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Diocese de Assis

 

Deus criou o homem e a mulher à sua imagem: “Fizestes-os por um pouco menores do que os anjos” (Sl 8,6; H 2,7).  Deu-lhes a imortalidade, a verdade, a justiça…

O Concílio Vaticano II nos ensina:

“A razão principal da dignidade humana consiste na vocação do homem para a comunhão com Deus.  Já desde a sua origem, o homem é convidado para o diálogo com Deus. Pois o homem, se existe, é somente porque Deus o criou, e isto por amor. Por amor é sempre conservado. E não vive plenamente segundo a verdade, a não ser que reconheça livremente aquele amor e se entregue ao seu Criador”  (GS 19).

Mas o homem, em sua liberdade, pode refutar a grandeza que lhe foi conferida pelo desígnio de Deus; pode tentar realizar-se de acordo com um desígnio próprio, diferente do futuro que lhe é prometido por Deus; pode procurar garantir seu próprio futuro, como o fazem as nações pagãs, mediante a busca da riqueza, o apoio nas pessoas, a aliança com as potências estrangeiras, a posse das coisas sagradas. Deste modo ele cai em suas miséria. Não espera mais em Deus, mas segue as falsas esperanças

Deus, especialmente por meio dos profetas, não cessa de chamar todos à verdadeira esperança, que é Jesus, o único Salvador.

Em Jesus foi-nos dada a luz da verdade, a remissão dos pecados, a restauração da liberdade diante das forças do mal, uma nova capacidade de amar, a participação na natureza divina, a vitória sobre a morte por meio da ressurreição da carne, a vida eterna.

Jesus vem ao encontro da miséria humana!

Salvando-nos, fez de seu evangelho e de sua graça o princípio renovador do mundo e, sobretudo, do homem, em todos os âmbitos da vida deste: público,cultural, social, político e econômico.

Instaurar todas as coisas em Cristo para se obter a vida plena. Eis a chave e o desafio que corresponde ao homem que procura uma vida nova em Cristo.

Diante do Cristo, nosso Deus e nosso tudo, vale a pena investir empenhos e iniciativas para ser, junto com ele, fonte de esperança no jardim do mundo como escreve o poeta francês Charles Péguy: “É de se perguntar: como é possível que esta fonte de esperança jorre eternamente; eternamente jovem, fresca, viva… Deus disse: brava gente, isto não é, pois, tão difícil… Se fosse com água pura, que ela tivesse desejado criar fontes puras, não teria nunca encontrado o suficiente em toda a minha criação. Mas, é justamente com as águas ruins que se cria suas fontes de água pura. E é por isso que nunca lhe faltam. Mas, é também por isso que ela é a Esperança… E é o mais belo segredo que existe no jardim do mundo.”

Deus é amor! Por isso, nós acreditamos no amor!

O amor autêntico não é racional, não mede, não ergue barreiras, não calcula, não recorda as ofensas recebidas e não impõe condições.

Jesus age sempre por amor.  Da convivência da Trindade, ele nos trouxe uma mor imenso, infinito, divino, um amor que chega, como afirmam os santos padres da Igreja, até à loucura e coloca em crise os nosso padrões humanos.

Ao meditar sobre o amor. Especificamente sobre este amor de Cristo, o nosso coração se enche de felicidade e de paz. Quem dera, no fim de nossas vidas, Jesus nos receber como os menores dos trabalhadores de sua vinha. Cantaríamos, então, a sua misericórdia por toda a eternidade, perenemente admirados com as maravilhas que ele reserva para os seus eleitos.

Nada há de mais importante neste mundo que possa obscurecer a força de presença de Deus e, cuja força, se mostra não pela ostentação, mas, pela oblação.  Isto é, de fato, o poder maior, a beleza do serviço redentor e a limpidez da fonte das graças.

Derrama sobre nós o teu Espírito, oh, Deus e renova a face da terra!

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS