reflexões”

Editora Didier – Psicografia: José Maria M. Souza

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