Diocese de Assis

EU SOU DE DEUS E, POR ISSO, ESTOU VIVO!

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Toda obra tem um criador e, de certa maneira, a obra carrega algo do criador em si. Por isso, o criador não se esquece de sua obra, mesmo que ela já não esteja mais em suas mãos. Nós fomos criados por Deus e, dele, carregamos a imagem e semelhança (Gn 1,26), embora isso não esteja tão claro para nós; razão pela qual não sabemos ‘tirar bom proveito’ deste dom.

De fato, o salmista diz: “Quando contemplo o céu, obra de teus dedos, a lua e as estrelas que fixaste… O que é o homem para dele te lembrares? O ser humano, para que o visites? (Sl 8,4-5). E, noutra passagem: “Javé, o que é o homem para que o conheças, o filho de um mortal, para que o leves em conta? O homem é como sopro, e seus dias como sombra que passa” (Sl 143,3-4).

O Salmo 95, ainda, assevera: “Deus é grande; é o Soberano de todas as nações. Ele é o nosso Deus, e nós somos o seu povo, o rebanho que ele conduz. Ele tem nas mãos as profundezas da terra, e é dele o cimo das montanhas. Dele é, também, o mar, pois foi ele quem o fez, e a terra firme, suas mãos modelaram”

Tudo é de Deus! Nós somos de Deus! Ora, por que não tirarmos proveito disso?

Deixemos que Deus tome conta de tudo; que ele cuide de nós; cuide de você e de mim! Está ai uma ótima chance para vencermos todo tipo de obsessão e desvio, de frustração e fracasso: aceitar que somos de Deus; que foi ele quem nos fez; portanto, ele cuida de nós!

É verdade! E a Bíblia confirma:

Ele me escolheu e quer que eu dê fruto (Jo 15,13-16). “Vocês são meus amigos, se fizerem o que eu estou mandando. Eu já não chamo vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que seu patrão faz; eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei a vocês tudo o que ouvi de meu Pai. Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês. Eu os destinei para ir e dar fruto, e para que o fruto de vocês permaneça.”

Ele me chamou, me tomou pela mão e me deu forma (Is 42,5-9). “Eu, Javé, chamei você para a justiça, tomei-o pela mão, e lhe dei forma, e o coloquei como aliança de um povo e luz para as nações. Para você abrir os olhos dos cegos, para tirar os presos da cadeia, e do cárcere os que vivem no escuro. Eu sou Javé: esse é o meu nome.”

Ele me tatuou na palma de sua mão (Is 49,14-23). “Sião dizia: ‘Javé me abandonou, o Senhor me esqueceu!’ Mas pode a mãe se esquecer do seu nenê, pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas? Ainda que ela se esqueça, eu não me esquecerei de você.  Veja! Eu tatuei você na palma da minha mão; suas muralhas estão sempre diante de mim.”

Ele me deu força e me considerou digno de confiança (1Tm 1,12-17). “Agradeço àquele que me deu força, a Jesus Cristo nosso Senhor, que me considerou digno de confiança, tomando-me para o seu serviço, apesar de eu ter sido um blasfemo, perseguidor e insolente. Mas eu obtive misericórdia porque eu agia sem saber, longe da fé. Sim, ele me concedeu com maior abundância a sua graça, junto com a fé e o amor que estão em Jesus Cristo. Esta palavra é segura e digna de ser acolhida por todos: Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro.”

Ele me amou e se entregou por mim (Gl 2,16-17b.19-21). “Sabemos, entretanto, que o homem não se torna justo pelas obras da Lei, mas somente pela fé em Jesus Cristo. Nós também acreditamos em Jesus Cristo, a fim de nos tornarmos justos pela fé em Cristo e não pela observância da Lei, pois com a observância da Lei ninguém se tornará justo. Quanto a mim (…) Fui morto na cruz com Cristo. Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim. E esta vida que agora vivo, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”

Não podemos impedir que Deus realize, em nós, aquilo que ele já começou quando nos fez. Confiemo-nos nas mãos de Deus!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS

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