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Espaço Espírita

 

Se desejas a paz de consciência por princípio de felicidade, aprende a perdoar.

Ressentimentos alimentados geram desequilíbrios espirituais e envenenam a organização física.

O esquecimento da ofensa é como o rio que leva os detritos para longe, deixando pura a água onde saciamos a sede e nos revigoramos na harmonia.

Apaga da tua mente qualquer episódio menos feliz, superando-o com o esforço da vontade.

Amanhã, surgirão novas oportunidades de progresso, e se estiveres atado ao ressentimento, não lograrás aproveitá-las.

Segue de bem com a vida, rogando ao Pai abençoe os que te ofenderam.

Lembra-te das vezes em que necessitamos do perdão alheio e oferece clemência ao agressor.

Somos todos membros de uma só família, cuja base de progresso é a caridade, onde se inclui o perdão por regra de convivência saudável.

SCHEILLA

  Do livro “A Mensagem do Dia” – Psicografia: Clayton LevyEditora Allan Kardec

USE  INTERMUNICIPAL  DE  ASSIS

ÓRGÃO  DA  UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO




Inovações em Torres de Iluminação: O Futuro da Iluminação Móvel

 

As inovações em torres de iluminação estão revolucionando a iluminação móvel, tornando-a mais eficiente, sustentável e inteligente. 

Dessa forma, este artigo explora as mais recentes tecnologias que estão moldando o futuro das torres de iluminação, incluindo avanços em iluminação LED, sistemas inteligentes, torres solares, modelos híbridos e baterias de longa duração. 

Além disso, abordaremos a integração da Internet das Coisas (IoT) para monitoramento remoto, software de gestão e automação para otimizar a operação e a segurança das torres de iluminação.

Tecnologias de Iluminação Avançada

A iluminação LED de alta eficiência oferece várias vantagens, incluindo consumo reduzido de energia e maior durabilidade em comparação com as lâmpadas tradicionais. Essas torres utilizam LEDs que não apenas consomem menos eletricidade, mas também duram muito mais, reduzindo a necessidade de substituições frequentes e manutenção.

Os sistemas de iluminação inteligente são outra inovação significativa, permitindo o controle remoto e a automação das torres de iluminação. Esses sistemas podem incluir sensores de movimento que ativam a luz somente quando necessário, e ajuste automático de brilho com base na iluminação ambiente, o que otimiza o consumo de energia e melhora a eficiência operacional.

Além disso, houve melhorias substanciais na integridade de cores e brilho das torres de iluminação. As tecnologias avançadas agora oferecem luzes que reproduzem as cores de forma mais precisa e fornecem um brilho uniforme, essencial para diversas aplicações específicas, como iluminação para eventos e locais de construção onde a qualidade da luz é crucial.

Soluções Sustentáveis e Ecológicas

As torres de iluminação solares são uma inovação significativa no setor, operando com painéis solares que captam a energia do sol durante o dia e a armazenam em baterias para uso noturno. 

Isso resulta em alta eficiência energética e redução da pegada de carbono, tornando-se uma opção ecologicamente correta para iluminação em diversas aplicações.

Os modelos híbridos combinam energia solar com geradores a diesel, proporcionando maior flexibilidade e sustentabilidade. 

Esse sistema permite que as torres de iluminação funcionem de maneira contínua, mesmo em dias nublados ou durante longos períodos de uso, aproveitando o melhor de ambas as fontes de energia e garantindo uma operação confiável e eficiente.

Avanços em baterias de longa duração têm sido cruciais para a evolução das torres de iluminação. Com tecnologias de armazenamento de energia mais avançadas, essas baterias oferecem operação prolongada e confiável, mesmo em condições desafiadoras. 

Dessa forma, isso não só melhora a sustentabilidade das torres de iluminação, mas também reduz a necessidade de manutenção frequente e substituição de componentes.

Integração de Tecnologia Digital

A integração da tecnologia digital está revolucionando as torres de iluminação, trazendo uma série de avanços que otimizam a operação e a gestão desses equipamentos. 

A Internet das Coisas (IoT) permite o monitoramento e a gestão remota das torres de iluminação, possibilitando aos operadores controlar e ajustar os parâmetros de iluminação de qualquer lugar, em tempo real. Isso não apenas aumenta a eficiência, mas também permite uma resposta rápida a qualquer problema ou necessidade de ajuste.

Os softwares de gestão e diagnóstico são outra inovação importante. Essas aplicações permitem a manutenção preditiva, identificando potenciais falhas antes que elas ocorram e agendando a manutenção de forma preventiva. 

Isso maximiza a eficiência operacional e prolonga a vida útil dos equipamentos, reduzindo custos e minimizando interrupções.

A conectividade e automação são fundamentais para otimizar a operação e a segurança das torres de iluminação. 

Utilizando redes de comunicação avançadas, as torres podem ser conectadas a sistemas de gestão centralizados, que automatizam processos como o ajuste do brilho conforme a necessidade, o desligamento automático em horários específicos, e a ativação de alarmes em caso de falhas ou interferências. 

Essa automação não só melhora a eficiência energética, mas também garante um ambiente mais seguro e controlado.

Conclusão

As inovações discutidas neste artigo incluem tecnologias como a iluminação LED de alta eficiência, sistemas de iluminação inteligente, e torres de iluminação solares e híbridas, além de avanços em baterias de longa duração, IoT, softwares de gestão e conectividade. 

Assim, cada uma dessas tecnologias representa um avanço significativo em termos de eficiência, sustentabilidade e gerenciamento de torres de iluminação.

Dessa forma, investir em torres de iluminação modernas oferece uma série de benefícios. Isso inclui a redução no consumo de energia, maior durabilidade dos equipamentos, e uma melhor qualidade da luz. 

Pois, a adoção de tecnologias avançadas, como sistemas inteligentes e IoT, também proporciona um controle mais eficiente e preciso, resultando em economias operacionais e aumento da segurança. Essas inovações ajudam a criar um ambiente mais sustentável e eficaz.

Ademais, o futuro das torres de iluminação será moldado por essas inovações contínuas. À medida que a tecnologia avança, espera-se que as soluções de iluminação se tornem cada vez mais integradas e acessíveis, promovendo uma iluminação mais sustentável e eficiente. 

Portanto, manter-se atualizado com essas tendências permitirá que a iluminação móvel atenda melhor às necessidades de diversos setores.

 




Reforma tributária precisa garantir a prosperidade da população mais carente

 

A energia elétrica é um insumo fundamental para o desenvolvimento de um país e pode ser também uma aliada importante na luta pela redução das desigualdades. Estudos do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), liderados pelo economista Marcelo Neri, indicam que a energia elétrica é o bem que dá maior contribuição à transformação na vida das pessoas. Ela é essencial para garantir acesso à educação, à saúde, à cultura, a uma alimentação mais saudável e ao conforto e bem-estar, todos esses elementos que permitem o ganho de qualidade de vida de cada um.

Hoje, no país, a tarifa social beneficia aproximadamente 17 milhões de residências de famílias baixa renda, todas elas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com renda familiar mensal de até um salário-mínimo por pessoa (R$ 1.412).

Agora, temos no Brasil a oportunidade de catalisar o benefício da tarifa social a partir do debate que vai detalhar a nossa transição para a reforma tributária, aprovada no Congresso no ano passado. Para isso, é fundamental que seja definido o regramento do cashback, uma inovação trazida pela reforma para beneficiar os brasileiros que mais precisam prosperar.

A instituição do cashback tornará o benefício indireto, e vai garantir o reembolso a quem tem direito ao desconto, e não mais o desconto em si. No entanto, para uma família atendida pela tarifa social, pagar uma conta de luz com tarifa de energia integral para receber o reembolso posteriormente é uma manobra que pode comprometer as atividades mais básicas, como alimentação e transporte.

Da mesma forma, o pagamento de benefícios sociais semelhantes dado a outras tarifas de serviços básicos, como fornecimento de água e captação de esgoto e também a venda ou fornecimento de gás residencial.

Para evitar que a dinâmica para garantir o benefício se torne um desafio a essas famílias, é essencial que o regramento do cashback seja definido de forma clara e simples, prevendo o reembolso integral, instantâneo e simultaneamente ao pagamento da conta, ou seja, no momento da cobrança da operação quando se tratar de fornecimento de energia elétrica, água, esgoto e gás natural.

Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostram, por exemplo, que uma redução de 10% no valor da tarifa impacta diretamente no aumento do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,45% por ano, no mínimo. Ou seja, a redução da tributação sobre o fornecimento de energia elétrica influi diretamente no aumento da riqueza circulando na nossa sociedade e nas mãos das famílias, permitindo que elas usem seus recursos para outras atividades essenciais, como alimentação de melhor qualidade, acesso à informação e saúde e formação da cidadania.

O Brasil precisa de instrumentos claros e eficazes para reduzir desigualdades e a reforma tributária será uma excelente ferramenta para auxiliar a nossa sociedade com esse objetivo. Para isso é fundamental que a população mais carente possa usufruir do benefício social e tributário de forma simples, direta e imediata, sem percursos e burocracias, no momento do pagamento da conta. Esse é o caminho para garantir o desenvolvimento do País e para reduzir a nossa desigualdade social.
Wagner Ferreira é diretor Iinstitucional e jurídico da Abradee 

 




A nossa vida: Estamos no controle?

 

 

”Eu deveria estar morto.” Assim se pronunciou Donald Trump momentos após ter sido alvo de um disparo que lhe atingiu e quase interrompeu a sua vida.

Ele, Trump, um ex-presidente dos Estados Unidos da América e novamente candidato ao cargo de presidente do seu país quase teve o seu sonho interrompido por um atentado contra a sua vida. Foi um livramento?

Quantas vezes já sentimentos um livramento em nossas vidas? Mesmo sem nos darmos conta já escapamos, muitas vezes em nossas vidas, de algo ruim e do amargor de passarmos por situações indesejadas. Será?!

Muitas lições podemos extrair do episódio que chocou todo o mundo independente das nossas crenças espirituais.

Não estamos no controle e não temos como prever o hoje e nem o amanhã diante de todas as circunstâncias que envolvem as nossas vidas.

Idealizamos. Planejamos. Realizamos. Mas, por uma circunstância ou outra, por vezes, o que sonhamos e nos obstinamos a realizar sai do nosso controle e temos que ver nossas metas e sonhos adiados. O que fazer? Ou o que fazemos? Com o passar do tempo seguimos elegendo prioridades, mudando o nosso rumo na vida e calibrando os nossos desejos para alcançá-los em novo horizonte. Assim é a vida e suas circunstâncias!

Estamos no controle? Estamos no controle com o que nos acontece na vida e em nossa honrosa e nobre profissão? Certamente que não. E o que fazer? São reflexões sem respostas e que a resposta é uma só: viver! Viver com retidão, ética, disciplina e seguir se construindo na vida.

Sejamos honestos conosco mesmo. Estamos colocando em nossas vidas todas as nossas convicções e propósitos? Estamos realizando o que nos propomos a realizar ou seguimos adiando nossos planos para, em um dia ou em outro momento, darmos início à difícil e necessária caminhada rumo ao alcance das nossas metas um dia sonhadas e que jamais entraram no campo das nossas ações? Quantos sonhos já deixamos pelo caminho? Quantas obras iniciamos e, por uma circunstância ou outra, abandonamos na estrada e que nunca mais voltamos a visitá-las?

Fatos acontecem em nossas vidas que nos impactam para sempre. Quantos fatos positivos e negativos foram decisivos para nos tornarmos o que somos hoje? Quantos fatos e acontecimentos em nossas vidas nos aprisionaram e que insistem a nos aprisionar? Com ações e pensamentos positivos será que temos o poder de nos libertarmos e vivermos com mais plenitude e positividade?

Há uma passagem bíblica (Sl 116.8a) que nos adverte que “o maior cativeiro que o homem enfrenta não é aquele que aprisiona seu corpo e limita seu direito de ir e vir, mas o cativeiro espiritual.”

Lembro da passagem do livro “As Misérias do Processo Penal de Francesco Carnelutti” quando sentencia que “há fora do cárcere prisioneiros mais prisioneiros do que os que estão dentro e há, dentro do cárcere, mais libertos, assim da prisão, dos que estão fora. Encarcerados somos todos, mais ou menos, entre os muros do nosso egoísmo; talvez, para se evadir, não há ajuda mais eficaz do que aquela que possam nos oferecer esses pobres que está materialmente fechados entre muros da penitenciária.”

Sempre é tempo e sempre é hora para refletirmos sobre o que somos e sobre nossas vidas. Estamos libertos? Estamos vivendo como deveríamos viver? Vamos viver mais? Vamos viver com nossas famílias e amigos aproveitando cada momento. Sigamos unidos e em amizade para, juntos, caminharmos pelas veredas da vida e, ao olharmos para trás, termos a convicção de que tudo valeu muito a pena. ‘Cumprimos a nossa missão!’

Vamos viver com mais vida! Não estamos no controle. Há quem disse que a vida é mais fruto do acaso e do destino do que da nossa própria vontade. E por essa reflexão somos conclamados a cumprir a nossa missão com comprometimento, amor e destemor antes que seja tarde demais e a escuridão (in)esperada nos alcance e alcance as vidas das nossas vidas. Vamos viver!

Jamais estaremos sem vidas. Estamos sentenciados a cumprir a nossa missão impondo mais vida em nossas vidas. Somos vidas e fazemos a diferença na vida de tantos e de muitos que nos confiam suas dores e suas próprias vidas.

Lembremos sempre: somos, todos nós, advogadas e advogados criminalistas unidos pelo mesmo propósito. Somos defensores da liberdade e defensores da vida. Essa a missão! Essa a luta! O cumprimento da missão de vida (liberdade) pela luta da liberdade (vida).

Tenham uma excelente vida! Carpe diem. Carpe Vita!!!

Sheyner Yàsbeck Asfóra é presidente nacional da Abracrim




Diocese de Assis

 

Um grande desafio da vida missionária é não se deixar contaminar pelas coisas do mundo. O cristão está inserido numa realidade cheia de contradições com sua fé. Essa é a questão: transformar ou se deixar transformar? Exigir mudanças ou mudar suas atitudes e convicções conforme as exigências do mundo? A atitude de coerência é o caminho único que trilha aquele que escolhe viver na verdade. Quem assim age, sacode a poeira das falsas ilusões. E segue seu caminho de fé.

O envio que Jesus faz a seus discípulos se dá após meticuloso ensinamento e consequente aprendizado. Primeiro a teoria. Depois a prática. Nessa estão inseridas as exigências de uma ação vitoriosa sobre o espírito mundano, as tentações e ilusões da vida sem critérios. Nada deveriam carregar como apêndice contra possíveis fracassos ou necessidades banais. O cajado de apoio seria seus ensinamentos e suas promessas. Os penduricalhos da sobrevivência viriam da Providência e do zelo amoroso do Senhor da Messe, aquele que agiria e falaria por eles. Sequer suas palavras seriam suas, mas teriam o timbre sempre inspirador e consolador do Espírito que os enviava. Dessa forma, não se preocupassem e não se deixassem contaminar pela poeira do fracasso dos que se fizessem surdos ou indiferentes à mensagem. O apelo à conversão estaria dado. Ser aceito ou não já não era problema dos que o faziam, mas daqueles que o recebiam…

Dois a dois partiram, naquela primeira expedição da Igreja rumo à vida dissoluta do mundo. Dois a dois voltaram, eufóricos, jubilosos, radiantes com os resultados daquela maravilhosa experiência de agir como outros cristos no mundo. “Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo” (Mc 6, 13). Foi a primeira ação e animação missionária da Igreja.

O anúncio da conversão foi, é e continuará sendo o primeiro objetivo e razão de ser da Igreja no mundo. Seu modelo em nada se alterou, desde então. As circunstâncias e necessidades seguem o padrão estabelecido por Jesus, seu mentor e fomentador único. O missionário que age em dissonância com esses ensinamentos não representa o colegiado apostólico, não fala em nome da fé que a tradição cristã herdou das promessas de seu Mestre. Fora desse testemunho, do colegiado estabelecido, da experiência comunitária (dois a dois é o mínimo) e do abandono na proteção divina, não existe missão. Pelo menos essa que nos delegou Jesus com seu poder e autoridade.

Fora disso, demos o nome que bem entender às delegações que roubam a doutrina, distorcem seus ensinamentos, simulam seus ritos, ridicularizam sua hierarquia, confundem seus seguidores com facilitações à prática doutrinaria, mas nada possuem de autenticidade missionária. Agem como simulacros da verdade. Adaptam à tradição doutrinária dos apóstolos uma inversão de valores, nunca uma conversão… A esses a alegria de uma experiência missionária autêntica nunca será concedida. Missão impossível!

WAGNER PEDRO MENEZES [email protected]

 

 

 




Espaço Espírita

 

Guardemos cuidado para com a importância dos males aparentemente pequeninos.

Não é o aguaceiro que arrasa a árvore benemérita. É a praga quase imperceptível que se lhe oculta no cerne.

Não é a selvageria da mata que dificulta mais intensamente o avanço do pioneiro. É a pedra no calçado ou o calo no pé.

Não é a cerração que desorienta o viajor, antes as veredas que se bifurcam. É a falta da bússola.

Não é a mordedura do réptil que extermina a existência de um homem. É a diminuta dose de veneno que ele segrega.

Assim, na vida comum.

Na maioria das circunstâncias não são as grandes provações que aniquilam a criatura e sim os males supostamente pequeninos, dos quais, muita vez, ela própria escarnece, a se expressarem por ódio, angústia, medo e cólera, que se lhe instalam, sorrateiramente, por dentro do coração.

                                          ALBINO TEIXEIRA   

                           Extraído do livro “Coragem” – Psicografia: Francisco Cândido Xavier

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O Futuro Sustentável da Energia no Brasil: Perspectivas e Desafios 

 

No Brasil, estamos à beira de uma revolução no setor de energia elétrica, impulsionados por inovações tecnológicas que prometem transformar radicalmente como produzimos e consumimos energia. A adoção crescente de energias renováveis, como a solar e a eólica, junto com avanços em tecnologias de armazenamento, como as baterias de íon-lítio, está nos direcionando para um futuro mais limpo e sustentável.

As redes inteligentes, que utilizam a comunicação e automação para otimizar o fluxo de energia, estão melhorando a eficiência e a confiabilidade da nossa infraestrutura elétrica. Essas tecnologias não só promovem uma maior estabilidade como também permitem a integração eficaz de fontes renováveis intermitentes, garantindo que a energia esteja disponível quando e onde for necessária.

A Internet das Coisas (IoT) também tem um papel crucial neste cenário, possibilitando a medição inteligente de consumo e a manutenção preditiva de equipamentos, facilitando uma gestão mais eficiente e proativa da rede elétrica. Além disso, a crescente popularidade dos veículos elétricos está criando novas demandas por infraestrutura de recarga, ao mesmo tempo que oferece oportunidades para integrar esses veículos como recursos dinâmicos dentro da rede elétrica.

No entanto, a transformação não está isenta de desafios. A modernização da infraestrutura existente para suportar novas tecnologias requer investimentos significativos. Além disso, a regulação do setor muitas vezes não acompanha o ritmo das inovações, criando barreiras para a adoção de novas tecnologias. O financiamento de projetos de grande escala e a aceitação pública também são desafios críticos que precisam ser endereçados para que possamos avançar.

As próximas décadas são cruciais. A crescente adoção de energias renováveis deverá continuar a diversificar nossa matriz energética e reduzir emissões de gases de efeito estufa. As redes inteligentes e as soluções de armazenamento de energia trarão maior flexibilidade e eficiência para o sistema elétrico. Além disso, a digitalização e a IoT abrirão caminho para novos modelos de negócios e serviços inovadores que podem transformar o setor energético.

Este é um momento de grandes possibilidades e também de responsabilidade significativa. Como sociedade, temos a oportunidade de moldar um sistema energético que seja não apenas mais eficiente e econômico, mas também mais sustentável e justo. Estamos diante de um futuro onde a energia limpa e renovável pode ser a norma, não a exceção, beneficiando não apenas o meio ambiente, mas também a economia e a sociedade como um todo.
Rafael Pimenta, é um visionário do setor tecnológico e CEO da Eletrons.org, comprometido com a inovação e a sustentabilidade no campo energético.

 

 




A importância dos passeios em família

 

Tem sido desafiador nos tempos atuais encontrar um tempo de qualidade para fazermos aquilo que nos traz bem-estar. No dia a dia, é essencial reservar um tempo para viver e compartilhar experiências em família, porque assim podemos ter uma vida mais saudável e leve. Sair da rotina diminui o nível de ansiedade, pois a prática de atividades diferentes diminui os hormônios responsáveis pelo estresse e traz  uma sensação boa, de tranquilidade.

Com isso, organizar um passeio em família torna-se uma excelente opção para quem quer aproveitar um tempo de qualidade e, consequentemente, criar memórias afetivas com pessoas especiais.

O passeio em família vai muito além de conhecer novos lugares ou fazer algum tipo de viagem. A beleza do passeio consiste em estar com a família, aproveitar momentos extraordinários para estreitar os vínculos, uma vez que esse momento exige dedicação.Quando uma família decide fazer um passeio, seja ele curto ou longo, de bicicleta ou de avião, exige dos integrantes uma preparação e organização para que todos possam aproveitar cada instante. Fazer um levantamento financeiro, para que os gastos estejam dentro do orçamento, também é muito importante para que o passeio não se torne motivo de preocupação e perca sua finalidade.

Independente do destino, seja um resort, uma volta de bicicleta no parque, ou até mesmo uma ida ao cinema, esses momentos nos distanciam das realidades cotidianas, fazem com que tenhamos a oportunidade de exercitar a paciência, o respeito e a tolerância. Imprevistos podem acontecer, e saber lidar com essas situações fará toda diferença na experiência final do passeio, além de resultar em um vínculo familiar ainda mais sólido.

As férias escolares estão aí, e com elas uma grande oportunidade de dedicar um tempo de qualidade à família. Busque passeios que sejam significativos, que façam sentido para você e sua família. Diante de tanta correria, de buscas exaustivas por resultados, seja no trabalho ou na escola, oferecer tempo para quem é importante fará toda diferença, além de criar memórias felizes e fortalecer o sentimento de pertencimento e unidade.

 

Aline Tayná de Carvalho Barbosa Rodrigues é psicóloga escolar no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP).

 

 




O Pronto Atendimento e o desafio do acolhimento na saúde

O trabalho dentro de um hospital é complexo devido a diversas camadas de atendimento que são necessárias para abranger as necessidades de todos os pacientes. É preciso gerenciar altas complexidades, como cirurgias de emergência e a necessidade de utilização de UTI, bem como demandas eletivas para procedimentos pré-agendados e consultas marcadas com especialistas. No entanto, é o fluxo do Pronto Atendimento (PA) que escancara o maior desafio da rotina hospitalar.

O Pronto Atendimento é o local que concentra queixas distintas de pacientes que buscam atendimento com graus de complexidade diferenciados. Em uma mesma porta de entrada, encontram-se pessoas com dor de cabeça, dor de garganta, diarreia, até pacientes com crises renais graves, dores agudas no peito e suspeita de infarto, confusão mental e a possibilidade de Acidente Vascular Cerebral, hemorragias. Por essas peculiaridades é que o Pronto Socorro (PS) é um setor altamente delicado de atendimento em saúde.

Ninguém procura o hospital se está bem. Todos possuem queixas legítimas, estão sensibilizados e precisam ser bem atendidos. No entanto, um paciente que está apenas com cefaleia simples, sem outros sinais de complicação, não terá prioridade frente a casos de pacientes com dor no peito, por exemplo. 

Uma das explicações para a grande demanda e complexidade de atendimento no PS é a falta de estrutura de qualidade nas Unidades Básicas de Saúde. Muitos dos pacientes que procuram o setor de emergência hospitalar têm queixas que deveriam ser atendidas em consultas da especialidade de família ou clínica médica. São atendimentos que deveriam ser realizados pela atenção básica em saúde. 

Há diversas campanhas governamentais, iniciativas municipais, principalmente, para alertar cidadãos sobre a busca mais efetiva de atendimento de saúde. Instituições particulares e beneficentes também têm se engajado, mas não é apenas a informação que precisa ser repassada de forma precisa. De nada adianta o cidadão saber aonde deve ir, se o atendimento não ocorre. São muitos os cenários em que o paciente busca atendimento no setor primário, mas não consegue uma consulta ou mesmo tem seu agendamento marcado para dali alguns meses, o que também dificulta o acompanhamento eficaz.

A própria relação dos brasileiros com a saúde também impacta nesse fluxo. Muitos pacientes não possuem mais um médico de referência, que conhece seu histórico de saúde e seria um ponto de contato nesses momentos e de distribuição da carga de atendimento. Assim, quando há alguma queixa ou algo que chama a atenção na saúde, é nos prontos atendimentos que eles buscarão apoio.

Para além de apontar dificuldades, é preciso buscar soluções. Investir em ferramentas de gestão do PA parece o melhor caminho. Uma triagem eficaz é ponto crucial para que isso ocorra. Os profissionais que estão à frente desta tarefa precisam ser muito bem treinados tecnicamente, mas também possuir habilidades comportamentais como paciência, empatia e boa tomada de decisões quando o cenário fica mais complexo.

Grande parte das instituições de saúde trabalha com o Protocolo de Manchester, que é um método de classificação para determinar quais são os atendimentos prioritários na emergência. Com ele, quem chega ao PA é identificado por cores, dependendo da urgência de atendimento. Pacientes com a cor vermelha devem ser atendidos imediatamente. Aqueles com a cor laranja exigem atenção, e devem ser atendidos com prazo de 10 minutos, aproximadamente. A cor amarela indica casos não imediatos, em que a espera pode chegar a 1 hora. A identificação verde é para pacientes menos graves, com espera estimada em 2 horas. E a cor azul é para quadros simples de saúde, com espera de até 4 horas. 

Esse protocolo foi inventado no início da década de 1990 e começou a ser implantado em hospitais do Reino Unido. O método é eficaz, mas, ao longo dos anos, vem dividindo experiências com outros formatos de classificação e atendimento. Um deles é o chamado Fast Track, conceito que abrange a necessidade de acelerar processos médicos e garantir celeridade no atendimento ao paciente. Para funcionar, é essencial que a avaliação no Pronto Atendimento seja criteriosa. 

Na prática, o Fast Track alivia a demanda no PS ao prever um espaço separado em que pacientes com menor complexidade são encaminhados. Nesse local, todos são atendidos com mais rapidez, já que as queixas são simples e preveem também protocolos mais fáceis de administrar. É como se houvesse a possibilidade de acelerar o atendimento a partir da identificação de que o problema de saúde não necessita de internação ou de intervenções invasivas. A ideia é trazer a eficiência como ponto central para o paciente, sem deixar de lado segurança, qualidade e atendimento especializado. 

Sabemos que daqui para frente outros tantos protocolos e iniciativas que buscam melhorar a experiência do atendimento do paciente surgirão. A inteligência artificial deve cada vez ser mais aplicada e servir como um apoio nesse sentido. A própria relação com a saúde vem mudando no mundo todo. Mas o que não vai mudar e precisamos ter clareza é que os pacientes estão ali em busca de acolhimento. Todos os pontos de melhoria e inovação devem buscar oferecer assistência e resolutividade que garantam a cada um que está ali ser visto em sua individualidade. Cada esforço que contribui para a otimização de recursos hospitalares e para a diminuição da pressão no sistema de saúde é válido. E o trabalho é coletivo. Precisamos todos — pacientes, profissionais e gestores — nos unirmos nesse caminho.

José Arthur Brasil é coordenador médico do Hospital São Marcelino Champagnat

Sobre o Hospital São Marcelino Champagnat

O Hospital São Marcelino Champagnat faz parte do Grupo Marista e nasceu com o compromisso de atender seus pacientes de forma completa e com princípios médicos de qualidade e segurança. É referência em procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade. Nas especialidades destacam-se: cardiologia, neurocirurgia, ortopedia e cirurgia geral e bariátrica, além de serviços diferenciados de check-up. Planejado para atender a todos os quesitos internacionais de qualidade assistencial, é o único do Paraná certificado pela Joint Commission International (JCI).




O conceito de Pessoa com Deficiência é a essência da Lei Brasileira de Inclusão

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) (Lei 13.146/2015), traz em seu artigo 2º um conceito revolucionário e humanizado sobre o que é ser uma pessoa com deficiência. Este artigo, em consonância com o artigo 1º da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro como Emenda Constitucional através do Decreto 6.949/2009, desloca a deficiência da pessoa para o ambiente ou estrutura social.

A LBI define a pessoa com deficiência como aquela que possui limitações de ordem física, mental, intelectual ou sensorial e que, em interação com barreiras ambientais ou estruturais, apresenta dificuldades na participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Esse deslocamento é fundamental para a compreensão de que, na verdade, a deficiência não está intrinsecamente na pessoa, mas sim nas barreiras que o ambiente ou a estrutura social impõem. Dessa forma, nunca uma pessoa é deficiente, mas sim os ambientes e estruturas sociais excludentes.

Esse entendimento é reforçado pelo parágrafo primeiro do artigo 2º da LBI, que determina que, quando necessário, a deficiência será avaliada por perícia biopsicossocial. Essa determinação significa que a deficiência não pode ser reduzida a uma mera avaliação médica. É necessário considerar as barreiras sociais que, em conjunto com as limitações apresentadas pela pessoa, impedem sua plena participação na sociedade. Essa abordagem, multidimensional e inclusiva, evidencia que a deficiência deve ser entendida como resultado da interação entre as características individuais e o ambiente.

A própria nomenclatura da lei, “Lei Brasileira de Inclusão”, demonstra que não se trata de um superficial compilado de direitos de pessoas com limitações. Trata-se de um arrazoado normativo que determina que a sociedade deve ser estruturada em bases inclusivas e justas. Reduzir as deficiências às limitações individuais é fechar os olhos para as conquistas alcançadas, muitas vezes à custa de muita luta e sacrifício, pelo movimento das pessoas com deficiência. Além disso, tal redução despreza toda a essência e autonomia dessas pessoas, trazendo para algumas delas a carga pejorativa e preconceituosa associada à deficiência.

É importante lembrar que a exclusão de certas parcelas populacionais enfraquece o potencial criativo presente na sociedade. Novas ideias florescem em ambientes diversos e plurais, onde óticas de mundo, muitas vezes conflitantes, se enfrentam e se enriquecem mutuamente. Sociedades excludentes possuem baixo potencial inovador e, assim, gradientes reduzidos de prosperidade e desenvolvimento.

Portanto, podemos afirmar que a inclusão social é necessária ao bem-estar de todos. Deficiente nunca é a pessoa, mas sim as barreiras impostas pela sociedade que impedem sua plena participação. A LBI nos convida a refletir e agir para construir uma sociedade mais justa, inclusiva e capaz de reconhecer e valorizar a diversidade humana em todas as suas formas.

 

André Naves é defensor público federal, especialista em Direitos Humanos, Inclusão Social e Economia Política. Escritor, professor, ganhador do Prêmio Best Seller pelo livro “Caminho – a Beleza é Enxergar”, da Editora UICLAP (@andrenaves.def).