Como tornar as festas de fim de ano mais inclusivas para pessoas com Autismo?

  O Instituto Jô Clemente (IJC), oferece dicas práticas para ajudar famílias a realizarem celebrações acolhedoras e respeitosas

image_pdfimage_print

 

Foto: Divulgação/Banco de Imagem

As festas de final de ano são momentos de alegria e união, mas as tradicionais festas também podem trazer desconfortos para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Luzes piscando, sons intensos e mudanças na rotina tornam esses eventos incômodos para muitas famílias.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), 1 em cada 36 crianças de até 8 anos de idade é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O Transtorno, que é caracterizado por dificuldades de comunicação, interação social, com comportamentos restritos e repetitivos, além da sensibilidade, pode transformar situações de celebração em experiências desagradáveis.

Com o objetivo de tornar as comemorações mais inclusivas e acolhedoras, o Instituto Jô Clemente (IJC), Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos que é referência na promoção de saúde e qualidade de vida às pessoas com Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Doenças Raras – oferece dicas e orientações para famílias, amigos e organizadores de eventos criarem ambientes mais acolhedores e inclusivos para que todas as pessoas possam aproveitar as celebrações de fim de ano.

“Com planejamento e algumas adaptações simples, é possível tornar essas ocasiões mais confortáveis para pessoas com Autismo, garantindo que elas também possam aproveitar os momentos especiais em família”, explica Marina Alves, supervisora da área de Neurodesenvolvimento Infantil do IJC.

Adaptações que fazem a diferença

Dentre as recomendações estão: ajustar o ambiente com estímulos sensoriais mais controlados, como iluminação menos intensa e sons moderados, além de respeitar as preferências individuais e permitir momentos de pausa. “É importante ouvir e entender as necessidades específicas de cada pessoa com Autismo”, complementa Marina.

Outras orientações que ajudam na adaptação dos ambientes:

  1. Antecipação e preparação para que a pessoa se sinta mais preparada e fique à vontade durante as celebrações:
    • Utilize calendários e elementos visuais para mostrar que as festividades estão se aproximando. Explique quando e onde ocorrerão, quem estará presente e como será o evento;
    • Mostre fotos ou vídeos de celebrações anteriores e destaque o que pode ser diferente este ano, como o local ou a presença de novas pessoas, por exemplo;
    • Envolva-os nos preparativos, como a escolha de decorações ou presentes. Isso ajuda a criar familiaridade e empolgação com o momento.
  2. Ajustes no ambiente
    • Barulhos intensos, como os de fogos de artifício, podem causar desconforto extremo. Utilize abafadores de ouvido ou crie um espaço mais protegido contra ruídos, como um quarto ou até o carro da família, caso necessário;
    • Decorações com luzes neutras e estáticas são preferíveis às piscantes, que podem gerar desconforto sensorial;
    • Reserve um espaço tranquilo, com objetos familiares, para que a pessoa possa se retirar caso precise de um momento de calma durante a festa.
  3. Comunicação e sensibilização
    • Converse previamente com os convidados, explicando os desafios do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Isso pode ajudar na compreensão e na criação de um ambiente mais respeitoso;
    • Incentive a participação, mas respeitando os limites. Permita que a pessoa escolha roupas confortáveis e outras adaptações, mesmo que não sejam tradicionais para a ocasião.

Sobre o Instituto Jô Clemente (IJC)

O Instituto Jô Clemente (IJC) é uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos que há mais de 63 anos promove saúde e qualidade de vida às pessoas com Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Doenças Raras, além de apoiar sua Inclusão Social e a Defesa de seus Direitos, disseminando conhecimento por meio de pesquisas científicas. Com o pioneirismo e a inovação como premissas, propicia o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que favorecem a escolaridade e o Emprego Apoiado, e oferecer assessoria jurídica às famílias sobre direitos das pessoas com Deficiência Intelectual e Autismo.

Pioneiro no Teste do Pezinho no Brasil e credenciado pelo Ministério da Saúde como Serviço de Referência em Triagem Neonatal, o Laboratório do Instituto Jô Clemente (IJC) é o maior do Brasil em número de exames realizados e oferece atualmente 100% do Teste do Pezinho Ampliado na rede pública do município de São Paulo e quase 70% dos exames do Teste do Pezinho no Estado de São Paulo. O diagnóstico precoce abrange cerca de 50 doenças, incluindo dezenas de condições raras e 7 doenças (toxoplasmose, a sétima doença, em fase de implantação). É também um centro de referência no tratamento de fenilcetonúria, deficiência de biotinidase e hipotireoidismo congênito, doenças detectadas no Teste do Pezinho que podem evoluir para a Deficiência Intelectual se não tratadas corretamente.

Além disso, o IJC produz e difunde conhecimento sobre Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Doenças Raras. Tem como foco neste eixo apoiar e desenvolver projetos de pesquisa aplicada, tecnológica e de inovação, em parceria com órgãos públicos ou privados e instituições de ensino e pesquisa, com o objetivo de gerar conhecimento para estudos, informações para as pessoas, produtos e serviços para esta população.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 5080-7000 ou pelo site do IJC (ijc.org.br), o 1º do Brasil com 100% de acessibilidade.

Botão Voltar ao topo