Diocese de Assis

ESTÁ SENTADO A DIREITA DE DEUS, PAI.

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Dizer que, na vida, tudo é muito custoso; que as coisas não são fáceis; que é preciso muito sangue, suor e lágrima… não significa dizer que não adianta lutar; que não vale a pena; que não vai dar certo; que é impossível…

Para os derrotistas, quem sabe, seja mesmo assim: vida difícil, não é vida!

E você, como pensa essa questão? Como você encara isso?

Para a fé a vida é sempre vida: na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, no nascimento ou na morte, na pobreza ou na riqueza, no medo ou na coragem, na dor ou no consolo… sempre. Porque a fé não lida com os revezes da vida como se fossem castigo ou maldição. Pelo contrário, a fé lida com os revezes da vida, na linguagem da cruz: amor-doação-entrega-sacrifício.

O que parece contradição, na verdade, é fonte de crescimento, de vida nova e salvação.

A fé nos faz enxergar a vida não como azar ou sorte, desvantagem ou vantagem. A fé nos faz enxergar a vida como dom e conquista. Os grandes problemas da vida estão ligados a questões vitais como o da liberdade, dos ideais, das convicções, da fé, dos sonhos, do amor, do perdão… E são essas questões que nos põem diante de interrogações e desafios dos quais não podemos fugir.

Reclamamos, murmuramos de tudo e de todos, nos fazemos de vítimas ou de coitadinhos porque a nossa visão da vida é distorcida, mal elaborada e mal vivida.

Jesus não está sentado à direita do Pai, simplesmente, porque é o Filho; porque é Deus. Não! Mas, porque venceu; aceitou a vida ao extremo da cruz. Veja como se expressa São Paulo em Fl 2,1-11: “Portanto, se há um conforto em Cristo, uma consolação no amor, se existe uma comunhão de espírito, se existe ternura e compaixão, completem a minha alegria: tenham uma só aspiração, um só amor, uma só alma e um só pensamento. Não façam nada por competição e por desejo de receber elogios, mas por humildade, cada um considerando os outros superiores a si mesmo. Que cada um procure, não o próprio interesse, mas o interesse dos outros.

Tenham em vocês os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo: Ele tinha a condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens.

Assim, apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso, Deus o exaltou grandemente, e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome; para que, ao nome de Jesus, se dobre todo joelho no céu, na terra e sob a terra; e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.”

Ora, nós vivemos a vida como se precisássemos de algumas facilitações, vantagens ou sorte para dar conta de tudo o que vem pelo caminho. Não é isso o que devemos querer. Na vida, precisamos muito mais do que sorte ou vantagens. Na vida precisamos de atitudes de fé em Deus, em vista da conversão. Caso contrário não valerá a pena viver num mundo onde, toda hora, nos encontramos diante de perseguições, traições e derrotas. Porque “A vida dos justos, ao contrário, está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá” (Sb 3,1-6).

O testemunho de Cristo é que fala mais alto sobre como devemos viver e morrer: “E Jesus continuou: Assim está escrito: ‘O Messias sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia, e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’. E vocês são testemunhas disso. Agora eu lhes enviarei aquele que meu Pai prometeu. Por isso, fiquem esperando na cidade, até que vocês sejam revestidos da força do alto. Então Jesus levou os discípulos para fora da cidade, até Betânia. Aí, ergueu as mãos e os abençoou. Enquanto os abençoava, afastou-se deles, e foi levado para o céu. Eles o adoraram, e depois voltaram para Jerusalém, com grande alegria. E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus” (Lc 24,46-53).

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