Diocese de Assis

ADVENTO: VINDE, SENHOR, NÃO TARDEIS!

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As pessoas vivem procurando uma solução mágica para os seus problemas enquanto deveriam buscar uma direção para a própria vida. A questão é muito simples: é preciso tirar os olhos dos problemas e olhar para a vida. Não são os problemas ou as circunstâncias que precisam de “solução”, mas, é a vida que precisa de um sentido. Quando se vive à “caça” de “soluções”, um imediatismo absurdo toma conta do indivíduo levando-o a aceitar qualquer coisa que vem como “resposta”. Desse modo, perde-se tempo, gasta-se o coração, desgasta-se a esperança, compromete-se uma vida a troco de nada. É preciso fazer um caminho de conversão.

“Por que gastar dinheiro com coisa que não alimenta, e o salário com aquilo que não traz fartura? Ouçam-me com atenção, e comerão bem e saborearão pratos suculentos. Dêem ouvidos a mim, venham para mim, me escutem, que vocês viverão. Farei com vocês uma aliança definitiva, serei fiel à minha amizade com Davi. Fiz dele uma testemunha para os povos, um chefe que dá ordem aos povos. Procurem Javé enquanto ele se deixa encontrar; chamem por ele enquanto está perto. Que o ímpio deixe o seu caminho e o homem maldoso mude os seus projetos. Cada um volte para Javé e ele terá compaixão; volte para o nosso Deus, pois ele perdoa com generosidade” (Isaías 55,2-7).

ADVENTO E LITURGIA

Não raras vezes, modificamos o sentido das coisas, criando significados que não lhes correspondem. O Advento, por exemplo, na sua teologia e espiritualidade, não se reduz a uma comemoração da Encarnação como fato histórico; muito menos a uma preparação comercializada e consumista às festividades natalinas. O Advento não é apenas um tempo litúrgico, mas um modo de vida cristã que se caracteriza pela permanente conversão e constante vigilância. Por isso, é preciso saber o que se quer na vida para se ter a coragem de corrigir os desvios; converter-se.

SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO

O grande apelo de fé, para todos nós, no primeiro domingo do advento é a CONVERSÃO. A Palavra chave da Liturgia é: “Convertam-se, o Reino de Deus está próximo”. Mas, afinal de contas, o que é conversão?

Conversão não é a mesma coisa que mudança de religião. Existem pessoas que já mudaram de religião uma dúzia de vezes mas não mudaram de vida. Mudaram por fora, mas, não mudam por dentro.  Trocaram de casca como cobra, mas continuam com o mesmo veneno mortal. A Conversão está sempre acompanhada da fé.   Onde há fé, há sempre conversão e, onde há conversão frutifica a fé. Conversão é uma atitude de mudança, mas, não qualquer mudança.   É mudança de CRITÉRIOS; entenda-se por isso tudo aquilo que dirige e orienta a nossa vida.  É mudança de COSTUMES; entenda-se por isso todo hábito, atitude e procedimento que temos na vida.

A leituras bíblicas que serão usadas na meditação são as seguintes:

Isaías 11,1-10: “Nesse dia, a raiz de Jessé se erguerá como bandeira para os povos; para ela correrão as nações, e a sua moradia será gloriosa”

Salmo 71(72): “Que em seus dias floresça a justiça e muita paz até o fim das luas.”

Romanos 15,4-9: “O Deus da perseverança e da consolação conceda que vocês tenham os mesmos sentimentos uns com os outros, a exemplo de Jesus Cristo.”

Mateus 3,1-12: “Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia: “Convertam-se, porque o Reino do Céu está próximo.”

PE. EDIVALDO PEREIRA DOS SANTOS

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