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Folclore numa perspectiva cristã

O Dia do Folclore Brasileiro é comemorado em 22 de agosto. A data foi criada com o intuito de alertar para a importância e valorização das manifestações folclóricas no país, e se refere à primeira vez em que a palavra folclore foi utilizada para designar os costumes de um povo. Isso aconteceu em 1846, quando o folclorista britânico William John Thoms (1803-1885) uniu as palavras “folk”, que significa “povo”, e “lore”, que significa “conhecimento”.

O Folclore é parte da cultura de um povo e é um conjunto de costumes transmitidos de pai para filho e também através da comunidade, de uma geração à outra. O que precisamos ressaltar, é que a cultura foi e sempre será influenciada pelas crenças de um povo. Em suma, a cultura é o reflexo dos valores e das práticas.

Folclore, então, é o conjunto de conhecimentos de um povo, tais como os costumes, crenças, parlendas, contos, mitos, lendas, adivinhas, músicas, danças e festas populares de uma cultura e região. O folclore brasileiro é fruto da união das culturas indígena, africana e europeia. A respeito disso, a cultura europeia entrou no Brasil a partir da colonização, que começou no século XVI. E a cultura europeia tem, entre suas raízes, a fé cristã, que foi transmitida e continua sendo transmitida de geração em geração por parte daqueles que se identificam com esta opção religiosa. Por isso, as manifestações religiosas, por força popular, acabam tornando-se manifestações folclóricas de determinada região.

Neste sentido, gostaria de apresentar alguns exemplos, a partir da minha vivência. Sou de nacionalidade italiana, mas moro em Aparecida (SP) desde 1981. E impressionou-me, seja em Aparecida, como na vizinha cidade de Guaratinguetá (SP), a manifestação religiosa popular em honra a São Benedito. No dia da festa, passam na Avenida principal que une as duas cidades mais ou menos dois mil cavalos, cujos cavaleiros se dirigem  até a Igreja de São Benedito para homenagear esse santo.

Trata-se, então, de uma modalidade de folclore religioso cristão, que reúne uma multidão de fiéis provenientes inclusive de vários estados do Brasil. Mesmo assim, muitos brasileiros não sabem que este santo negro era italiano. Ele nasceu no ano de 1526 em São Fratello, perto da cidade de Messina, na ilha da Sicília, Itália. Era filho de escravos vindos da Etiópia (África). Ainda jovem, tornou-se religioso franciscano. E, anos mais tarde, apesar de ser simples irmão sem ter frequentado os estudos de filosofia e de teologia, tornou-se superior do Convento de Santa Maria de Jesus, perto de Palermo, capital da Sicília. Morreu no ano de 1589.

Eu desconhecia a existência desse santo antes de chegar no Brasil. E, no mês passado, exatamente no dia 14 de julho, um domingo, fiz questão de participar da Missa celebrada perto do Convento de Palermo, onde viveu São Benedito. Mas eis a minha surpresa: havia poucas pessoas participando da missa. E percebi que na cidade de Palermo ele é pouco conhecido. Interpretei como uma espécie de racismo religioso, por ser ele negro. Mas bem perto do convento vi placas enviadas de várias partes do mundo, inclusive do Brasil, homenageando São Benedito: por exemplo placas de Guaratinguetá, Aparecida, Piquete, Sorocaba, São Paulo.

Nesse mesmo dia 14 de julho, um domingo,  a cidade de Palermo celebrava a padroeira Santa Rosalia, uma virgem, que viveu entre 1130 e 1160. Depois da missa celebrada no fim da tarde, havia uma imensa multidão de fiéis que, ao anoitecer, assistiam a um vídeo que apresentava a intercessão de Santa Rosalia para acabar com uma peste que tinha atingido a cidade no ano de 1624. Logo depois, muitos cantores se exibiram e, em seguida, uma longa procissão foi até o mar. Quando chegou a meia noite, houve fogos de artifício por duas horas.

Por que relato tudo isso? Para mostrar duas modalidades do folclore religioso. Mas aí é importante não se limitar à parte exterior dessas celebrações. É preciso não somente pedir a intercessão desses santos, mas, ainda mais, seguir o exemplo deles, dentro do estado de vida em que cada um se encontra. Neste sentido, o folclore religioso pode tornar-se um caminho para o amadurecimento da nossa fé cristã.

Lino Rampazzo é doutor em Teologia e professor nos cursos de Filosofia e Teologia da Faculdade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP).




Espaço Espírita

 

Você pode realizar muito na seara do Bem.

Todos nós somos naturalmente convidados a colaborar com Deus na Obra de redenção do mundo.

Existem trabalhos que aparecem aos olhos do povo pelas suas aparências; existem igualmente tarefas que, embora não apresentem fachadas, guardam grande significação perante as Leis do Infinito.

Obras tipicamente materiais podem representar muito pouco ou nada de positivo ante as necessidades evolutivas do Espírito, mas os esforços, por mais simples que sejam, visando ao bem comum, são sempre luzes a iluminarem nossos destinos.

Uma palavra, um gesto, um sorriso na doce atmosfera do Amor, são lampejos de paz, inestimável contribuição à Obra de Deus.

PASTORINO

Do livro “Minutos de Luz” – Psicografia: Ariston S. Teles – Editora LIVREE

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A transformação das empresas pela diversidade

 

 

A diversidade no mercado de trabalho é um tema de crescente relevância nas discussões corporativas e sociais. A inclusão de diferentes perspectivas culturais, de gênero, etárias e raciais promove um ambiente de trabalho mais justo e traz benefícios tangíveis para as empresas. No entanto, a ascensão de minorias a cargos de liderança ainda enfrenta barreiras significativas. E, quando falamos em diversidade, o país tem um cenário amplo. As mulheres, por exemplo, são maioria de acordo com o Censo de 2022, e representam 51,5% da população.

Entretanto, nem as mulheres nem as pessoas não brancas, nem os LGBTQIA+ e muito menos os PCDs, estão devidamente representados em determinados nichos da sociedade brasileira, como o mercado de trabalho. Seja nas grandes corporações, seja nos pequenos negócios, ainda prevalece um perfil de trabalhador que é branco, homem, cisgênero, heterossexual e sem deficiências. Então, onde as pessoas pertencentes a grupos minorizados são alocadas? Quais são seus cargos, suas remunerações, sua visibilidade no mercado, sua relevância estratégica para tomadas de decisão? Precisamos, o quanto antes, começar a olhar para esse cenário e promover um ambiente muito mais inclusivo e plural nas organizações.

O mesmo Censo de 2022 aponta que, enquanto 55,8% da população brasileira se autodeclaram negros (pretos e pardos), sabemos que os cargos de liderança passam muito longe dessa margem. E o recorte de gênero não é muito melhor. Um estudo da Consultoria Bain & Company revelou que as mulheres ocupam apenas 37% dos cargos de gestão no Brasil. Tudo isso mostra um imenso descompasso entre a composição demográfica brasileira e as oportunidades de trabalho recebidas pela população.

Outra pesquisa, desta vez realizada pela Talenses e Insper em 2021, destacou que 64% dos profissionais LGBTQIA+ afirmaram ter enfrentado discriminação no ambiente de trabalho. As mulheres também são frequentemente alvo de preconceito. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas de 2020 demonstrou que 53% delas já sofreram algum tipo de discriminação de gênero em suas carreiras.

Não se trata apenas de justiça social, mas de uma estratégia de negócios que não pode ser substituída por nenhuma outra. Afinal, uma gestão sustentável é a única que traz resultados a longo prazo, considerando aspectos como sociedade, meio ambiente e governança. São resultados positivos para todos os grupos de interesse. Uma série de estudos, pesquisas e levantamentos demonstra que organizações mais diversas  têm melhor desempenho em suas áreas de atuação. Um relatório da McKinsey & Company de 2020 constatou que empresas no quartil superior em diversidade étnica e racial são 36% mais propensas a obter retornos financeiros acima da média. Se o recorte for a diversidade de gênero, essas empresas têm 25% mais chances de lucrar mais que a concorrência.

No exterior, um dos atrativos do Brasil é justamente essa profusão e diversidade cultural. Por que seria diferente no universo corporativo? Empresas mais diversas promovem ambientes de trabalho mais inovadores e criativos. A resolução de problemas é mais eficaz quando gerida por equipes compostas por pessoas com diferentes origens. Segundo a Harvard Business Review, empresas que valorizam a diversidade cultural e étnica têm 45% mais chances de aumentar o marketshare e são 70% mais propensas a capturar novos mercados.

Tornar os ambientes corporativos mais inclusivos e diversos é um desafio que precisa começar a ser enfrentado já no recrutamento, garantindo que candidatos de diferentes características sejam considerados. Depois, programas de mentoria para apoiar o crescimento profissional de negros, mulheres, pessoas com deficiência e LGBTQIA+ são boas formas de assegurar a formação de lideranças mais inclusivas, gerando vínculos de pertencimento. Criar comitês de diversidade, oferecer regularmente sensibilizações e conscientizações sobre o tema para os colaboradores, implementar políticas de igualdade salarial e garantir a acessibilidade no ambiente de trabalho completam as estratégias para isso.

No século XXI, é indispensável que as organizações reconheçam a importância da pluralidade e invistam em ações concretas para promovê-la. Aquelas que seguirem essa premissa estarão, sem dúvida, à frente das demais.

Andréia Malaquias é especialista em Desenvolvimento Humano Organizacional e responsável pelo Programa de Diversidade da Tecnobank, empresa com 96% de satisfação dos colaboradores, por quatro anos consecutivos no Ranking GPTW entre as Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil.

 

 




Luta e resistência: um chamado à reflexão no Dia da Advocacia

 

11 de agosto. Dia da Advocacia. É uma data de celebração da luta e resistência da advocacia brasileira. Devemos comemorar registrando, sempre, o nosso comprometimento e declarando nosso amor por uma advocacia que se renova em esperança e se confunde com os sonhos e lutas dos seus defensores.

Este, também, é um momento de reflexão sobre as batalhas cotidianas que enfrentamos na busca pela preservação da ordem constitucional e na consolidação do Estado Democrático de Direito; na luta pelo fortalecimento do sistema de prerrogativas profissionais; na defesa das garantias constitucionais da cidadania e contra o arbítrio estatal que ofende as prerrogativas da advocacia tolhendo direitos da cidadania e que, por vezes, compromete e desequilibra as balizas constitucionais e de todo o ordenamento jurídico.

Uma das bandeiras mais importantes da atualidade, que deve ser empunhada com vigor, é a da não criminalização da advocacia criminal. É essencial debater esse fenômeno, que cresceu nos últimos anos. Trata-se de um movimento que procura associar advogados e advogadas criminalistas aos atos tido como ilícitos que são imputados aos seus constituintes.

A cada dia, em cada atuação profissional, olhos maledicentes nos miram com desconfiança, colocando nossos colegas da advocacia criminal nas listas dos suspeitos ao lado dos investigados.

Advocacia criminal não é advocacia criminosa. Ponto. Nossa máxima é e sempre será a defesa intransigente dos técnicos e éticos advogados e advogadas criminalistas que têm a plena consciência da nobre missão constitucional que exercem que é a de lutar e defender, constantemente, a defesa da garantia do direito de defesa e do devido processo legal. Esses são valores inegociáveis de um bom, digno e honrado profissional da advocacia.

É fundamental ressaltar que autoridades policiais, promotores de justiça, magistrados e outros operadores do direito não podem coadunar com uma narrativa cruel que demoniza a defesa de cidadãos que estão sendo julgados por atos tidos como criminosos. Isso, além de violar a ética profissional, pode causar um desequilíbrio processual a favorecer injustas acusações e fomentar o discurso do ódio. Tal atitude prejudica a imparcialidade do processo judicial, comprometendo a equidade e a justiça, pilares de qualquer sociedade democrática. Além disso, é uma postura que, moralmente, ofende e enfraquece toda a advocacia brasileira.

O advogado e a advogada são essenciais e indispensáveis para a concretização da Justiça. Não há liberdade sem a atuação da advocacia. Não há justiça sem a presença da advocacia.

Pela responsabilidade do seu dever cívico e profissional, cabe aos advogados e as advogadas retidão na defesa da cidadania e no fortalecimento do Estado de Direito.

É compromisso de todos advogados e advogadas criminalistas estarem, permanentemente, em estado de compliance, cercando-se de instrumentos preventivos que demonstrem nossa ética e técnica profissional, sempre pautada pela legalidade na defesa dos interesses de nossos constituintes.

Somos a resistência! Sigamos juntos e fortalecidos com a armadura que nos reveste e, assim, jamais seremos derrubados. Esses olhos maledicentes e preconceituosos não nos intimidam e jamais nos intimidarão. Que as pedras que nos atiram se entrechoquem e iluminem nossas mentes. Continuaremos com mais coragem e determinação.

Em nome da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas, abraço e rendo homenagens a todos os advogados e advogadas do Brasil, que são essenciais na defesa do Direito em busca da Justiça, pelo protagonismo e relevância na defesa da cidadania!

Somos a advocacia! Somos a voz da cidadania na defesa das garantias constitucionais e dos direitos fundamentais.

Neste especial dia e mês, representando a Abracrim, felicito e abraço os colegas advogados e advogadas de todo o Brasil com a renovação do compromisso de continuar firme em dignidade e vigilância na defesa e na valorização dessa apaixonante profissão que é a advocacia.

 

Sheyner Yàsbeck Asfóra é presidente nacional da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim)

 

 




Espaço Espírita

 

– Não suporto tantas atribulações!

– O que deseja?

– Que Deus me leve.

– Morrer não resolve.

– Ficarei livre de situações e pessoas que me fazem sofrer.

– Não poderá fugir de si mesmo.

– E o que tem isso a ver com o sofrimento?

– A vida lá reflete o que somos cá.

– Continuarei sofrendo?

– Sem dúvida.

– O que fazer para chegar ao Além?

– Esteja bem quando partir.

– Impossível! Vivo atribulado!

– Será possível se bem conviver com as atribulações.

RICHARD  SIMONETTI

Extraído do livro “Trinta Segundos” – CEAC Editora

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Pai, presença afetiva e efetiva 

 

Quem teve um pai presente, provavelmente traz à lembrança as mais divertidas aventuras, experiências e iniciações. O pai é aquele que nos lança para a vida. No simples gesto de levar o filho (a) junto, como companhia, quando ele precisa realizar alguma obrigação, já está demonstrando como é viver a vida na prática.

Lembro-me com saudade do cheiro do uniforme suado do meu pai quando chegava do trabalho. Recordo quando ele me mandou dirigir o caminhão que trabalhava, na estrada da fazenda em que morávamos. “Você consegue”, ele dizia. Aos domingos, me ensinava a nadar em um rio e tantas outras coisas que fazíamos juntos. Interessante que ninguém ensinou meu pai a ter uma atitude paterna positiva. Isso já estava nele, ele só correspondeu ao desejo de ter a minha companhia e instintivamente buscou conciliar o tempo de cumprir suas obrigações com a motivação natural de viver comigo coisas simples, mas, que foram significativas.

Acho que ele nem sabia o quanto atitudes corriqueiras estavam sendo experiências profundas, verdadeiras lições de vida para mim!

Hoje, como pai, vejo como é importante ser presença, afetiva e efetiva. Não é só prover, mas é preciso também gerar boas experiências, memórias que façam minhas filhas acreditarem que são capazes, não terem medo de enfrentar até mesmo coisas inéditas a elas, pois, de alguma forma, alguém mostrou que elas encontrarão a força interior necessária nelas mesmas, e que amar e agir na verdade tornam a pessoa vencedora seja qual for o desafio. Que através dos meus cuidados e carinho, elas sintam a presença do Pai que olha por elas e, mesmo sem vê-lo, intuam que Ele está em algum lugar, olhando por elas. Toda paternidade vem de Deus e através de nosso amor, estímulo e solicitude, somos responsáveis por transmitir a grande experiência e impressão que nossos filhos terão do amor do Pai.

Na ausência ou numa presença negativa do genitor, o filho (a) poderá ter dificuldades em sentir o atributo paterno de Deus que lança, desafia a algo novo e pede para ter coragem. Pois lhe faltou a experiência terrena de que o Pai está na retaguarda zelando por ele, acreditando e dando uma palavra de incentivo, mesmo quando pensar em desistir, e até garantindo que a missão será cumprida, porque, se necessário, quem irá atuar será esse Pai.

 

A palavra e as atitudes de um pai são coisas que marcam o filho para sempre. Não raro, vemos pessoas que carregam uma imagem negativa de si mesmos, traumas, porque num momento de raiva, impensado ou temendo que o filho não seguisse o caminho proposto, o pai proferiu uma palavra dura, ríspida, desqualificando seu descendente. Ou quando esse pai deu um mau exemplo de caráter, nisso tudo, destrói-se a natural propensão que as crianças têm de ver o pai como seu herói e exemplo a ser seguido. A memória afetiva fica maculada e afasta o filho de seu pai. Portanto, cuidemos de nossas reações e nossas palavras!

A cada filho e a cada fase é preciso um cuidado próprio. Sobre as meninas, o pai é quem autentica seu valor de mulher, sua beleza e a preciosidade de seu coração. Já os meninos, devem ser encorajados a dispor de seu ímpeto e força em direção da gentileza e do cavalheirismo. É essa a dinâmica: sempre dizer isso a elas e eles, além de promover que assim sejam.

Participar da concepção de uma vida humana, sem dúvida alguma, é algo grandioso. Contudo, ser presença e tornar-se uma referência positiva no desenvolvimento dessa vida, é ainda mais sublime.

 

Sandro Arquejada é missionário da Comunidade Canção Nova, formado em Teologia e  Administração de Empresas. Atualmente trabalha na “Formação – Núcleo das Famílias”. É autor dos livros “Ato Conjugal, Beleza e Transcendência”, “Maria, humana como nós”, “Como Rezar o Terço Mariano”, entre outros, pela Editora Canção Nova.

 




Espaço Espírita

 

  Que o destino pode ser tratado, não há dúvida. E com palavras resumidas, ser-nos-á possível encontrar a chave de semelhante providência, nos exemplos simples da vida.

No processo curativo, o corpo doente para mostrar-se recuperado solicita a renovação das células.

Na higiene, o foco enfermiço deve ser extinto, em auxílio à saúde geral.

Na área das construções, esse ou aquele trecho comprometido reclama completo refazimento.

Em agricultura, o escalracho será erradicado para que a lavoura nobre venha a surgir.

Igualmente na vida, êxito e melhoria nascem de comportamento e rumo, tanto quanto rumo e comportamento para o bem e para a felicidade dependem de nossos pensamentos.

Pensamentos positivos em matéria de consciência tranquila, limpeza de intenções, reajuste de maneiras e supressão de hábitos inferiores são suportes indispensáveis para a edificação de vida melhor.

Pense e fará o que pensa.

Faça e você será aquilo que faz.

ANDRÉ LUIZ

Do livro “Busca e Acharás” – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora IDEAL

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A cegueira de Lula, Maduro e a democracia

 

O Presidente Lula (PT) afirmou na última terça-feira (30) que não houve “nada de grave” ou “de assustador” nas eleições da Venezuela no último final de semana e que a contestação da reeleição de Nicolás Maduro pela oposição é “um processo normal”.

Nada de grave Presidente? Opositores foram impedidos de disputar eleições por um judiciário corrompido e de compadrio. Opositores foram presos sem que tivesse cometido qualquer ato que ensejasse tal medida. Eleições obscuras em que a oposição estava com 70% dos votos com 73% das urnas apuradas e Maduro magicamente reverteu o placar. “Um processo normal”, Presidente? Chegou a hora de tirar as vendas e observar que o regime de Maduro é uma ditadura brutal e desumana, que deixa milhões de venezuelanos na miséria extrema.

Lula já tinha ousado em dizer que a Venezuela era uma democracia. Há democracia, Sr. Presidente, quando a vontade popular é desprezada?

O voto é um dos pilares fundamentais do Estado Democrático de Direito, representando não apenas um direito mas, acima de tudo, um dever de cada cidadão em busca da manutenção e fortalecimento das democracias. Através do voto, os cidadãos escolhem seus representantes, que farão a gestão política do país.

A participação ativa dos cidadãos no processo eleitoral garante que a diversidade de opiniões e interesses da sociedade sejam respeitados. Em um Estado Democrático de Direito essa representatividade é essencial para a legitimidade das instituições e para a formulação de políticas públicas que atendam às necessidades da população. O voto permite que todos os segmentos da sociedade, independentemente de classe social, gênero, raça ou religião, tenham voz e vez no processo político.

Ademais, o voto é um mecanismo de controle do poder, funcionando como um sistema de freios e contrapesos. Ele permite que os eleitores avaliem o desempenho dos governantes e decidam pela continuidade ou mudança de seus mandatos. Em um Estado Democrático de Direito essa alternância de poder é vital para evitar abusos e garantir que os governantes estejam sempre alinhados com os interesses da população.

A Venezuela está há mais de 20 anos sob o controle do Chavismo. Maduro é um ditador sanguinário, desumano, um desprestígio para a esquerda mundial. Uma esquerda que luta por igualdade social de oportunidades para todas as pessoas, não pode se compactuar com os descalabros de Maduro.

Mas parece que a esquerda brasileira pensa como Maduro. A Executiva Nacional do PT disse, em nota divulgada no final da noite da última segunda-feira (29), que o processo eleitoral na Venezuela, que teve a vitória do atual presidente, o ditador Nicolas Maduro, proclamada, foi uma jornada “pacífica, democrática e soberana”. “Importante que o presidente Nicolas Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição”.

“Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolas Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela”.

Não é possível que o PT e o Presidente Lula mantenham suas posições diante de tamanho desrespeito ao Estado Democrático de Direito. Presidente Lula, siga o exemplo de Pepe Mujica e reconheça o estado de coisas inconstitucional que é o reconhecimento da vitória de Maduro.

 

Marcelo Aith é advogado criminalista. Mestre em Direito Penal pela PUC-SP. Latin Legum Magister (LL.M) em Direito Penal Econômico pelo Instituto Brasileiro de Ensino e Pesquisa – IDP. Especialista em Blanqueo de Capitales pela Universidad D’ Salamanca.

 

 




Mercado de apostas esportivas atrai gigantes brasileiros

 

O mercado de apostas esportivas vem atraindo a atenção de cada vez mais investidores para o Brasil, agora com o setor regulamentado, os interessados em ingressar no mundo das apostas vem se multiplicando. Não pense que são somente empresas estrangeiras desconhecidas que querem aportar dinheiro nesse setor, mas gigantes do entretenimento e até instituições financeiras brasileiras querem oferecer as famosas apostas esportivas.

Caixa estima arrecadar R$ 18 bilhões com apostas em 2 anos

A Caixa Econômica Federal é uma delas, assim que a Lei 14.790/2023 foi sancionada, o banco foi um dos primeiros a solicitar credenciamento através da Loteria Federal, para poder oferecer apostas esportivas. A entrada neste mercado será bem rentável para o banco, segundo Carlos Vieira, o presidente da Caixa Econômica Federal.

 

É esperado que em 2 anos a empresa consiga arrecadar R$ 18 bilhões no setor, sendo que R$ 5 bilhões viriam em 2025 e R$ 13 bilhões em 2026, os preparativos para a entrada no mercado de apostas on-line da CAIXA estão programados para agora, no 2º semestre de 2024. Além da forma online, a Caixa poderá usar de toda sua rede física espalhada pelo Brasil para oferecer apostas esportivas ao público.

Globo e mais 130 empresas querem atuar com jogos e apostas

Além da Caixa, entre as empresas que já fazem parte das mais de 130 interessadas em fazer parte do setor de apostas esportivas brasileiros, estão aquelas que já tem também o nome consolidado no Brasil, oferecendo slots e jogos de cassino online como a Rivalry, Betano e 1XBET. Além destes nomes já conhecidos entre os brasileiros, até gigantes do entretenimento também querem fazer parte do mercado de ‘bets’.

A Globo, uma das maiores emissoras de TV do mundo, também está entre as relacionadas, através da DFS Entretenimento, empresa do Grupo Globo, que cuida do Cartola FC. O Fantasy Game, onde os usuários montam elencos com jogadores reais em times virtuais e podem acompanhar suas estatísticas durante o ano, é muito popular no Brasil.

Vale lembrar que o canal de TV já é dono dos direitos de transmissão de várias competições importantes no Brasil, como a Copa Libertadores e Brasileirão Série A e poderia alinhar suas campanhas de marketing, ligando apostas a estas competições.

Band e SBT querem entrar no mudo das bets

Outros gigantes do entretenimento que também querem entrar no mercado são a Band e o SBT. A TV Bandeirantes está em busca de uma parceria com alguma casa de apostas, a emissora paulista procura expandir seus negócios com as bets, ficando com 80% de um futuro negócio no setor, algo que ainda não encontrou. Além da Bandeirantes, Silvio Santos é outro que quer entrar neste mercado.

Atualmente o grupo de Silvio Santos já lida com jogos, porém na forma da famosa Tele Sena, onde é possível concorrer a prêmios periodicamente e como se trata de um título de capitalização, após um tempo parte do valor investido pode ser retornado ao seu bolso. Inclusive a “Bet do Silvio Santos” poderá ser oferecida através da própria Tele Sena, o domínio “Tele Sena Bet” fazendo alusão a cartela, até já foi registrado pelo irmão de Silvio.

Outro domínio ligado ao SBT registrado recentemente é o “Baú Bet” fazendo referência ao Baú da Felicidade. Silvio Santos poderá usar as estruturas de suas empresas para promover os jogos e apostas esportivas, com grande foco na imagem do apresentador. É esperado que a partir do dia 1º de janeiro, quando a Lei das ‘Bets’ entrar em vigor, estas empresas já estejam adequadas para oferecer este tipo de entretenimento no Brasil




Espaço Espírita

 

Filhos, que a nossa fé não seja uma peça de museu, com pouca ou nenhuma utilidade em nossa vida.

Que não admiremos apenas os outros que, com apoio na fé viva, lograram vencer grandes desafios existenciais.

Se eles venceram na fé, nós também poderemos.

Não existe cristão sem fé.

Se nos sentimos afeiçoados ao Cristo, mas ainda a nossa fé está longe de ter o tamanho de um grão de mostarda, ainda estamos distantes do Mestre.

O cristão é um homem de fé.

Se estivermos na hora das grandes provas e testemunhos, estamos no instante preciso de testemunhar a vitória da fé.

A marca do cristão é acreditar, inabalavelmente, que tudo venceremos quando Jesus for para nós não apenas uma lenda ou personagem histórico, mas o Senhor e Mestre de nossas vidas.

Recordemos, diariamente, a pergunta de Jesus: “Por que temeis, homens de pouca fé?”

BEZERRA DE MENEZES

Do livro “Recados do meu Coração” – Psicografia: José Carlos De Lucca

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