DIOCESE DE ASSIS
Quem nunca assistiu aos desenhos animados de super-heróis?
Quem nunca se imaginou um deles, vestindo suas roupas, repetindo suas palavras, imitando seus trejeitos…?
Mas, os heróis, apesar de indestrutíveis, são sempre vulneráveis. Aquiles é vulnerável no calcanhar; o super-homem não resiste à kriptonita, um cristal, esverdeado de sua terra natal; o homem de gelo não resiste ao calor…
Na vida humana, não há nada que justifique os artifícios de super-heróis, para viver. Apesar disso, sempre queremos vencer as coisas e ser felizes, baseados em forças fantásticas; em vida de super-heróis.
É uma tolice pensar a vida nesses termos porque, nesse faz de contas, não sobre outra coisa a não ser viver de ilusões e para as ilusões.
Agora, reflita bem!
Será que a fé não corre o risco de ser considerada um artifício de super-heróis?
Pois é! Antes, que isso seja um fato, precisamos corrigir as maneiras, a mentalidade, os critérios e as exigências de fé que nos fazemos.
De certa maneira, a fé resiste a tudo, menos à falta de convicção.
“Deus é testemunha fiel de que a palavra que dirigimos a vocês não é 1sim e não’. De fato Jesus Cristo, o Filho de Deus, que eu, Silvano e Timóteo anunciamos a vocês, não foi ‘sim e não’, mas unicamente ‘sim’. Todas as promessas de Deus encontraram nele o seu sim; por isso, é por meio dele que dizemos ‘Amém’ a Deus, para a glória de Deus. Quem nos fortalece juntamente com vocês em Cristo e nos dá a unção é Deus. Deus nos marcou com um selo e colocou em nossos corações a garantia do Espírito” (2Cor 1,18-22).
A Sagrada Escritura está repleta de outras sobre as convicções para a fé:
Convicção acerca do poder do amor (1Cor 13,1-8); acerca do Amor de Deus (Is 43,1-7); acerca da indissolubilidade do casamento (Mt 19,3-9); acerca de Cristo Salvador (Rm 10,6-13); acerca da Partilha (Mt 19,16-30); acerca da verdade (2Cor 13,5-8); acerca da própria fé (Mt 17,20; Lc 17,5-6); acerca da confiança (Mt 6,25-34); acerca da liberdade em Cristo (Gl 5,1); acerca do seguimento (Jo 1,35-39); acerca da missão (Mt 28,16-20); acerca da unidade na diversidade (Ef 4,3-16); acerca da cruz de Cristo (Fl 3,18-21); acerca da santidade (Fl 2,6-11; Hb 12,14); acerca da vida eterna (2Mc 7,30-38); acerca da conversão e do perdão (Lc 15,1-32); acerca do Reino de Deus (Mc 1,15); acerca dos dons e talentos (Mt 25,14-30; 1Cor 12,1-11); acerca da vida eterna (2Mc 7,30-38); acerca da oração (Mt 6,7-15)…
Por falta de convicção a fé sucumbe à qualquer coisa: à dúvida, ao sofrimento, à dor, ao medo, às perdas, à fome, às tribulações… Vejamos o que nos diz, ainda, a Palavra:
“Quem nos poderá separar do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? Como diz a Escritura: ‘Por tua causa somos postos à morte o dia todo, somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro’. Mas, em todas essas coisas somos mais do que vencedores por meio daquele que nos amou. Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes, nem as forças das alturas ou das profundidades, nem qualquer outra criatura, nada nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 8,35-39).
“Ele, então me respondeu: ‘Para você basta a minha graça, pois é na fraqueza que a força manifesta todo o seu poder’. Portanto, com muito gosto, prefiro gabar-me de minhas fraquezas, para que a força de Cristo habite em mim. E é por isso que eu me alegro nas fraquezas, humilhações, necessidades, perseguições e angústias, por causa de Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte” (2Cor 12,9-10).
Não é preciso dizer mais nada porque, sem convicções, a fé não resiste!
PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS