Diocese de Assis
A IGREJA VIVE DAQUILO QUE RECEBEU DO CRISTO!
A Igreja vive daquilo que recebeu do Cristo e, somente por isso, sobrevive ao tempo, às ideologias, às modas, aos ataques, às perseguições… a tudo: “sobre essa pedra construirei a minha Igreja, e o poder da morte nunca poderá vencê-la” (Mt 16,18). Fundada pelo próprio Cristo, a Igreja é de instituição divina. Tendo como princípio vital a unidade ela é chamada a fazer da unidade, sua verdadeira missão. “Para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti. E para que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo acredite que tu me enviaste. Eu mesmo dei a eles a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um” (Jo 17,21-22).
A teologia paulina, sobre a Igreja, que usa a imagem-símbolo-sinal do corpo, é uma síntese perfeita do que é a Igreja (1 Cor)
“De fato, o corpo é um só, mas tem muitos membros; e no entanto, apesar de serem muitos, todos os membros do corpo formam um só corpo. Assim acontece também com Cristo. Pois todos fomos batizados num só Espírito para sermos um só corpo, quer sejamos judeus ou gregos, quer escravos ou livres. E todos bebemos de um só Espírito. Ora, vocês são o corpo de Cristo e são membros dele, cada um no seu lugar. Aqueles que Deus estabeleceu na Igreja são, em primeiro lugar, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres… A seguir vêm os dons dos milagres, das curas, da assistência, da direção e o dom de falar em línguas. Por acaso, são todos apóstolos? Todos profetas? Todos mestres? Todos realizam milagres? Têm todos o dom de curar? Todos falam línguas? Todos as interpretam?” (1Cor 12,12-14.27-31).
Do princípio vital de unidade, decorrem todos os valores, meios, recursos e instrumentos para a vida da Igreja: a comunhão eclesial, a obediência hierárquica (ao papa, bispos e padres), a fidelidade doutrinária, a participação na vida eclesial, a missão batismal, a vida sacramental.
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a Igreja é una, santa, católica, apostólica.
A Igreja é una: tem um só Senhor, confessa uma só fé, nasce de um só Batismo, forma um só Corpo, vivificado por um só Espírito, em vista de uma única esperança, no fim da qual serão superadas todas as divisões (nº 866).
A Igreja é santa: o Deus Santíssimo é seu autor; Cristo, seu esposo, se entregou por ela para santificá-la; o Espírito de santidade a vivifica. Embora congregue pecadores, ela é “imaculada (feita) de maculados” (“ex maculatis immaculata”). Nos santos brilha a santidade da Igreja; em Maria esta já é a toda santa (nº 867).
A Igreja é católica: anuncia a totalidade da fé; traz em si e administra a plenitude dos meios de salvação; é enviada a todos os povos; dirige-se a todos os homens; abarca todos os tempos; “ela é, por sua própria natureza, missionária” (nº 868).
A Igreja é apostólica: está construída sobre fundamentos duradouros: “Os doze Apóstolos do Cordeiro”; ela é indestrutível; é infalivelmente mantida na verdade: Cristo a governa por meio de Pedro e dos demais apóstolos, presentes em seus sucessores, o Papa e o colégio dos Bispos (nº 869).
A unidade da Igreja deve ser vista nos seus membros. Por isso, vale a pena observar o alerta de São Paulo: “Saiba, porém, que nos últimos dias haverá momentos difíceis. Os homens serão egoístas, gananciosos, soberbos, blasfemos, rebeldes com os pais, ingratos, iníquos, sem afeto, implacáveis, mentirosos, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres do que de Deus; manterão aparências de piedade, mas negarão a sua força interior. Evite essas pessoas! Quanto a você, permaneça firme naquilo que aprendeu e aceitou como certo; você sabe de quem o aprendeu. Desde a infância você conhece as Sagradas Escrituras; elas têm o poder de lhe comunicar a sabedoria que conduz à salvação pela fé em Jesus Cristo. Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra” (2Tm 3,1-5.14-17; 4,2-5).
PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS