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Natal: Tempo de grande acontecimento salvífico

 

Deus  caminha com sua criação, o povo que ele mesmo escolheu. Foram muitos os nascimentos narrados nas sagradas escrituras, de homens e mulheres que ficaram marcados pela vocação e missão a eles confiadas: Isaac, Jacó, Moisés.

Desde o pecado dos nossos primeiros pais, Deus estabelece uma inimizade entre a descendência da mulher e da serpente, e pela descendência da mulher a cabeça da serpente seria esmagada. Portanto a história da Salvação está marcada por uma promessa: a vinda do Messias. Muitas perguntas sobre a sua chegada: onde ele nasceria? Seria nascido de uma virgem? Quais seriam os sinais de sua vinda? Havia uma grande expectativa sobre a sua chegada!

Deus havia prometido a vinda do Salvador, através de seus patriarcas e profetas e, quando chegou o tempo, a plenitude dos tempos, Deus enviou seu anjo a uma virgem, anunciando-lhe o seu nascimento. Historicamente seu nascimento aconteceu em Belém, com as luzes e os anjos sinalizando o misterioso nascimento, a vida divina.

O Filho de Deus se fez homem para que os homens pudessem tornar-se filhos de Deus. Este nascimento é o início da nossa salvação, que se completará pela morte e ressurreição de Jesus.

Podemos então perguntar: Como Jesus nos salva? A resposta é:  pela sua encarnação. Quando o Verbo de Deus se reveste da nossa carne, abre-se um caminho novo para a humanidade, pois nasceu o homem sem pecado para redimir o homem pecador, sendo por ele conduzido à eternidade.

Por que damos tanta ênfase ao Natal de Nosso Senhor? Porque, ao entrar no mundo, Ele concretiza as promessas salvadoras, abrindo os céus para o homem novo. É o que estava escondido a respeito da salvação humana e, nascendo, revela-se  ao mundo.

Lamento que muitos não conheçam esse fundamento que dá um sentido mais profundo à festa do Natal. O sentido da alegria, da troca de presentes, de desejar Feliz Natal e paz a todos os homens! Por que dizemos estas coisas? Conhecemos o sentido profundo de tudo isso? Infelizmente, com o tempo, foram fantasiando, dando apenas um sentido mágico para a festa, valorizando o aspecto comercial e Jesus, a pessoa principal desse acontecimento, e sua mensagem para o mundo, ficaram à margem.

Houve muitos nascimentos sobre a face da terra e todos são cercados de particularidades, alegrias, festa, choro, mas o nascimento do Divino Salvador é a maneira como Deus, ao se revelar na fragilidade de nossa humanidade, trouxe consigo a libertação do homem, abrindo-lhe uma vida nova.

Esse é o verdadeiro sentido do Natal: alegrar-nos com Deus que enviou o seu filho como luz para todos os homens que vivem nas trevas, e que agora podem enxergar o caminho da vida eterna em sua pessoa. Essa presença divina em nosso meio é que produz em nós a felicidade, a alegria e a paz verdadeiras. O amor nos torna solidários, fraternos, livres, felizes!

Se olharmos para esse menino enviado da parte de Deus para nossa salvação, e o acolhermos com todo o coração, experimentaremos o que significa Feliz Natal, pois já não seremos um homem ou uma mulher sem esperança, mas agora de posse dela.

Alegrai-vos com a vinda do Salvador e celebrai seu nascimento com grande paz!
Feliz Natal!

Padre João Gualberto Ribeiro da Silva
é reitor do Santuário do Pai das Misericórdias, na Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP)




A necessidade da gestão de crise em tempos de cancelamentos nas mídias digitais

O marketing digital é um das principais ferramentas para empresas e marcas se destacarem no mercado. Entretanto, nas redes sociais, assim como em qualquer outro tipo de mídia, a exposição da imagem, do produto, do serviço e das pessoas pode levar ao sucesso, mas também pode gerar uma grande crise, quando algo impacta de forma negativa e sai do virtual para o real. E quando acontece algum problema inesperado e que reverbera nos canais digitais é necessário utilizar uma ferramenta chamada gerenciamento de crise.

Essa gestão de crise é um conjunto de ações que são utilizadas para mitigar, diminuir ou eliminar os efeitos e consequências capazes de trazes prejuízos consideráveis para marcas, empresas e pessoas no meio digital. O papel da equipe responsável pelo gerenciamento da crise é agir de forma imediata, de modo a entender o problema, fazer uma análise prévia sobre os potenciais ruídos e riscos e desenvolver um planejamento, um passo a passo de como conseguir debelar os efeitos negativos da crise. Nesse cenário, é essencial fazer um plano de contingência.

O marketing exerce um papel fundamental nesse processo, tanto para reduzir os impactos de uma situação de crise, como para preveni-la. O marketing e a equipe de comunicação devem centralizar as informações e atuar com a diretoria executiva da marca e da empresa, ou então com a equipe responsável por determinados influenciadores.

Um exemplo recente, que ainda está na mídia, é do influenciador fitness, Renato Cariani, que teve seu nome exposto de forma negativa nos veículos de imprensa e nas redes sociais, após uma operação da Polícia Federal investigar uma possível organização criminosa que desviou 12 toneladas de produtos químicos para produção de drogas. Até o momento, o influenciador, que possui milhões de seguidores no Youtube, Instagram e demais redes sociais, está sendo investigado, está apresentando sua defesa legal, e o caso parece ainda longe de um desfecho. Mas no chamado “Tribunal da Internet”, ele já foi devidamente sentenciado e cancelado. E, infelizmente, essa sentença virtual acontece em minutos e pode ser capaz de destruir uma carreira e uma imagem que uma pessoa construiu por anos.

No caso do influenciador Renato Cariani, ele está utilizando, de forma inteligente, o seu canal do Youtube como a principal fonte de defesa e também de informações sobre o caso. Logicamente que instruído por seus advogados e pela equipe de marketing, ele está exercendo o seu direito de resposta pelas redes sociais. Essa estratégia, sem dúvidas, faz parte de seu plano de contenção dos efeitos negativos das manchetes dos veículos de comunicação, que chegaram ligar seu nome ao tráfico de drogas e a organizações criminosas.

Ainda explorando o caso do influenciador fitness, vale destacar sobre as empresas que o patrocinam e, que algumas delas, segundo o próprio investigado, resolveram paralisar, momentaneamente, o contrato, até que tudo seja esclarecido. As empresas e marcas são cobradas a tomarem uma posição, pro bem ou pro mal, de forma rápida hoje em dia.

O exemplo da gestão do Renato Cariani é importante, pois ele está utilizando suas redes e criando conteúdo oficial e apresentado sua defesa com documentos. Além da defesa jurídica e legal, ele está fazendo sua defesa virtual. E faz parte do gerenciamento da crise produzir esse conteúdo. E apesar de ainda deixar o assunto em alta, com muitas pessoas ainda comentando o fato negativo, ele está conseguindo reverter e explicar os pontos da investigação e deixando claro que sequer é réu no caso.

Entretanto, cada caso é um caso. Tem alguns outros exemplos em que a melhor saída é o silencio para não gerar ainda mais problema e colocar a chamada “lenha na fogueira” do cancelamento. O ideal não é retrucar a avalanche de comentários. No máximo fazer uma declaração oficial, uma posição, ou uma nota sobre o problema e não aumentar a exposição do fato. No final, a boa gestão de crise é aquela que consegue, de forma organizada e planejada, diminuir os impactos e prejuízos que determinada ação pode impactar na marca, empresa ou imagem. Tão importante quanto construir uma marca ou imagem é manter e preservar as conquistas.

 

Gustavo Alonge é CEO da Engajatech




ESPAÇO  ESPÍRITA

Ele não era médico e levantou paralíticos e restaurou leprosos, usando o divino poder do amor.

Não era advogado e elegeu-se o supremo defensor de todos os injustiçados do mundo.

Não possuía fazendas e estabeleceu novo reino na Terra.

Não improvisava festas e consolou os tristes e reergueu o bom ânimo das almas desesperadas.

Não era professor consagrado e fez-se o Mestre da Evolução e do Aprimoramento da Humanidade.

Não era Doutor da Lei e criou a universidade sublime do bem para todos os espíritos de boa vontade.

Padecendo amarguras – reconfortou a muitos.

Tolerando aflições – semeou a fé e a coragem.

Ferido – curou as chagas morais do povo.

Supliciado – expediu a mensagem do perdão e do amor, em todas as direções.

Esquecido pelos mais amados – ensinou a fraternidade e o reconhecimento.

Vencido na cruz – revelou a vitória da vida eterna em plena e gloriosa ressurreição, renovando os destinos das nações e santificando o caminho dos povos.

Ele não era, portanto, rico e engrandeceu os celeiros dos séculos.

Quem oferecer, assim, o coração, em homenagem ao Divino Amor na Terra, poderá, desse modo, no exemplo de Jesus, embora anônimo, aflito, apagado ou crucificado, atender à santificada colaboração com Deus, a benefício da Humanidade.

ANDRÉ LUIZ

Extraído do livro “Antologia Mediúnica do Natal”

Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora FEB

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ÓRGÃO  DA  UNIÃO  DAS  SOCIEDADES  ESPÍRITAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO

 

 




A Venezuela e o delírio de Essequibo

 

 

Após meses de antecipação, no último domingo, dia 3 de dezembro, os venezuelanos foram às urnas. Não para, finalmente, ter uma eleição verdadeiramente democrática, mas para votar no referendo sobre uma eventual anexação por Caracas da região guianesa de Essequibo. Essa região fica a oeste de um rio de mesmo nome, e é reivindicada pela Venezuela desde 1841. Ainda em 1899, após cinco décadas de tensão entre a Venezuela e a então Guiana Britânica, os países concordaram em submeter a disputa fronteiriça à arbitragem internacional. Um tribunal arbitral, composto por representantes de Rússia, Alemanha e Suécia, emitiu uma decisão que concedia a maior parte da região disputada à Guiana Britânica.

Em 1962, a Venezuela denunciou o resultado da arbitragem de 1899 às Nações Unidas, alegando que havia vícios no procedimento anterior e afirmando considerar a decisão nula e sem efeitos. Em 1966, no ano da independência da então Guiana Britânica, o Reino Unido reconheceu a existência de uma disputa entre o país e a Venezuela. Desde então, os países tentam, sem sucesso, chegar a um acordo sobre a região. Essa questão permaneceu latente até 2015, quando a Exxon Mobil descobriu imensas reservas de petróleo no mar essequibenho.

Maior do que o estado do Ceará, Essequibo compreende cerca de 159 mil quilômetros quadrados, onde vivem pelo menos 125 mil guianenses – os números são contraditórios, mas a população total do país é de 804 mil pessoas. Além das recentes descobertas de reservas de petróleo, a região faz parte do chamado “Arco Mineiro do Orinoco”, onde existem vastas quantidades de ouro, cobre, ferro, diamante, bauxita, alumínio e diversos outros minerais. É devido a toda essa riqueza que o PIB da Guiana cresceu 57% em 2022 e deve crescer mais 25% neste ano.

Certamente, visando essas riquezas, o governo de Nicolás Maduro promoveu o referendo do último domingo. Estavam aptos a votar aproximadamente 20 dos 30 milhões de venezuelanos, que deveriam responder a cinco perguntas:

  • Você rejeita a fronteira atual?
  • Você apoia o Acordo de Genebra de 1966?
  • Você concorda com a posição da Venezuela de não reconhecer a jurisdição da Corte Internacional de Justiça?
  • Você discorda do uso pela Guiana de uma região marítima sobre a qual não há limites estabelecidos?
  • Você concorda com a criação do estado Guiana Essequiba e com a implementação de um plano de atenção à população desse território, que inclua a concessão de cidadania venezuelana e a incorporação desse estado ao mapa do território venezuelano?

A Corte Internacional de Justiça (CIJ), o mais alto órgão jurídico das Nações Unidas, com competência para resolver disputas entre Estados, decidiu, a pedido da Guiana, que qualquer tentativa de anexação venezuelana é ilegal. Ainda que a Venezuela reconheça a jurisdição da Corte, para Caracas trata-se de uma interferência da CIJ numa questão interna, o que claramente não é verdadeiro.

Enquanto a Guiana cresce astronomicamente, a Venezuela enfrenta uma situação oposta há muitos anos: estima-se que entre 2014 e 2020, o PIB do país tenha contraído mais de 70%, e a hiperinflação atingiu absurdos 1,3 milhão % em 2018, devendo fechar 2023 em 400% ao ano. Em termos de qualidade de vida, a situação é ainda pior: cerca de 94% dos venezuelanos vivem na pobreza, e desse total, 76% são considerados miseráveis.

Como um dos maiores produtores de petróleo do mundo, a Venezuela é altamente dependente das receitas provenientes da exportação da commodity. A queda nos preços do item no mercado internacional agravou a crise do país, uma vez que as receitas declinaram, exacerbando os desequilíbrios fiscais. A essa situação somaram-se sanções econômicas impostas por vários países, contribuindo para a deterioração da economia venezuelana.

Com a invasão russa à Ucrânia, os valores do petróleo voltaram a subir no mercado internacional. Como resultado, algumas das sanções impostas à Venezuela foram retiradas, dando uma falsa esperança de melhoria à população do país. Em outubro deste ano, os EUA anunciaram a suspensão temporária das sanções ao petróleo, gás e ouro da Venezuela, em resposta ao acordo do governo Maduro e a oposição para garantir eleições presidenciais mais democráticas em 2024.

Após anos de declínio, justo quando surgia alguma esperança de melhora, a Venezuela lança uma campanha para anexar Essequibo. A análise que podemos fazer aponta, justamente, para as eleições presidenciais: em tempos de esperança frustrada e recessão, Nicolás Maduro busca unir o povo venezuelano numa empreitada “patriótica”. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), cerca de 96% dos mais de 10 milhões de eleitores votaram favoravelmente à anexação. Maduro aproveitará esse resultado, ainda que possivelmente não tome ações militares por enquanto, para angariar votos na eleição presidencial que mais chamará atenção da comunidade internacional nos últimos anos. Mais recentemente, o presidente venezuelano apresentou o novo mapa oficial do país com a região de Essequibo incorporada a Venezuela. Nesse contexto, Maduro ordenou a petroleira estatal a concessão de licenças imediatas para a exploração dos ricos recursos naturais da região.

A Guiana, por sua vez, chegou a pedir ajuda ao Brasil para acalmar os ímpetos de Caracas. O presidente Lula da Silva, próximo de Maduro, limitou-se a pedir prudência a ambos os lados. Embora o governo brasileiro acredite que os venezuelanos não tomarão ações militares, blindados do exército estão sendo enviados para a fronteira com a Venezuela. Isso mostra que, em Geopolítica e Relações Internacionais a mera escalada da tensão já é motivo de preocupação.

João Alfredo Lopes Nyegray é doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior e do Observatório Global da Universidade Positivo (UP). Instagram: @janyegray




Espaço Espírita

 

            “Tornou, pois, a entrar Pilatos no pretório, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus? Respondeu-lhe Jesus: O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, certo que os meus ministros haviam de pelejar para que eu não fosse entregue aos judeus; mas por agora o meu Reino não é daqui. Disse-lhe então Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu o dizes, que eu sou rei. Eu não nasci nem vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade; todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.” (João, 18:33-37)

Por estas palavras, Jesus se refere claramente à vida futura, que ele apresenta, em todas as circunstâncias, como o fim a que se destina a humanidade, e como devendo ser o objeto das principais preocupações do homem sobre a Terra. Todas as suas máximas se referem a esse grande princípio. Sem a vida futura, com efeito, a maior parte dos seus preceitos de moral não teriam nenhuma razão de ser. É por isso que os que não creem na vida futura, pensando que ele apenas falava da vida presente, não os compreendem ou os acham pueris.

Esse dogma pode ser considerado, portanto, como o ponto central do ensinamento do Cristo. Eis porque está colocado entre os primeiros, pois deve ser a meta de todos os homens. Só ele pode justificar os absurdos da vida terrestre e harmonizar-se com a justiça de Deus.

Extraído do livro “O Evangelho segundo o Espiritismo” – Allan Kardec – Cap II – Meu reino não é deste mundo

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Síndrome de fim de ano: esgotamento físico e emocional

O fim de ano simboliza o fechamento de um ciclo, quando,  num curto período de tempo, fazemos a leitura de tudo que vivemos nos últimos 12 meses e idealizamos resolver problemas pessoais e profissionais, pendências, de forma a nos organizarmos para o próximo ano.

As festas de fim de ano representam um tempo limite para o encerramento de uma etapa que traz consigo desgastes físicos e emocionais, que geram aumento significativo do quadro de ansiedade, depressão e estresse, de forma geral.

A síndrome de fim de ano, também conhecida como “Dezembrite”, tem crescido muito entre a população, pois assim como o fim do ano representa alegria, conquistas e comemorações, também pode trazer tristeza, frustração, decepção, entre outros sentimentos, que interferem diretamente no desempenho pessoal e na qualidade de vida.

Por isso, é importante estar atento aos sinais que o nosso corpo e nossa mente vêm nos dando sobre as pressões e expectativas que criamos no fim do ano, de que precisamos encerrar esse ciclo com sucesso e suprir todas as expectativas próprias e também do outro.

É importante destacar que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país que mais sofre com ansiedade, sendo esse um dos sintomas mais presentes nessa época do ano.

A ansiedade se apresenta com sintomas como irritabilidade, falta de ar, palpitação,  náuseas, dores de cabeça, pensamentos acelerados, atitudes compulsivas, angústia, entre outros, que interferem diretamente no cotidiano. Diante de tais sinais, precisamos estar atentos para que o quadro de ansiedade não avance para um quadro depressivo e/ou, no contexto de trabalho, para a Síndrome de Burnout.

A Síndrome de Burnout não é exatamente uma doença, mas uma alteração psicológica que está relacionada com a exaustão física e mental, e pode ser desenvolvida por estresse crônico, tensão emocional, problemas no trabalho, excesso de obrigações e questões familiares. Seus principais sintomas são: cansaço excessivo, dores de cabeça frequentes, fadiga e dores musculares, pressão alta e alteração dos batimentos cardíacos, alteração de apetite, perda na produtividade e alteração de sono.

Diante disso é importante estar atento aos sinais que o corpo vai dando de que algo não está bem. Não é um mês ou uma época do ano que vai nos dizer se alcançamos ou não nossos objetivos, mas a forma como vivemos cada etapa, e como nos sentimos ao longo de cada conquista.

Por isso, estipule pequenas metas, priorize sua saúde, pratique atividade física e busque ajuda profissional ao perceber sinais que têm interferido em seu bem-estar, pois nossa saúde é um bem precioso e precisamos colocá-la como prioridade.

 

Aline Tayná de Carvalho Barbosa Rodrigues é psicóloga escolar no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP).




Espaço Espírita

 

Lembre-se de que as outras pessoas são diferentes e, por isso mesmo, guardam maneiras próprias de agir.

Esclarecer à base de entendimento fraterno, sim, polemicar, não.

Antagonizar sistematicamente é um processo exato de angariar aversões.

Você pode claramente discordar sem ofender, desde que fale apreciando os direitos do opositor.

Afaste as palavras agressivas do seu vocabulário.

Tanto quanto nos acontece, os outros querem ser eles mesmos na desincumbência dos compromissos que assumem.

Existem inúmeros meios de auxiliar sem ferir.

Geralmente, nunca se discute com estranhos e sim com as pessoas queridas; visto isso, valeria a pena atormentar aqueles com quem nos cabe viver em paz?

Aprendamos a ceder em qualquer problema secundário, para sermos fiéis às realidades essenciais.

Se alguém diz que a pedra é madeira, é justo se lhe acate o modo de crer, mas se alguém toma a pedra ou a madeira para ferir a outrem, é importante argumentar quanto à impropriedade do gesto insano.

ANDRÉ LUIZ

Extraído do livro “Sinal Verde”

 Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora CEC

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E sua ideia, deu match?

 

A transformação de ideias abstratas em formas tangíveis é uma etapa essencial no processo criativo. Em suma, as ideias são a matéria-prima da criatividade. Portanto, pergunto: como você se conecta com suas ideias?

Antigamente, diziam: quem casa quer casa. No entanto, em tempos nômades, digitais, com mobilidade em ascensão, surge a indagação. Queremos casa? Queremos casar? No campo dos relacionamentos afetivos, as perguntas são um fato, desafiando visivelmente o coração de quem ama.

Estamos dispostos a descobrir e expressar nossa forma de viver com o outro. Mas e quanto à nossa relação com nossas ideias, com nossos pensamentos? Como anda esse vínculo entre você e a fonte de sua criatividade?

Existe espaço para compromisso? Você e suas ideias querem uma casa, ou preferem ter experiências por aí? Entraram em um relacionamento sério ou ficarão disponíveis em aplicativos, imersos no mundo virtual? Essas são decisões que frequentemente adiamos. Adiar, deixar para depois, é comum em escolhas importantes e com pessoas próximas, presenças garantidas.

Dada a proximidade que cada um tem consigo mesmo, o que é sem dúvida importante, frequentemente deixamos nosso relacionamento com os nossos pensamentos de lado, saindo pelo mundo resolvendo problemas e construindo castelos onde moram pensamentos alheios. Estamos ocupados, certamente, mas por quem? Qual ideia faz morada em nossos dias?

Atualmente, há um fluxo de informação confundido com o fluxo de ideias. No entanto, há diferenças que podem desfazer essa confusão. A principal é o afeto. Você ama uma ideia e utiliza uma informação. Podemos rolar a tela no celular, transitando de uma informação para outra com facilidade. No entanto, diante dos fatos verdadeiros sobre filhos, amigos e questões que nos importam, nos demoramos, comentamos, ponderamos, cuidamos… Isso é amor, e fica impossível rolar a tela.

Amar as próprias ideias é atravessar esse portal do afeto. Quando amamos alguém, temos a obrigação de educar esse sentimento, não cedendo a todos os desejos, mas também sem negligenciar, cuidando afetuosamente e ao mesmo tempo com responsabilidade. As ideias frequentemente são ricas, profundas, abundantes, até brilhantes; outras são tolas, desvairadas, abusivas, ilusórias, mas todas essas características exigem que sejamos responsáveis e conscientes do nosso relacionamento com elas.

Entendendo que uma lâmpada que se acende revela coisas que não víamos antes, cria sombras e pode ser intensa demais a ponto de cegar; tocar no interruptor é uma decisão que demanda atenção e tempo.

Ao amar e educar as próprias ideias, você valoriza a criatividade não apenas em momentos de crise ou paixões, mas a incorpora no dia a dia, como uma habilidade constante e treinável. Isso assusta? Claro que sim. Contudo, da mesma forma que não saímos casando com quem não conhecemos, é melhor levar sua ideia para passear primeiro, verificar se “dá match”, como dizem, e seguir para as próximas decisões. Se terão uma “casa” ou não dependerá do relacionamento. Bons passeios!

Thais Boulanger, mestre em artes e autora de Para Você, Criativo (Hanoi Editora)




Espaço Espírita

 

A Lei de Deus permite:

– que desfrutemos tantas posses, quantas sejamos capazes de reter honestamente, mas espera estejamos agindo com elas, em benefício dos outros;   que tenhamos tanta cultura, quanto os recursos da  própria inteligência no-lo permitam, mas espera nos empenhemos a convertê-la em realização no bem de todos;

– que sejamos felizes, mas espera busquemos fazer a felicidade dos semelhantes;

– que sejamos amados, mas espera nos transformemos em amor para os nossos irmãos;

– que solucionemos as nossas necessidades, mas espera que não venhamos a prejudicar ninguém, no campo dos deveres em que nos achamos comprometidos;

– que sejamos desculpados em nossas faltas, mas espera perdoemos sem condições as ofensas que se nos façam;

– que usufruamos os bens do Universo, mas espera nos mostremos prontos a reparti-los sempre que necessário;

– que se pense ou fale mal de nós, tanto quanto se queira nos círculos de nossa convivência, mas espera nos devotemos a guardar a consciência tranquila;

– que erremos, em nossa condição de almas imperfeitas ainda, mas espera que na base de nossos fracassos permaneça brilhando a luz da boa intenção.

Enfim, a Lei de Deus permite sejamos quem somos, mas nos apoia ou desapoia, abate ou exalta, corrige ou favorece pelo que somos, através do que fazemos de nós, porque Deus não cogita daquilo que parece, mas daquilo que é.

ALBINO TEIXEIRA

Extraído do livro “Caminho Espírita” – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Editora IDE

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O músico

 

A música tem a capacidade de motivar, alegrar, emocionar, despertar sentimentos, abrir a caixa das lembranças. A música reúne, provoca risos, e acompanha o choro.

A música faz com que as pessoas possam abrir os seus corações para o sagrado, aproxima a alma de Deus. Através da sua beleza podemos “tocar o céu”!

Mas a música nada poderia fazer por si. Ela precisa ser composta, arranjada, pensada, sonhada. Posso dizer que ela precisa ser gestada sem tempo definido para o seu nascimento. E, depois que ela nasce, aí sim o trabalho começa, porque ela vai precisar de instrumentos, pautas, batutas, vozes. E, principalmente, de sentimentos que existiam antes mesmo dela provocá-los.

Assim, é fundamental um coração que a intérprete e uma alma que faça a experiência com ela., para então, após todo esse trabalho, ser apresentada, apreciada. E quem trabalhou tanto, corre o risco de nem ser lembrado…

Fico pensando, se a música fosse uma pessoa, quanta gratidão traria por aquele que a fez acontecer, aparecer, soar. A esse que podemos chamar de músico! Aquele que dá vida à música, afinal não existe música sem músico. Hoje é dia da música agradecer o músico!

Mas essa relação entre músico e música vai além de agradecimento,. é uma relação de vida. A música é o presente do músico e vice e versa, um sempre estará unido ao outro. O que então a música faz para o músico nessa relação tão intrínseca? A música torna o músico um ídolo, uma referência, faz com que ele ultrapasse seus limites, aprenda algo novo a cada dia. Leva o músico aos grandes palcos, aos mais belos eventos, a viajar o mundo, a ver olhos brilharem, os corações vivos, a alegria contagiante diante de poucas ou milhares de pessoas, às vezes, até mesmo sozinho.

A música é dom, e dom é presente de Deus, irrevogável. O Dom vem em virtude de uma missão. E a missão do músico cristão é revelar a beleza de Deus através da sua música. Por isso, a música tem tanto poder, pois, através dela, Deus alcança profundamente os corações e atinge lugares que as palavras já não têm acesso. E revelando Deus, o músico multiplica seu dom!

Já em mãos erradas, a música pode fazer um estrago imenso! Por isso, o músico precisa sempre cantar como se fosse a última canção da sua vida, uma oportunidade de por as pessoas no colo de Deus, para receber seus carinhos.

Muito mais que uma profissão ou “passa tempo”, ser músico é uma missão! Ele está sempre em guerra contra as coisas ruins da vida, as realidades que desmotivam. Os acordes, as notas, saem sempre com uma missão, e não retornam mais, pois encontram ouvidos e corações.

Nessa missão, o coração do músico se expressa nas notas agudas, nas distorções, nos graves acentuados, nas batidas marcantes, nas notas longas ou riffs intensos, nos melismas, nas apogiaturas. Poucos sabem como um músico sai do palco, após uma apresentação. Lá ele entrega tudo e, às vezes, as horas e horas de ensaio, os anos de estudo, uma vida dedicada, as lágrimas, os sorrisos, os esforços, tudo se esgota em uma apresentação de cinco minutos. Em raros casos, duram um pouco mais. E, quando a música acaba, resta o som dos aplausos ou o silêncio de um quarto. Tudo muito intenso!

Se a música pudesse agradecer ainda mais, talvez ela diria: Obrigado músico por me fazer existir, entender minha métrica, meus compassos, por me enxergar e seguir nas linhas de uma pauta. Obrigado pelas nuances, pelas pausas, pelos ataques e pelas fermatas. Obrigado por mesmo nos momentos difíceis onde eu não sou tão aplaudida, você continua firme no seu propósito. Obrigado por me reinventar, criar um arranjo novo.

Obrigado músico, por me dar a oportunidade de fazer aquilo para o qual eu fui criada.

Dia 22 de novembro, dia do mundo parar para agradecer a Deus pela vida dos seus soldados valentes, que enfrentam duras batalhas com a sua poderosa arma: a música. Parabéns músico!

André Florêncio é músico e missionário da Comunidade Canção Nova