A asma é uma doença inflamatória dos brônquios, cujo diagnóstico precisa ser confirmado por um médico e ter seu acompanhamento bem controlado. Os sintomas mais comuns são: falta de ar ou dificuldades para respirar, chiado ou aperto no peito, e tosse.
No dia Mundial de Combate à Asma (6 de maio), a pneumologista do Seconci-SP, Marice Ashidani, explica que a doença crônica é uma das mais comuns. Segundo a especialista, é possível ter uma vida normal com controle e acompanhamento. “Ter a asma controlada significa que o paciente consiga desempenhar suas atividades sem esforço, sem crises e sem necessidade de medicação de resgate, a chamada bombinha.”
A necessidade do uso da “bombinha” segue a demanda do paciente e a periodicidade de uso é um indicativo da qualidade do controle da doença. “Não basta tomar a medicação, é necessário fazer uma reavaliação periódica. Mesmo que a pessoa não tenha sintomas, deve retornar ao médico ao menos uma vez por ano”, orienta.
Dados da Gina (sigla em inglês para Iniciativa Global pela Asma) mostram que, das 339 milhões de pessoas com asma no mundo, das quais 2 milhões no Brasil, somente 12% têm a doença controlada.
Diagnóstico e controle
De acordo com a pneumologista, é muito importante consultar o médico para a realização de um diagnóstico correto, feito por raio X ou espirometria (exame que mede a quantidade de fluxo de ar que entra e sai dos pulmões) e iniciar o tratamento corretamente.
A doença não tem cura, mas pode ser controlada. “Usamos duas abordagens nos casos de crises: uma é a medicina de resgate e alívio, com uso da bombinha, e a outra é o tratamento de prevenção, com o uso, por exemplo, de corticoides inalados. Quando a doença está controlada, o paciente quase não apresenta sintomas.”
Ashidani enfatiza que, para evitar o desencadeamento de novas crises, são muito importantes os cuidados com a higiene ambiental, evitando poeira, mofo, pelos de animais, prevenir o tabagismo e também cuidar da saúde mental.
“Às vezes a asma aparece na vida adulta, às vezes pode se agravar, e há quem entre em remissão. Por isso, é de extrema importância que o asmático tenha conhecimento da doença e saiba manusear os dispositivos de tratamento, tirando os fatores de risco do ambiente, além de seguir corretamente a parte medicamentosa. Dessa forma, ele conseguirá manter a patologia sob controle e ter um maior bem-estar no dia a dia”, finaliza. |